Diário do Comércio - MG 25/10/2024
As importações de aço continuam crescendo no Brasil e prejudicando a siderurgia nacional. De janeiro até setembro, a alta com relação ao mesmo período do ano passado já gira em torno de 16%.
O aumento das importações tem reduzido a participação das empresas distribuidoras de aços planos no Brasil, associadas ao Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no mercado nacional.
Conforme dados do Inda, a participação das empresas nas vendas do aço plano no Brasil respondia por 86% do mercado na primeira década do século XXI (entre 2000 e 2010). A partir da segunda década, o aumento das importações e a concorrência com o mercado chinês reduziram a representatividade das empresas nacionais no mercado, que passaram a responder, então, pelos atuais 73%.
“É muito difícil competir com a China. Infelizmente a siderurgia brasileira está comprimida pelo preço do produto chinês”, lamenta o presidente do Inda, Carlos Loureiro.
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Para ele, a única forma de resolver o problema do volume crescente de importação de aço no Brasil é a adoção das medidas antidumping, uma vez que as empresas já driblaram as limitações impostas pelas cotas e têm trazido produtos com o boro, elemento químico que está fora do controle das cotas.
Loureiro ressalta que os índices de setembro levam o instituto a esperar um fechamento do ano com níveis de crescimento de importação acima dos 10%.
“Durante um certo tempo, acreditávamos que, com as cotas, teríamos um ano com menos importações que o ano passado, quando houve o grande aumento de volume de importações. Hoje, em função dos números de setembro, das informações de que há produtos já desembarcados e ainda não nacionalizados nos portos, deveremos ter números grandes no último trimestre. Será uma enorme surpresa se este número cair”, afirma.
Conforme os dados do Inda, as importações encerraram o mês de setembro com alta de 0,6% em relação ao mês anterior, com volume total de 289,5 mil toneladas contra 287,9 mil.
Quando comparado o acumulado do ano, as importações tiveram acréscimo de 15,9%, passando de 1,79 milhão de toneladas de janeiro a setembro de 2023 para 2,07 milhões de toneladas, no mesmo período deste ano.
Rentabilidade das usinas tem sido o maior desafio
Apesar da redução da participação no mercado, o desempenho das usinas nacionais não está ruim. As vendas de aços planos em setembro no Brasil contabilizaram queda de 6,6% se comparado a agosto, mas no acumulado do ano, a rede de distribuição ainda registra alta de 2,7%, mantendo a média do crescimento esperado que é de 3% neste ano.
A expectativa do instituto é que as vendas em outubro tenham alta de 5% em relação a setembro. “Apesar do volume brutal de importações, o mercado está muito firme. As usinas estão vendendo bem, com as carteiras lotadas e não há falta de pedidos”, diz Carlos Loureiro.
“O que [as empresas] reclamam muito é que estão com problemas de rentabilidade com os preços atuais. Com o dólar forte a R$ 5,70 está muito difícil de as usinas conseguirem bons resultados”, explica o presidente do Inda.
Ainda conforme a entidade, o preço do minério de ferro, um dos principais insumos do aço, vive uma nova realidade e gira em torno de US$ 100.
“Alguns analistas alegam que esse preço pode cair ainda mais, porém, abaixo de US$ 90, as mineradoras começam a trabalhar no prejuízo. Então, existe uma resistência muito forte neste valor. Devemos manter os US$ 100”, pontua o dirigente.
Já o estoque, em número absoluto, no mês de setembro, teve alta de 1,5% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 975,6 mil toneladas contra 961,1 mil, fechando, dessa forma, o giro em três meses. “Para nós é o limite. Acima de três meses, a gente começa a ver o estoque subir mais do que devia”, conclui.
Money Times - SP 25/10/2024
Os distribuidores de aços planos do Brasil filiados ao Inda, entidade que representa o setor, devem elevar suas vendas em volume em 5% neste mês em relação ao forte desempenho de setembro, afirmou nesta quinta-feira o presidente da entidade, Carlos Loureiro, nesta quinta-feira.
A expectativa do Inda é que as vendas dos distribuidores em outubro somem 343,5 mil toneladas, após 327,1 mil em setembro.
“O mercado (de aço plano no Brasil) está muito firme. As usinas estão com as carteiras lotadas e não há falta de pedidos”, disse Loureiro, em entrevista a jornalistas, citando que as vendas devem crescer em parte por motivos sazonais uma vez que outubro é tradicionalmente um mês aquecido para o setor.
“O que elas (usinas siderúrgicas) reclamam muito é que estão com problemas de rentabilidade com os preços atuais. Com o dólar a 5,70 (reais) está muito difícil para as usinas conseguirem resultados”, afirmou o executivo.
Os dados, que representam pouco mais de 70% das vendas de todo o mercado de distribuição de aço plano do país, vieram uma semana depois de siderúrgicas reunidas no Aço Brasil divulgarem crescimento de 10% na produção de aço bruto em setembro, em um desempenho puxado pelo segmento de aços longos.
Com a previsão para outubro, o Inda mantém expectativa de que as vendas dos distribuidores de aço plano este ano cresçam 3%. No acumulado do ano até o final do mês passado, o crescimento era de 2,7%, somando 2,95 milhões de toneladas.
Segundo Loureiro, o prêmio do aço laminado a quente no Brasil, ou o quão mais caro é o preço do aço nacional em relação ao material importado, está atualmente em cerca de 20%, o que tende a incentivar importações. Siderúrgicas costumam mencionar que uma situação de equilíbrio ocorre com prêmios mais próximos de 10%.
Com isso, apesar das medidas de proteção comercial que entraram em vigor em junho, as importações de aços planos devem encerrar um ano com um crescimento de mais de 10%, disse Loureiro.
Pelos dados do Inda, as importações de aços planos pelo Brasil de janeiro a setembro mostram alta de quase 16%, a 2 milhões de toneladas. O crescimento ocorre sobre o forte fluxo recebido no ano passado e que motivou toda uma mobilização do setor siderúrgico para convencer o governo federal a adotar o regime de cotas quadrimestrais e sobretaxas.
“Hoje tem mais de 240 mil toneladas de material no chão do porto de São Francisco (do Sul-SC), além dos line ups de navios que estão muito fortes”, disse Loureiro.
O presidente do Inda afirmou que, como os preços chineses seguem muito baixos, “os importadores estão ganhando muito dinheiro”, desta forma, as empresas que atuam com material produzido fora do Brasil estão correndo para fazer grandes pedidos antes do preenchimento das cotas de importação sem sobretaxa.
“Assim que abre o espaço para novas cotas, quem tem direito está colocando imediatamente seus pedidos para garantir a disponibilidade”, disse Loureiro, citando que a “única coisa que vai poder resolver o problema da importação no Brasil é sair o antidumping”.
Segundo o executivo, os pedidos de antidumping feitos pelas siderúrgicas ao governo “estão andando, mas o processo de análise demora ao redor de seis meses”.
Enquanto a punição não é decidida pelo governo federal, o porto de Manaus, que não é atingido pelas medidas de proteção comercial de junho, segue sendo uma das principais portas de entrada de aços planos importados, segundo os dados do Inda. Em setembro, o porto foi responsável por 15% do total de importação de planos pelo país, ou quase 70 mil toneladas. São Francisco do Sul liderou o ranking com participação de 32% no período, ou 144,5 mil toneladas.
“Se for declarado o antidumping, esses importadores, mesmo os da Zona Franca (de Manaus), vão ter de pagar” sobretaxa, disse Loureiro.
Na semana passada, o Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) decidiu pela aplicação provisória de direito antidumping sobre importações de folhas de aço da China. O material é tradicionalmente usado em embalagens como latas e tem como principal fabricante nacional a CSN.
Loureiro afirmou que houve rumores sobre aumento de preço de aços planos em 5% em setembro no Brasil, mas as negociações não vingaram. “Tem conversa no ar de 5% (de reajuste), mas o momento é muito difícil para isso”, disse o presidente do Inda.
Os associados da entidade chegaram a representar 86% das vendas de aço plano por distribuidores do país no início dos anos 2000, mas desde então essa participação encolheu para os 73% atuais diante do crescimento das importações.
Portal Fator Brasil - RJ 25/10/2024
Alta de 0,6% em relação ao mês anterior, e preveem aumento nas vendas em 5% em outubro, ante o mês anterior.
