Clipping Diário

24 | Outubro | 2024

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   24/10/2024

Soma de 2,8 milhões de toneladas ante o mesmo período do ano passado. Os laminados teve aumento de 10,9%, e semiacabados 17,6%. Mas exportações teve queda de 15,5% no volume e 12,8% em valores, frente ao mesmo mês de 2023. Importações aumentaram 19,8%, e recuo de 0,1% em valor. No acumulado do ano houve aumento, mas exportações teve redução, assim como valores. Ao passo que as importações cresceram em toneladas e valores.

Em setembro de 2024 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, um crescimento de 9,9% frente ao apurado no mesmo mês de 2023. Já a produção de laminados foi de 2,0 milhões de toneladas, 10,9% superior à registrada em setembro de 2023. A produção de semiacabados para vendas foi de 794 mil toneladas, uma elevação de 17,6% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr), no dia 22 de outubro (terça-feira).

Consumo e vendas — As vendas internas cresceram 14,0% frente ao apurado em setembro de 2023 e totalizaram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,4 milhões de toneladas, 9,1% superior ao apurado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de setembro de 2024 foram de 704 mil toneladas, ou US$ 577 milhões, o que resultou em queda de 15,5% e de 12,8%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2023.

Importações — As importações de setembro de 2024 foram de 658 mil toneladas e de US$ 564 milhões, um aumento de 19,8% em quantum e um recuo de 0,1% em valor na comparação com o registrado em setembro de 2023.

Produção de janeiro a setembro — A produção brasileira de aço bruto foi de 25,2 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2024, o que representa um aumento de 4,4% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 17,7 milhões de toneladas, crescimento de 7,0% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2023. A produção de semiacabados para vendas totalizou 6,7 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2024, uma redução de 5,8% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 15,9 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2024, o que representa um crescimento de 7,4% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 19,6 milhões de toneladas no acumulado até setembro de 2024. Este resultado representa um aumento de 8,4% frente ao registrado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de janeiro a setembro de 2024 atingiram 7,7 milhões de toneladas, ou US$ 6,1 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 13,1% e de 20,1% na comparação com o mesmo período de 2023.

Importações — As importações alcançaram 4,6 milhões de toneladas no acumulado até setembro de 2024, um aumento de 24,0% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,5 bilhões e avançaram 0,6% no mesmo período de comparação.

Distribuição regional da produção de aço bruto no mês de setembro e, de janeiro a setembro, destaca-se os estados: Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; São Paulo, respectivamente, nesta ordem.

Distribuição regional da produção de semiacabados e laminados, no mês de setembro e, de janeiro a setembro, destaca-se os estados: Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; São Paulo, respectivamente, nesta ordem.

Produção de aço mundial: 1º China; 2º Índia; 3º Japão; 4º Estados Unidos; 5º Rússia ; 6º Coréia do Sul; 7º Alemanha ; 8º Turquia; 9º Brasil.

ICIA — O Índice de Confiança da Indústria do Aço referente ao mês de outubro de 2024 subiu 1,6 pontos e alcançou 63,8 pontos, sendo o quarto aumento seguido do ICIA, mostrando um quadro de confiança entre os CEOs da indústria do aço.

Consultor Jurídico - SP   24/10/2024

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, decidiu, nesta terça-feira (22/10), enviar diretamente ao Plenário a ação que discute se um grupo empresarial, ao assumir o controle de uma companhia, deve fazer oferta pública de compra ações (OPA) aos acionistas minoritários da empresa, como prevê a Lei das S.A.. O caso envolve a compra do bloco de controle da siderúrgica Usiminas pelo grupo ítalo-argentino Ternium.

Compra do controle da Usiminas pela Ternium será julgado pelo Plenário do STF

O magistrado solicitou informações ao presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso do Nascimento, no prazo de dez dias. Em seguida, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, terão cinco dias, cada, para se manifestarem.

A discussão foi levada ao STF pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em nome da Ternium. A entidade questiona decisões do Superior Tribunal de Justiça desfavoráveis à controladora da Usiminas.

O STJ entendeu que a Ternium deve pagar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pelos prejuízos causados aos sócios minoritários por assumir o controle da Usiminas fora dos caminhos previstos na legislação brasileira.

Entre 2011 e 2012, a Ternium adquiriu 25% das ações ordinárias da Usiminas do consórcio Votorantim/Camargo Corrêa e da Caixa de Empregados da Usiminas. Em 2023, a empresa admitiu formalmente ser dona de 49% das ações ordinárias com a compra da participação da Nippon Steel — o que a levou a ter 61% do bloco de controle da companhia.

Mesmo assim, o grupo alega que não há necessidade de oferta pública e nega que tenha adquirido o bloco de controle da siderúrgica.
Ação judicial

Quem procurou a Justiça, em busca de reparação foi a CSN, que se viu prejudicada com as operações da Ternium. Na argumentação da companhia e dos demais sócios que se sentiram lesados, camuflou-se uma operação de troca de controle, que defraudou os minoritários.

Embora conteste a aquisição do controle, a Ternium pagou as ações que comprou, com um ágio de 90% do valor das ações preferenciais.

Posteriormente, a Nippon, que compunha o bloco de controle antes da entrada da Ternium, ainda foi favorecida com contratos da ordem de R$ 60 bilhões — interpretados como pagamentos retroativos pela alienação disfarçada do controle, para evitar a oferta pública. Ou seja: não houve apenas aquisição de ações minoritárias, mas a compra do controle de fato, segundo a CSN. As transações teriam sido camufladas por meio de acordos paralelos.

O artigo 254-A da Lei das S.A. estabelece que a alienação, direta ou indireta, do controle de uma companhia aberta só pode ser contratada sob a condição de que o adquirente faça uma oferta pública de aquisição das ações com direito a voto dos demais acionistas. Essa oferta deve assegurar um preço mínimo igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto que integra o bloco de controle.

Para que o STF substitua o STJ na avaliação deste caso, contudo, há uma preliminar. A pouco conhecida AEB deve passar pelo crivo da sua legitimidade. A entidade, que tem a Ternium na sua direção, tem que demonstrar a pertinência temática da sua representação.
Paradigma constitucional

Outro desafio é que a ADI envolve uma tese jurídica com paradigma constitucional — e não um caso concreto, que só seria examinado em recurso extraordinário. Nesse plano, a ADI se torna um recurso a mais, e o STF, uma quarta instância para o caso.

O caso da Usiminas, porém, ainda tramita no STJ, já que o grupo Ternium apresentou embargos de declaração contra o acórdão favorável à CSN e aos demais autores.

Embora não especifique qual dispositivo constitucional tenha sido violado pela decisão do STJ, a AEB/Ternium argumenta que o entendimento da Corte ameaça a segurança jurídica, a livre concorrência e o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Trata-se da única ação no Judiciário que contesta a obrigatoriedade de OPA em alienação de controle de companhias.

ADI 7.714

Money Times - SP   24/10/2024

A Capital International Investors (CII) reduziu sua participação na Gerdau (GGBR4) por meio da venda de ações preferenciais e American Depositary Receipts (ADRs) representativos de ações PN de emissão da companhia.

Com isso, a CII passou a administrar um total de 68.851.521 ações, que representam 4,96% de participação acionária na empresa siderúrgica.
BofA corta preço-alvo da Gerdau (GGBR4), mas mantém recomendação de compra

Na semana passada, o Bank of America reduziu o preço-alvo para as ações da Gerdau (GGBR4), para R$ 24, e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4), para R$ 14.

Contudo, a recomendação de compra foi mantida, com a projeção de que as ações sejam negociadas a 3,6x EV/Ebitda (Valor da Empresa dividido pelo Ebitda) em 2025, entregando um retorno de fluxo de caixa livre de 8%.

A revisão do valor anterior foi motivada pelo corte de US$120/tonelada em uma fatia considerável das barras de aço comercializadas pela Nucor Corporation (NUE), anunciado pela siderúrgica americana no início de outubro.

De acordo com a análise do BofA, a empresa estava oferecendo descontos em seus preços de tabela para corresponder melhor aos valores oferecidos pela concorrência. “Com o corte de preço anunciado, ela deixou de oferecer esses descontos. Portanto, o impacto na receita líquida/tonelada deve ser menor do que o corte de preço de US$120/st sugere.”

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   24/10/2024

Para reduzir a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) nas operações logísticas e contribuir para sua meta de descarbonização, a ArcelorMittal passou a contar desde agosto com o primeiro caminhão 100% elétrico no transporte de bobinas de aço.

Agora parte da frota da transportadora WOEU, o veículo (na imagem) é o primeiro caminhão Volvo FM elétrico em Santa Catarina e tem capacidade de transportar 30 toneladas de carga por viagem.

Até o final deste ano, está prevista a entrada de mais quatro caminhões na operação, cada um com capacidade de 48 toneladas por viagem, em parceria com outras transportadores

Juntos, os veículos irão viabilizar o transporte de 120 mil toneladas de aço ao ano, representando a diminuição de mais de 800 toneladas de GEE nas emissões anuais da companhia.

Os veículos estão previstos para operação em rotas regionais de até 200 km, a partir da unidade da ArcelorMittal em São Francisco do Sul (SC).

Os testes se iniciaram em janeiro deste ano, em um percurso de 488 km que incluiu trechos de serra e envolveu três rotas de entrega.

Após as avaliações, a empresa constatou que “o caminhão elétrico apresenta a mesma condição de dirigibilidade, segurança e facilidade de operação”.

“Além disso, possui custos de manutenção inferiores aos caminhões convencionais e pode operar em regime ininterrupto, com paradas curtas para recarregar as baterias”, argumenta a empresa.

Segundo Eduardo Crescente Raya, diretor de planejamento e logística do segmento de Aços Planos da ArcelorMittal, o próximo passo é avaliar novas alternativas e rotas para a empresa avançar no modelo com as transportadoras.

“O uso de energia elétrica torna o transporte de cargas mais viável, sustentável e limpo”, avalia Raya.

“Além de agregar o valor ao negócio, mostrando aos clientes nosso compromisso com a descarbonização, que representa um grande passo para consolidação da estratégia de produzir aços inteligentes para as pessoas e o planeta”, aponta.

Grandes Construções - SP   24/10/2024

As exportações de sucatas ferrosas, materiais reciclados utilizados na fabricação de aço, recuaram no comparativo mensal em setembro.

As vendas externas alcançaram 56.164 toneladas no mês passado, uma queda de 43% em relação a setembro de 2023, quando somaram o maior volume mensal daquele ano, 98.326 toneladas.

Em relação a agosto deste ano, houve retração de 14%, com 65.254 toneladas. Porém, de janeiro a setembro deste ano, a queda é menor.

No período, as exportações atingiram 558.465 toneladas, 2,8% abaixo no comparativo aos nove meses de 2023, quando chegaram a 574.819 toneladas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia (Secex).

Com a redução da produção das siderúrgicas, também retrai a demanda por sucatas ferrosas.

A expectativa do Inesfa é de que as vendas externas não superem o volume do ano passado, quando chegaram ao recorde de mais de 800 mil toneladas.

“As exportações de volumes excedentes, alternativa para as empresas recicladoras quando ocorrem retrações no mercado interno, começaram a recuar”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa, associação de classe que representa mais de 5,5 mil empresas da economia circular.

“O pior é que o mercado local ainda não deu sinais de recuperação”, lamenta.

Infomoney - SP   24/10/2024

A produção global de aço bruto diminuiu 4,7% em setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 143,6 milhões de toneladas (mt), segundo dados divulgados pela World Steel Association.

Na China, a produção caiu 6,1% em setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando 77,1 milhões de toneladas.

Para 2024, espera-se que a China responda por menos da metade do consumo global de aço, em um contexto de desaceleração contínua do setor imobiliário. A associação mencionou que um suporte governamental mais significativo à economia poderia elevar a demanda por aço em 2025.

