Valor Investe - SP 16/10/2024
A falta de novos estímulos fiscais na segunda maior economia do mundo tem refletido nos papéis de empresas ligadas ao aço e ao minério de ferro na bolsa
As ações da Vale (VALE3) e de siderúrgicas operaram em queda firme nesta terça-feira (15), na esteira do desempenho negativo das commodities no exterior e de preocupações em torno do crescimento da economia chinesa.
Os papéis da mineradora brasileira recuaram 1,3%, cotados a R$ 61,13. Os da CSN (CSNA3), que abriram em queda de 2%, reduziram as perdas em caíram 1,4%, a R$ 11,67, e os da CSN Mineração (CMIN3) perderam 0,5%, a R$ 5,95.
As ações da Usiminas (USIM5) tiveram desvalorização de 2%, a R$ 6,14, e as da Gerdau (GGBR4) perderam 0,7%, a R$ 18,33.
Os futuros do minério de ferro encerraram o dia em queda de 0,38% na bolsa chinesa de Dalian, a US$ 111,67 a tonelada, apesar de dados mais recentes apontarem crescimento nas exportações de aço e na importação de minério do país.
A terça-feira também foi marcada pelo forte tombo do petróleo. O contrato do petróleo Brent - referência mundial - com entrega em dezembro caiu 4,14%, a US$ 74,25 por barril, menor valor desde o início de outubro.
Em geral, a economia da China tem sido vista como um grande ponto de preocupação para o desempenho das commodities. Mais recentemente, a falta de novos estímulos fiscais na segunda maior economia do mundo têm pesado sobre os preços das matérias-primas.
Agência Brasil - DF 16/10/2024
Estudo divulgado nesta terça-feira (15) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 64% dos empresários do setor consideram as condições de infraestrutura da Região Sudeste como ótimas (9%) ou boas (55%). Para 31%, a situação é regular. O percentual de empresários que classificam as condições de infraestrutura da região como ruins é de 3%, e aqueles que avaliam como péssima representam 2%.
O estudo Panorama da Infraestrutura – Região Sudeste reúne informações sobre as áreas de transporte, energia, saneamento básico e telecomunicações, bem como as propostas para melhorias da infraestrutura nos quatro estados da região.
Este trabalho é o terceiro de uma série de cinco produzidos pela CNI com o objetivo de estabelecer um retrato das condições de infraestrutura nas regiões brasileiras, identificando necessidades de investimento e pleitos do setor industrial.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta que o relatório busca contribuir para a melhoria da infraestrutura na região, fator fundamental para o fortalecimento da indústria e da economia. “O setor produtivo brasileiro sente o elevado déficit de infraestrutura e os efeitos da deterioração das condições nessa importante área da economia. Estradas sem conservação, energia cara e restrições para o acesso aos principais portos repercutem diretamente na competitividade da indústria nacional e na atração de investimentos para o país”, afirma Alban.
Segundo a CNI, o Sudeste é responsável por 52% do PIB industrial brasileiro, o que reflete em grandes desafios para modernização dos acessos portuários, exploração de petróleo no pré-sal e aproveitamento de fontes renováveis como as hidrelétricas.
“Os maiores problemas de infraestrutura no Sudeste estão associados ao transporte rodoviário e às condições de acesso marítimo aos principais portos. A precariedade das rodovias públicas e o comprometimento da capacidade no Porto de Santos preocupam o setor industrial”, destaca o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.
O diretor alerta que a construção de uma agenda de investimentos na infraestrutura é um trabalho complexo, considerando um país de dimensões continentais como o Brasil. “Cada região tem suas particularidades e, portanto, diferentes estratégias devem ser adotadas para atender às necessidades locais, promovendo a eficiência e sustentabilidade dos projetos”, acrescenta Muniz.
Os dados indicam que, para o Sudeste superar as restrições logísticas, é fundamental que sejam priorizadas obras de manutenção, adequação e expansão de corredores logísticos estratégicos, como a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), a BR-381, a BR-116, a BR-101, a BR-262 e a Terceira Via de Ligação entre a Baixada Santista e a Capital Paulista.
Obras paradas
Dos 4.325 contratos analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos estados que compõem a Região Sudeste, foram identificadas 2.338 obras paralisadas (54%). Dos vários setores da infraestrutura, o saneamento básico e os transportes estão entre aqueles com mais elevado número de registros de paralisações na região.
Novo PAC
O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em agosto de 2023, prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$ 759,7 bilhões em obras, serviços e empreendimentos na Região Sudeste.
Infomoney - SP 16/10/2024
A China pode levantar mais 6 trilhões de yuans (cerca de US$ 850 bilhões) com títulos especiais do Tesouro ao longo de três anos para estimular uma economia em baixa, informou a mídia local, um número que não conseguiu reanimar o sentimento no mercado de ações do país.
A matéria do Caixin Global, que citou fontes com conhecimento do assunto, foi publicada depois que o ministro das Finanças, Lan Foan, disse no sábado que Pequim “aumentará significativamente” a dívida, embora a ausência de detalhes sobre o tamanho e o cronograma das medidas fiscais tenha decepcionado alguns investidores.
O tamanho do pacote fiscal esperado tem sido objeto de intensa especulação nos mercados financeiros. Neste mês, as ações chinesas atingiram o maior nível em dois anos com as notícias sobre o estímulo, antes de recuarem na ausência de detalhes oficiais.
“Isso está de acordo com nossas expectativas”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior do ANZ para a China. “Para o próximo ano, ainda achamos que uma meta de crescimento de cerca de 5% provavelmente será mantida. Portanto, para uma taxa de crescimento de 5%, isso deve ser suficiente.”
A Reuters informou no mês passado que a China planejava emitir títulos soberanos especiais no valor de cerca de 2 trilhões de yuans (US$ 285 bilhões) este ano como parte de um novo estímulo fiscal.
Os dados dos últimos meses, inclusive os números da balança comercial e dos novos empréstimos de setembro, divulgados na segunda-feira, ficaram abaixo das expectativas, aumentando a preocupação de que a China talvez não atinja a meta de crescimento de cerca de 5% para este ano e tenha dificuldades para se defender das pressões deflacionárias.
A expectativa é de que o crescimento econômico desacelere para 4,5% no terceiro trimestre, em comparação com 4,7% no segundo, e depois tenha uma recuperação tardia devido ao estímulo, atingindo 4,8% no ano inteiro, segundo uma pesquisa da Reuters nesta terça-feira.
No final de setembro, as autoridades lançaram medidas de estímulo monetário e de apoio ao setor imobiliário. Pouco depois, uma reunião dos principais líderes do Partido Comunista, o Politburo, prometeu os “gastos necessários” para levar o crescimento de volta aos trilhos.
“A probabilidade de se atingir uma taxa de crescimento de cerca de 5% pelo menos em 2024 e 2025 aumentaria muito”, disse Bruce Pang, economista chefe da Jones Lang LaSalle para a China, sobre o impacto da cifra de 6 trilhões de yuans divulgada.
A matéria do Caixin publicada na segunda-feira disse que os fundos serão parcialmente usados para ajudar os governos locais a resolver suas dívidas não contabilizadas, de acordo com as fontes. O valor informado é equivalente a quase 5% da produção econômica da China.
O Fundo Monetário Internacional estima a dívida do governo central em 24% da produção econômica. Mas o Fundo calcula a dívida pública geral, incluindo a dos governos locais, em cerca de 16 trilhões de dólares, ou 116% do PIB.
“A menos que o governo central aumente voluntariamente a alavancagem, o investimento continuará fraco, já que os governos locais estão sobrecarregados com dívidas pesadas e os balanços corporativos estão sendo corroídos por uma economia fraca”, disse Xia Haojie, analista de títulos da Guosen Futures.
Agência Brasil - DF 16/10/2024
A inflação avançou no mês de setembro para todas as faixas de renda, em relação a agosto. Houve alta generalizada para todas as famílias brasileiras, mas o aumento dos preços foi mais significativo para aquelas de renda mais baixa. As informações constam do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para os domicílios com renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de -0,19%, em agosto, para 0,58%, em setembro. Entre as famílias de renda mais alta, o índice aumentou de 0,13% para 0,33% no período.
Incluindo os dados de setembro, a faixa de renda baixa é a que registra a maior alta inflacionária no acumulado do ano (3,43%), enquanto o segmento de renda alta apresenta a taxa menos elevada (2,92%).
Já no acumulado em 12 meses, as famílias de renda média baixa apresentam a menor taxa de inflação (4,28%). Já a faixa de renda alta registra a taxa mais elevada (4,72%).
Os grupos alimentos e bebidas e habitação foram os principais pontos de descompressão inflacionária para praticamente todos os estratos de renda. Enquanto as famílias de renda mais baixa foram impactadas pelas altas dos alimentos no domicílio e das tarifas de energia elétrica, as de renda alta, mesmo diante de uma pressão vinda dos reajustes das passagens aéreas, tiveram uma aceleração inflacionária um pouco menos intensa no período, tendo em vista que a contribuição vinda dos aumentos dos alimentos e da energia foi proporcionalmente menor que a observada nas primeiras faixas de renda.