As compras do mês de setembro registraram queda de 7,2% perante a agosto, com volume total de 341,5 mil toneladas contra 368mil. Frente a setembro do ano passado —322,8 mil toneladas —, apresentou alta de 5,8%, dados divulgados em videoconferência pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no dia 24 de outubro (quinta-feira).
Vendas — De acordo com o Inda, as vendas de aços planos em setembro contabilizaram queda de 6,6% quando comparada a agosto, atingindo o montante de 327,1 mil toneladas contra 350,1 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 323,3 mil toneladas, registrou alta de 1,2%.
Estoques — Em número absoluto, o estoque de setembro obteve alta de 1,5% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 975,6 mil toneladas contra 961,1 mil. O giro de estoque fechou em três meses.
Importações: —Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-
Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume —, as importações encerraram o mês de setembro com alta de 0,6% em relação ao mês anterior, com volume total de 289,5 mil toneladas contra 287,9 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior —309,8 mil toneladas—, as importações registraram queda de 6,5%.
Projeções: — De acordo com o presidente -executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, que fez a apresentação dos números de fechamento do mês de setembro de 2024 e as previsões para outubro de 2024. a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 5% em relação a setembro.
Valor - SP 25/10/2024
O litígio entre a CSN e a Ternium em torno da Usiminas deve criar um novo paradigma para os casos de oferta de aquisição de ações (OPA) por mudança no bloco de controle, avaliam especialistas. Enquanto alguns acreditam que a reavaliação do mérito pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) gera desconfiança no mercado, outros afirmam que a decisão é correta e favorece os sócios minoritários.
Em junho, após o caso tramitar em outras instâncias, a 3ª Turma do STJ reverteu uma decisão anterior do próprio tribunal e determinou que a Ternium pague R$ 5 bilhões à CSN. Pelo novo entendimento, a Ternium teria assumido o controle da Usiminas ao adquirir fatia do bloco de controle. A revisão feita pelo tribunal veio depois de a Ternium ter anunciado, em 2023, que concluiu a aquisição do controle da Usiminas.
Uma fonte próxima ao caso disse que a revisão da decisão pelo STJ é questionável: “Foi uma decisão dada em um embargo de declaração, que processualmente é uma coisa errada. Esse embargo é feito para esclarecer pontos duvidosos ou imprecisões numa sentença, e não para mudar a decisão de mérito. Foi muito estranha essa decisão”, declarou.
Sócio do RMMG Advogados, Guilherme Barcelos, reconhece que a revisão do entendimento em casos como este é atípica, mas diz que é positiva porque fortalece os minoritários: “Acho que o STJ deu passos importantes, porque ele está, ao fim e ao cabo, protegendo o minoritário e discutindo o controle de uma forma muito mais efetiva do que se discutia. O controle é quem exerce mais poder e manda na empresa, nem sempre é quem tem mais ações.”
O ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Alexandre Rangel acredita que a decisão do STJ pode ser desastrosa para o mercado de capitais: “Podemos estar diante de um verdadeiro cataclismo de discussões de operações que já foram concluídas. Uma hipotética vitória da CSN nesse pleito seria desastrosa, provocaria uma elevadíssima insegurança jurídica no mercado de capitais, que é pautado por confiança, segurança e estabilidade das relações”, diz Rangel, que atuou no colegiado da autarquia de 2020 a 2023.
A briga entre CSN e Ternium começou em 2011, quando o grupo ítalo-argentino comprou 27,7% das ações com direito a voto da Usiminas, então detidas pelas empresas Votorantim, Camargo Corrêa e pela Caixa dos Empregados da Usiminas. Após a transação, a CSN - que na época detinha 17,4% da siderúrgica mineira - alegou que a Ternium deveria ter feito uma oferta pública de ações (OPA) aos sócios minoritários.
A CVM foi consultada e, em 2012, entendeu que a OPA não seria necessária, já que Ternium dividia o poder de decisão com a Nippon Steel (que tinha 43% do capital social) e o fundo de previdência (detentor dos outros 20%).
A decisão do STJ no caso Usiminas deu origem a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), movida em setembro pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Como resposta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, pediu para que a CVM se manifeste sobre a ação de inconstitucionalidade no prazo de 10 dias.
Procurada, a CVM informou que “tem conhecimento da decisão em questão e, por intermédio de sua Procuradoria Federal Especializada (PFE/CVM), tomará as medidas cabíveis oportunamente.”
A CSN disse que a decisão do STJ está alinhada à jurisprudência da CVM e às provas do processo, “que dão conta de demonstrar a aquisição de controle isolado pela Ternium e o emprego de expediente fraudulento para tentar esconder esse poder.” Procurada, a Ternium disse que não iria comentar o caso.
Portal Fator Brasil - RJ 25/10/2024
Câmara de Comércio Exterior do Brasil elevou para 25% o Imposto de Importação para alguns produtos de ferro e aço, além de determinar o aumento para outros itens, com clorito de sódio e cabos ópticos. Em contrapartida, foram zeradas tarifas para três produtos, entre eles fios de poliéster.
Após mais de um ano de análise, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou para 25% o Imposto de Importação do Brasil para 11 tipos de produtos de ferro e de aço. O órgão atendeu a pedido para reajustar as alíquotas do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel), que apontava concorrência desleal dos importados.
Em abril do ano passado, o Gecex/Camex impôs cotas de importação a esses 11 produtos por um ano. O que estourou o volume autorizado pagou 25% de tarifa. Atualmente, os 11 produtos de ferro e de aço pagam de 10,8% a 14% para entrarem no País. Com a decisão, passarão a pagar 25% definitivamente, independentemente do volume importado.
O Gecex/Camex também elevou a tarifa de importação do clorito de sódio, usado no tratamento de água e no branqueamento e descascamento de fibras têxteis, de polpa de celulose e de papel. A tarifa subiu de 9% para 10,8%.
O órgão elevou, por seis meses, as tarifas de importação de cabos e de fibras ópticas, que passarão a pagar 35% para entrarem no Brasil. Atualmente, os cabos pagam 11,2% de Imposto de Importação; e as fibras ópticas, 9,6%. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o reajuste também se justifica pela preservação do produto nacional da concorrência desleal com o produto estrangeiro.
Reduções — Em contrapartida, o Gecex/Camex, reduziu o Imposto de Importação de quatro produtos sem similar nacional ou com produção insuficiente para o mercado interno.
Em três casos, as tarifas foram zeradas: motores elétricos para liquidificadores e processadores de alimentos: redução de 18% para 0%; acrilonitrila, matéria-prima para a produção de componentes químicos com inexistência temporária de produção nacional: redução de 10,8% para 0%; fios de poliéster usados em tecidos técnicos, pneus, grelhas, lonas, laminados de PVC e linha de costura: redução de 18% para 0%.
O Gecex/Camex estendeu por seis meses a redução de 10,8% para 3,8% do glifosato, herbicida usado em culturas de arroz, milho, soja, feijão, cana, uva, café, entre outras.
Portal Fator Brasil - RJ 25/10/2024
Maior empresa brasileira produtora de aço foi reconhecida na categoria Gestão da Saúde Ocupacional pelo programa +Cuidado.
A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, foi reconhecida com o Safety and Health Excellence Recognition 2024, uma premiação da Associação Mundial do Aço (World Steel Association), que destaca programas de excelência em saúde e segurança do trabalho na indústria do aço. Nesta edição, a companhia foi premiada na categoria Gestão de Saúde Ocupacional pelo programa +Cuidado, que integra sua estratégia de Bem-Estar e Saúde.
O programa +Cuidado reflete o compromisso da Gerdau com a segurança, o bem-estar e a saúde integral de seus colaboradores e colaboradoras. Disponível de forma gratuita e confidencial, 24 horas por dia, 7 dias por semana, ele oferece apoio especializado para colaboradores e seus dependentes legais, ajudando-os na resolução de problemas relacionados a questões: psicológicas, financeiras, jurídicas e sociais. O processo de aconselhamento inclui a análise do contexto de cada situação, a construção conjunta de soluções e a criação de planos de ação personalizados.