No mesmo período, o Brasil registrou um aumento de 9,9% na produção, chegando a 2,8 milhões de toneladas (mt).

Já a produção estimada do Irã foi de 1,5 mt, reduzindo 41,2%, enquanto a Índia produziu 11,7 mt, com uma redução de 0,2%.

O Japão registrou uma produção 6,6 mt em setembro, diminuindo 5,8%. Os Estados Unidos alcançaram 6,7 mt, um aumento de 1,2%. A produção da Rússia foi de 5,6 mt, reduzindo 10,3%. A Coreia do Sul teve 5,5 mt, um aumento de 1,3%. A Alemanha alcançou 3,0 Mt, um aumento de 4,3%. A Turquia registrou 3,1 Mt, um aumento de 6,5%.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   24/10/2024

O governo federal enfrenta uma crise de confiança na economia. Ela ainda não é uma crise econômica, porque não chegou à vida real, mas está expressa nos indicadores financeiros, em especial nos juros pagos pelo governo para rolar sua dívida, que passaram de 7%, já descontada a inflação.

Esse número significa um sinal vermelho de alerta sobre as finanças públicas, o que confronta radicalmente a melhora do rating brasileiro pela Moody’s. O mercado simplesmente ignorou a mudança feita pela agência e permaneceu cobrando taxas altíssimas do Tesouro.

A melhora da projeção do PIB feita pelo FMI esta semana é uma boa notícia, mas também preocupa porque ainda assim a dívida do governo vem crescendo fortemente. O que acontecerá com os indicadores fiscais quando a economia perder o fôlego?

Se o déficit primário deste ano deve ser menor do que o do ano passado, há enormes dúvidas sobre quando o governo voltará a ter superávit. E isso significa incerteza, o que faz com que os investidores tragam esse risco a “valor presente”.

Haddad e Tebet não conseguem coordenar as expectativas do mercado porque não têm a confiança irrestrita de Lula. Ela é parcial, com concessões a conta-gotas, no ritmo que o presidente entende. E, no meio do caminho, ele dá declarações que não deixam o País esquecer que o terraplanismo macroeconômico continua forte dentro do PT.

Um dos grandes problemas da lógica econômica de Lula é que ele acredita cegamente que a crise do governo Dilma é fruto da Operação Lava-Jato. Como Lula foi condenado, preso, e depois teve a sentença anulada, a explicação lhe convém. Para o PT, essa também é a resposta mais fácil para explicar aquela foi a maior crise econômica da história deste país.

O uso dos fundos públicos para estimular a economia, como mostrou o Estadão, torna mais difícil o acompanhamento das contas públicas. Quando o governo turbina os fundos, ele praticamente cria um orçamento paralelo, que pode depois se transformar em custo, em caso de calote em créditos concedidos, por exemplo. Isso também enfraquece o poder do Banco Central com a política juros, diminuindo a potência da política monetária. Assim, a Selic acaba ficando mais alta.

Se quisesse, Lula acabaria com a desconfiança em poucas declarações e sinais fortes de apoio a Haddad. Como não há indícios de que fará isso, o País continuará lidando com as incertezas na economia. Isso irá se refletir em dólar, juros e inflação mais altos, o que pode desacelerar a economia mais à frente.

Exame - SP   24/10/2024

O faturamento de pequenas e médias empresas (PMEs) registrou alta de 8,6% no terceiro trimestre, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs).

O resultado representa aceleração frente ao desempenho do mercado no primeiro semestre do ano, de 4,3%, e, com isso, a alta é de 5,8% frente ao mesmo período do ano anterior.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, divididas em 701 atividades econômicas em quatro setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Cenário macroeconômico

A expansão do mercado de PMEs reflete o momento favorável da atividade econômica no país, impulsionado pela manutenção do forte consumo das famílias.

O mercado de trabalho aquecido – com desemprego abaixo do patamar de 7% e rendimentos reais em níveis mais elevados –, além da política fiscal expansionista, especialmente com a ampliação dos programas de transferência de renda, tem produzido efeitos significativos no consumo doméstico.

“Ainda que o Banco Central tenha voltado a elevar as taxas de juros diante das maiores preocupações com a inflação, o ciclo modesto de quedas entre agosto de 2023 e maio de 2024 pode ter beneficiado alguns segmentos do mercado, mesmo que marginalmente”, diz Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie.

Quais segmentos que mais cresceram

As PMEs do Comércio foram as principais contribuintes à melhora geral do mercado, tendo avançado de 15,7% no terceiro trimestre do ano, consolidando o movimento de retomada iniciado no trimestre anterior, com alta de 4,6%.

Os resultados foram positivos tanto nas PMEs varejistas (10,9%) quanto no atacado (17,4%), com destaque para ‘Embalagens’, ‘Alimentos’ e ‘Máquinas e equipamentos para uso industrial’.

Dentre as atividades com melhor performance no varejo, estão ‘Produtos farmacêuticos com manipulação de fórmulas’, ‘Tintas e materiais para pintura’ e ‘Material elétrico’.

As PMEs da indústria seguem a tendência positiva do decorrer do primeiro semestre do ano com evolução adicional de 9% neste terceiro trimestre.

“Em linhas gerais, a expansão do setor continua disseminada entre a maioria das atividades, considerando que, dos 22 subsetores da indústria de transformação acompanhados pelo IODE-PMEs, 16 mostraram progresso no período”, diz Beraldi.

As atividades de maior relevância foram ‘Equipamentos de transporte’, ‘Móveis’, ‘Impressão e reprodução de gravações’ e ‘Máquinas, aparelhos e materiais elétricos’.

Já no setor de Serviços, após certa perda de fôlego no segundo trimestre (alta de apenas 0,6%), os pequenos e médios negócios voltaram a mostrar resultados positivos no terceiro trimestre (4,0%).

O economista explica que, apesar do aumento das expectativas inflacionárias e do retorno da subida das taxas de juros, o avanço da renda das famílias garante o dinamismo de diversas atividades do setor.

’Transporte e armazenagem’, ‘Atividades administrativas e serviços complementares’ e ‘Serviços para edifícios e atividades paisagísticas’ foram as atividades de maior desenvolvimento.

As PMEs de Infraestrutura, por sua vez, após dois trimestres de queda, voltaram a mostrar expansão no terceiro trimestre, com crescimento de 6,5%.

O resultado reflete o avanço observado em segmentos como ‘Coleta, tratamento e disposição de resíduos’, ‘Eletricidade’ e ‘Serviços especializados para construção’.

Por outro lado, restringiram resultados mais positivos do setor nos últimos meses a manutenção do fraco desempenho em alguns segmentos da construção civil, como ‘Obras de infraestrutura’ e ‘Construção de edifícios’.

Crescimento regional

O IODE-PMEs também permite a análise regional. No período, PMEs nas regiões Sudeste e Nordeste tiveram alta de 7,9% em relação ao mesmo período do último ano. A região Sul avançou +8,8%.

Em contrapartida, as regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram retração no período de 3,1% e 1,6%, respectivamente.

O bom desempenho é sustentável?

As PMEs mantêm uma trajetória de evolução robusta, refletindo a continuidade da recuperação econômica no curto prazo. Com base nos resultados recentes, a expectativa de crescimento dos pequenos e médios negócios é de 6,4% em relação ao ano anterior.

Para o último trimestre do ano, espera-se que as datas comerciais, como Black Friday e festividades de final de ano, impulsionem ainda mais o setor.

Para 2025, a projeção é de um crescimento mais moderado, de alta de 2,2% no ano, alinhado à expectativa de desaceleração do PIB brasileiro (+1,9%).

Segundo Beraldi, o aumento da inflação e a retomada da alta dos juros podem frear o consumo e os investimentos, com impacto especialmente nas PMEs a partir do segundo trimestre de 2025. A estabilização do mercado de trabalho e a redução de estímulos fiscais também devem contribuir para um ritmo mais lento de expansão.

“A expectativa é de que a alta das PMEs continue concentrada em setores de Serviços e Comércio, impulsionados pelo consumo familiar. Já os setores de Indústria e Infraestrutura, mais dependentes de crédito, tendem a ser afetados pelos juros elevados no curto prazo”, diz.

O Estado de S.Paulo - SP   24/10/2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) traçou um cenário mais sombrio para as contas públicas no Brasil em meio a temores quanto aos riscos de uma crise fiscal. O organismo projeta que o peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro salte mais de 10 pontos porcentuais durante o governo Lula 3. E permanece cético quanto às chances de o governo entregar a casa em ordem, ou seja, com superávit primário (o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros), o que deve ocorrer somente a partir de 2027.

O FMI estima que a dívida pública do Brasil como proporção do PIB avance de 83,9% no fim de 2022, último ano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para 94,7% em 2026, que encerra o mandato da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se esse cenário se materializar, representará uma piora de 10,8 pontos porcentuais do indicador, que é bastante utilizado por investidores antes de alocarem recursos em um país, durante o seu terceiro mandato. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse não acreditar no cenário traçado pelo FMI (leia mais abaixo).

Além disso, conforme o FMI, será o pior quadro fiscal no Brasil desde 2020, quando a situação das contas públicas foi agravada pelos gastos na pandemia. As novas projeções constam do relatório Monitor Fiscal, publicado nesta quarta-feira, 23, em paralelo às reuniões anuais do FMI, que ocorrem nesta semana em Washington, nos Estados Unidos.

Conforme o organismo, a deterioração fiscal será gradual no País. O Fundo vê o peso da dívida pública no PIB doméstico chegando a 87,6% neste ano, pior do que a sua estimativa anterior, de 86,7%, de abril último. No próximo ano, o indicador deve chegar a 92,0%, alerta.

Ao continuar se endividando mais, o Brasil seguirá em uma situação pior do que a de seus pares emergentes, cuja média estimada pelo Fundo é de 70,8% neste ano e de 75,0% em 2026. Levando em conta as projeções do FMI para 2024, a dívida do Brasil como proporção do PIB só perde para países como China, Egito, Ucrânia, Bahrein e Argentina.

A dívida bruta como proporção do PIB é considerada um dos principais indicadores de solvência de um país, avaliado de perto pelas agências de classificação de risco. O FMI calcula o indicador de forma diferente, considerando os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central, que não são contabilizados pelo governo brasileiro porque adota uma medida que possa ser comparável entre os demais países.

Metas fiscais e medidas de corte

O fundo está menos pessimista quanto às metas fiscais do País em 2024 e espera que o Brasil tenha déficit primário de 0,5% do PIB neste ano, menor que o de 0,6%, divulgado no relatório anterior, de abril. Para 2025, porém, mais do que dobrou a sua projeção de déficit primário, para 0,7% do PIB ante 0,3%.

No cenário desenhado pelo organismo, o Brasil não conseguirá voltar ao azul com Lula 3. Em 2026, último ano de sua gestão, o País ainda deve estar no vermelho, com déficit primário de 0,6%. O pivô deve ocorrer somente a partir de 2027, quando o Brasil é esperado para entregar superávit primário de 0,1% do PIB.

As projeções mais pessimistas do FMI são reveladas enquanto a equipe econômica está debruçada em um pacote de corte de gastos, previsto para ser anunciado após o retorno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Brasil. Ele está em Washington nesta semana para participar das reuniões anuais do Fundo e também de compromissos relacionados ao G20, do qual o Brasil detém a presidência neste ano.

Questionado sobre as medidas, Haddad não quis antecipar detalhes. “Eu tenho reuniões agendadas, tanto com os demais ministérios quanto com o presidente da República. Então, nós temos aí um caminho a percorrer”, disse o ministro, a jornalistas, em Washington, na terça-feira, 22.
‘Não acredito’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse não acreditar que o cenário mais pessimista traçado pelo FMI para o quadro fiscal do Brasil irá se concretizar — mas admitiu que um trabalho precisa ser feito para evitá-lo.