Clima
Os efeitos adversos do clima, especialmente sobre os preços das carnes (3%) e das frutas (2,8%), definem, em grande parte, a contribuição positiva à inflação de setembro. Ao mesmo tempo, como consequência da forte seca sobre os níveis dos reservatórios, a adoção da bandeira vermelha, em setembro, gerou um reajuste de 5,4% das tarifas de energia elétrica, explicando a pressão exercida pelo grupo habitação. No caso das famílias de renda alta, a inflação ainda foi impactada pelo aumento de 4,6% dos preços das passagens aéreas.
Apesar da alta generalizada, a inflação de setembro foi amenizada para todas as classes sociais devido à melhora no comportamento do grupo despesas pessoais. Isso foi reflexo da queda dos serviços de lazer e recreação, sobretudo com a deflação de 8% dos ingressos de cinema, teatros e concertos.
Na comparação com setembro de 2023, houve aceleração da inflação para as quatro primeiras classes de renda, em especial para os segmentos de rendas mais baixas. As duas primeiras faixas registraram em setembro do ano anterior, respectivamente, -0,02% e 0,08%; já no mês passado, apresentaram as respectivas altas de 0,58%, e 0,55%. Em contrapartida, as classes de renda média alta e alta apontaram uma inflação menor em 2024, comparativamente à registrada no ano anterior.
A aceleração da inflação de setembro em relação ao registrado no mesmo período do ano passado para as classes de rendas menores é explicada, em grande parte, pela piora no desempenho dos grupos alimentação e habitação, mesmo diante do impacto menor por parte dos combustíveis. No caso dos alimentos, as deflações apontadas pelas frutas (-0,38%), pelas carnes (-2,1%), pelos leites e derivados (-2,2%) e pelos óleos e gorduras (-0,07%), em 2023, cederam lugar para as respectivas altas de 2,8%, 3,0%, 1% e 2,2%, em 2024. Em relação ao grupo habitação, o reajuste de 5,4% no preço da energia elétrica, em 2024, ficou bem acima do verificado em 2023 (0,99%).
O alívio inflacionário em 2024 para as faixas de renda média alta e alta, veio, principalmente dos combustíveis, das passagens aéreas e dos serviços de recreação e lazer, cujas respectivas variações de -0,02%, 4,6% e -1,4%, em setembro deste ano, contrapõem-se com as altas de 2,7%, 13,5% e 0,51% observadas neste mesmo mês do ano anterior.
Agência Brasil - DF 16/10/2024
O Monitor do PIB-FGV indicou um recuo de 0,2% na atividade econômica em agosto em relação ao mês anterior. Na comparação interanual houve crescimento de 3,4% em agosto e 4,1% no trimestre móvel terminado no mesmo mês. O acumulado em 12 meses até julho ficou em 2,8%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Para a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o motivo da retração da economia pelo segundo mês consecutivo é a estagnação da indústria e a retração dos serviços. Segundo ela, entre as três grandes atividades econômicas, somente a agropecuária evoluiu na comparação de agosto com julho.
Juliana acrescentou que pelo lado da demanda, foi registrado avanço na maior parte dos componentes. Os menores níveis de exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral impactou os números da exportação, que apresentou queda relevante de 2,5% e foi a exceção.
“A partir disso, embora pela ótica da demanda a maior parte dos componentes tenha tido desempenho positivo, as exportações líquidas negativas superaram esse crescimento, resultado relevante para a queda do PIB em agosto”, explicou,.
A pesquisa indicou que o comportamento da exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral, que tinham influenciado com cerca de 8 pontos percentuais (p.p.), em conjunto, para o desempenho trimestral positivo das exportações no ano passado, contribuíram apenas com 1,2 p.p. no trimestre encerrado em agosto, sendo a menor contribuição desde fevereiro de 2023.
Consumo
O consumo das famílias aumentou nos diferentes tipos, movimento notado ao longo deste ano. De acordo com o Ibre, o que mais contribuiu para o desempenho do trimestre encerrado em agosto, foi o de serviços, embora o de não duráveis e de duráveis tenham também ajudado com expressivas contribuições.
Ainda no trimestre terminado em agosto, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou significativamente e o destaque ficou com o desempenho do segmento de máquinas e equipamentos. Conforme o Ibre, desde o segundo trimestre, este segmento tem contribuído positivamente, em parte, “devido à base de comparação deprimida de 2023”.
Apesar do menor impacto, os segmentos da construção e de outros da FBCF também influenciaram o desempenho.
As importações registraram elevação relevante em todos os tipos. O destaque ficou com os bens intermediários que puxaram o crescimento. No mesmo movimento de avanço ficaram os bens de consumo, os serviços e os bens de capital.
Monitor do PIB-FGV
O monitor estimou que, em termos monetários, o PIB de 2024 acumulado até julho, em valores correntes, atingiu R$ 7,570 trilhões.
Na série a valores correntes, a taxa de investimento em agosto de 2024 ficou em 18,1%. “Acima das taxas médias de investimento desde 2000 e desde 2015”, concluiu o Ibre.
O indicador estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor e foi criado para que a sociedade tivesse uma referência mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE.
“A série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais (Tabelas de Recursos e Usos, até 2021, último ano de divulgação) bem como as informações das Contas Nacionais Trimestrais, até o último trimestre divulgado (segundo trimestre de 2024). Para realizar esses cálculos são usadas cerca de 500 informações de volume e de preço, conjugadas com a última Tabela de Recursos e Usos disponível no nível de 52 atividades e 109 produtos”, informou o instituto, em nota.
Infomoney - SP 16/10/2024
Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian fecharam em baixa nesta terça-feira, devolvendo ganhos iniciais registrados mais cedo, já que as perspectivas de demanda global mais branda por aço e dados econômicos chineses mais fracos superaram as esperanças de mais estímulos por parte da China, maior mercado consumidor de metais.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China terminou o dia com queda de 0,38%, a 791,5 iuanes (111,26 dólares) a tonelada.
O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura recuou 1,43%, a 106,05 dólares a tonelada.
A expectativa é de que a demanda global de aço diminua em 2024 pelo terceiro ano consecutivo, uma vez que a produção e o crescimento econômico continuam fracos, disse a Associação Mundial do Aço na segunda-feira, ao reduzir suas projeções.
A demanda chinesa por aço deve cair 3% este ano e mais 1% em 2025, informou o grupo.
Dados econômicos recentes da China, incluindo balança comercial de setembro e os números de novos empréstimos, não atenderam às expectativas, aumentando as preocupações de que a economia não atinja a meta de crescimento de 5% este ano e tenha dificuldades para se evitar as pressões deflacionárias.
Enquanto isso, as exportações de aço em setembro atingiram o nível mais alto desde 2016, chegando a 10,2 milhões de toneladas, com as exportações acumuladas no ano subindo 21% em relação ao ano anterior, disseram analistas do ANZ, citando dados alfandegários divulgados na segunda-feira.
“A demanda externa resiliente elevou as exportações de aço, mas qualquer fraqueza nos mercados externos será um obstáculo”, disseram os analistas do ANZ em nota.
Valor Investe - SP 16/10/2024
Mineradora reportou, no terceiro trimestre, maior produção de minério de ferro desde 2018, mas preços praticados no período recuaram 14%
Os recibos de ações (ADRs) da Vale , negociados no pós-mercado da Bolsa de Nova York, registraram alta de 1%, logo após a divulgação do relatório de produção e vendas do terceiro trimestre. No pregão regular o ADR caiu 2,8%, cotado a US$ 10,79.
Segundo o relatório, a companhia atingiu, entre julho e setembro, o maior nível de produção de minério de ferro desde o quarto trimestre de 2018. Com um crescimento de 5,5% em comparação com igual período de 2023, o volume somou 91 milhões de toneladas.
Também houve crescimento na produção de pelotas (+12,9%), níquel (11,9%) e cobre (5,3%).
Em termos de preços, a Vale fechou o terceiro trimestre com preço médio realizado nas vendas de minério de ferro de US$ 90,6 por tonelada, uma queda de 13,8% ante igual período do ano anterior. Nas pelotas, o preço médio no mesmo período ficou em US$ 148,1 por tonelada, uma queda de 8,1%
Para o cobre, o preço médio foi de US$ 9.016 por tonelada, alta de 16,6%. No níquel, foi de US$ 17.012 por tonelada, queda de 19,9%.
IstoÉ Dinheiro - SP 16/10/2024
A produção de minério de ferro da Vale cresceu 5,5% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2023, para o maior volume em quase seis anos, com impulso de melhorias do desempenho operacional nos complexos minerários de S11D, Itabira e Brucutu.
Uma das principais produtoras de minério de ferro do mundo, a Vale produziu 90,97 milhões de toneladas da commodity entre julho e setembro, informou a mineradora nesta terça-feira.