—O propósito da Gerdau é empoderar pessoas que constroem o futuro, e esse compromisso começa com os nossos colaboradores e colaboradoras. Investimos continuamente no bem-estar de todos, garantindo que a segurança, seja física ou psicológica, esteja sempre em primeiro lugar. Acreditamos que ambientes seguros e saudáveis são fundamentais para que cada pessoa possa desenvolver todo o seu potencial e enfrentar desafios com resiliência e equilíbrio, e por isso ficamos muito orgulhosos de recebermos esse reconhecimento afirma Adriana Mansueto, gerente -geral de Bem-Estar e Saúde da Gerdau.
Gerdau — Com 123 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Além disso, possui uma divisão de novos negócios, a Gerdau Next, com o objetivo de empreender em segmentos adjacentes ao aço. Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em vários países e conta com mais de 30 mil colaboradores em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: mais de 70% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, 11 milhões de toneladas de sucata são transformadas em diversos produtos de aço. A companhia também é a maior produtora de carvão vegetal do mundo, com mais de 250 mil hectares de base florestal no estado de Minas Gerais. Como resultado de sua matriz produtiva sustentável, a Gerdau possui, atualmente, uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO), de 0,91 t de CO por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,91 t de CO por tonelada de aço (worldsteel). Para 2031, a meta da Gerdau é diminuir as emissões de carbono para 0,82 t de CO por tonelada de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3) e Nova Iorque (Nyse).
O Estado de S.Paulo - SP 25/10/2024
O Brasil precisa ampliar os investimentos em infraestrutura para, pelo menos, 4% ou 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano. Hoje esse número está abaixo de 2%, o que tem provocado uma rápida deterioração dos ativos existentes. Para reverter a situação, o País terá de dobrar os recursos injetados no setor num período de duas décadas. Isso resultaria em maior bem-estar para a população, competitividade para as empresas e resiliência frente aos eventos climáticos extremos que se tornaram mais comuns nos últimos tempos.
A conclusão faz parte de estudo encomendado ao economista Claudio Frischtak, da consultoria Inter.B, pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (Sinicon), obtido com exclusividade pelo Estadão. A pesquisa mostra que o estoque de capital em infraestrutura (ou seja, o valor total da infraestrutura existente) em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) está em 35,5% no País. Esse número deveria estar acima de 60%, segundo pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Desde o início da série histórica analisada, começando em 1970, o melhor momento do estoque aconteceu durante a década de 1980, quando esse índice chegou a 53,4%, em 1983, patamar retomado em 1992. Desde então, o índice vem caindo gradativamente, com uma pequena recuperação entre 2014 e 2016.
O País tem dificuldades até para manter os investimentos necessários para fazer a manutenção adequada das malhas existentes. Entre 2022 e 2024, o investimento ao ano ficou abaixo de 1,9% do PIB. Esse dado é preocupante já que para evitar a depreciação do estoque é necessário investimento de, pelo menos, 1,4% do PIB ao ano.
Nesse cenário, o estoque verificado em 2024, de 35,5% do PIB, chegou ao seu pior índice desde 2013. “A nossa infraestrutura é um pouco antiga, com uma idade média de 30 e 40 anos”, afirma Frischtak. “Infraestrutura não dura para sempre, e precisa ser substituída.”
Os problemas vão além do volume de investimentos necessários para modernizar o setor. Segundo Claudio Frischtak, o Brasil investe mal e faz uma alocação inadequada dos recursos. “Há muito desperdício, inclusive, com projetos que fazem pouco sentido. Ou seja, o planejamento da expansão do setor é falho.”
Para o economista, esses projetos deveriam ser tratados como projetos de Estado, não de governo. “Não dá certo se cada governo tem o seu projeto, sem levar adiante um plano que deveria ser de décadas. Não é problema de um único governo, e também envolve Estados e municípios.”
O estudo prevê que serão investidos, neste ano, R$ 212,7 bilhões, o equivalente a 1,85% do PIB. Desse valor, R$ 142 bilhões devem vir da iniciativa privada (1,23% do PIB) e R$ 70,7 bilhões de gastos públicos (0,61%).
“Podemos ficar num ciclo vicioso. Se o País não amplia a sua capacidade de arrecadação, não sobra dinheiro para investir. E, se não investe, ele não cresce”, diz o diretor-executivo do Sinicon, Humberto Rangel. “Temos de romper este ciclo.”
Questionado sobre a situação, o Ministério dos Transportes defende a retomada de mais investimentos públicos, com participação maior da iniciativa privada. “A agenda mais importante do que a de obras é a agenda das concessões públicas”, afirma ao Estadão o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro.
“Na média dos últimos seis anos tivemos 1,5 concessão rodoviária por ano. Nos últimos 35 anos, foram 26 contratos de concessão. Queremos passar de 14 mil km de concessões de rodovias, ao início do governo, para 30 mil km.”
Setores mais preocupantes
Os setores com maior defasagem de investimentos desde 2001 são, pela ordem, os de transportes e de saneamento, que precisariam de mais do que o dobro do nível de investimentos anual do que a média do passado recente. Entre 2001 e 2004, a média anual de recursos para transportes ficou em 0,67% do PIB, quando o necessário deveria estar em 1,98%. Já em saneamento, no mesmo período, a média esteve em 0,19%, mas precisaria de 0,44% – com marco regulatório aprovado em 2020, o setor tenta recuperar o tempo perdido e vários leilões tem sido realizados.
Essa defasagem pode ser sentida com maior força em algumas regiões, diz Frischtak. Em transportes, diz ele, o País enfrenta “uma crise de mobilidade urbana em praticamente todas as regiões metropolitanas e em muitas cidades médias”.
Em rodovias, a rede operada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e por muitos Departamentos de Estradas de Rodagem estaduais (DER) se caracteriza por problemas de má qualidade e baixo investimento, com ênfase no Nordeste, e em Estados com maior fragilidade fiscal, a exemplo de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) indica que 67,5% das rodovias brasileiras tiveram, em 2023, sua extensão classificada como regular, ruim ou péssima, enquanto 32,5% foi classificada como ótima ou boa.
“O período entre 2017 a 2022, com a regra fiscal do teto de gastos, foi de investimento público muito contido. Outras despesas acabaram preenchendo o limite quase completo, e não sobrou para investimentos”, defende Santoro. “Era importante alguma contenção de despesas, como o exigido pelo teto, para se forçar um ajuste das contas, mas o ajuste acabou não sendo nas despesas correntes. Na área de transporte, até 2022 foi o período de pior nível de investimentos da história do País. Agora, estamos saindo de um valor médio de investimentos, em números reais, de R$ 5,5 bilhões e R$ 6 bilhões anuais e passamos para R$ 15 bilhões por ano, valor que ainda não é o ideal.”
Os problemas em ferrovias, destaca Frischtak, é de planejamento “muito falho de modo geral, assim como a execução de projetos financiados com recursos públicos”, e uma das regiões mais afetadas é o Nordeste, que não se conecta por trilhos com o Sudeste.
A situação do hiato entre investimentos e o necessário para melhorar a infraestrutura é menor nos setores de energia e telecomunicações, mas também existe. Em energia, o investimento médio anual ficou, entre 2001 e 2024, em 0,63%, e deveria estar em 1,06%. O caso mais ilustrativo dos impactos dessa defasagem está na distribuição de energia, como mostram os casos recentes de dificuldades de retomada da infraestrutura na concessionária Enel, em São Paulo.
Melhor exemplo nas telecomunicações
A melhor situação está nas telecomunicações, setor que passou por privatização no fim da década de 1990. Entre 2001 e 2024, o investimento foi de 0,51% do PIB, e a necessidade seria de 0,71%. Mas, ainda assim, há, na Amazônia e no Centro-Oeste, grandes áreas sem sinal ou com sinal de má qualidade, afetando uma representativa extensão de propriedades rurais.
No primeiro semestre deste ano, o setor de telecomunicações investiu R$ 15,8 bilhões, segundo outro estudo, antecipado para o Estadão, e realizado pela Conexis, a associação das empresas do segmento. O valor mantém uma estabilidade em relação aos valores do mesmo período de 2023. Mas há uma queda em relação aos investimentos dos primeiros semestres de 2020, 2021 e 2022, quando as operadoras aceleraram na montagem de suas redes de 5G.