“Do mesmo jeito que eles (FMI) reviram a projeção (para o PIB do Brasil) que estava manifestamente errada, nós temos que cuidar para que essas projeções não se realizem, essas profecias não se realizem”, disse Haddad, a jornalistas, em Washington.

“Eu não acredito nessa trajetória. Se você está descrevendo o que está no documento, eu não acredito que ela vá acontecer”, reforçou Haddad.

Monitor Digital - RJ   24/10/2024

A China emitiu uma lista de projetos no valor de 200 bilhões de yuans (cerca de US$ 28 bilhões) que estão nos planos de investimento do próximo ano, disse um funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) da China à Xinhua nesta terça-feira.

Numerando 647 no total, os projetos de investimento emitidos antecipadamente este ano incluem redes de tubulações subterrâneas urbanas, uso do emprego como meio de alívio de desastres, reforço de reservatórios dilapidados, conservação e restauração ecológica, infraestrutura de transporte, instalações públicas essenciais, como educação, saúde e cultura, bem como instalações importantes de armazenamento de produtos agrícolas, de acordo com o funcionário da CNDR.

A CNDR promoverá o início e a construção dos projetos o mais cedo possível, disse o funcionário, acrescentando que serão feitos esforços para alcançar um progresso tangível este ano, de modo a fornecer um forte apoio ao crescimento econômico no quarto trimestre.

A autoridade observou que a base para atingir a meta de crescimento para o ano inteiro é bastante sólida, citando fatores favoráveis, como o ímpeto de crescimento dos dados de alta frequência de outubro e a taxa de crescimento do PIB do país de 4,8% nos três primeiros trimestres. Fim

CNN Brasil - SP   24/10/2024

Em entrevista ao WW desta terça-feira (22), o professor de economia chinesa do Insper, Roberto Dumas, disse ser improvável que qualquer moeda substitua o dólar nas transações globais nos próximos 10 anos, desafiando especulações sobre uma potencial mudança na ordem econômica mundial.

Dumas argumenta que a manutenção da posição do dólar está intrinsecamente ligada às políticas econômicas e estruturas de governança dos países que poderiam desafiá-lo, particularmente a China.

“Qual a probabilidade de o governo chinês permitir que os bancos chineses não sejam mais utilizados como braços parafiscais para legitimar o Partido Comunista Chinês? A minha resposta é: ‘a chance disso acontecer é praticamente nula nos próximos dez anos’. Qual é a probabilidade de o governo chinês deixar as taxas de juros livre e o câmbio livre, não manipulado?”, questionou o especialista.
Desafios da economia chinesa

O economista destacou os obstáculos significativos que a China enfrentaria para que sua moeda se tornasse uma alternativa viável ao dólar. Entre eles, a necessidade de liberalização do mercado financeiro chinês, incluindo a abertura da conta capital e a permissão para que as taxas de juros e o câmbio flutuem livremente.

“Se eu deixar o câmbio livre e não subsidiar a taxa de juros, talvez eu não tenha um crescimento econômico que legitime o governo da China”, explicou Dumas, ilustrando o dilema enfrentado pelos líderes chineses.

Perspectivas para outras moedas

O professor também abordou a situação de outras moedas, como o euro, que, apesar de ser um projeto político de longa data, não conseguiu substituir o dólar como moeda dominante nas transações internacionais. Dumas atribuiu isso, em parte, à falta de um federalismo fiscal completo na zona do euro.

“Nem o euro que ainda sofre de uma deficiência, que é o federalismo fiscal, conseguiu substituir o dólar, o que virá uma moeda manipulada com uma conta capital fechada, com uma taxa de juros subsidiada e ainda com ditadura”, argumentou o professor do Insper, referindo-se às limitações da moeda chinesa.

Roberto Dumas concluiu sua análise enfatizando que, enquanto a China mantiver seu atual sistema político e econômico, é altamente improvável que sua moeda ou qualquer outra possa desafiar seriamente a hegemonia do dólar no cenário internacional nos próximos 10 anos.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   24/10/2024

Os contratos futuros do minério de ferro ampliaram as perdas pela segunda sessão nesta quarta-feira, com uma perspectiva mais fraca do mercado global de aço e previsões mais brandas para a recuperação econômica chinesa ofuscando a mais recente série de medidas de estímulo da China, principal mercado consumidor do minério.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,91%, a 746,0 iuanes (104,60 dólares) a tonelada.

O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura recuava 2,0%, a 98,6 dólares a tonelada.

A produção global de aço bruto em setembro caiu 4,7% em relação ao ano anterior, para 143,6 milhões de toneladas, com a produção da China retraindo 6,1%, para 77,1 milhões de toneladas, mostraram dados da Associação Mundial do Aço na terça-feira.

“Estamos fazendo revisões significativas para baixo em nossa perspectiva de demanda de aço em 2024 para a maioria das principais economias, refletindo a fraqueza persistente na fabricação, juntamente com os persistentes ventos contrários para a economia global”, disse a associação em nota separada.

A China será responsável por menos da metade do consumo global de aço em 2024, em meio à contínua desaceleração do setor imobiliário, disse a associação, acrescentando que um apoio governamental mais substancial à economia real poderia impulsionar a demanda de aço em 2025.

Por enquanto, as últimas medidas de estímulo de Pequim não impulsionarão significativamente a demanda doméstica, deixando intacta uma importante fonte de atrito comercial, disseram na terça-feira a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Pierre-Olivier Gourinchas.

O sentimento do mercado de minério de ferro melhorou após as novas medidas de estímulo anunciadas na última sexta-feira, mas como as políticas ainda não resultaram em nenhum benefício visível, não há grande mudança nos fundamentos e as expectativas de melhoria da demanda continuam fracas, disse o site chinês de informações financeiras Hexun Futures.

Portal Fator Brasil - RJ   24/10/2024

Do seu terminal portuário, no Norte Fluminense. Joint venture entre Anglo American e Prumo, companhia já embarcou mais de 160 milhões de toneladas no Porto do Açu e investiu mais de R$ 500 milhões para aumentar eficiência.

A Ferroport, companhia que opera o terminal de minério de ferro do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro, completa dez anos, este mês, registrando aumento de exportações, com novos investimentos e resultados financeiros positivos. Joint venture da mineradora Anglo American e da brasileira Prumo Logística, a Ferroport estima um embarque este ano entre 24,5 e 25 milhões de toneladas de minério, totalizando mais de 160 milhões de toneladas, desde o início das operações, em 24 de outubro de 2014. O primeiro navio carregado, o Key Light, de 80 mil toneladas, marcou também o início da operação de todo o complexo portuário do Açu.

Nesse período, 1.200 navios já atracaram no terminal da Ferroport para embarques de minério, que, atualmente, têm como principais destinos China e Bahrain, no Golfo Pérsico, além de México, Estados Unidos, Índia e países da Europa e África. Em 2015, o volume exportado era de 8 milhões de toneladas. Ou seja, mais do que triplicou.

A Ferroport — que apresentou lucro líquido de R$ 489 milhões no ano passado, 3,4% acima de 2022 —, lançou no último ano o Programa Rumo aos 30!, com objetivo de materializar seu planejamento estratégico para os próximos anos e se preparar para uma operação futura de 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O minério é extraído pela Anglo American em sua mina em Conceição de Mato Dentro (MG). O produto é transportado por mineroduto de 529 quilômetros, pertencente à Anglo American, percorrendo 33 municípios até o Porto do Açu, onde passa por processo de filtragem no terminal da Ferroport e é estocado até ser exportado.

O programa Rumo aos 30! vem planejando e executando iniciativas que visam a garantia da confiabilidade e eficiência das operações de forma sustentável, abrangendo desde a melhoria de processos, a modernização e otimização dos ativos, até a capacitação de colaboradores para garantir que os objetivos estratégicos do negócio sejam alcançados. Para modernizar sua infraestrutura, a Ferroport está investindo em 2024 cerca de R$ 125 milhões – 66% mais do que no ano passado – totalizando mais de R$ 500 milhões nos últimos dez anos de operação em seu terminal portuário. Mais recentemente, a companhia iniciou a automação dos seus equipamentos de pátio, aliando inovação, tecnologia e segurança visando uma maior eficiência em suas operações.

—Estamos investindo de forma contínua em nossa infraestrutura, em busca de uma operação cada vez mais eficiente e sustentável, para assegurar a plena operação. A companhia está implementando o programa de Gestão de Ativos, que minimiza o risco de paradas não planejadas e maximiza a eficiência. Além disso, prioriza a segurança de ativos e colaboradores, investindo em tecnologias avançadas de monitoramento, treinamentos de segurança e na adoção de procedimentos operacionais rigorosos— diz o CEO da Ferroport, Carsten Bosselmann, acrescentando: —Essas ações visam a promover um ambiente de trabalho seguro e saudável—.

Atualmente, a Ferroport gera cerca de 300 empregos diretos e 310 indiretos em São João da Barra e região, totalizando mais de 600 colaboradores.

Investimentos em escolas e projetos sociais na região — Na área social, a Ferroport investe mais de R$ 5 milhões por ano em projetos. A companhia apoia cerca de 20 instituições de ensino, beneficiando mais de 8 mil alunos da rede pública local. Além disso, contabiliza 120 horas de diálogos realizados com a comunidade e a qualificação profissional de mais de 150 pessoas da região.

A Ferroport também está classificada no Top 3 em Diversidade e Inclusão pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), em conjunto com as empresas do Grupo Prumo Logística. A Ferroport vem realizando investimentos em programas dedicados à diversidade e inclusão, como o Por Elas e Liderança Diversa e Inclusiva. Além disso, recebeu, pela segunda vez, a certificação GPTW (Great Place To Work), como excelente empresa para se trabalhar, com 87% de satisfação dos trabalhadores.

Em 2023, a Ferroport também contratou a executiva Alessandra Marinho para assumir a Diretoria Financeira, sendo a primeira mulher a compor a Diretoria-Executiva. Ela destaca avanços do negócio alinhados à sustentabilidade, —para atender às metas corporativas com foco em um ambiente inovador—.

—Além de estimular a diversidade e proporcionar ambiente seguro e equitativo, a companhia desenvolve lideranças femininas para ocupar posições estratégicas e escalar a carreira em pé de igualdade. Isso é inclusão, conceito que veio para ficar —ressalta a CFO. —Precisamos somar nossas ações em prol do desenvolvimento da comunidade, do meio ambiente, da diversidade e inclusão e da valorização profissional, garantindo um bom relacionamento com os stakeholders e nos mantendo como referência em marca empregadora— conclui.

Energia 100% renovável e Aterro Zero —Na área da Sustentabilidade, a Ferroport está adotando práticas e políticas que minimizam o impacto ambiental do negócio, o que inclui uma gestão eficiente dos recursos hídricos, de forma que mais de 85% da água utilizada nos processos da companhia são provenientes de fontes alternativas de reuso. Em 2024, a Ferroport implementou o programa Aterro Zero, de maneira que nenhum resíduo gerado pela Ferroport a partir deste ano será confinado em aterro sanitário, reduzindo, assim, os impactos atrelados à geração e destinação dos resíduos.

A empresa também já consome energia elétrica 100% renovável e limpa em suas operações, por meio de usina eólica. Por ano, são consumidos 37 mil MWh de energia na planta, o equivalente ao consumo de cerca de seis mil residências.

Em 2023, a Ferroport obteve, pela primeira vez, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, referente ao inventário de Gases do Efeito Estufa (GEE) de 2022, conquista que se manteve no ano de 2024, certificando também as emissões provenientes dos processos indiretos da companhia. A certificação é o mais alto nível de reconhecimento do programa, que mensura emissões responsáveis pelo aquecimento global e é concedida a instituições que contemplem as especificações técnicas e submetem seus inventários à auditoria do organismo de verificação acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Com base no inventário de emissões, a companhia elaborou o Plano de Descarbonização das operações Ferroport, iniciativa que inclui metas ambiciosas de redução de emissões de gases de efeito estufa, com compromisso de reduzir em 75% as emissões de escopo 1 e 2 de seus processos.