As vendas da commodity cresceram 1,6%, para 81,84 milhões de toneladas, diante de um volume de produção recorde de pelotas desde 2018 e de um crescimento de 18% nas vendas do produto de maior valor agregado.
“O desempenho da Vale no terceiro trimestre foi marcado pela produção recorde de minério de ferro desde o quarto trimestre de 2018 e pelo aumento do ‘guidance’ de produção para 2024”, disse a companhia.
A Vale elevou no mês passado previsão para a produção de minério de ferro neste ano para entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas, após um primeiro semestre mais forte do que o esperado.
A mina S11D, no Pará, produziu 22,09 milhões de toneladas no terceiro trimestre, alta de 14,2% na comparação com o mesmo período um ano antes, configurando o sétimo trimestre de melhora produtiva consecutiva do ativo na comparação anual, informou a Vale.
A produção de pelotas da Vale no terceiro trimestre totalizou 10,36 milhões de toneladas, alta de 12,9% versus igual período do ano passado, alcançando a maior produção trimestral desde 2018, com maior disponibilidade de pellet feed das minas de Brucutu e Itabira, aumentando a produção nas plantas de pelotização de Tubarão.
“Considerando a maior produção de pelotas e a demanda saudável no trimestre, as vendas de pelotas aumentaram para 10,1 milhões de toneladas (+18% a/a), suportando a venda total de minério de ferro”, disse a Vale.
A Vale disse ainda que os 5,5 milhões de toneladas de estoque formado deve-se, principalmente, a cargas em trânsito ao longo da cadeia de valor, uma vez que a produção aumenta sazonalmente no terceiro trimestre. “Estes estoques serão convertidos em vendas no quarto trimestre”, adicionou a companhia.
Os embarques do porto de Ponta da Madeira (MA), segundo a Vale, atingiram recorde trimestral desde 2021, totalizando 50,6 milhões de toneladas, refletindo a maior estabilidade operacional.
Preço
O preço médio realizado de finos de minério de ferro no terceiro trimestre foi de 90,6 dólares por tonelada, queda de 7,6 dólares (-7,7%) ante o trimestre anterior, apesar dos preços de referência do minério de ferro terem diminuído 12 dólares por tonelada no período, destacou a companhia.
“O menor declínio em relação ao preço de referência é atribuído a um melhor portfólio de produtos e ao efeito positivo dos ajustes provisórios de preços, dado os preços futuros mais altos do que a média no último dia do trimestre”, disse a empresa.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o preço médio realizado de finos de minério de ferro recuou 13,8%.
O preço médio realizado de pelotas de minério de ferro foi 148,2 dólares por tonelada, queda de 9 dólares ante o trimestre anterior, devido à redução dos preços do minério de ferro.
Já do lado dos metais básicos, a produção de cobre aumentou 5,3% em relação ao ano anterior no terceiro trimestre, a 85,9 mil toneladas. Segundo a Vale, todos os projetos de cobre da companhia mostraram uma melhora no período.
A produção de níquel também aumentou, em quase 12%, sobre um ano antes, totalizando 47,1 mil toneladas. A Vale afirmou no relatório que o crescimento ocorreu devido ao desempenho mais forte do projeto Sudbury, bem como a um aumento das minas subterrâneas de Voisey’s Bay, ambas no Canadá.
Valor - SP 16/10/2024
De janeiro a setembro, o país exportou 270,3 milhões de toneladas da commodity, alta de 5,6% na comparação anual, segundo a Secex
As exportações de minério de ferro brasileiras estão em níveis mais altos do que os vistos no ano passado, assim como os valores acumulados com as vendas externas do produto. Mas a expectativa para os preços da commodity na reta final do ano pode afetar esse desempenho na parte financeira.
De janeiro a setembro de 2024, o Brasil exportou 270,3 milhões de toneladas da commodity, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O dado representa um aumento de 5,6% ante os 256 milhões dos nove primeiros meses de 2023. Em termos de valor exportado, foram US$ 20,7 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, uma alta de 6,3% ante os US$ 19,4 bilhões dos nove primeiros meses do ano passado.
Em 2024, o mês de maior volume exportado foi julho, com 37 milhões de toneladas. Em setembro, o dado mais recente, o Brasil exportou 34,4 milhões de toneladas, um aumento de 2,07% em comparação aos 33,7 milhões de toneladas de setembro do ano passado.
Daniel Sasson, analista do Itaú BBA, diz que não espera mudanças na tendência do volume exportado de minério até o fim do ano. Na visão dele, o preço médio deste ano, mais baixo que o do ano anterior, significa um menor nível de exportação em termos monetários. Apesar do desempenho até setembro, o preço médio no ano cheio pode cair. O Itaú BBA projeta média anual de US$ 107 por tonelada, contra US$ 120 por tonelada para o minério negociado na China.
O analista do Itaú BBA também reforça a ideia de que as exportações da Vale podem aumentar nos próximos meses: “A companhia aumentou a projeção, vai exportar mais.”
Em 11 de setembro, a Vale anunciou um aumento na estimativa de produção de minério de ferro para 2024, a primeira revisão desde o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) em janeiro de 2019. A meta, que antes era de 310 a 320 milhões de toneladas, agora é de 323 a 330 milhões de toneladas para o ano.
O CRU Group estima que os preços do minério sejam negociados em torno de US$ 100 por tonelada nos próximos meses do ano, com certo otimismo injetado pelo pacote de estímulos chinês, ainda que em menor intensidade do que o esperado inicialmente.
“Ainda assim, os balanços entre oferta e demanda não mudaram nos últimos meses. A demanda da Europa e do Japão continuam fracas e os maiores produtores de minério de ferro, como Brasil e Austrália, exportaram muito material nos últimos meses”, disse Erik Hedborg, analista chefe de matéria-prima de siderurgia do CRU Group.
Na visão de Hedborg, aumentou, dentro do volume exportado, a fatia do minério com menor concentração de ferro, o que reduz a qualidade.
“Muito desse material é extraído por empresas menores em Minas Gerais e depois exportado por algumas mineradoras maiores, como a Vale. Isso tem acontecido durante a maior parte deste ano porque a indústria siderúrgica na China não está indo bem e, quando está em dificuldades, as usinas preferem usar minérios de qualidade inferior.”
Para o quarto trimestre, Hedborg espera que o produto de Minas Gerais tenha menor participação nas exportações brasileiras com a retomada gradual de minas da Vale no Pará.
“Estamos ouvindo que parte dessa oferta oportunista de baixa qualidade está em processo de saída do mercado. O aumento das chuvas nos próximos meses tornará um pouco mais desafiadora a mineração, o processamento e o manuseio de minério de ferro. Não esperamos que as exportações de minério de ferro do Norte do Brasil caiam na mesma proporção”, afirmou o analista.
IstoÉ Dinheiro - SP 16/10/2024
Estima-se que o Estado brasileiro deixou de arrecadar, em oito anos, cerca de R$ 16,4 bilhões em impostos da mineração por causa de falhas na fiscalização e na cobrança dos impostos do setor. O valor sonegado – que poderia ir para saúde e educação públicas – representa cerca de 55% do déficit primário previsto pelo governo para este ano, estimado em R$ 28,3 bilhões.
Nesse cenário, o Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou que a Agência Nacional de Mineração (ANM) adote medidas e ações para minimizar o problema da sonegação na mineração, setor que representou entre 2,5% e 4% do PIB brasileiro nas últimas décadas.
O plenário do TCU determinou, entre outras medidas, que a diretoria-geral da ANM apresente, no prazo de 60 dias, um plano de ação para desenvolver um sistema de arrecadação e cobrança dos tributos da mineração. “E colocá-lo em pleno funcionamento no menor prazo possível, detalhando prazos para implementação de cada módulo do sistema”, diz o documento do Tribunal sob a relatoria do ministro Benjamin Zymler.
O ministro relator concluiu que a arrecadação da mineração depende essencialmente da boa-fé das empresas. “Porém, não existem instrumentos para persuadi-los, uma vez que a estrutura fiscalizatória da ANM é incapaz de gerar a expectativa de controle no setor regulado e, mesmo após as poucas fiscalizações, não se logra efetividade na cobrança”, disse. Zymler.
O TCU destacou ainda que a auditoria foi limitada por falhas nos sistemas de tecnologia de informação da ANM. “Não existem, por exemplo, procedimentos automatizados de cruzamento de dados da arrecadação com informações do relatório anual”, informou.
O diretor do Observatório da Mineração e mestre em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), Maurício Ângelo, lembrou que os minerais são recursos finitos e que, de acordo com a Constituição, essa é uma riqueza do Estado brasileiro e que deve ser revertida em benefício da sociedade.
“É absurdo que o país deixe de arrecadar bilhões e bilhões sistematicamente porque a ANM não tem equipe e estrutura adequada, além de não ter independência em relação às empresas. As mineradoras também acabam fazendo o lobby e usam inúmeras estratégias para não pagar os valores devidos. Enfim, são subterfúgios jurídicos, fiscais e tributários que as empresas usam”, completou.