“Agora, estamos voltando a nos estabilizar nos níveis históricos, mas em um patamar um pouco maior nesse período pós-5G, em comparação com o que era com a 4G”, diz o presidente da Conexis, Marcos Ferrari. “O setor deve se estabilizar em torno dos R$ 40 bilhões de investimentos por ano, um nível elevado, ainda mais porque grande parte dos recursos são de poucas grandes empresas.”
Há, no entanto, um dilema no setor entre direcionar mais recursos para melhorar a qualidade da cobertura nos grandes centros urbanos ou atingir regiões no interior não bem atendidas. Por conta disso, a Conexis está propondo que as Big Techs arquem com parte dos dispêndios, uma vez que elas são as grandes consumidoras da infraestrutura.
Receita para tirar o atraso
O estudo de Frischtak traz algumas sugestões para o Brasil tirar a defasagem de sua infraestrutura. Elas envolvem uma continuidade dos programas além do período de gestão de cada governo, com planejamento de médio e longo prazo, além de dar mais estabilidade de regras e segurança jurídica, e, por fim, garantir a previsibilidade regulatória.
“Uma proposta muito realista seria fazer crescimentos incrementais ano a ano de 0,2 ponto porcentual em relação ao PIB, apesar da questão fiscal ser o grande foco atual”, afirma Rangel, do Sinicon. “Seria uma proposta de Estado, para não ficarmos mais apenas apagando incêndios, e envolve atrair mais investimentos privados.”
Segundo o estudo, a experiência internacional sugere que para cada 1% de elevação do estoque de capital em infraestrutura, em proporção ao PIB, há um ganho no potencial de crescimento do País entre 0,05% e 0,1%.
“Seria um resgate do papel do planejamento”, diz Rangel. “Se o Brasil quer ampliar a sua produção de grãos de 300 milhões de toneladas para 400 milhões, em até dez anos, vai precisar de mais infraestrutura.”
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
om uma leitura vindo pior do que o esperado pelo mercado nesta quinta-feira, 24, o IPCA-15 reforça a tese de uma postura mais austera por parte do Banco Central (BC), com uma alta de 0,50 ponto percentual (p.p.) na Taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O IPCA-15 de outubro veio em 0,54%, acima das projeções do consenso de mercado, de 0,50% – e além disso trouxe em sua composição detalhes que também deixaram especialistas mais pessimistas.
Claudia Moreno, economista do C6 Bank , comenta que, sem alívio na inflação de serviços, o ciclo de alta da Selic deve ser mantido.
“O resultado de outubro é reflexo, principalmente, do aumento dos preços da energia elétrica (5,06%) e da alimentação no domicílio (0,83%). No caso da energia elétrica, a pressão inflacionária veio da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha 2 em outubro”, explica.
“Já a alimentação no domicílio, que vinha de três meses de deflação, voltou a subir puxada por componentes sazonais potencializados pela seca que compromete o pasto e a alimentação do gado. Entre os itens que mais aumentaram de preço estão as carnes (5,1%) e óleos e gorduras (3,1%)”, completa.
Nesse contexto, a especialista do C6 comenta que os dados reforçam a visão de que Copom “precisará seguir com o ciclo de alta da Selic nas próximas decisões”. A expectativa é de elevações de 0,50 p.p. em novembro e dezembro.
As expectativas da casa são de uma Selic em 11,75% ao final de 2024 e de 10% ao final de 2025. Já para o IPCA, a projeção é de que o índice feche o ano de 2024 em 4,7%, acima do teto da meta de inflação.
Gustavo Gonzaga, da Necton Investimentos, comenta que a casa tinha uma projeção mais pessimista do que o consenso, então os dados vieram em linha com o esperado.
“Um dos núcleos mais relevantes para a pol. monetária, o de serviços subjacentes, acelerou fortemente na margem (0,59%) após ser derrubado por fatores pontuais em setembro. Contribuiu para o movimento a forte alta concentrada no item seguro voluntário de veículo (3,64%), em devolução da queda da última leitura”, analisa.
“Também aceleraram os serviços intensivos em trabalho e a média dos núcleos (0,37% e 0,43%, respectivamente), ambos acompanhados de perto pelo BC e com deterioração acima da esperada por nós”, completa.
Andre Fernandes, head da mesa de renda variável e sócio da A7 Capital, comenta que vê a leitura como “bem ruim”, e que a “composição também não veio boa, tanto o índice cheio quanto os núcleos seguem acelerando.”
“Acredito novamente em uma alta de juros. O mercado precifica uma alta de 0,50p.p. na Selic para a próxima reunião. Vemos um cenário inflacionário cada vez pior, e sem previsão de melhora no cenário fiscal para ancorar as expectativas de inflação, que poderia ajudar o país a ter juros mais baixos”.
IPCA-15 torna hipótese de estouro da meta mais provável
Ainda nesta semana o consenso de mercado passou a projetar que a inflação em 2024 fique no limite do teto, conforme refletido na edição do Boletim Focus da segunda, 21.
Nesse contexto, além do impacto direto na percepção sobre a condução da política monetária, analistas destacam que a leitura do IPCA-15 também aumenta as preocupações acerca do estouro da meta de inflação – definida em 4,5% para este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
“O resultado da prévia da inflação em outubro ultrapassa as expectativas do mercado e acende um sinal de alerta, pois se aproxima do teto da meta de inflação para 2024. Esse cenário reforça a preocupação com a persistência das pressões inflacionárias, principalmente em itens essenciais como energia, que têm um impacto direto no custo de vida das famílias, forçando o Banco Central a adotar uma abordagem mais cautelosa em relação aos cortes na taxa Selic”, comenta Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.
Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, explica que o acumulado de 12 meses está dentro da meta, mas os resultados acima das projeções indicam que as pressões inflacionárias persistem em diversos setores, como habitação e saúde.
“Esse cenário inflacionário mais elevado pode limitar as ações do Banco Central em futuras reuniões, já que há uma necessidade crescente de conter os preços sem prejudicar a recuperação econômica. A alta dos preços de serviços, combinada com o aumento dos custos habitacionais, pode impactar negativamente o consumo interno e afetar empresas dos setores de bens de consumo, varejo e construção”, pontua sobre o IPCA-15.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em queda firme nos contratos a partir de janeiro de 2026, superior a 25 pontos-base em alguns vencimentos, com o mercado corrigindo preços após as altas recentes em um dia de recuo dos rendimentos dos Treasuries e de declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em defesa do ajuste fiscal.
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgados pela manhã, foram mal-recebidos pelo mercado, mas não foram suficientes para evitar a redução de prêmios na curva brasileira.
No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo — estava em 11,222%, ante 11,228% do ajuste anterior. A taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 12,61% ante 12,757%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2030 estava em 12,72%, ante 12,846%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,6%, ante 12,843%.
No início do dia o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 subiu 0,54% em outubro, ante alta de 0,13% em setembro.
A expectativa de economistas ouvidos pela Reuters era de elevação de 0,50%. Em 12 meses até outubro, o indicador, considerado uma espécie de prévia para a inflação oficial, subiu 4,47%, acima dos 4,12% do mês anterior e a projeção de 4,43%.
“Este IPCA-15 elevado, com pressão altista dos alimentos e de energia elétrica, somado à piora em serviços subjacentes, reforça a expectativa de aceleração dos juros por parte do BC na próxima reunião do Copom, em novembro”, avaliou o departamento de Pesquisa Econômica do Banco Daycoval, em análise enviada a clientes.
Em reação, as taxas dos DIs sustentaram altas no início do dia, em sintonia com o avanço do dólar ante o real.
Taxas perderam força com Treasuries
Ao longo da manhã, no entanto, as taxas futuras foram perdendo força na esteira do recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após alguns balanços corporativos positivos nos EUA compensarem preocupações com a possível eleição do republicano Donald Trump para a presidência.
Pouco depois das 14h as taxas passaram a ceder com mais força no Brasil, em paralelo a declarações de autoridades nos Estados Unidos. Em entrevista coletiva às margens das reuniões da trilha de finanças do G20, em Washington, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defenderam a adoção de medidas que reforcem uma trajetória sustentável das contas públicas.
Segundo Campos Neto, o anúncio de medidas fiscais a ser feito pelo governo pode minimizar reações observadas no mercado relacionadas à preocupação com as contas públicas.