A Ferroport também evoluiu no Índice de Desempenho Ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), passando de 87,14, registrados em 2022, para 99,18. Com isso, foi reconhecida com o 5° lugar no Prêmio Antaq.

Ferroport — A Ferroport, joint venture da mineradora Anglo American e da Prumo Logística, empresa privada brasileira do setor de infraestrutura e logística, é responsável pela operação do terminal de minério de ferro do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio de Janeiro. A companhia se dedica à operação portuária de armazenamento e embarque do minério e ao atendimento da Anglo American, que extrai o produto em uma mina em Conceição de Mato Dentro (MG). Ele é transportado por mineroduto de 529 km, pertencente à Anglo, percorrendo 33 municípios até o Porto do Açu, onde no terminal passa por filtragem, é estocado e exportado via navio para diversos países.

A operação da Ferroport, cujo primeiro embarque ocorreu em outubro de 2014, trabalha 24 horas por dia, 365 dias por ano, com capacidade nominal do embarque de 10 mil toneladas por hora. A companhia tem forte compromisso com a segurança, os colaboradores, o meio ambiente, a comunidade local e os acionistas, sempre buscando garantir a eficiência operacional, de forma sustentável e segura para todos os seus stakeholders.

IstoÉ Dinheiro - SP   24/10/2024

A BHP disse nesta quarta-feira, 23, que as alegações de que uma busca pelo lucro em detrimento da segurança teriam contribuído para o pior desastre ambiental do Brasil eram “improváveis e injustificadas”. A fala ocorreu enquanto a mineradora abria sua defesa em um processo gigantesco no Tribunal Superior de Londres.

Mais de 600.000 brasileiros, 46 governos locais e cerca de 2.000 empresas estão processando a BHP pelo rompimento de barragem em Mariana (MG), em 2015, que era de propriedade da Samarco, uma joint venture da BHP com a brasileira Vale.

O rompimento da barragem desencadeou uma onda de rejeitos de minério de ferro que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados, inundou florestas e poluiu toda a extensão do rio Doce, até o mar do Espírito Santo.

A advogada da BHP, Shaheed Fatima, disse ao tribunal que o caso contra a companhia é falho. “Os reclamantes parecem dizer que a BHP estava tão motivada a lucrar com seu investimento na Samarco que eles assumiram o volante, operaram o negócio, colocaram os lucros antes da segurança”, disse ela. “Isso é irrealista e ilógico.”

Fatima acrescentou: “A alegação de lucros antes da segurança é particularmente absurda e injustificada.”

Ela disse que o ex-diretor financeiro da BHP Peter Beaven, que deve prestar depoimento no mês que vem, disse em uma declaração de testemunha: “A BHP tinha uma cultura que estava enraizada em toda a organização, de cima a baixo, de segurança antes de qualquer outra coisa.”
O que diz a acusação

Os advogados dos reclamantes acusaram a BHP de tentar “cinicamente e obstinadamente” evitar a responsabilidade enquanto o julgamento de uma ação judicial avaliada em até 36 bilhões de libras (47 bilhões de dólares), uma das maiores da história jurídica inglesa, começou na segunda-feira.

Eles também alegam que a BHP contribuiu para o colapso da barragem ao permitir que ela fosse elevada como parte de um projeto de expansão, apesar do risco crescente de falha.

A BHP, a maior mineradora do mundo em valor de mercado, está contestando a responsabilidade. Argumenta que não possuía nem operava a barragem, que continha resíduos do processamento de minério de ferro conhecidos como rejeitos, e que a Samarco operava de forma independente. Ela também diz que não tinha conhecimento de que a estabilidade da barragem estava comprometida antes de seu colapso.

O julgamento de 12 semanas em andamento para determinar se a BHP é responsável perante os reclamantes ocorre enquanto as negociações das autoridades brasileiras com BHP, Vale e Samarco sobre um acordo de indenização de quase 30 bilhões de dólares continuam.

Fontes próximas às negociações disseram à Reuters que um acordo final poderia ter impacto no processo de Londres, uma sugestão que o escritório de advocacia dos reclamantes, Pogust Goodhead, rejeitou.

Infomoney - SP   24/10/2024

Recuperação da produção de minério de ferro, que no terceiro trimestre de 2024 (3T24) atingiu seus níveis mais altos desde o 4T18, mas com preços realizados mais fracos. Expectativa para a assinatura de acordo na próxima sexta-feira (25), dia seguinte à divulgação de resultados, que pode representar uma virada de página.

O final da semana será cercado de emoções para a Vale (VALE3), que divulgará seus resultados financeiros na noite desta quinta-feira (24) e assinará acordo multibilionário com autoridades federais e estaduais para reparação e compensação pelo rompimento de barragem de rejeitos em Mariana (MG).
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Confira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2024 da Bolsa brasileira Temporada de resultados do 3T24 é destaque: veja ações e setores para ficar de olho

Para os resultados, de acordo com consenso LSEG, a projeção é de lucro líquido de US$ 1,684 bilhão, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 3,611 bilhões e receita de US$ 9,436 bilhões.

A mineradora divulgou sua prévia operacional na semana passada com dados de produção de minério que superaram expectativas, o que foi visto por diversos analistas como sinal de recuperação operacional, mas com a realização de preços em todos os metais impactada negativamente por índices de referência mais baixos. Além disso, a cotação de minério tem caído recentemente em meio a dúvidas sobre a economia da China, o que também tem afetado a tese de investimentos em VALE3.

O sentimento do mercado de minério de ferro melhorou após as novas medidas de estímulo anunciadas na última sexta-feira, mas como as políticas ainda não resultaram em nenhum benefício visível, não há grande mudança nos fundamentos e as expectativas de melhoria da demanda continuam fracas, destacou o site chinês de informações financeiras Hexun Futures. Assim, as indicações em teleconferência da companhia sobre o mercado e projeções para China também serão observadas de perto pelo mercado.

No 3T24, em termos de realização de preço, a média foi de US$ 90,6/t (tonelada) para finos de minério de ferro ante US$ 98,2/t no 2T24 e de US$ 148,2/t para pelotas (ante US$ 157,2/t no 2T24), refletindo os menores preços de minério de ferro no período, que foram compensados pelo efeito positivo dos ajustes provisórios de preços e pela maior qualidade média do mix de vendas.

Na linha do Ebitda, a XP prevê US$ 3,6 bilhões (-10% na base trimestral e queda de 20% anualmente), com margens caindo 3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao 2T24, com os custos C1 (da mina ao porto) diminuindo para US$ 21/t (-16% trimestralmente, conforme indicado no 2T24), apesar das despesas de frete mais altas (+10% ante o 2T24). A casa espera que o Ebitda para Metais Básicos caia para US$ 443 milhões (-4% ano a ano), principalmente devido aos preços mais baixos de cobre e níquel, parcialmente compensados por melhores volumes, refletindo uma melhor sazonalidade, em linha com o guidance esperado da empresa para 2024.

Acordo de Mariana

Já com relação ao acordo sobre Mariana, a expectativa é de que ele some um total de R$ 170 bilhões, incluindo pagamentos já realizados pelas empresas, recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.

Isso incluiria: (i) R$ 38 bilhões em valores já investidos em medidas de remediação e compensação; (ii) R$ 100 bilhões a serem pagos em parcelas ao longo de 20 anos ao governo federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, bem como aos municípios para financiar programas compensatórios e ações vinculadas a políticas públicas; e (iii) R$ 32 bilhões em obrigações de desempenho pela Samarco, incluindo iniciativas de indenização individual, reassentamento e recuperação ambiental.

A Vale também estimou uma provisão adicional de aproximadamente R$ 5,3 bilhões (ou US$ 956 milhões), que deve ser adicionada aos passivos relacionados a Mariana nos resultados do 3T24 também a serem divulgadas nesta quinta —mas nenhum cronograma para os desembolsos foi divulgado ainda.

Com isso, a expectativa do mercado é de maior pressão de dividendos à frente. “Embora o prazo para os R$ 100 bilhões em pagamentos em dinheiro seja de 20 anos, o banco acredita que as saídas podem ser um pouco mais concentradas nos primeiros 2-3 anos do acordo, provavelmente prejudicando a geração de FCF (fluxo de caixa livre) da Vale e limitando o pagamento de dividendos extraordinários no curtíssimo prazo”, avalia o Itaú BBA.

Contudo, olhando para frente, o fechamento do acordo é visto como positivo, com a expectativa é de uma virada de página para a mineradora. “A questão não resolvida de Mariana foi um grande obstáculo para potenciais investidores na Vale. Encontrar uma solução final para isso, uma que representaria uma compensação substancial para a sociedade e, como tal, que abriria a porta para um melhor relacionamento com as partes interessadas, também é muito importante para o futuro da Vale. O valor geral da compensação já havia circulado na imprensa e as provisões adicionais estavam de acordo com as expectativas dos investidores. Uma vez assinado, acreditamos que o acordo final reduzirá o risco da narrativa da Vale, permitindo que os investidores se concentrem novamente nos fundamentos e nas perspectivas de negócios”, aponta o JPMorgan.

Assim, além dos resultados, o mercado ficará de olho nas expectativas para as commodities – principalmente com China – e no acordo com as autoridades para Mariana. Esses desdobramentos podem marcar uma dupla virada para a companhia: recuperação operacional e virada de página com finalmente um compensação sobre o desastre de Mariana. Por outro lado, o cenário incerto com a economia chinesa e para os preços de minério de fero devem seguir como um calcanhar de aquiles para companhia.

Money Times - SP   24/10/2024

A Vale (VALE3) divulgará o seu resultado na próxima quinta (24) com analistas mais pessimistas e a maioria das casas esperando queda no lucro. O problema é que apesar do aumento da produção, o preço do minério de ferro tombou 11% no trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a Genial Investimentos, o Ebitda, que mede o resultado operacional, será golpeado com uma forte queda, estimado em US$ 3,7 bilhões, recuo de 19,4% no trimestre e 13% no ano, sobretudo, devido à queda no preço realizado de finos de minério de ferro.

Já o lucro líquido deverá ficar em US$ 1,9 bilhão, recuo de 46,5% no trimestre e 35,8% no ano.

Outro fator que deverá influenciar os números é provisão para o acordo de Mariana, que somará R$ 5,3 bilhões (US$ 956 milhões).

O BTG recorda que o trimestre foi particularmente desafiador para os ativos de minérios de ferro, uma vez que os preços convergiram para custos de produção marginais devido à contínua fraqueza da demanda na China (o setor imobiliário ainda se deteriorar em dois dígitos) e a um cenário robusto de oferta.

Segundo o banco, a Vale terminará o trimestre com lucro de US$ 2,1 bi, queda de 25%.

Já XP espera que a companhia apresente resultados “decentes” no trimestre, com uma receita de US$ 9,6 bilhões. De acordo com os analistas, o resultado refletirá a combinação de preços realizados de minério de ferro mais baixos, compensado por volumes mais altos da commodity.

O consenso da Bloomberg prevê lucro de US$ 1,8 bi.

Força no Ebitda da Vale

Na linha do Ebitda, a XP prevê US$ 3,6 bilhões (queda de 10% no trimestre e 20%no ano), com margens caindo 3 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre, com os custos C1 diminuindo para US$ 21/t (recuo de 16%), apesar das despesas de frete mais altas (elevação de 10% no trimestre).

“Esperamos que o Ebitda para Metais Básicos caia para US$443 milhões (-4%), principalmente devido aos
preços mais baixos de cobre e níquel, parcialmente compensados por melhores volumes, refletindo uma melhor sazonalidade, em linha com o guidance esperado da empresa para 2024”.

Com a produção maior, o Bradesco BBI vê uma possível revisão na projeção de Ebtida.