O TCU também alertou os ministérios de Minas e Energia (MME); da Gestão e Inovação (MGI) e comissões da Câmara e do Senado de que a falta de estrutura da ANM inviabiliza a fiscalização do setor. “Há indícios de que os ganhos advindos da estruturação da ANM superam, em larga margem, o investimento necessário em recursos humanos e na modernização dos recursos de tecnologia da informação”, afirma o acórdão do Tribunal
Seis servidores
O acórdão do TCU aponta que quase 70% dos mais de 30 mil processos ativos de mineração não pagaram espontaneamente a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Mineirais (Cfem) entre 2017 e 2022. Além disso, de 134 processos fiscalizados pela ANM, apenas 40% pagaram o tributo devido, que é feito por autodeclaração das mineradoras.
O TCU estima que até R$ 12,4 bilhões deixaram de ser arrecadados entre 2014 e 2021. Além disso, outros R$ 4 bilhões de receita potencial deixaram de ser arrecadados por créditos prescritos entre 2017 e 2021. Isso porque a ANM não adotou as providências previstas para a cobrança desses valores. Outros R$ 20 bilhões correm o risco de também serem prescritos.
“A equipe atual do contencioso da Cfem, composta por seis servidores e um chefe, é insuficiente para analisar o passivo processual de aproximadamente 12 mil processos de cobrança de Cfem, o que pode implicar a decadência de aproximadamente R$ 20 bilhões de créditos já lançados”, diz o acórdão do TCU.
O Tribunal de Contas destaca que o quadro de pessoal da ANM sofreu grande redução nos últimos anos. Entre 2010 a 2023, o quadro de pessoal herdado pela ANM foi reduzido de 1.196 para 695 servidores, ou seja, queda de 41,9% da força de trabalho. Segundo a ANM informou ao TCU, seriam necessários mais 200 servidores para que a demanda de fiscalização fosse atendida.
“Segundo a ANM, o quadro atual de servidores corresponde ao seu menor efetivo desde a edição do atual Código de Mineração, em 1967, e ao maior déficit de pessoal de todo o serviço público federal”, diz o TCU, acrescentando que a estrutura organizacional de cargos da ANM deveria ser compatível com a das maiores agências reguladoras, mas é menor do que a da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e só supera a da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)..
O especialista Maurício Ângelo, do Observatório da Mineração, destacou que a ANM virou uma agência recentemente, em 2017, herdando uma estrutura que veio do Ministério de Minas e Energia.
“Essa migração não aconteceu da melhor maneira possível. Você vinha de um departamento já sucateado, com seus problemas, com déficit de servidores, e virou uma agência reguladora que tem outras características, outras atribuições. Isso comprometeu bastante a atuação da ANM”, comentou.
Fiscalização
A Controladoria-Geral da União (CGU) calculou uma queda de 92% no número de fiscalizações realizadas pela ANM. De 2.184 fiscalizações da Cfem em 2014, a ANM realizou apenas 173 fiscalizações em 2019.
“Não basta simplesmente aumentar a dotação orçamentária, pois a ANM já está no limite da sua capacidade de execução orçamentária, em razão da escassez de pessoal e da falta de estrutura”, afirmou o TCU.
O Tribunal calculou que a mineradora mais beneficiada pelo não pagamento dos créditos prescritos foi a Vale, que deixou de pagar R$ 2,86 bilhões. Somente em 2023, o lucro líquido da Vale foi de R$ 39,9 bilhões.
O ministro revisor do processo, Augusto Nunes, destacou que diversas estratégias são empregadas para burlar a fiscalização. “Falsificam-se notas fiscais, conhecimento de transporte, ou são apresentadas guias de utilização com dados diversos da lavra de onde provém o minério, ou ainda são misturados minérios extraídos ilegalmente no meio de cargas com grandes volumes de minérios legalmente extraídos”, explicou o ministro.
Nunes acredita que os prejuízos são ainda maiores que os estimados pelo TCU porque a fiscalização, além de ser em número irrisório, são feitas em sua maioria mediante visitas simples aos escritórios das mineradores, “e não por meio de inspeções aos campos de mineração propriamente ditos – as chamadas fiscalizações in loco –, nas quais inconsistências podem ser mais facilmente identificadas a partir da análise dos livros fiscais e das etapas do processo produtivo”, completou.
ANM e mineradoras
Procurada, a Agência Nacional de Mineração (ANM) disse que não iria comentar a decisão do TCU. O espaço está aberto para os ministérios de Minas e Energia e de Gestão e Inovação, caso queiram se posicionar.
A Agência Brasil procurou ainda o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) para comentar o tema e aguarda retorno. O Instituto, que representa as empresas de mineração no Brasil, é hoje presidido pelo ex-ministro extraordinário da Segurança Pública do governo de Michel Temer, Raul Jungmann, e tem como vice-presidente o ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, general Fenando Azevedo e Silva.
Globo Online - RJ 16/10/2024
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela Vale de 15% do capital da Anglo American Minério de Ferro Brasil.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira. Pelo acordo, a Vale ficará com 15% do complexo de produção de minério de ferro Minas-Rio. Em troca, a empresa pagará US$ 157,5 milhões e vai transferir a Mina de Serra da Serpentina para o Minas-Rio.
A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar Minas-Rio, incluindo qualquer futura expansão.
“Em contrapartida à transação primária, a Vale aportará ao capital da Anglo American Brasil um conjunto de imóveis e outros ativos (inclusive direitos minerários, planos, resultados de sondagens e outros ativos correlatos) que compõem o Projeto Serra da Serpentina, um projeto ainda greenfield (não operacional) na região do município de Conceição do Mato Dentro (MG)”, escreveram os técnicos do Cade.
Ano passado, o sistema Minas-Rio atingiu a produção recorde de 24,2 milhões de toneladas, alta de 12% ante 2022, informou a Anglo. Para 2024, a meta é produzir entre 23 milhões e 25 milhões de toneladas.
Uma expansão da capacidade para 31 milhões de toneladas por ano já está garantida no plano de investimentos da Anglo, de R$ 12 bilhões até 2028.
Valor - SP 16/10/2024
Fabricantes europeus de veículos elétricos estão reforçando suas linhas de veículos elétricos com carros pequenos que podem competir diretamente com importações chinesas mais baratas.
No Salão do Automóvel de Paris, que vai até domingo, a BMW revelou dois veículos elétricos sob sua marca compacta Mini antes de qualquer carro da marca BMW, em um sinal de suas prioridades no mercado europeu de veículos elétricos.
A Volkswagen, que assim como a BMW esteve ausente do salão do automóvel de Paris do ano passado, apresentou o modelo básico de seu compacto ID.3 EV. O carro foi lançado inicialmente na França por 33.990 euros (US$ 37 mil), mas seu preço foi reduzido para 27.990 euros.
Os novos veículos elétricos europeus -- incluindo o Renault 4, que foi revelado em Paris pela montadora francesa -- se enquadram principalmente no segmento B da Europa para carros pequenos.
A mudança para veículos menores decorre das vendas fracas de veículos elétricos na Europa, que caíram 6% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2023, para 1,21 milhão de unidades em 31 países, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.
Países como a Alemanha, que suspenderam os subsídios para compra de veículos elétricos, sofreram impacto, mas uma causa mais direta é a priorização das montadoras europeias de veículos elétricos grandes com margens de lucro maiores. Isso levou a poucas opções nas faixas de preço mais baixas, aumentando os preços dos veículos elétricos como um todo e afastando clientes.
Atualmente, a proporção de veículos do segmento B entre os elétricos é de 17%, muito menos do que os 37% entre os modelos a combustão, de acordo com uma pesquisa da Federação Europeia de Transporte e Meio Ambiente (T&E). Para veículos do segmento D, que incluem SUVs e outros grandes, as proporções são de 28% para elétricos e 13% para combustão.
A liderança das montadoras chinesas na faixa de preço baixo é um desafio para as empresas europeias. A T&E projeta que os veículos elétricos exportados para a União Europeia da China por montadoras como a BYD, que representaram 8% das exportações totais do país em 2023, excederão 14% em 2025 e 20% em 2027.
A multinacional Stellantis, que possui 14 marcas europeias e americanas, está buscando ganhar vantagem ao se unir a concorrentes chineses.
"Juntamente com a Leapmotor, estamos tornando a mobilidade elétrica de alta tecnologia e acessível aos consumidores além da grande China", disse o executivo-chefe (CEO) da Stellantis, Carlos Tavares, na segunda-feira sobre o relacionamento da empresa com a startup chinesa de veículos elétricos na qual investiu. "Nossos pontos fortes combinados nos permitem trazer soluções inovadoras ao mercado de forma rápida e eficaz."
A Leapmotor International, uma joint venture entre as duas empresas, venderá veículos elétricos feitos com a tecnologia da empresa chinesa na Europa. Seu novo modelo compacto, um dos três revelados na segunda-feira, terá preço inicial de 18.900 euros, cerca de 20% mais barato do que modelos semelhantes de grandes montadoras europeias.