“A gente entende que vamos ter alguns anúncios no curto prazo que vão endereçar em parte essa reação do mercado em relação ao tema fiscal“, disse.Já Haddad disse não ver necessidade de reformar o arcabouço fiscal, mas sim de mostrar que ele é crível.
“É o fortalecimento de uma decisão que já foi tomada (ao aprovarmos o arcabouço)”, disse o ministro. “Não se trata de reformular, se trata de reforçar.”
Em outro evento, também em Washington, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Dias Brito Gomes, afirmou que o principal fator que tem impulsionado os prêmios de risco no Brasil é a percepção dos investidores sobre a questão fiscal. Ao mesmo tempo, ele reforçou o compromisso do BC com o centro da meta de inflação, de 3%.
O mercado gostou do que ouviu. A taxa do DI para janeiro de 2030, que marcou a máxima de 13,04% às 9h39, em alta de 7 pontos-base ante o ajuste anterior, na esteira do IPCA-15, despencou para a mínima de 12,68% às 16h18, em baixa de 30 pontos-base já após as declarações das autoridades brasileiras.
“As taxas no Brasil acompanham o exterior, onde os (rendimentos dos) Treasuries estão em queda, mas a gente vem também de uma semana muito forte, de alta nas taxas. Então me parece sobretudo um movimento de correção”, avaliou durante a tarde o head de renda fixa da Manchester Investimentos, Rafael Sueishi.
Perspectiva do Copom segue inalterada
O movimento não alterou a perspectiva para o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que terá desafios adicionais, como mostrou a Reuters: o colegiado se reunirá em 5 e 6 de novembro para deliberar sobre os juros, hoje em 10,75%, sem ter ainda dados definitivos sobre o resultado da eleição norte-americana de 5 de novembro.
Perto do fechamento a curva precificava 92% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da taxa básica Selic em novembro, contra 8% de chance de elevação de 75 pontos-base. Na quarta-feira os percentuais eram de 90% e 10%, respectivamente.
Às 16h54, o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 4 pontos-base, a 4,204%.
Infomoney - SP 25/10/2024
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira (24) que o governo vai calcular o crescimento potencial do país para apresentar um número próprio, defendendo ser plausível que a expansão da atividade na maior economia da América Latina esteja num patamar robusto, mas mais próximo de não provocar pressões inflacionárias.
Em entrevista à Reuters às margens das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, Tebet afirmou que as taxas de juros do país não podem ser elevadas somente com base na percepção de que a economia já passou do ponto em que cresce sem pressionar os preços, num contexto em que as próprias projeções dos economistas para a atividade têm se mostrado erradas há três anos.
“Nosso ministério, junto com a Ipea, vamos pedir parcerias, inclusive o BNDES diz que é parceiro para isso, para a gente achar pela ótica oficial do Brasil qual é o PIB potencial que ele tem. Se o FMI está falando em 2,5%, quem sabe não é 2,8%”, ela disse.
“Isso reflete em nós termos discurso para debater de forma equilibrada, saudável, respeitando a autonomia do Banco Central, a questão de juros no Brasil, que é um assunto complexo, mas é o que mais importa, porque é ele que permite que o pequeno possa ter crédito, possa investir, possa gerar emprego, aquecer a economia.”
O banco central chamou forte atenção para o crescimento acima do esperado ao iniciar um ciclo de aperto monetário no mês passado com uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a 10,75%. O BC não divulga uma estimativa de PIB potencial, mas o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, tem chamado atenção para o possível aumento do indicador, atribuindo o movimento ao impacto de reformas estruturais.
Na terça-feira, o FMI revisou o avanço econômico previsto para o Brasil este ano a 3,0%, de 2,1% antes, no maior ajuste que fez para cima em perspectivas das grandes economias este ano.
No relatório sobre o Brasil publicado em julho, o FMI havia calculado que a expansão econômica esperada para o país seria de 2,5% no médio prazo, um aumento de 0,5 ponto percentual sobre o patamar que havia calculado em 2023.
“O PIB potencial do Brasil não é mais o 1,5% que falavam lá atrás, o FMI já está falando em 2,5%, se ele está falando 2,5% e sempre errou para baixo, será que não é 3%? Essa pergunta nós temos que nos fazer,” disse Tebet.
A projeção oficial do governo é de um aumento do PIB de 3,2% este ano.
Corte de gastos
Sobre o controle das contas públicas, Tebet afirmou que o arcabouço fiscal “só para em pé com revisão estrutural das despesas obrigatórias” e que o governo está debruçado sobre a questão, com a missão de apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma série de alternativas para que ele tenha a opção de escolher.
“Sem essa revisão, nós não conseguimos cumprir meta fiscal em 26, sem ela, nós não conseguimos estabilizar a dívida,” ela disse.
“Se nós tivermos que tirar direito, e às vezes vai acontecer, é tirar direito de quem não está precisando, que precisava no passado e não está precisando. Então a modernização das políticas públicas é o nosso problema,” ela completou.
Segundo Tebet, essa mudança se verifica por vezes por conta da transformação nas relações entre sociedade e estado ao longo do tempo, ressaltando que uma política que fazia sentido para quem ganha até dois salários mínimos pode não se justificar no mundo atual.
Questionada se as medidas de ajuste afetariam então o abono salarial, com o qual o governo estima gastar mais de R$ 30 bilhões no projeto do Orçamento do ano que vem, Tebet afirmou que nenhuma das medidas será apresentada antes da hora para não haver interdição do debate num contexto em que o Presidente Lula ainda baterá o martelo.
Criado em 1990, o abono representa o pagamento anual de um salário mínimo para os trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos mensais.
“Agora é importante lembrar que essa conta da vontade política e do timing tem que ser dividida com o Congresso Nacional. A gente tem que entender que não é uma questão assim de falta vontade do presidente Lula. A pergunta é: há vontade da classe política de sair do discurso e aceitar na prática enfrentar essa questão?”, afirmou.
Segundo a ministra, é possível que as reformas mais estruturantes e profundas, que são também vistas como as mais difíceis politicamente, fiquem para uma segunda etapa de revisão das despesas.
IstoÉ Online - SP 25/10/2024
O vice-presidente e titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou há pouco que a possibilidade de o Brasil fazer parte da Nova Rota da Seda da China não foi discutida durante as reuniões ministeriais do grupo das 20 maior economias do mundo (G20), mas que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e que é desejo do País ampliar as relações não só com o gigante asiático, mas também com outras nações.
Alckmin afirmou que o País quer aprofundar a relação com a China para ter investimentos recíprocos. “Não tem situação específica sobre o belt and road, mas o Brasil quer ampliar a relação com a China, como também com os demais países.”
Ele fez as declarações em entrevista coletiva após o encontro ministerial, em Brasília.
“O Brasil não tem litígio com ninguém, é país promotor da paz. Se relaciona com todos e se relaciona bem”, afirmou. O vice-presidente lembrou que, há quase uma década, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, enquanto os Estados Unidos são os principais investidores no País. “O presidente Lula tem destacado a importância do comércio exterior”, enfatizou, dizendo que o Brasil tem uma fatia de apenas 1,9% do PIB comercial mundial e que, portanto, 98% estão fora do País.
Por isso, conforme o ministro, é fundamental proporcionar um crescimento desse segmento. “Os países que mais crescem no mundo têm comércio forte, pois é via de mão dupla: exporta e importa”, disse. Ele citou expectativas de ampliação de comércio com Mercosul, União Europeia, Efta e Emirados Árabes. “Temos um caminho pela frente muito importante de abertura de mercado”, previu.
Presidência brasileira no G20
Geraldo Alckmin afirmou que a questão do comércio e investimentos foi bem sucedida na presidência brasileira do grupo das 20 maiores economias do mundo.
“Foi bem sucedida, mas que isso se faça dentro de princípios, como a questão de não ter trabalho escravo, de ter respeito ao desenvolvimento social e ambiental, não é crescer destruindo o meio ambiente”, apontou durante entrevista coletiva realizada após a reunião ministerial.
Alckmin enfatizou também o avanço sobre a importância de se fortalecer o multilateralismo, e voltou a repetir sobre a necessidade de se deixar a Organização Mundial do Comércio (OMC) mais robusta.