Para o banco, os resultados representam um risco de alta de 3% para a estimativa de Ebitda de US$ 3,4 bilhões, o que, no entanto, não evitaria um tombo de 14% no trimestre e 24% no ano. Os resultados serão divulgados em 24 de outubro.

Por outro lado, o Santander diz que os valores apoiam as expectativas para o Ebitda do terceiro trimestre da Vale de US$ 3,5 bilhões.

O Itaú BBA vai na mesma linha ao dizer que está confortável com a estimativa de Ebitda do terceiro trimestre de US$ 3,35 bilhões.

O consenso da Bloomberg prevê Ebitda de US$ 3,6 bi.

Infomoney - SP   24/10/2024

As mineradoras Vale (VALE3), BHP e Samarco vão assinar na sexta-feira um acordo multibilionário com autoridades federais e estaduais para reparação e compensação pelo rompimento de barragem de rejeitos em Mariana (MG), confirmou Planalto à Reuters nesta quarta-feira.

A Reuters já havia publicado na semana passada que o acerto deveria ser fechado no dia 25 de outubro.

O acordo deve somar um total de 170 bilhões de reais, incluindo pagamentos já realizados pelas empresas, recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.

A barragem da Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP, se rompeu em novembro de 2015, despejando uma onda gigante de lama que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados, além de atingir florestas, comunidades e rios da região, inclusive o rio Doce, em toda a sua extensão até o mar do Espírito Santo.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   24/10/2024

Segundo estudos, em cinco anos, ou menos, eletrificados vão liderar vendas

Raquel Mizoe: “O Proconve impõe, no país, regras de redução de emissões de poluentes cada vez mais apertadas” — Foto: Divulgação

Daqui a cinco anos, o volume de vendas de automóveis híbridos e elétricos vai ultrapassar o de veículos a combustão. Segundo estudos de consultorias, realizados a pedido da indústria, a virada poderá acontecer antes até. Hoje híbridos e elétricos representam 7% do mercado. Mas a fatia tende a crescer rapidamente a partir de 2025, quando começarão a aparecer os primeiros resultados dos investimentos voltados às novas gerações de veículos. Cálculos de especialistas indicam que a eletrificação absorverá pelo menos metade dos ciclos anunciados, o que equivale a mais de R$ 63 bilhões.

Desde o fim do ano passado, o país assiste a uma onda de sucessivos anúncios de investimentos de montadoras. Com mais R$ 1,1 bilhão da BMW, revelados no início do mês, só na indústria de veículos leves o investimento total já chega R$ 116,65 bilhões para a década. Com mais R$ 10,6 bilhões dos fabricantes de caminhões e ônibus, a soma sobe para R$ 127,3 bilhões, o maior volume de investimentos para um período de dez anos na história da indústria automobilística no país.

Desse total, pelo menos 50% dos recursos serão aplicados no desenvolvimento de carros eletrificados, híbridos que aceitam etanol na maioria, segundo estimativas de Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting, consultoria especializada no setor. Mas os recursos destinados à nova geração de veículos poderá ser maior a julgar os detalhes revelados pelas empresas nos anúncios dos novos ciclos.

No início da transição energética veicular no Brasil, os híbridos tendem a liderar a produção nacional, segundo projeções dos especialistas e os programas anunciados pelas montadoras.

Nessa fase, terá papel relevante a fórmula brasileira para inserir o país no processo global de descarbonização: o desenvolvimento de modelos híbridos que podem ser abastecidos com etanol.

O primeiro híbrido a etanol nacional dessa nova fase de investimentos será um modelo Fiat e já tem data de lançamento: 5 de novembro. A Fiat, marca da Stellantis, se junta, assim, à Toyota, e à CAOA Chery, que produzem esse tipo de carro no país.

À exceção das chinesas, recém-chegadas e que precisam investir em novas fábricas, no caso das veteranas, as maiores do setor, nenhum novo ciclo de investimentos inclui expansão industrial. A maior parte dos recursos será direcionada ao desenvolvimento de novos produtos.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, confirma que grande parte dos programas anunciados se voltará aos híbridos e ao desenvolvimento de motores movidos a biocombustíveis. “A necessidade de mudança de tecnologia é o que leva nossas associadas a fazer esses pesados investimentos”, diz.

Já faz alguns anos que a eletromobilidade também consome pesados investimentos nos Estados Unidos, Europa e China.

No Brasil, estudo feito em parceria entre a Anfavea e o BCG (Boston Consulting Group) indica dois cenários. Na transição acelerada, híbridos e elétricos dominariam o mercado, com 54% das vendas, já em 2030.

Já no cenário de transição gradual, os veículos a combustão deixariam de liderar as vendas pouco depois de 2030. Mas em 2035, os eletrificados já representariam 65% do mercado.

Projeção da Bright Consulting é ainda mais otimista. Indica a liderança dos eletrificados já em 2028. A consultoria estima uma participação 57,4% daqui a três anos. Segundo o estudo, em 2030, a fatia dos veículos a combustão já terá caído dos atuais 96% para 28%.

O estudo do BCG indica que só em 2040 modelos 100% elétricos assumirão a liderança do mercado brasileiro dos zero-quilômetro.

Os anúncios dos novos ciclos de investimentos coincidem com o lançamento do Mover (Mobilidade Verde e Inovação). O programa federal oferece, entre outros, créditos tributários em troca de compromissos de desenvolvimento de produtos e descarbonização. Pagarão menos impostos, por exemplo, empresas do setor que aplicarem ao menos 0,5% da receita na área de pesquisa e desenvolvimento.

O benefício vale, inclusive, para exportar engenharia. “O Brasil tem condições de exportar o conhecimento com biocombustíveis”, destaca Raquel Mizoe, diretora de emissões da Associação de Engenharia Automotiva (AEA).

Para receber o benefício fiscal, a empresa terá também que seguir novas normas de emissões de CO2. Outra mudança do Mover, que ainda requer regulamentação, é a medição de emissões de CO2 no ciclo que vai desde a produção ao consumo do veículo. Hoje a medição se limita ao que sai do escapamento.

Não é, porém, apenas o compromisso para reduzir emissões de gases de efeito estufa que pressiona as montadoras a desenvolver carros mais limpos. Mizoe lembra que as regras brasileiras que controlam outros gases também estão cada vez mais exigentes.

“A legislação do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), que visa a saúde da população, traz limites cada vez mais apertados em gases como o óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e fuligem. São regras que exigem mudanças em peças como o catalisador”, destaca. A próxima etapa do Proconve, a L8, entrará em vigor no início de 2025.

Na fase inicial da transição energética, no Brasil, o mercado de massa será marcado pelo chamado híbrido leve, um tipo de híbrido mais barato e no qual o motor elétrico nunca funciona sozinho, mas atua como coadjuvante do motor a combustão, ajudando a reduzir emissões.

Segundo Mizoe, o híbrido leve traz economia de combustível e, consequentemente, redução de emissões, de 8% a 10% em relação ao veículo a combustão. No caso do híbrido convencional, a redução alcança entre 20% e 25%.

Híbridos leves estão nos projetos de desenvolvimento de grandes montadoras, como Stellantis e Volkswagen. É por meio desses modelos, mais baratos que os elétricos, que essas empresas buscam se manter líderes de mercado.

“Vamos ter uma transição mais lenta, o que não significa atrasada”, afirma Leite, presidente da Anfavea, entidade que defende fortemente o uso do etanol no processo de descarbonização e que tenta impedir o avanço da importação dos elétricos que vêm da China. “O Brasil já descobriu seu caminho com os biocombustíveis”, diz.

Embora os dirigentes das montadoras costumem dizer que há espaço para todas as tecnologias híbridos e elétricos já dividem torcidas. Assim como a Anfavea, a AEA acredita no que Mizoe chama de “hibridização aliada ao etanol”.

Os que defendem os modelos híbridos apontam a necessidade não só de valorizar o conhecimento nacional dos biocombustíveis como também preservar o atual parque da indústria de autopeças no Brasil. Apontam, ainda, a necessidade de a infraestrutura de eletropontos ser expandida para garantir o carregamento dos veículos 100% elétricos nas rodovias, por exemplo.

Segundo a Anfavea, o crescimento da frota dos 100% elétricos vai exigir que o país tenha, até 2040, 500 mil eletropostos para o recarregamento das baterias. Hoje são 10,6 mil pontos.

O custo mais elevado do modelo 100% elétrico faz com que esse tipo de veículo ainda fique restrito à faixa de consumidores de maior poder aquisitivo. Mas esse obstáculo tende a ser rapidamente superado pelo uso de novos minerais usados nas baterias e pela possibilidade de reciclar esses produtos, segundo consultor Jaime Ardila, especialista na área e fundador da Hawksbill, com sede nos Estados Unidos.

Segundo Ardila, a substituição do lítio pelo sódio já começa a reduzir custos nas baterias, a parte mais cara de um elétrico. “O lítio, bem mais caro, perderá espaço. E os avanços na reutilização dos novos minerais têm sido importantes; na Europa isso se tornará mandatório”, destaca.

“Com redução de custo e reciclagem a demanda pelo 100% elétrico vai aumentar porque o consumidor vai preferir esse tipo de veículo”, afirma. Para Ardila, a predominância dos híbridos no Brasil será temporária. “Não mais do que cinco anos”, diz. Além disso, destaca o especialista que já foi presidente da General Motors na América do Sul, os investimentos em curso tendem a ser cada vez mais direcionados a tecnologias eletrificadas.

“Seria um grande erro fazer investimentos tão grandes em novos carros a combustão, que terão pouco tempo de vida. As matrizes das montadoras não darão apoio a uma estratégia desse tipo”, completa Ardila.

“À exceção de quem gosta do ronco de motor, o carro elétrico entrega mais tecnologia e toda a vantagem da descarbonização”, destaca Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

A eletrificação, seja híbrida ou pura, veio para ficar. E os programas federais apoiam a causa. O governo fica devendo, agora, uma política pública voltada à inspeção veicular para tirar das ruas e estradas brasileiras carros, caminhões e ônibus que poluem e trazem riscos de segurança.

Globo Online - RJ   24/10/2024

A Tesla registrou lucro de US$ 2,17 bilhões no terceiro trimestre, representando um aumento de 17% em comparação com o mesmo período de 2023. Diluído por ação, o lucro saiu de US$ 0,53 no último ano para US$ 0,62. No critério ajustado, o lucro por ação foi de US$ 0,72.

No trimestre, a receita total da companhia avançou 8%, para US$ 25,18 bilhões. O lucro da fabricante de carros elétricos superou as expectativas dos analistas consultados pela consultoria FactSet, que projetavam lucro por ação de US$ 0,49, ou US$ 0,60 no ajustado. Por outro lado, as receitas ficaram levemente abaixo da expectativa do mercado, de US$ 25,47 bilhões.

Em carta aos acionistas, a Tesla afirmou que “apesar dos ventos macroeconômicos e da redução em investimentos do mercado em veículos elétricos, continuamos focados em expandir nossa linha de produtos (...), reduzindo custos e fazendo investimentos críticos em projetos de inteligência artificial e capacidade de produção. Acreditamos que esses esforços nos permitirão capitalizar a transição em andamento nos setores de transporte e energia.”

As vendas do segmento automotivo subiram 2%, para US$ 20,2 bilhões. Já a receita da divisão de outros serviços avançou 29%, para US$ 2,79 bilhões, e a de geração e armazenamento de energia cresceu 52%, para US$ 2,38 bilhões.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou US$ 4,66 bilhões no terceiro trimestre, alta de 24% no ano, enquanto a margem Ebitda ajustada ficou em 18,5%, ante os 16,1% apresentados um ano antes.

A produção total da Tesla cresceu 9% entre julho e setembro, na comparação anual, para 469,8 mil veículos, enquanto as entregas avançaram 6%, para 462,9 mil unidades.