Tavares indicou que as empresas planejam expandir a parceria para além do mercado europeu no futuro.
A XPeng Motors, uma startup chinesa cujos investidores incluem a Volkswagen, anunciou um novo veículo elétrico equipado com inteligência artificial para o mercado europeu na segunda-feira. "Nos últimos dez anos, os fabricantes chineses melhoraram sua competitividade de custos e marcas", disse o CEO, He Xiaopeng. "Nos próximos dez anos, lideraremos com inteligência artificial."
A parceria com grandes montadoras europeias permite que os fabricantes chineses evitem tarifas adicionais de até 35,3% sobre veículos elétricos fabricados na China que a União Europeia adotou. A Leapmotor está considerando fabricar para a Europa em uma instalação da Stellantis na Polônia.
Mas as parcerias também trazem riscos para os europeus. O analista automotivo alemão Matthias Schmidt ressalta que as montadoras chinesas "parecem interessadas em manter grande parte da cadeia de valor na China."
Se as montadoras europeias quiserem competir com preços e margens de lucro semelhantes, elas terão que terceirizar parte da fabricação de suas peças para a China, o que pode levar ao declínio da indústria automobilística europeia.
Auto Industria - SP 16/10/2024
A Mercedes-Benz irá para a Fenatran 2024 disposta a atrair um transportador que, até agora, não conseguia atender. Em especial nas aplicações rodoviárias de longas distâncias em configurações 6×2 com carreta de quatro eixos e na categoria de caminhões médios para operações urbana na faixa de 11 toneladas.
Ao entender a falta de oferta, a fabricante de São Bernardo do Campo (SP) iniciará 2025 com a linha Accelo renovada e ampliada. A família de caminhões leves e médios ganhou novo visual de cabine nas versões de lançamentos 917, 1117 e 1417 6×2, além de ajustes técnicos que, segundo a marca, proporciona 3% de redução no consumo de combustível em relação às atuais opções, que não deixarão o portfólio, garante a Mercedes-Benz.
Peças importantes na composição de produtos da marca, os Accelo já somam 20 anos de mercado brasileiro e quase 100 mil unidades vendidas. É dele a liderança isolada na categoria de leves, com quase 60% das vendas até setembro em mercado de pouco mais de 7 mil unidades, conforme dados de licenciamento da Anfavea.
Valor - SP 16/10/2024
A BYD respondeu por 71% do volume importado; total vendido pela marca chinesa – 51,3 mil unidades – representou crescimento de 742% em relação ao mesmo período do ano passado
A venda de veículos importados por marcas que, em grande maioria, não produzem no país, aumentou 204% de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano passado, num total de 70,8 mil unidades. O forte crescimento se deve à entrada de produtos chineses, que também lideram a linha de modelos eletrificados.
A BYD respondeu por 71% do volume importado nos nove meses do ano. O total vendido pela marca chinesa – 51,3 mil unidades – representou um crescimento de 742% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números foram anunciados pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), nesta terça-feira (15). O destaque foi o licenciamento dos chamados veículos eletrificados, representados pelos híbridos, híbridos plug-in (que podem ser carregados em tomadas) e os 100% elétricos.
De janeiro a setembro, foram importados pelas associadas à Abeifa 64,7 mil eletrificados, o equivalente a 52,8% do mercado total de híbridos e elétricos. O volume ficou 245,1% acima do total registrado no mesmo período de 2023.
Segundo Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, preocupa a entidade eventual elevação imediata para 35% da alíquota do Imposto de Importação para veículos eletrificados, uma reivindicação das montadoras que produzem em grande escala no país. Hoje, prevalece o escalonamento do aumento do imposto até julho de 2026.
As marcas representadas pela Abeifa são: Kia, Volvo, Porsche, BYD, Aston Martin, Jac, Jaguar Land Rover (com produção nacional), McLaren e Suzuki, além de Polaris, BRP e CFMoto, que são fabricantes e importadores de quadriciclos e veículos recreativos e de trabalho para pequenas propriedades rurais.
Veja - SP 16/10/2024
A Caixa Econômica Federal, que detém aproximadamente 70% do mercado de crédito imobiliário no Brasil, anunciou uma série de mudanças significativas em suas condições de financiamento, que entrarão em vigor no dia 21 de outubro. As novas regras incluem a redução do valor máximo financiável para imóveis de até 1,5 milhão de reais, além de limitar a um único financiamento ativo por cliente.
A medida chega em um momento em que a demanda por imóveis segue aquecida, mas o banco enfrenta desafios crescentes para equilibrar sua oferta de crédito habitacional com a disponibilidade de recursos. Em nove meses, a Caixa já praticamente alcançou sua meta de R$ 70 bilhões em contratações para 2024. Até setembro, o banco desembolsou R$ 63,5 bilhões.
O corte no teto de financiamento de 80% para 70% do valor do imóvel, tanto para propriedades residenciais quanto comerciais, implica que os mutuários terão de desembolsar um valor significativamente maior como entrada. Pela Tabela Price, a entrada mínima para a compra de um imóvel poderá chegar a 50%, aumentando a pressão sobre os consumidores que planejam adquirir um imóvel por esse sistema. No Sistema de Amortização Constante (SAC), a entrada será de 30%. Essas mudanças também afetam os financiamentos para a compra de lotes urbanizados e para construção, em um cenário de financiamento imobiliário já pressionado pelas condições econômicas adversas.
Para muitos consumidores, o aumento das exigências financeiras poderá restringir o acesso à compra da casa própria, especialmente em um momento de alta taxa de juros — a Selic atualmente está em dois dígitos —, o que eleva o custo do crédito e reduz a viabilidade de financiamentos longos e acessíveis.
A Caixa justificou as novas regras como uma resposta à crescente demanda por crédito habitacional e ao orçamento aprovado para 2024. Com sua carteira de crédito imobiliário já ultrapassando os 800 bilhões de reais e mais de 7 milhões de contratos ativos, o banco afirmou que a mudança visa evitar que a oferta de crédito supere os limites orçamentários previstos.
Porém, esses números ocultam um desafio estrutural mais profundo. A fonte primária de recursos para o crédito imobiliário, a poupança, tem sofrido com um volume elevado de saques, pressionado pela alta inflação e pela Selic elevada. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, já havia alertado para o risco de esgotamento dos recursos destinados ao crédito habitacional a partir de 2025. Uma das soluções sugeridas por Vieira foi a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos, o que poderia liberar mais capital para o financiamento habitacional, embora essa seja uma medida de difícil aprovação no curto prazo.
As novas regras da Caixa não se aplicam a empreendimentos financiados diretamente pelo banco, uma concessão que mantém intactas as condições vigentes para esses projetos. Contudo, a exclusão desses empreendimentos do novo pacote de mudanças pode não ser suficiente para conter os efeitos de uma restrição mais ampla no mercado de crédito.
Essas alterações impactam diretamente a classe média brasileira, um segmento que já enfrenta o aumento do custo de vida e salários que não acompanham o ritmo da inflação. A exigência de entradas maiores pode criar um gargalo no acesso ao crédito, forçando muitas famílias a adiar a compra de imóveis ou a buscar opções de moradia menos custosas. O impacto pode ser sentido também no setor da construção civil, que historicamente é um dos motores de crescimento econômico no Brasil. Com menos financiamentos disponíveis, a desaceleração desse setor poderia agravar os já persistentes desafios de crescimento econômico.
Para os compradores e o setor imobiliário, as mudanças representam um novo capítulo de incertezas. Com a economia brasileira em recuperação lenta e os juros pressionando o crédito, a aquisição de imóveis se torna um desafio ainda maior para a população.
Portal Fator Brasil - RJ 16/10/2024
Operação sustentável transporta bens de consumo pela Ferrovia Norte-Sul para os varejos de Goiás, Distrito Federal, oeste de Minas Gerais e sul de Tocantins.
Nos últimos cinco meses, a Brado consolidou uma operação ferroviária híbrida em direção a Goiás. Desde o final de abril, a empresa transporta bens de consumo das indústrias paulistas aos mercados consumidores de Goiás, Distrito Federal, oeste de Minas Gerais e sul de Tocantins. A operação é considerada híbrida porque no mesmo trem são movimentados contêineres com cargas de importação e de mercado interno.
A importação ocorre desde o início das operações, com a inauguração da rota comercial pela Ferrovia Norte-Sul no final de 2023. As cargas que chegam ao porto de Santos seguem pela ferrovia até o terminal da Brado em Sumaré, onde o trem recebe os contêineres de bens de consumo para o mercado interno. Na importação, a carga mais prevalente é de defensivos agrícolas e no mercado interno são bebidas e produtos de higiene e limpeza.
O mix de produtos segue por mais de 1,2 mil quilômetros até Anápolis (GO), de onde as mercadorias são transferidas do trem para caminhões que fazem a distribuição para cidades próximas, incluindo Goiânia e Brasília (DF).
—Estamos levando para a região o modelo de sucesso implantando no fluxo entre São Paulo e Mato Grosso. São mais de 40 produtos atendidos na operação, democratizando o transporte de cargas pela ferrovia e abastecendo o mercado de consumo no interior do País —afirma Daniel Salcedo, diretor comercial da Brado.