“Precisamos ter um sistema de decisão de controvérsias. No comércio, é natural que haja conflitos, mas é preciso ter regras e que sejam respeitadas”, enfatizou. Ele disse ainda que o sistema também precisa ser ágil, rápido e eficaz.
Money Times - SP 25/10/2024
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou nesta quinta-feira (24) que o crescimento econômico anual da China pode cair para “muito abaixo” de 4%, a menos que o país realize reformas para aumentar o consumo interno.
Segundo Georgieva, um dos maiores obstáculo para a melhoria da confiança do consumidor chinês é o setor imobiliário em queda, e devem ser tomadas medidas para lidar com isso.
O FMI cortou a taxa de crescimento da China em 2024 em 0,2 ponto percentual, para 4,8%, com o impulso das exportações líquidas compensando parcialmente a fraqueza contínua no setor imobiliário e a baixa confiança do consumidor.
A previsão do FMI de crescimento da China em 2025 permaneceu em 4,5%, mas a perspectiva não inclui nenhum impacto dos planos de estímulo fiscal recentemente anunciados.
No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,6%, quando comparada com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) divulgados na semana passada.
O resultado ficou abaixo dos três meses anteriores, quando foi registrada uma expansão de 4,7%, mas veio acima das projeções de 4,5%. Além disso, de janeiro a setembro, PIB da China cresceu 4,8%, abaixo da expectativa de 4,9%.
Além de os números não surpreenderem tanto, a China está tendo dificuldades de convencer o mercado de que as medidas de estímulos à economia vão de fato acelerar o consumo no país.
O setor imobiliário chinês, que já representou cerca de 20% do PIB do país, enfrenta desaceleração desde 2021, com as vendas de imóveis caindo em torno de 20% neste ano. A economia local vem sofrendo não só com uma desaceleração econômica geral, mas também com pressões deflacionárias, excesso de estoque imobiliário e com os efeitos dos cortes de financiamento do governo durante a pandemia.
China: Veja as medidas econômicas que já foram anunciadas
Desde o mês passado, a China já anunciou diversas medidas econômicas, mas poucas realmente agradaram os investidores. Entre elas está a implementação de “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico deste ano de aproximadamente 5%.
O banco central da China, por exemplo, divulgou o seu mais agressivo afrouxamento monetário desde a pandemia, sinalizando cortes em uma ampla gama de taxas de juros e uma injeção de liquidez de 1 trilhão de iuanes (US$ 140 bilhões) no sistema financeiro.
Os bancos também reduziram as taxas de hipoteca para empréstimos imobiliários existentes antes de 31 de outubro, como parte de medidas abrangentes a fim de apoiar o mercado imobiliário do país.
Já o governo chinês adiantará 100 bilhões de yuan (cerca de US$ 14,1 bilhões) do orçamento de investimento de 2025 e outros 100 bilhões de yuan serão destinados para projetos de construção. Além disso, continuará com a emissão de títulos governamentais especiais de prazo ultralongo para o ano que vem.
Também foi prometido um aumento “significativo” no endividamento do governo para reanimar a economia, mas isso deixou os investidores em dúvida sobre o tamanho geral do pacote de estímulo.
Por fim, na semana passada, foi anunciada a ampliação da lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (US$ 562 bilhões) até o final do ano.
O Estado de S.Paulo - SP 25/10/2024
Num cenário de baixo nível de investimentos e pouca folga fiscal do governo federal para aumentar os gastos públicos, o desafio para modernizar a infraestrutura brasileira ganha uma proporção ainda maior. Um caminho defendido pelo Ministério dos Transportes é estimular a iniciativa privada para encabeçar os projetos de melhorias de estradas e ferrovias que escoam a produção da economia.
Segundo o secretário-geral do ministério, George Santoro, a agenda de licitações vai se acelerar nos próximos meses, e ela já conta com mais interessados em participar dos leilões. “Queremos passar de 14 mil km para 30 mil km de concessões de rodovias”, afirma. “O volume de investimentos só em rodovias vai ser superior a R$ 200 bilhões, talvez R$ 250 bilhões, pelos próximos seis anos.”
Leia os principais trechos da entrevista.
Por que a infraestrutura do Brasil está em uma das piores situações da sua história, em comparação com o PIB?
O período entre 2017 a 2022, com a regra fiscal do teto de gastos, foi de investimento público muito contido. Outras despesas acabaram preenchendo o limite quase completo, e não sobrou para investimentos. Era importante alguma contenção de despesas, como o exigido pelo teto, para se forçar um ajuste das contas, mas o ajuste acabou não sendo nas despesas correntes. Na área de transportes, o período até 2022 teve o pior nível de investimentos da história do País. Agora, estamos saindo de um valor médio de investimentos, em números reais, de R$ 5,5 bilhões e R$ 6 bilhões anuais, para R$ 15 bilhões por ano. É quase três vezes mais só em investimento público. O nível da malha rodoviária caiu para o pior da história. Agora, já recuperamos um pouco disso. A malha rodoviária responde rapidamente a investimentos. Estávamos com centenas de obras paradas e já retomamos quase todas. As que ainda não voltaram foi por questão de projeto. O ministério está com uma agenda muita intensa. O governo tem um limite (de investimentos), por que temos de respeitar a regra fiscal. Esse valor de R$ 15 bilhões é suficiente? Jamais. Preciso trazer o setor privado.
Como isso vai acontecer?
A agenda mais importante do que a de obras é a agenda das concessões públicas. Na média dos últimos seis anos tivemos 1,5 concessão por ano. Nos últimos 35 anos, foram 26 contratos de concessão.
Como acelerar esse programa de licitações?
Mudamos a modelagem de projetos, reduzimos o tempo de apreciação deles no Tribunal de Contas da União com a padronização de instrumentos. Todos os contratos são padronizados agora. Os últimos 26 contratos eram todos diferentes. No ano passado, em maio, o ministério publicou 35 leilões de rodovias e ferrovias. Fizemos roadshows no exterior. Assim, conseguimos fazer quatro leilões no ano passado, sendo que o da BR-381 (rodovia de Minas Gerais) deu deserto (sem propostas). Repetimos este ano a licitação, que agora deu certo. E teremos seis leilões em dezembro. Ao todo, serão dez contratos novos neste ano. E pegamos 15 contratos antigos para rediscutir acordos, reequilibrar os contratos e colocar para dentro dos projetos. Fecharemos o ano com 11 acordos aprovados. Então, ao todo, desde o início do governo serão 46 novos contratos de investimentos. A meta é ter mais. Queremos ampliar a participação das concessões. Queremos passar de 14 mil km, ao início do governo, para 30 mil km concedidos. O volume de investimentos só em rodovias será superior a R$ 200 bilhões, talvez R$ 250 bilhões, pelos próximos seis anos.
E o plano de ferrovias?
Temos um estudo de investimentos a ser apresentado. Há atualmente consultas públicas para três leilões. Temos uma agenda de otimização de contratos. Remodelaremos contratos da Malha Oeste (que corta o Mato Grosso do Sul até São Paulo). Haverá quase 500 km de trilhos modernos, com a rebitolagem de um grande trecho e serão construídos quase 100 km novos de trilhos, para atender a demanda de produção no Brasil.
Muitas empresas que participam de projetos de obras e concessões pedem mais acesso a investimentos. Por isso, o BNDES tem participado tanto com anúncios de linhas de financiamento?
Há um esforço para facilitar o financiamento. Fizemos mudanças nas debêntures incentivadas. O BNDES reconheceu novos contratos, de editais, o que dá mais segurança (para investimentos). Tem novos financiamentos de projetos, sem exigir garantias adicionais.
Mas uma das principais reclamações das empresas sobre as dificuldades de participar dos leilões é por não terem garantias para dar para poderem assinar os contratos. Muitas delas venderam ativos após investigações da Operação Lava Jato. Como elas podem participar das licitações tendo pouco o que oferecer como garantia?