As despesas operacionais recuaram 6%, para US$ 2,28 bilhões, beneficiadas pela redução nos custos por veículo, diante da queda do preço das matérias-primas e do frete. A empresa também afirmou que planeja lançar modelos de veículos elétricos mais acessíveis no primeiro semestre de 2025.

As ações da Tesla subiam 9,4%, a US$ 230,73, no pós-mercado em Nova York. No pregão regular, os papéis tiveram queda de 2%, a US$ 213,65.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Grandes Construções - SP   24/10/2024

Um novo destaque vem ganhando a atenção dos clientes de empreendimentos imobiliários: as áreas de lazer e entretenimento.

O conceito inclui academias, piscinas e espaços gourmet, que têm se tornado fatores-chave para um público cada vez mais exigente, que busca aliar a residência a um estilo de vida.

De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), 62% dos compradores de imóveis de alto padrão consideram as áreas de lazer como um dos principais diferenciais na escolha do empreendimento.

O mesmo estudo aponta que esses espaços aumentam a atratividade e valorização dos projetos, o que se reflete na busca por empreendimentos que ofereçam uma experiência completa de moradia.

Segundo Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, esse fenômeno está mudando a forma como as construtoras desenvolvem seus projetos.

“Hoje, os consumidores não estão comprando apenas um imóvel, mas uma experiência”, diz ele.

“As áreas de lazer diferenciadas são fundamentais para atender a essa demanda, criando um ambiente de convivência que vai além da simples residência”, afirma.

A criação de espaços de lazer inovadores, como piscinas com cinemas integrados, tem atraído um público que busca exclusividade e bem-estar em um só lugar.

Em construções de alto padrão, essas estruturas sofisticadas têm sido um diferencial na captação de clientes.

“Nosso projeto Luxor, por exemplo, é o único no Brasil que oferece uma piscina-cinema para os moradores”, destaca Zambetta.

“Esses diferenciais agregam valor ao imóvel e criam um senso de comunidade”, avalia.

Infomoney - SP   24/10/2024

As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram para o nível mais baixo em 14 anos em setembro, provavelmente porque os compradores em potencial aguardam taxas de hipoteca mais baixas, com os preços das casas permanecendo elevados.

As vendas caíram 1,0% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 3,84 milhões de unidades, o nível mais baixo desde outubro de 2010, informou a Associação Nacional de Corretores de Imóveis nesta quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que as revendas ficariam inalteradas em uma taxa de 3,86 milhões de unidades.

As revendas de casas, que representam uma grande parte das vendas de moradias nos EUA, diminuíram 3,5% em setembro, em uma base anual. As revendas de casas têm tido dificuldades para se recuperar diante do aumento nas taxas de hipotecas.

As taxas hipotecárias caíram inicialmente depois que o Federal Reserve começou a cortar os juros no mês passado, mas subiram nas últimas três semanas, já que dados econômicos sólidos, incluindo vendas no varejo e revisões anuais das contas nacionais, forçaram os investidores a abandonar as expectativas de outro corte de 50 pontos-base nos juros no próximo mês.

Os compradores de imóveis em potencial estão afastados, prevendo custos de empréstimos ainda mais baixos.

FERROVIÁRIO

Portal Fator Brasil - RJ   24/10/2024

As empresas Greenbrier Maxion e AmstedMaxion, originárias da Fábrica Nacional de Vagões (FNV) — a primeira fábrica de vagões do Brasil, estão completando 81 anos de atividades no dia 22 de outubro.

Historicamente, a Amsted Rail chegou em 2000 através da joint venture com a Iochpe-Maxion, trazendo penetração global, produtos premium e investimentos em tecnologia. Em 2015, a unidade de Hortolândia passa a ter a participação de 19.5% do grupo americano The Greenbrier Companies, líder norte-americano na fabricação de vagões, serviços e leasing. No ano seguinte, o grupo adquire também 19.5% na unidade de Cruzeiro. Em 2017, expande sua participação na fábrica de Hortolândia para 60%, se tornando majoritária. Assim nasce a Greenbrier Maxion an Amsted Rail Global Partner, consolidando-se como a maior operação ferroviária da América do Sul. Em 2019, o grupo americano também amplia sua atuação no Brasil e adquire 29,5% de participação na AmstedMaxion em Cruzeiro. No mesmo ano, a Amsted Rail, líder no fornecimento de material rodante, sistemas e componentes para os mercados ferroviários mundiais, se tornou majoritária na AmstedMaxion com participação de 51%.

Com tradição, expertise, alta tecnologia e inovação, as empresas estão preparadas para atender os avanços do transporte de carga por ferrovias, provendo os mercados nacionais e internacionais com vagões e componentes de alta performance para o transporte de todos os tipos de carga, além de serviços e componentes para os setores de mineração e de máquinas para construção através das peças produzidas com aço especial.

Vagões — Com um portfólio de mais de 30 modelos, desenvolve e produz vagões de carga com projetos customizados atendendo as necessidades de cada cliente, de acordo com a carga a ser transportada e características de cada ferrovia. Com tecnologia diferenciada, os vagões possuem tara reduzida, maior capacidade de carga, maior eficiência energética, confiabilidade, facilidade nas operações de carga e descarga e na sua manutenção, gerando com isso uma redução do custo logístico. Outro grande diferencial dos vagões GBMX é o truque tipo Motion Control® – Truques Premium, desenvolvido especificamente para as condições operacionais e de via permanente das ferrovias brasileiras, proporcionando, através da otimização do comportamento dinâmico do vagão, um aumento significativo da segurança operacional e vida útil dos componentes, além da redução no custo de manutenção.

Na linha de vagões hoppers, utilizados para o transporte de grãos, açúcar, milho, soja, farelo, fertilizantes, entre outros, o diferencial é a tecnologia de carga e descarga automatizadas, que possibilita o acionamento das tampas de carga através de um sistema pneumático. O exemplo mais recente é o vagão hopper HTT 2.0 para transporte de grãos, que conta com aumento da capacidade do vagão, que foi extremamente relevante e só foi possível devido a um robusto processo de Engenharia, onde todas as características operacionais do cliente foram levantadas, analisadas e utilizadas na elaboração do projeto. Sua estrutura foi otimizada considerando diferentes configurações de trens incluindo desenhos operacionais mais rígidos. Isso resultou numa tara reduzida mesmo com um projeto mais robusto. A nova geração de vagões graneleiros GBMX, além das vantagens com o sistema de carga e descarga, possui melhorias estruturais, aumento de capacidade de carga e eficiência energética.

Para transporte de celulose, a empresa desenvolveu o vagão total sider FTT que traz várias vantagens em relação aos modelos antigos, tais como: redução da tara do vagão, aumento significativo na capacidade de carga por trem e por vagão, além de melhor ergonomia na operação e aprimoramento da estanqueidade, evitando perda da carga com a entrada de água durante o período de chuvas. Outro destaque é a maior facilidade no carregamento e descarregamento, que pode ser feito tanto por empilhadeiras quanto por ponte rolante.

As famílias de vagões incluem ainda mais 3 tipos: Gôndolas para o transporte de minério de ferro, com destaque para o vagão GDU, de maior capacidade de transporte produzido pela empresa e o primeiro direcionado ao mercado brasileiro; Plataforma para atender cargas siderúrgicas e contêineres alinhados ou empilhados. Para os contêineres empilhados, a Greenbrier Maxion desenvolveu e produziu o vagão double stack, com possibilidade de operar nas ferrovias com contêineres de 20 e 40 pés, otimizando a capacidade de transporte dos trens de carga em 40%. Além dessa configuração, o modelo permite também que sejam carregados contêineres de 53 pés na parte superior (sobre dois contêineres de 20 pés ou sobre um contêiner de 40 pés); e os vagões Tanque, para transporte de derivados do petróleo, cimento e ácido sulfúricos, entre outros, com maior capacidade volumétrica e menor tara, além de sistemas que agilizam a descarga são as inovações tecnológicas, com destaque para o vagão TCT, o maior tanque do mundo com 118 mil litros, desenvolvido com estrutura autoportante.

Serviços — A Greenbrier Maxion, complementando todo o seu pacote de soluções, possui também uma linha especializada em serviços ferroviários. Instalada em um galpão dedicado, a linha de serviços recebe vagões que necessitam de revisão, manutenção, reforma e transformação. Com isso, as operadoras fiquem livres de preocupações e custos elevados referentes à manutenção, concentrando esforços no foco real de seu negócio. Os serviços são personalizados e pensados para as necessidades específicas de cada cliente, e podem ser realizados de forma modular ou sistêmico, tanto na planta da Greenbrier Maxion quanto nas instalações dos clientes.

A engenharia da Greenbrier Maxion utiliza as ferramentas mais modernas de desenvolvimento de produto como análise estrutural por elementos finitos; estrutura otimizada para condições críticas de operação através de estudo de fadiga e desgaste; dinâmica veicular com foco em segurança e desempenho, além de validação de projeto em túnel de vento (vagões com perfil aerodinâmico). Nas inovações em processo, utiliza soldagem robotizada garantindo produtividade, repetibilidade e alta qualidade; equipamento para montagem do vagão que gera automação, controle e segurança; automação para soldagem com Arco submerso permitindo a solda de penetração total e posicionador de vagão para soldagem, proporcionando ergonomia, segurança e excelência.

Fundição — A fundição AmstedMaxion é referência na fabricação e no fornecimento de fundidos ferroviários e industriais. Utilizando tecnologia de ponta para atender os mercados interno e externo, exportando para países da América do Sul, África, Ásia e Estados Unidos, produz e comercializa uma diversificada linha de fundidos ferroviários para o sistema de truque (travessa, lateral, cunha) e sistema de choque e tração de vagões (ponteira, braçadeira, engate, mandíbula, cruzeta, aparelho de choque). No setor industrial, produz peças de 10 quilos a quatro toneladas, em aço carbono e baixa-liga, completamente usinadas, atendendo setores de mineração, máquinas e equipamentos para construção civil/caminhão fora de estrada e sucroalcooleiro.

Para os componentes do sistema de Choque e Tração, a empresa patenteou um aço de baixa liga, otimizado com performance superior ao aço AAR-M201 grau “E” convencional, com melhor performance em termos de propriedades mecânicas, o que particularmente aumenta a resistência à fadiga. Além disso, utilizando técnicas computacionais avançadas, desenvolveu e está fornecendo Mandíbulas com um novo projeto estrutural, garantindo mais robustez e segurança para o produto e para o processo de fabricação. Feita em aço carbono de alta resistência e tecnologia diferenciada, a peça é homologada pelo teste de fadiga acelerado, seguindo os critérios da Associação Americana de Ferrovias (AAR).

O destaque de inovação é o desenvolvimento da nova ponteira fundida, fabricada em aço de baixo carbono que substitui a ponteira de chapa, um produto com maior resistência mecânica e durabilidade. A nova ponteira fundida já foi aprovada pelo mercado e está sendo implantada nos vagões GDT e HTT, atendendo as necessidades dos clientes e ampliando o transporte de carga sobre os trilhos. Destaque também para o novo projeto de braçadeiras, aumentando significativamente e a durabilidade do item. A empresa patenteou um aço de baixa liga, otimizado com performance superior ao aço AAR-M201 grau “E” convencional, com melhor performance em termos de propriedades mecânicas, o que particularmente aumenta a resistência à fadiga.

Em sua linha de rodas ferroviárias para vagões e locomotivas, a AmstedMaxion utiliza também o aço especial microligado. Conhecido por sua maior resistência ao desgaste, é produzido com composições químicas especialmente desenvolvidas para que sejam otimizadas suas propriedades mecânicas. Com tratamento térmico específico, apresenta diversas vantagens, incluindo o aumento do limite de escoamento, aumento do limite de resistência, aumento da resistência ao desgaste e também da faixa de dureza, com melhoria significativa na profundidade de endurecimento e, consequentemente, a melhoria da performance da roda em campo.