Para o diretor, o novo fluxo é promissor e deve gerar resultados significativos em curto prazo. “A região, além de populosa, vem se destacando em crescimento econômico nos últimos anos. A renda das famílias, consumidoras finais das operações de mercado interno, também vem aumentando”, diz.
Em 2023, a renda média das famílias goianas cresceu 24,6%, fechando o ano em R$ 2.017 per capta ao mês. Goiás ficou na oitava posição do ranking comparativo entre os estados, com rendimento 6,5% maior do que a média brasileira, que foi de R$ 1.893. Os números são do IBGE, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. —Estamos animados em oferecer ao mercado essa opção e confiantes de que as indústrias paulistas serão nossas parceiras nesse novo mercado —afirma Salcedo.
Sustentabilidade e benefícios —O transporte multimodal de cargas é mais sustentável na comparação com o estritamente rodoviário, já que o trem movimenta mais carga com menos combustível do que os caminhões necessários para o mesmo volume. A Brado desenvolveu uma ferramenta online que calcula as emissões evitadas de gases de efeito estufa, o Green Log. A empresa projeta que os clientes da operação de mercado interno pelo Corredor Central deixem de emitir cerca de 20 mil toneladas de CO2 em 2024 e 2025, o equivalente a mais de quatro mil veículos. Seriam necessárias cerca de 138 mil árvores para absorver integralmente esse volume.
—Ter um parceiro estratégico como a Brado Logística trabalhando conosco em novas soluções nos habilita a ter uma logística mais eficiente, segura e sustentável. O terminal de Sumaré está localizado na proximidade de nossa fábrica de Paulínia, permitindo que a Syngenta alavanque a utilização da ferrovia Norte-Sul, abastecendo nossos Centros de Distribuição em GO e BA. Além disso, essa nova operação representa mais um passo em direção à redução da pegada de carbono em nossas operações logísticas, contribuindo com nossa forte agenda de sustentabilidade e suportando o acesso às tecnologias Syngenta por parte dos agricultores destas regiões —ressalta Alessandra Gamero, Head de Logística na Syngenta.
Além da Syngenta, a Brado atende nesta rota empresas como Ypê, Heineken, Colgate e Ajinomoto, entre outras.
—Mais uma vantagem para os clientes desse mercado é a possibilidade do estoque em trânsito. O atacadista ou distribuidor pode comprar uma carga na indústria e ainda não ter o espaço físico para receber esses produtos. Enquanto essa compra se desloca pela ferrovia, ela estará em estoque e o cliente não paga nada a mais por isso— explica o diretor comercial da Brado.
A segurança, tanto das cargas quanto nas estradas, é outro valor importante da operação multimodal. O transporte em contêineres pela ferrovia minimiza as perdas de produtos e protege melhor a carga contra avarias, além de reduzir de forma significativa os furtos e roubos e acidentes.
Nas estradas, com os caminhões circulando nas pontas, nos trechos mais curtos, a jornada dos caminhoneiros é menos cansativa, reduzindo o número de acidentes. Eles também ganham qualidade de vida, com apoio nos terminais e a possibilidade de voltar para casa em menos tempo — dependendo da distância, no mesmo dia.
Brado — A Brado é referência nacional em serviços de logística multimodal. Tem estrutura própria composta por 20 locomotivas, mais de cinco mil contêineres e 2,2 mil vagões, equipamentos, armazéns e terminais, complementadas por meio de parcerias estratégicas nos principais centros de consumo do país. Com atuação cada vez mais adaptada às necessidades do mercado de importação, exportação e mercado interno, a empresa preza pela excelência na movimentação de contêineres no Brasil, focada na integração multimodal.
Syngenta — A Syngenta Crop Protection e a Syngenta Seeds fazem parte do Syngenta Group, uma das principais empresas agrícolas do mundo. Nossa ambição é ajudar a alimentar o mundo com segurança enquanto cuidamos do planeta. Nosso objetivo é melhorar a sustentabilidade, a qualidade e a segurança da agricultura com ciência de classe mundial e soluções agrícolas inovadoras. Nossas tecnologias permitem que milhões de agricultores em todo o mundo façam melhor uso dos limitados recursos agrícolas.
O conteúdo deste press release serve a propósitos apenas informativos. Ele não é, nem deve ser interpretado como, uma oferta para venda ou emissão, como solicitação de oferta de compra de quaisquer títulos ou outras participações imobiliárias.
IstoÉ Dinheiro - SP 16/10/2024
A Justiça Federal suspendeu, em caráter liminar, as audiências públicas da renovação antecipada de concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que haviam sido reabertas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) há uma semana. A ação assinada pela Logística Brasil, associação que representa usuários dos portos, alega que falta o cumprimento de etapas como apresentação de estudos prévios para que se possa proceder com o processo de renovação da concessão.
A decisão é da juíza Geraldine Vital, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro. A magistrada reconheceu o risco de haver falhas processuais. “Verifica-se que não se deu publicidade ao processo que instrui a renovação, mantido em sigilo sem justificativa legal, notadamente quando a regra a nortear os atos administrativos é o princípio da publicidade”, afirma na decisão liminar.
A juíza também reconhece os possíveis prejuízos sobre a alegada ausência do estudo técnico no processo. “A ausência do estudo técnico priva a população de uma análise aprofundada dos impactos e benefícios da renovação contratual em comparação com a realização de nova licitação, e desvirtua a função de transparência e participação social prevista na lei”, diz.
FCA
A ferrovia corta os Estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A ferrovia surgiu em junho de 1996 após a desestatização da Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Está sob controle da VLI desde 2011 e tem o final do seu contrato de concessão em 1º de setembro de 2026.
O objetivo das audiências é colher sugestões e contribuições da sociedade para aprimorar o projeto de prorrogação do contrato, que venceria em 2026, por mais 30 anos. A empresa propõe, pela continuidade, investir R$ 24 bilhões na infraestrutura ferroviária.
Até o momento, conforme o calendário de reuniões públicas, foram realizadas sessões em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Vitória. As próximas seriam em Salvador, nesta sexta-feira, 18, e em Goiânia no dia 21, quando a etapa de audiências públicas seria encerrada.
O Estado de S.Paulo - SP 16/10/2024
Depois de se arrastar por cinco anos, e ser alvo de polêmica e críticas de usuários de cargas, o projeto para construção de um novo terminal de contêineres no Porto de Santos (SP) recebeu um sinal de que poderá sair do papel. O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) vai anunciar nesta terça-feira, 15, que decidiu avançar com o plano de leilão da área dentro do porto santista para a construção do novo terminal pela iniciativa privada.
Segundo informação do MPor obtida pelo Estadão, foi encaminhado pela pasta à Infra S/A (antigo Denit) um ofício com as diretrizes para a concessão da área, as quais preveem adaptações no modelo original proposto em 2019 para o projeto a ser instalado na região do Saboó. Em 2022, o projeto, que ficou conhecido como STS10, estava atrelado ao plano de privatização do Porto de Santos, o qual foi sustado na nova gestão do governo federal que assumiu em janeiro de 2023.
O novo plano, elaborado pela Infra, informa o ministério, prevê expressiva ampliação da atual capacidade de movimentação de contêineres em Santos, onde já operam os terminais Santos Brasil, BTP, DPW e Ecoporto. Segundo o ministério, foram analisadas várias alternativas à concessão da unidade portuária STS10. Os novos estudos, informa, incluem ainda novo terminal de passageiros..
De acordo com o MPor, o modelo aprovado, feito em alinhamento com a Casa Civil, prevê a construção de quatro berços de atracação, permitindo elevar a atual capacidade de contêineres em 50%. Hoje, o porto santista “recebe 6 milhões de contêineres por ano, passará a ter capacidade para comportar 9 milhões de unidades”. O projeto original do STS10 previa três berços de atracação, com capacidade de movimentar por ano 2,3 milhões de TEUs (medida padrão para contêineres).
Em nota ao Estadão, o ministro Sílvio Costa Filho, declarou que o projeto atual foi elaborado após muita análise para que se pudesse encontrar a melhor solução para o Porto de Santos. Segundo Filho, “o modelo original foi elaborado em um cenário de privatização do Porto de Santos, o que foi descartado pelo governo do presidente Lula”.
A ampliação da capacidade de importação e exportação do projeto santista, maior do País, destaca o ministro, irá garantir melhoria na operação, podendo tornar os produtos exportados mais competitivos. Costa Filho acrescenta que a proposta se encaixa no atual modelo de desenvolvimento do governo federal.
Alvo de questionamentos
O adiamento da construção do STS 10 foi alvo de muitos questionamentos. Usuários do Porto de Santos e entidades empresariais pressionaram para que fosse tirada do papel a licitação do projeto. Além do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), de armadores de contêineres, e do Cecafé, dos exportadores de café, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também pleiteou medidas para resolver o caso.
Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, em novembro do ano passado, encaminhou ofício aos ministros Silvio Costa Filho, do MPor, e Rui Costa, da Casa Civil, destacando a saturação da capacidade do porto, mostrando que já atingia 93% de utilização.
A licitação do STS-10 está paralisada desde 2022. A retomada caberá à Autoridade Portuária de Santos (APS), a antiga Codesp, que é a gestora do porto e está vinculada ao MPor.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a ser elaborado e divulgado em julho, no qual solicitava que a realização do leilão do projeto fosse retomada em 30 dias. O ministério se reuniu com técnicos do TCU e Casa Civil para buscar soluções e informar que não era possível atender o pleito no prazo que considerou exíguo e sem um novo projeto para o STS10.
Conforme o ministério, o estudo ajustado do novo terminal de contêiner em Santos deverá ser encaminhado para análise do TCU ainda este ano, quando estiver com todas as análises concluídas por técnicos internos e pela Infra. A previsão é que o leilão da área ocorra em 2025.
Sobre o terminal de passageiros, diz o MPor, ainda será analisada com a Infra e com os envolvidos a melhor modelagem para a operação, tendo em vista a importância do local que hoje recebe cerca de 1 milhão de passageiros de cruzeiros por ano. O novo terminal para passageiros, que ficará também na mesma área da região do Saboó, garante o ministério, não deve interferir na operação da área de contêineres.
Portal Fator Brasil - RJ 16/10/2024
Investimentos de R$ 123 milhões promete aumentar a segurança dos trabalhadores e mitigar a ação das ondas e correntes marítimas.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (MPor), e a governadora Raquel Lyra (PSDB) assinaram, no dia 11 de outubro (sexta-feira), o Termo de Compromisso para o início das obras da quarta fase de recuperação do molhe de Suape; uma obra fundamental para o fortalecimento do porto.
Com um investimento total de R$ 123 milhões, essa iniciativa é crucial para melhorar a infraestrutura do porto, garantindo operações mais seguras e eficientes. Os recursos são provenientes de diversas fontes, com R$ 50 milhões do Novo PAC e R$ 73 milhões do governo do estado de Pernambuco.
O projeto visa a recomposição do prolongamento do molhe, que sofreu danos significativos na berma hidráulica ao longo dos anos. As obras garantirão a integridade do local, assegurando condições seguras para a manobra e atracação de navios, além de minimizar a ação das ondas e correntes marítimas. Os trabalhos estão programados para começar ainda em outubro e devem ser concluídos em maio de 2028.
— Suape representa mais 8% do PIB do nosso estado. Um grande ativo de Pernambuco! Mais de 83 empresas fazem parte desse complexo; mais de 20 mil empregos gerados aqui. É muito bom trazer investimentos e ajudar na retomada do protagonismo de Suape no Nordeste. Uma obra que será fundamental para dar segurança à infraestrutura portuária— destacou Silvio Costa Filho.
Outros investimentos estão sendo trabalhados como a Dragagem e a Pedra Fundamental agora para novembro. São investimentos da APM Terminais, de R$ 1.7 bilhões.
Participaram do ato, além do ministro e da governadora, o senador Humberto Costa, o deputado federal Ossesio Silva, os secretários nacionais de Portos, Alex Ávila, de Aeroportos, Tomé Franca; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o presidente de Suape, Márcio Guiot, entre outras autoridades.
O Porto de Suape — Entre janeiro e julho deste ano, o complexo portuário de Suape movimentou impressionantes R$ 14,5 bilhões, um aumento de 2,76% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é impulsionado pela atuação de 83 empresas em 12 polos industriais, gerando cerca de 20 mil empregos e sustentando inúmeras famílias na região.
Com essa nova etapa de obras, o Porto de Suape se prepara para fortalecer ainda mais sua importância econômica e a segurança de suas operações.
Portal Fator Brasil - RJ 16/10/2024
O equivalentes a US$ 30,9 milhões são para rebocadores tipo azimutal com projeto da Damen ASD 2312, eserão construídas no estaleiro da companhia, localizado em Guarujá, no estado de São Paulo.
A Wilson Sons (PORT3) informou no dia 14 de outubro (segunda-feira), que sua subsidiária integral, Wilson Sons Serviços Marítimos, assinou um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na função de agente financeiro do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
O financiamento, no valor de até R$ 149,1 milhões —equivalentes a US$ 30,9 milhões—, será destinado à construção de três rebocadores portuários com tração estática de 70 toneladas.
As embarcações, com propulsão azimutal e projeto Damen ASD 2312, serão construídas no estaleiro da companhia, localizado em Guarujá, no estado de São Paulo.
—Essas novas embarcações fazem parte da estratégia de renovação de frota da companhia e reforçam o compromisso da Wilson Sons com a modernização de suas operações e a facilitação dos fluxos comerciais no Brasil—destacou a holding em um Fato Relevante.
Valor Investe - SP 16/10/2024
A redução nas projeções para a demanda de petróleo e o conflito no Oriente Médio seguem no foco dos agentes financeiros
As ações de petrolíferas operaram em queda nesta terça-feira (15), em meio ao forte recuo do petróleo no mercado externo. O mercado repercute a revisão nas projeções para a demanda da commodity neste ano e no próximo, ao mesmo tempo em que monitora os desdobramentos do conflito no Oriente Médio.
Os papéis preferenciais (PETR4) da Petrobras caíram 1%, a R$ 37,32, e os ordinários (PETR3) recuaram 1,2%, a R$ 40,87.
As ações das empresas 'juniores' também reagiram ao tombo do petróleo, mas foram reduzindo as perdas mais significativas registradas na abertura dos negócios. Prio (PRIO3), após cair quase 3%, encerrou próxima da estabilidade, com ligeira variação negativa de 0,05%, a R$ 43,41.
O papel da PetroReconcavo (RECV3) recuou 2%, a R$ 17,54, e da Brava Energia (BRAV3), companhia que nasceu da fusão entre 3R e Enauta, desvalorizou 0,81%, a R$ 17,14.
Lá fora, o contrato do petróleo Brent - referência mundial - com entrega em dezembro caiu 4,14%, a US$ 74,25 por barril, menor valor desde o início de outubro. O do petróleo WTI - referência americana - com entrega em novembro caiu 4,40% a US$ 70,58 por barril.
Notícias de que Israel deve atacar alvos militares iranianos como retaliação, e não aqueles ligados a petróleo ou a usinas nucleares, dão apoio a uma retirada dos prêmios de risco dos preços do petróleo.
Ao mesmo tempo, a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou sua previsão para a demanda global por petróleo em 2024 e citou a economia chinesa como uma grande preocupação.
As preocupações com a China e a falta de clareza sobre novos estímulos fiscais na segunda maior economia do mundo também têm pesado sobre os preços da commodity.
TN Petróleo - RJ 16/10/2024
O FPSO Maria Quitéria produziu o seu primeiro óleo nesta terça-feira (15/10), no campo de Jubarte, no pré-sal localizado na porção capixaba da Bacia de Campos. A unidade tem capacidade de produzir diariamente até 100 mil barris de óleo e de processar até 5 milhões de metros cúbicos de gás, e será interligada a um total de oito poços produtores e oito injetores.
O FPSO Maria Quitéria teve a entrada antecipada, sua previsão inicial era para 2025 de acordo com o Planejamento Estratégico 2024-2028. A Petrobras é a única detentora dos direitos de produção do campo de Jubarte, localizado na área conhecida como Parque das Baleias, no Espírito Santo.
A plataforma é do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo, da sigla em inglês) e está equipada com tecnologias para redução de emissões com mais eficiência operacional combinada à redução em cerca de 24% de emissões operacionais de gases de efeito estufa.
Com 156 metros de altura e 333 metros de comprimento, o FPSO está instalado em lâmina d’agua de 1.385 metros. Além disso, terá capacidade de geração de 100 MW de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 230 mil habitantes.
Projeto Integrado Parque das Baleias
A área de Parque das Baleias é formada pelos campos de Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Mangangá. O primeiro campo, de Jubarte, foi descoberto em 2001. Em 2019 a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) celebraram um acordo para a prorrogação do prazo de concessão até 2056 do novo campo de Jubarte unificado, que viabilizou a implantação do FPSO Maria Quitéria, novo sistema de produção do Projeto Integrado do Parque das Baleias, além de projetos complementares na área.
Atualmente, estão em operação no Parque das Baleias outras três plataformas: P-57, P-58 e FPSO Cidade de Anchieta. Com a entrada em operação do Maria Quitéria, em plena carga, esta unidade corresponderá a cerca de 40% da produção do campo.
Valor - SP 16/10/2024
Indianos estão tentando atrair a estatal brasileira para explorar petróleo em águas profundas de sua costa
Hardeep Singh Puri: “A Índia está em transição para a energia verde. Mas tem que sobreviver” — Foto: Hollie Adams/Bloomberg
A Índia está tentando atrair a Petrobras para explorar petróleo em águas profundas de sua costa. Esse foi o principal tema da visita ao Brasil, em setembro, do ministro do Petróleo, Hardeep Singh Puri, que entre outros compromissos teve uma reunião com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Em entrevista ao Valor, Puri disse que as companhias indianas querem aproveitar a expertise da estatal brasileira adquirida com o pré-sal. E que, futuramente, podem firmar parceria com a Petrobras em projetos exploratórios. Puri classificou essa “primeira conversa” com Chambriard como “muito positiva”.