Quando chegamos aqui em 2023, só havia duas empresas indo a leilão: a Ecorodovias e a CCR participaram de todos os leilões dos últimos seis anos. Nos últimos leilões, já entraram quatro ou cinco empresas. As companhias estão com os balanços estressados, com endividamento alto. A gente reduziu a necessidade de colocar equity nos projetos. E também passamos a trazer sustentabilidade para os projetos, o que não tinha no Brasil. As empresas europeias da OCDE poderão vir para competir no Brasil, por que elas precisam respeitar essas regras. Estávamos desde 2007 sem uma estrangeira ganhar um leilão. E recentemente entrou o (grupo francês) Vinci (que ganhou, em setembro, a concessão da Rota dos Cristais, que vai de Cristalina, em Goiás, a Belo Horizonte). As empresas deixaram de poder participar das concorrências depois da Lava Jato. Quando puderam voltar, o setor não conseguia absorver os projetos. Mas não é possível que a Colômbia esteja fazendo um ciclo de concessões de US$ 50 bilhões (R$ 284 bilhões) em sete anos e a gente não consiga atrair empresas, tendo uma economia muito maior.
Como atrair novo investimento? Se esperava que as empresas estrangeiras poderiam preencher o vácuo deixado pelos grupos brasileiros donos de empreiteiras envolvidos na Lava Jato, o que não aconteceu.
Trabalhamos muito com mercado financeiro. Este mês, fizemos reunião com 15 gestores de fundos de investimentos, que colocam dinheiro no private equity. É a turma que financia, que compra debêntures. Fizemos mais de 500 reuniões em dois anos. Precisamos receber as empresas já que qualquer detalhe pode fazer uma companhia disputar ou não num leilão. O filé já foi leiloado. Agora, são coisas novas, áreas novas de expansão agrícola. Tem de ser mais criativo, mais transparente, e construir uma agenda bacana.
Infomoney - SP 25/10/2024
A atividade empresarial dos Estados Unidos aumentou em outubro em meio à demanda forte, e as empresas elevaram os preços de bens e serviços no ritmo mais lento em quase quatro anos e meio, indicando que a economia começou o quarto trimestre em boa forma.
A S&P Global informou nesta quinta-feira que o seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto dos EUA, que acompanha os setores industrial e de serviços, subiu para 54,3 neste mês, em comparação com uma leitura final de 54,0 em setembro. Leitura acima de 50 indica expansão no setor privado. Os dados de vendas no varejo sugerem que o crescimento econômico ganhou mais velocidade no terceiro trimestre.
“Em outubro, a atividade empresarial continuou a crescer em um ritmo encorajadoramente sólido, sustentando a recuperação econômica registrada no ano até o momento no quarto trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.
A medida da pesquisa dos preços médios cobrados pelas empresas por bens e serviços caiu para 51,6, a leitura mais baixa desde maio de 2020, de 54,6 em setembro. Consumidores preocupados com a inflação têm resistido aos preços mais altos negociando e comprando produtos substitutos mais baratos.
Economistas esperam que a inflação continue caindo para a meta de 2% do Fed. No mês passado, o banco central dos EUA iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário com um corte excepcionalmente grande de 0,5 ponto percentual em sua taxa de juros, reduzindo-a para a faixa de 4,75% a 5,00%, em meio aos crescentes temores sobre o mercado de trabalho.
O PMI preliminar de manufatura subiu de 47,3 no mês passado para 47,8. Economistas consultados pela Reuters previam leitura de 47,5.
O PMI de serviços subiu para 55,3, de 55,2 em setembro, superando as expectativas dos economistas de uma leitura de 55,0.
CNN Brasil - SP 25/10/2024
Os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian caíram nesta quinta-feira (24), com os investidores avaliando dados mistos de produção, enquanto uma perspectiva mais fraca do mercado siderúrgico global aumentou a pressão sobre os preços.
O contrato janeiro do minério de ferro mais negociado na bolsa de Dalian, da China, encerrou as negociações diurnas em queda de 0,26%, a 755,0 iuanes (US$ 106,13) a tonelada métrica.
O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura, no entanto, subia 0,65%, a US$ 99,35 a tonelada, por volta das 8h (horário de Brasília).
Os relatórios de produção das principais mineradoras mostraram que elas superaram problemas no fornecimento e aumentaram as atividades nos últimos meses, enquanto a produção de aço está caindo, disseram os analistas do ANZ em uma nota.
A Fortescue, da Austrália, a quarta maior mineradora de minério de ferro do mundo, divulgou nesta quinta-feira um aumento de 4% em seus embarques de minério de ferro no seu primeiro trimestre, mas observou uma queda nos preços realizados.
No entanto, a Kumba Iron Ore da África do Sul informou que sua produção total no terceiro trimestre diminuiu 3%, deixando inalterada sua orientação de vendas.
As leituras de quinta-feira seguem as estimativas de produção acima do esperado de outras grandes mineradoras, incluindo a BHP, e ocorrem em um momento em que rivais como a Vale e a Rio Tinto estão se movimentando para expandir os suprimentos.
A produção de aço bruto da China atingiu 77,1 milhões de toneladas em setembro, baixa de 6,1% no mês a mês e de 3,1% em relação ao ano anterior, mostraram dados da Associação Mundial do Aço na quarta-feira.
O Japão, um dos cinco maiores produtores de aço do mundo, viu sua produção de aço bruto em setembro cair 3,6% em relação a agosto e 5,8% em relação ao ano anterior, segundo dados da Japan Iron & Steel Federation.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
As bolsas do TMX Group — Bolsa de Valores de Toronto (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV) — e a B3, bolsa do Brasil, assinaram na segunda-feira, 21, um memorando de entendimento cujo objetivo é criar oportunidades para investidores e empreendedores no mercado de capitais e ajudar a impulsionar o mercado brasileiro.
Pelo acordo, baseado na experiência canadense em mineração, energia e energia renovável, TSX, TSXV e B3 vão desenvolver um ecossistema que facilite a dupla listagem de empresas de pesquisa mineral com sede no Brasil. Essa combinação de capacidades possibilitará que as companhias acessem a base de investidores nacional e internacional no Brasil e o mercado de capitais no Canadá.
Com 50% de suas companhias provenientes da mineração, a TSX é considerada a maior bolsa do mundo para o setor. São mais de 1.200 mineradoras listadas.
O acordo entre as bolsas brasileira e canadense vai ao encontro das análises acerca da necessidade de ampliar as fontes de recursos para fomentar o desenvolvimento sustentável do setor de mineração no Brasil.
Segundo o presidente do Conselho da Cedro Participações, Lucas Kallas, a simplificação e agilização dos processos de licenciamento ambiental, junto com a criação de debêntures incentivadas, ajudam a acelerar os investimentos do setor e a reindustrialização do país. “É o caminho mais seguro para que o Brasil tenha condições de recuperar a competitividade e a liderança em âmbito mundial, sobretudo em produtos com baixa emissão de carbono, como o ‘minério verde’”, afirma o empresário.
Entre as companhias brasileiras listadas na bolsa de Toronto estão a Sigma Lithium e a Aura, fabricante de ouro, que também é listada na bolsa brasileira.
Brasil Mineral - SP 25/10/2024
A Anglo American produziu 181 mil t de cobre no terceiro trimestre de 2024 em suas operações no Chile e Peru apenas - exclui a produção de cobre do negócio Platinum Group Metals - , o que corresponde a uma queda de 13% sobre um ano atrás, enquanto a produção de minério de ferro somou 15,7 milhões de toneladas, 2% superior, já que o Minas-Rio atingiu um desempenho recorde no terceiro trimestre, refletindo maior estabilidade operacional, parcialmente compensada por uma redução planejada em Kumba para se alinhar às restrições de logística de terceiros. Em outubro, o regulador antitruste brasileiro (CADE) aprovou a transação Serpentina com a Vale, e isso está a caminho de ser concluído no quarto trimestre.
A produção das operações Platinum Group Metals (PGMs) atingiu 922 onças no trimestre, um recuo de 10% quando comparado ao mesmo período de 2023, principalmente, devido à menor produção esperada de metal em concentrado, em linha com a orientação para 2024. Em uma base trimestral, a produção ficou estável. A Anglo American produziu 5,6 milhões de quilates de diamantes brutos, 25% a menos, refletindo uma resposta da produção ao período prolongado de menor demanda, níveis de estoque maiores que o normal no midstream e um foco contínuo na gestão do capital de giro. A produção de carvão para siderurgia diminuiu 6%, principalmente devido à interrupção da mineração em Grosvenor após o incêndio subterrâneo em junho de 2024. A produção somou 4,1 milhões de toneladas, excluindo os impactos de Grosvenor, a produção de carvão para siderurgia aumentou 3%, refletindo a maior produção da operação de corte a céu aberto de Dawson e da operação de longwall de Moranbah. A produção de níquel alcançou 9,9 mil t e aumentou 6%, em grande parte devido a melhorias operacionais em Barro Alto, enquanto o manganês caiu 60%, e a Anglo produziu 406 mil t.