Outro desenvolvimento importante é a utilização do aço com adição de cromo molibdênio vanádio, chamado de segunda geração do aço microligado. Conhecido por sua maior resistência ao desgaste, é produzido com composições químicas especialmente desenvolvidas para que sejam otimizadas suas propriedades mecânicas. Apresenta diversas vantagens, incluindo o aumento do limite de escoamento, do limite de resistência e da faixa de dureza, com melhoria significativa na profundidade de endurecimento e, consequentemente, a melhoria da performance da roda em campo.

A tecnologia e inovação norteiam a cultura e princípios da AmstedMaxion, utilizando sempre as mais avançadas ferramentas e softwares no dia-a-dia, através de recursos próprios e também da transferência de tecnologia e troca de expertise com renomadas empresas, Universidades e Institutos de Pesquisa. Destacamos o FEA no desenvolvimento de produtos e, para a melhoria de processo utilizamos o Solidworks, Pro/E e o Magma, este último exclusivo para o setor de fundição, que simula a solidificação e enchimento das peças, garantindo assim a qualidade e melhoria contínua dos fundidos. O módulo Magma Steel previne a formação de inclusões de reoxidação, analisa a tendência de formação de zonas de segregação de carbono, prevê propriedades mecânicas obtidas no processo de tratamento térmico, além de prever possíveis distorções e tensões durante o processo. Todos estes recursos e análises complexas capacitam a equipe de engenharia a melhorar a assertividade e reduzir o período de desenvolvimento dos fundidos. A empresa, além dos recentes investimentos em maquinário, que ampliaram a capacidade de usinagem da empresa, conta também com equipamentos de ensaios de alta tecnologia para controle das propriedades físico/químicas da areia e do metal e softwares 3D para confecção de ferramentais por CNC. Possui equipamentos para a realização de Ensaios não Destrutivos (END) como ultrassom e inspeção por partículas magnéticas, e realiza tratamento térmico com normalização, têmpera direta, têmpera diferencial e revenido.

ESG — Com certificações ISO 14001 e 9001, a AmstedMaxion e a Greenbrier Maxion têm o compromisso o atendimento à legislação vigente e aos requisitos do mercado, o aprimoramento contínuo dos seus produtos, processos e serviços em relação à Qualidade, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, a prevenção e preservação da saúde e proteção do Meio Ambiente e o comprometimento de seus funcionários, terceirizados, fornecedores e clientes. Além dessas certificações, a GBMX também possui a ISO 45.001:2018 (Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional).

Para os destaques ambientais, a GBMX possui o programa GHG Protocol, que desde 2012 disponibiliza nosso inventário de emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE; Doação de dormentes; Certificação desde 2017 de Destaque Ambiental (Selo Verde), entregue pelo Jornal do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na AmstedMaxion, ênfase para a Reciclagem de Areia da Fundição e Reutilização de Sucata como matéria-prima, contribuindo para a economia circular, além de programas de Coleta Seletiva, Viveiro de Mudas Nativas e Reflorestamento de Mata Ciliar.

Dentre os programas sociais de destaque, temos o Formare, em parceria com a Fundação Iochpe, voltado a jovens de famílias de baixa renda, com idades entre 17 e 18 anos; Jovem Aprendiz, para jovens em sua primeira experiência profissional; Fábrica Aberta, integrando familiares, comunidade, universidades e escolas técnicas; Programa de Gestantes na GBMX e o Mamãe AM na AmstedMaxion, que desde 1985 orienta funcionárias, esposas e filhas durante a gestação. Há também diversos programas voltados para o bem-estar da comunidade e dos funcionários, com iniciativas em educação, saúde, campanhas de conscientização, projetos de capacitação profissional e apoio a instituições locais. O foco também se dá no desenvolvimento contínuo dos capital humano, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo, onde a diversidade, a transparência, o engajamento e a inovação são reconhecidos como fatores chaves para o crescimento sustentável.

Em governança corporativa, a companhia está comprometida em aprimorar continuamente suas práticas éticas, garantindo que todos os funcionários e parceiros estejam alinhados com nossos princípios e valores. De maneira voluntária, aderimos ao Pacto pela Integridade e Contra a Corrupção, reforçando nosso propósito de promover boas práticas de ética empresarial. Destaque também para o Programa de Compliance, Due Diligence, Comitê de Ética, Código de Ética e de Conduta do Fornecedor, Sistema de Controle de Requisitos Legais, bem como os Canais de denúncias/manifestações.

História — Fundada em 1943, no governo Getúlio Vargas, a primeira fábrica de vagões do Brasil teve como objetivo fortalecer a indústria nacional e ampliar a ferrovia no Brasil. Em 1990, a FNV foi adquirida pelo grupo brasileiro Iochpe que, em 1998, devido à crescente expansão de suas atividades, decidiu dividir a empresa em duas unidades distintas: a Maxion – Fundição e Equipamentos Ferroviários, voltada para o setor ferroviário e fundição; e Maxion Componentes Estruturais, atuando no setor de autopeças e Implementos Rodoviários.

Hoje, as duas empresas, Greenbrier Maxion e AmstedMaxion, formam a maior operação ferroviária e a solução completa e integrada no setor ferroviário e industrial.

Valor - SP   24/10/2024

Governo estuda renegociação de contratos da MRS, da Vale e da Malha Oeste, da Rumo

O governo federal estuda a repactuação de mais três concessões ferroviárias: a da MRS, que está em vias de iniciar as negociações no Tribunal de Contas da União (TCU); a das duas ferrovias da Vale; e a da Malha Oeste, da Rumo, segundo fontes.

Os acordos são vistos como estratégicos pelo governo, que pretende financiar novos projetos ferroviários com os recursos adicionais arrecadados nas negociações. Os valores também são acompanhados de perto pelo Ministério da Fazenda, que conta com os recursos para cumprir a meta fiscal.

Do lado das empresas, fontes dizem que os últimos meses foram de incerteza sobre o avanço das negociações, após a Secex Consenso do TCU (Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos) negar, no fim de agosto, a admissibilidade da repactuação do contrato da MRS.

Após recusa inicial, acordo da MRS deve avançar em breve no TCU; Malha Oeste pode ter novo projeto

Nos últimos dias, a negativa foi revertida, após o envio de informações adicionais ao órgão, segundo fontes. Com isso, a secretaria já encaminhou recomendação para a admissão da repactuação, que assim poderá iniciar já nas próximas semanas.

O Ministério dos Transportes e a MRS chegaram a anunciar o acordo em fevereiro, com uma previsão de incluir mais R$ 2,6 bilhões na concessão. Porém, até hoje o aditivo não foi formalizado. Uma fonte do setor avalia que, para o governo, levar o acordo para o TCU é uma forma de dar segurança para a assinatura.

Apesar de o processo ter sido destravado, algumas fontes do mercado viram na recusa inicial da Secex uma sinalização de que as negociações serão mais duras. Para elas, a situação traz um alerta especialmente para a Vale, com quem o governo tenta destravar um acordo maior e mais complexo, para repactuar duas concessões ferroviárias: a Estrada de Ferro Vitória-Minas e a Estrada de Ferro Carajás.

Governo e Vale já têm um acordo em torno do valor adicional a ser pago, mas ainda há uma série de ajustes a serem negociados, diz uma fonte. Há alguns meses, a perspectiva da empresa era desembolsar em torno de R$ 15 bilhões, enquanto o valor previsto pelo ministério no orçamento era de R$ 25 bilhões.

Uma fonte diz que a ideia é enviar o processo da Vale ao TCU até o fim deste ano. Porém, após a recusa inicial ao pedido da MRS - na qual o tribunal cobrou detalhamento maior dos cálculos e mais fundamentação técnica para a alteração na lista de obras -, governo e empresa têm buscado refinar os estudos antes do envio.

Apesar das preocupações, fontes próximas ao governo afirmam que não veem solavancos nas conversas com o TCU, que a recusa inicial à repactuação da MRS se resolveu após os esclarecimentos e que não há temor em torno do acordo da Vale, embora reconheçam que as negociações no âmbito do Secex Consenso são duras.

Procurado, o TCU afirmou que “não há decisão ou documentos públicos” sobre os processos. O Ministério dos Transportes disse que “não pode se pronunciar sobre processos de negociação que tramitam no TCU, respeitando norma de sigilo do órgão, assim como os termos de confidencialidade”.

A MRS disse que prefere não comentar. A Vale afirmou, em nota, que “está em discussões avançadas com o Ministério dos Transportes sobre as condições gerais para a otimização dos planos de investimentos dos Contratos de Concessão, que hoje são regularmente executados pela empresa”.

Os novos contratos da MRS e da Vale foram firmados no governo passado. Tratam-se das renovações antecipadas das concessões, que foram prorrogados em troca de novos investimentos e pagamentos de outorgas. Desde o ano passado, com o novo governo, os aditivos voltaram à mesa de negociação, sob acusação de que os valores foram subdimensionados.

Além disso, fontes a par do tema afirmam que as próprias empresas precisam da negociação, porque a lista de obras incluída nos contratos tem muitas falhas e desafios, que tornaram seu cumprimento inviável - o que abre margem também para a acusação de descumprimento das obrigações.

A Rumo foi a primeira a aderir à repactuação, da Malha Paulista, feita no âmbito da Secex Consenso do TCU. No acordo, a empresa ajustou o caderno de obrigações e adicionou R$ 500 milhões em investimentos, além de R$ 670 milhões em pagamentos ao governo.

Agora, um outro contrato da Rumo passa por estudos para repactuação no TCU, o da Malha Oeste. Trata-se de um caso diferente dos demais. A negociação busca solucionar um contrato deficitário e pouco atrativo, que a Rumo tenta devolver ao governo desde 2020, para que seja relicitado. O problema, na visão de fontes do mercado, é que dificilmente o ativo atrairia interesse de outros grupos em um leilão. A repactuação, portanto, surgiu como uma solução para tornar o contrato viável economicamente e viabilizar novos investimentos.

Segundo fontes, um grupo de trabalho já chegou a um projeto que pode ser viável, mas estudos financeiros ainda estão em curso. A ideia seria focar a operação na movimentação de celulose - setor que tem ganhado diversas novas fábricas no Mato Grosso do Sul - e de minério, vindo de Corumbá (MS). Para isso seria necessário reduzir o tamanho da malha, fazer sua rebitolagem (mudança na distância entre os trilhos), além de construir novos trechos desde o zero. Porém, fontes afirmam que no governo não há entendimento formado sobre a repactuação e que o projeto é complexo. Procurada, a Rumo não comentou.

Saiba Mais

Renovação de ferrovia da VLI avança sob pressão

O Estado de S.Paulo - SP   24/10/2024

A matriz de transporte no Brasil, por ser centrada no modal rodoviário, enfrenta limitações logísticas e custos elevados que impactam negativamente a produtividade da economia brasileira, a segurança das pessoas e a qualidade do meio ambiente. Sabe-se que o modal ferroviário, atualmente subutilizado no País, oferece uma alternativa mais eficiente e sustentável para o transporte de cargas e pessoas, especialmente em longas distâncias. Entretanto, a expansão das estradas de ferro no Brasil só ocorrerá de forma sustentável se houver previsibilidade orçamentária para viabilizar aporte de recursos públicos em parcerias com o setor privado.

Deve-se ter claro que as parcerias público-privadas são cruciais para viabilizar empreendimentos ferroviários no Brasil. Por um lado, as concessões ferroviárias apresentam custos fixos significativamente elevados, por compreenderem não somente investimentos relevantes de construção e manutenção da infraestrutura, mas também a operação do próprio serviço de transporte, que inclui compra de material rodante e instalação de equipamentos de comunicação e sinalização, caros e complexos. Por outro lado, é um desafio estimar a demanda e as receitas que viabilizam a operação ferroviária, na medida em que as relações mercadológicas entre usuário e operadores do transporte dependem de diversos fatores, como regularidade, escala e velocidade comercial competitiva.