“Conheci a CEO da Petrobras, tivemos uma longa e abrangente discussão sobre a cooperação em andamento entre a Índia e o Brasil no setor de energia e também discutimos maneiras e meios de fortalecer essa cooperação”, disse o ministro. “Estamos discutindo o aumento nos negócios tradicionais, aumento em biocombustíveis, mais cooperação, ajuda da Petrobras também, porque a Petrobras tem uma expertise única no que é chamado de exploração em águas profundas.”
Procurada, a Petrobras confirmou que Chambriard e o ministro conversaram, mas nenhuma decisão foi tomada até o momento.
Segundo o ministro, a Índia tem uma bacia sedimentar de cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Recentemente, o país liberou 1 milhão de quilômetros para exploração em uma área que era antes proibida.
“Agora, estamos convidando as pessoas a participar”, disse. “Nossas empresas gostariam de convidar a Petrobras para auxiliá-las com conhecimento técnico. E se o empreendimento der certo, elas também poderiam fazer parceria com elas.”
De acordo com Puri, a demanda de energia na Índia cresce a um ritmo três vezes maior do que a média global. E as importações respondem hoje por 85% do consumo interno. O Brasil é o 12º maior fornecedor de petróleo para o país asiático. O objetivo do governo Narendra Modi é, em médio ou longo prazo, tornar o país autossuficiente em energia.
“Precisamos expandir a energia tradicional, mas nosso principal objetivo é garantir que haja disponibilidade, que haja acessibilidade, que tenhamos conseguido reduzir o preço e que haja sustentabilidade, energia verde”, afirmou. “A economia está crescendo a 7% e o aumento do consumo na demanda é três vezes a média global. E, mais do que isso, a Agência Internacional de Energia previu que nas próximas duas décadas, 25% do aumento da demanda virá da Índia.”
O ministro afirma que a transição energética é um compromisso de seu país. Mas diz que, apesar das mudanças climáticas, a Índia vai precisar continuar expandindo sua produção de combustíveis fósseis por algum tempo.
“Assim como o Brasil, a Índia está em transição para a energia verde. Mas você tem que sobreviver”, afirmou.
Com 1,4 bilhão de habitantes, o país colocou uma meta de emissão líquida zero de CO2 apenas para 2070. E já vem adotando medidas para estimular as energias renováveis, como o aumento da mistura do etanol à gasolina e empreendimentos ligados ao hidrogênio verde. O país espera, além disso, duplicar sua capacidade de geração de energia solar e eólica nos próximos dez anos. E tem o objetivo de reduzir o uso do carvão até chegar ao ponto de que 50% de seu consumo venha de fontes renováveis.
Entretanto, o país ainda tem grandes reservas de carvão. E, com uma população gigante, fica difícil abrir mão do uso de fontes poluentes, que ainda são mais baratas.
Puri foi pragmático ao dizer que uma eventual escassez de energia, forçada por um veto aos combustíveis fósseis, traria prejuízos eleitorais ao premiê Modi, além de consequências para a democracia.
“Se você tem uma população de 1,4 bilhão, você tem 960 milhões eleitores registrados. E na última eleição, quando o senhor Modi ganhou um terceiro mandato consecutivo, tivemos 680 milhões de pessoas votando. Então imagine 680 milhões de pessoas saindo para votar. Imagine se houver escassez de energia, ou se o preço da energia subir, quais são as consequências para a política e a democracia”, disse. “Eu acho que se você tem uma discussão acadêmica, todos concordarão que devemos transitar amanhã. Mas você deve ter o combustível de trânsito pronto. Porque você não pode ir até sua população e dizer: ‘Olha, a partir de amanhã, vamos para a energia verde’. Eles dirão: ‘Muito bem. Quanto custa a energia verde? Onde está?’.”
Valor - SP 16/10/2024
Os contratos tanto do petróleo Brent, a referência mundial, quanto do WTI, a referência americana, caíram mais de 4%
Os preços do petróleo fecharam a terça-feira (15) em forte queda, com os investidores apagando o prêmio de risco de acirramento do conflito entre Israel e Irã em meio a mais dados que projetam um menor crescimento da demanda pela commodity.
No fechamento, o petróleo Brent, a referência mundial, com entrega em dezembro caiu 4,14% a US$ 74,25 por barril. Já o petróleo WTI, a referência americana, com entrega em novembro caiu 4,40% a US$ 70,58 por barril.
"Os preços do petróleo caíram, enquanto circulavam relatórios sobre a resposta de Israel ao Irã, com indicações de que eles, provavelmente, não irão atacar a infraestrutura de petróleo ou nuclear", disse o analista-chefe de mercado da Finalto, Neil Wilson.
Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou, hoje, suas estimativas para operações globais de refinaria para este ano e para 2025. Em seu último relatório, a agência reduziu sua previsão para operações de refino de 2024 em 180 mil barris diários para uma média de 82,8 milhões de barris, e disse que espera que as operações no próximo ano tenham uma média de 83,4 milhões de barris por dia, uma queda de 210 mil barris em relação à previsão anterior.
Mesmo com os números reduzidos, contudo, a previsão para 2024 é de 540 mil barris a mais que em 2023 e representa um aumento de 610 mil barris por dia para 2025. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e o Departamento de Energia (DoE) dos EUA também já haviam reduzido sua expectativa de demanda para 2024 e 2025.
Também pesou na cotação do petróleo a falta de clareza nas medidas de estímulo do governo chinês para impulsionar a economia em declínio.
InfraRoi - SP 16/10/2024
A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná (SEIL) publicou o Edital do Estudo de Viabilidade Técnica, Socioeconômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) do Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná. O projeto prevê a construção de 151 quilômetros de novas rodovias no Litoral do Paraná. A intenção é melhorar o acesso aos portos de Antonina e Paranaguá, além de oferecer mais infraestrutura para o setor turístico e a população local ao reduzir o tráfego.
As propostas poderão ser apresentadas até o dia 9 de dezembro, por meio do portal de compras do governo federal, o Compras.gov. O investimento previsto para a elaboração do estudo é de R$ 4,16 milhões, com um prazo de execução de 15 meses após a assinatura do contrato e a emissão da ordem de serviço.
O EVTEA-J examina todos os aspectos necessários antes da elaboração de projetos e execução de obras, propondo alternativas para sua realização. No caso do Complexo Rodoviário no Litoral, três trechos específicos serão estudados:
Trecho 1: segmento norte, ligando a BR-277 (Marta) à BR-116 (Alpino), com 55 quilômetros de extensão, além de um novo acesso ao Porto de Antonina, com 10 quilômetros. Trecho 2: segmento sul, que vai da BR-277 (Marta) até a BR-376, na divisa com Santa Catarina, cobrindo 62 quilômetros. Trecho 3: segmento que conecta o Trecho 2 à PR-508, contornando a parte norte da Baía de Guaratuba, com 24 quilômetros de extensão. Como será feito o estudo sobre novas rodovias no litoral do Paraná
A SEIL ressalta que o EVTEA-J do Complexo Rodoviário será desenvolvido com foco no desenvolvimento sustentável. A intenção é de que o estudo ouça a população, os usuários das rodovias, os produtores rurais, os ambientalistas e os municípios. Também serão levadas em consideração todas as obras em andamento, como a Ponte de Guaratuba, e as previstas para os próximos anos.
O EVTEA-J será realizado em duas fases: preliminar e executiva. Na fase preliminar, serão elaborados Estudos Ambientais, Estudos de Tráfego, Estudos Geológicos/Geotécnicos, Estudos Socioeconômicos e Estudos de Traçado.
Na fase executiva, estão previstas a Análise Técnica das alternativas, a definição e o cálculo dos custos e benefícios, a comparação entre benefícios e custos, além de análises de sensibilidade e de Custo-Benefício, uma análise jurídica e uma matriz de risco, seguidas de conclusões e recomendações.
A SEIL será responsável por acompanhar todo o trabalho e fiscalizar a execução do contrato conforme os critérios definidos no edital e seus anexos.
Impacto das chuvas deve ser reduzido
Atualmente, a malha rodoviária do Litoral é composta pelas rodovias federais BR-277, BR-376 e BR-116, além das estaduais PR-340, PR-405, PR-407, PR-408, PR-410, PR-411, PR-412, PR-508, PR-804 e PR-808.
Nos últimos anos, a região enfrentou bloqueios simultâneos nas rodovias devido às intensas chuvas do último trimestre, isolando praticamente o Litoral do restante do Estado.
Com a implementação do Complexo Rodoviário, espera-se evitar essas situações, melhorando a interligação entre as rodovias federais e os municípios e garantindo mais opções para o tráfego de veículos.