De mais a mais, os projetos ferroviários greenfield – aqueles que consistem na construção de novos trechos do zero – apresentam riscos ainda mais elevados, especialmente ambientais e de engenharia. Numa perspectiva microeconômica, a receita tarifária não é suficiente para cobrir os custos médios da construção e da operação. Na perspectiva econômico-financeira, a taxa interna de retorno dos empreendimentos tende a ser inferior à taxa mínima de atratividade do projeto, o que compromete a financiabilidade do empreendimento.

De fato, a experiência mostra que o setor público precisa direcionar recursos para desenvolver o setor de ferrovias. Os projetos ferroviários no Estado de São Paulo só se desenvolvem com aportes e contraprestações do setor público, garantidos pela Companhia Paulista de Parcerias. O orçamento norte-americano aloca US$ 66 bilhões em ferrovias, com programas específicos para fomentar shortlines via aporte e financiamento públicos de longo prazo. Os países da Europa mantêm a infraestrutura ferroviária com dezenas de bilhões de euros, enquanto países asiáticos injetam bilhões de dólares no setor ferroviário.

É preciso haver no Brasil um manifesto político em favor das ferrovias, que leve em consideração a importância do orçamento público no planejamento de investimentos do setor ferroviário. Nesse sentido, a ação governamental precisa ser planejada, transparente e responsável do ponto de vista fiscal, especialmente no cenário atual, em que o Tesouro Nacional não apresenta folga para expandir gastos obrigatórios sem fonte nova de recursos.

Nesse contexto, a estratégia do Ministério dos Transportes de repactuar contratos renovados de forma antieconômica é acertada. Ventila-se na mídia que essas repactuações podem gerar R$ 20 bilhões de novos recursos que seriam alocados em fundos específicos para aportes em novos projetos ferroviários. Em outras palavras, novas receitas orçamentárias vinculadas ao patrimônio público ferroviário seriam fonte de recursos de um plano nacional ferroviário baseado em parcerias público-privadas.

É importante lembrar os desafios que cercam a fertilidade das parcerias público-privadas no âmbito federal. O arcabouço de regras fiscais que controlam o orçamento fiscal da União – teto de gastos e regras de contingenciamento, que não levam em consideração a qualidade do gasto – compromete a credibilidade das parcerias no setor de infraestrutura, justamente porque não preserva o principal nesse tipo de relação público-privada: a garantia de que os aportes e as contraprestações do governo vão ocorrer no médio e no longo prazos.

Neste ambiente institucional, é preciso ressaltar que as alternativas que buscam driblar o orçamento público – investimentos cruzados, por exemplo – são improvisos que não sustentariam um plano real de expansão do setor de ferrovias. O País precisa trazer os recursos das repactuações para o Orçamento federal, de modo que o poder público tenha liberdade para alocar as verbas considerando o interesse público.

A ampliação da malha ferroviária depende diretamente do comprometimento do governo federal com o orçamento público. Sem essa previsibilidade financeira, o setor de transporte continuará dependente de um modelo rodoviário ineficiente. A aposta nas ferrovias, com aportes governamentais em parcerias com o setor privado, é essencial para modernizar a logística nacional e garantir um futuro mais sustentável e competitivo para o País.

NAVAL

A Tribuna - SP   24/10/2024

A Comissão de Juristas para Revisão Legal e Exploração de Portos e Instalações Portuárias (Ceportos) aprovou o relatório, que baseia o anteprojeto de lei dos portos. O texto propõe o fim da exclusividade de mão de obra avulsa, extinção de algumas subcategorias de trabalhador portuário, faculta o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), terceiriza a Guarda Portuária, entre outras regras. O texto foi votado e aprovado pelos membros da comissão, na manhã desta quarta-feira (23), em sessão deliberativa realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília. Lideranças sindicais presentes à audiência protestaram contra as deliberações. A reunião foi conduzida pelo presidente da Ceportos, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Douglas Alencar Rodrigues.

O relator do texto da Ceportos, desembargador Celso Peel, argumentou que “a exclusividade passa a valer para a qualificação, certificação e capacitação profissional como ocorre em todos os ramos da atividade econômica”. Peel citou ainda a Convenção 137, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em defesa da linearidade das práticas trabalhistas no mundo.

Membro da Ceportos, a diretora-executiva do Instituto Praticagem do Brasil, Jacqueline Wenpap, defendeu que o fim da exclusividade consiste em abertura de mercado, priorizando trabalhadores avulsos ou não que tenham qualificação profissional para preencher as vagas ofertadas nos portos, eliminando, assim, o que ela entende como prática existente de “reserva de mercado”.

Já o advogado Eraldo Aurélio Franzese e a procuradora do Trabalho Flávia Bauler votaram contra às novas regras trabalhistas propostas. Franzese defende a manutenção da exclusividade, pois acredita que a prioridade “restringe possibilidade de trabalho” e de direitos adquiridos pelo trabalhador portuário avulso, como, por exemplo, os registros da Estiva. “A minha visão é de frustração. Havia oportunidade de se criar uma lei para resolver o conflito existente, mas, ao que me parece, nós teremos outros conflitos sociais”.

Flávia questionou que o texto não especifica critérios de prioridade para a contratação de trabalhadores. “Não informa como será dada essa prioridade, as etapas, o que pode trazer insegurança jurídica. Além disso, defendo a manutenção da intervenção sindical como exigência para contratação procedimental fora do sistema”.

A procuradora ainda se manifestou contrária à entrada de empresas privadas em concorrência ao Ogmo para recrutamento de portuários, ao que Franzese complementou: “Haverá um desmonte do Ogmo”.

O anteprojeto será encaminhado ao Câmara Federal para análise.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   24/10/2024

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 5,474 milhões de barris, para 426,02 milhões de barris na semana encerrada em 18 de outubro, informou nesta quarta-feira (23) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam alta de 800 mil de barris.

Os estoques de gasolina subiram 878 mil de barris, a 213,57 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 1,3 milhão de barris. Já os de destilados caíram 1,14 milhão de barris, a 113,83 milhões de barris, quando a previsão era de queda de 1,6 milhão de barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 87,7% na semana anterior para 89,5% na mais recente, ante expectativa de queda a 87,6%.

Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 346 mil de barris, a 24,68 milhões de barris. Já a produção média diária dos EUA se manteve a 13,5 milhões de barris no período. (Dow Jones Newswires)

RODOVIÁRIO

InfraRoi - SP   24/10/2024

A abertura da Paving Expo 2024 realizada nesta terça-feira (22/10) destacou as oportunidades para o setor de infraestrutura com os investimentos em pavimentação e as concessões de rodovias. Guilherme Ramos, diretor da STO Feiras e organizador do evento, que ocorre até a quinta-feira (24/10) no Expo Center Norte, em São Paulo, trouxe o número de R$ 24 bilhões gastos em pavimentação em todo o País este ano. Além disso, foram nove leilões de concessões em 2024, que preveem R$ 20 bilhões em investimentos rodoviários, um recorde como bem lembrou, Marco Aurelio Barcelos, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). “É a hora da indústria de pavimentação”, destacou o executivo.

A expectativa para Barcelos é de que a Paving sirva de termômetro para os investimentos no setor e traga um norte para o futuro. Como ele mesmo disse, o cenário de investimentos rodoviários está consolidado após os 29 mil quilômetros concessionados em 2024, o que deve trazer uma movimentação relevante na economia nacional, estimada em R$ 150 bilhões, segundo o presidente da ABCR.

O diretor-superintendente do DER-SP, Sergio Codelo, também apontou para os investimentos estaduais do governo paulista em estradas municipais que devem trazer 200 quilômetros de rodovias, trazendo para o estado a gestão de estradas vicinais de 36 municípios que não têm recursos para atender essa demanda.

Como disse Ramos, da STO Feiras, este é um momento de evolução dos investimentos, não só públicos como também privados. “Isso reflete na força da Paving Expo 2024”, concluiu. A data para a próxima edição já está marcada, setembro de 2025, e será realizada no Anhembi, também em São Paulo, um pavilhão com mais espaço principalmente para exposição de equipamentos.
Desafios de mão de obra e discussões

A abertura da Paving Expo 2024 também foi um espaço para destacar os desafios da indústria de pavimentação e infraestrutura. José Alberto Ribeiro, presidente da Brasinfra, lembrou que a escassez de mão de obra qualificada é um desafio e o setor precisa aproveitar todos os meios para garantir que isso não freie seu crescimento. Segundo o presidente do Sinicesp, Luiz Albert Kamilos, as empresas estão preparadas para suportar a demanda do setor, mesmo com o problema da falta da mão de obra.

Luiz Guilherme Melo, diretor de Planejamento e Pesquisa do Dnit, lembrou que eventos como a Paving são importantes para trocar conhecimento e trazer inovações para projetos públicos. Serão mais de 60 discussões no congresso que ocorre dentro da feira, uma oportunidade para o órgão, que busca inovação para ser aplicada em obras.

InfraRoi - SP   24/10/2024

Durante painel realizado ontem na Paving Expo 2024, Luiz Guilherme Mello, diretor de Planejamento e Pesquisa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), disse que o órgão federal trabalha para que o pavimento rígido de concreto alcance 10% das rodovias federais nos próximos anos. A medida seria uma forma de adaptar as estradas ao crescimento do agronegócio, que impulsiona o transporte terrestre e obriga o investimento em  manutenção de estradas.

O DNIT, responsável pela gestão dos 73,6 mil quilômetros da malha rodoviária federal, já utiliza pavimento rígido de concreto em 2,5 km de rodovias federais (4,5%). A intenção de ampliar essa proporção nos próximos anos é movida também pela oportunidade: o valor dos insumos do asfalto, como o CAP 50-70 e o diesel (influenciados principalmente pela mudança da gestão de preços da Petrobras), tornou a opção do concreto viável.

“O preço do cimento portland  não variou tanto e o valor acabou sendo interessante para investimento, principalmente em termos de custo benefício”, disse Mello. De acordo com números do DNIT, o volume de concreto por m³ contratado pelo departamento deve chegar a 2 milhões em 2024.

O diretor do DNIT também compartilhou números interessantes sobre os projetos contratados. A restauração/CREMA de rodovias ainda é o principal investimento do órgão, que exerce esse tipo de trabalho em 24 mil km de sua malha rodoviária. Mas a adequação de 1,8 mil km de rodovias já ultrapassou o investimento em pavimentação, que chega a 1,5 mil km. A construção de rodovias abrange 992 km, enquanto a duplicação chega a 2,8 mil km, totalizando 34,3 mil quilômetros de rodovias federais com algum processo construtivo.
Balanço de concessões

Quem também participou do painel foi Luciano Lourenço, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fez um balanço das concessões realizadas e previstas em 2024. Foram sete leilões de concessão em apenas um ano, totalizando R$ 20 bilhões em investimentos previstos, sendo que dois leilões ainda devem ocorrer este ano.

No total, a ANTT tem 26 contratos de contratos de concessão de rodovias federais que totalizam 14,2 mil km. Para 2025, a previsão são para seis editais de concessão, sendo que os leilões das rodovias paranaenses devem encerrar no próximo ano.

Lourenço também comentou que a agência regulatória tenta se atualizar e lançou mão de iniciativas como o sandbox, que são testes controlados de novas regulações. Foi assim que o pedágio free flow foi testado em rodovias federais, mostrando oportunidades para inovação. Os próximos passos são experimentar soluções de inteligência artificial (IA) para monitoramento inteligente e uso de drones na malha rodoviária.

O free flow também deve ser utilizado nas rodovias estaduais de São Paulo, como disse Santi Ferri, diretor da Artesp, a agência reguladora estadual. A intenção é que essa opção de cobrança seja adotada em todas as novas concessões, enquanto estuda a opção de atualizar as antigas concessões.

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