“Nosso foco consistente em excelência operacional continua a entregar produção estável em linha com nossas expectativas. Nossa operação de minério de ferro Minas-Rio no Brasil atingiu um segundo trimestre recorde consecutivo, enquanto a reformulação de nossas operações de cobre continua a progredir, com a mais antiga das duas plantas de Los Bronces colocada em cuidados e manutenção. A estabilidade contínua nos ativos de processamento de PGM nos permite aumentar a orientação de produção de PGM refinado para o ano inteiro para 3,7–3,9 milhões de onças, e o forte desempenho operacional em níquel aumenta a orientação de produção para 38.000-39.000 toneladas, reduzindo a orientação de custo unitário para c.530 c/lb. Todas as outras orientações de produção e custo unitário permanecem inalteradas”, disse Duncan Wanblad, CEO da Anglo American.
Para Duncan, a simplificação acelerada de portfólio para desbloquear o valor inerente na Anglo American está bem encaminhada. “A cisão da PGMs está a caminho de ser concluída até meados de 2025. Nosso processo de venda de carvão siderúrgico continua a ver uma competição significativa por este conjunto de ativos de classe mundial, com uma rodada final de licitantes em andamento, e esperamos anunciar a execução de um acordo de venda nos próximos meses. Também somos encorajados por imagens recentes que mostram que os danos causados pelo incêndio na área subterrânea da mina Grosvenor parecem limitados, apoiando ainda mais o processo de venda”.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
A mineradora Vale publicou nesta quinta-feira, 24, que seu lucro líquido caiu 15% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, com impactos de queda no preço do minério de ferro e por provisões relacionadas ao rompimento da barragem de Mariana (MG).
Ainda assim, a companhia — uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo — registrou lucro líquido de 2,41 bilhões de dólares no trimestre encerrado em setembro, bem acima da média das estimativas de analistas consultados pela LSEG, de 1,65 bilhão de dólares.
A receita líquida de vendas no terceiro trimestre caiu 10% ante o mesmo período de 2023, a 9,55 bilhões de dólares, quase em linha com os 9,44 bilhões de dólares previstos pelos analistas.
Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado da companhia entre julho e setembro caiu 18% ante o mesmo período de 2023, a 3,62 bilhões de dólares, também em linha com as estimativas dos analistas de 3,61 bilhões de dólares.
Em mensagem no balanço financeiro, o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, ressaltou que a produção de minério de ferro da companhia no terceiro trimestre foi a maior em mais de cinco anos.
A empresa publicou na semana passada que sua produção de minério de ferro cresceu 5,5% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2023, com impulso de melhorias do desempenho operacional nos complexos minerários de S11D, Itabira e Brucutu.
A Vale produziu 90,97 milhões de toneladas da commodity entre julho e setembro, enquanto as vendas cresceram 1,6%, para 81,84 milhões de toneladas.
O preço médio realizado de finos de minério de ferro no terceiro trimestre, porém, foi de 90,6 dólares por tonelada, queda de 14% ante o mesmo período do ano passado.
O custo caixa C1 da Vale (custo de produção da mina ao porto) de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, nos três meses encerrados em setembro, caiu 6% ante um ano antes, atingindo 20,6 dólares por tonelada.
A dívida líquida expandida cresceu 6% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2023, para 16,47 bilhões de dólares.
Em paralelo, a Vale também revisou para baixo a previsão do custo all-in de cobre em 2024, para entre 2.900 e 3.300 dólares por tonelada — em níquel, a previsão foi mantida. Nos meses de julho a setembro, o custo all-in de cobre e níquel foi 2.851 dólares/tonelada e 18.073 dólares/tonelada, respectivamente.
Acordo de Mariana
A Vale havia adiantado que adicionaria 5,3 bilhões de reais, ou 956 milhões de dólares, aos passivos associados à reparação pelo rompimento de barragem de mineração em Mariana (MG) nos seus resultados financeiros do terceiro trimestre.
A nova estimativa foi calculada enquanto a Vale, a BHP e a Samarco avaliam juntamente com autoridades federais e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo os termos gerais para um acordo definitivo de reparação pelo rompimento, com valor total de 170 bilhões de reais. O acerto deverá ser assinado na sexta-feira.
O montante total considera pagamentos já realizados pelas empresas, recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.
“Esperamos assinar o acordo de Mariana muito em breve, visando uma resolução definitiva que irá, acima de tudo, beneficiar as pessoas impactadas e a sociedade, por meio de um acordo mutuamente benéfico para todas as partes interessadas”, disse Pimenta no documento.
Em seu primeiro relatório financeiro desde que assumiu o comando da Vale, neste mês, Pimenta ressaltou ainda que sua gestão se esforçará para transformar a Vale em uma companhia “mais ágil e eficiente, promovendo a inovação e uma cultura de desempenho”, pontuando que “segurança e excelência operacional são elementos inegociáveis dessa jornada”.
Adicionalmente, Pimenta afirmou que a estratégia da empresa se concentrará em entregar um portfólio de produtos superiores, com foco maior no cliente.
“Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos, pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre”, frisou.
Por fim, o executivo afirmou ter o compromisso de aprimorar relacionamentos institucionais da companhia, garantindo que a Vale deixará um impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente.
Valor - SP 25/10/2024
Lucro da empresa cai 3,44% no 3º tri, para R$ 13,4 bi; provisão cresce em US$ 956 milhões
Pimenta, CEO da Vale: produção de minério teve maior nível em cinco anos — Foto: Leo Pinheiro/Valor
O acordo definitivo sobre a tragédia de Mariana (MG), a ser assinado nesta sexta-feira (25), contribuiu para reduzir os resultados da Vale no terceiro trimestre. Na noite desta quinta-feira (24), a mineradora anunciou um lucro líquido de R$ 13,386 bilhões, 3,44% menor que em igual período do ano passado. Para fazer frente ao acordo, a empresa confirmou no balanço uma provisão adicional de US$ 956 milhões (R$ 5,3 bilhões), o que elevou a reserva total comprometida com o desastre para US$ 4,7 bilhões (R$ 26 bilhões).
O lucro menor também é explicado pela queda do preço do minério de ferro em relação a igual período de 2023. De julho a setembro, o preço médio realizado pela companhia nas vendas de finos de minério de ferro, principal produto da empresa, ficou em US$ 90,6 por tonelada, 13,8% abaixo de igual período do ano passado, quando o valor médio foi de US$ 105,1 por tonelada.
O ganho menor na última linha do balanço foi fruto de um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) também mais baixo. Entre julho e setembro, o Ebitda da mineradora ficou em R$ 20,049 bilhões, queda de 7,57% frente aos R$ 21,693 bilhões do terceiro trimestre de 2023. A receita líquida da companhia no terceiro trimestre foi de R$ 52,978 bilhões, um aumento de 1,95% frente aos R$ 51,962 bilhões de um ano antes.
No comunicado sobre o desempenho do terceiro trimestre, o novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou os pontos positivos da operação da mineradora do período. Ele citou que a produção de minério de ferro no trimestre atingiu o nível mais elevado em mais de cinco anos e a produção de pelotas está no maior nível desde 2019. Pimenta também apontou as prioridades de sua gestão à frente da companhia e salientou que o desempenho operacional do terceiro trimestre está em linha com a estratégia de entregar produtos de qualidade: “Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos, pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre”, disse o presidente da companhia.
Em minério de ferro, vamos acelerar oferta de alta qualidade”
— Gustavo Pimenta
Em outro fato relevante enviado ao mercado, a Vale informou que é esperada para esta sexta-feira (25) a cerimônia para assinatura do acordo definitivo de reparação integral pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, ocorrido em 2015. A Vale é dona da empresa junto com a anglo-australiana BHP Billiton. O acordo define as medidas para a reparação e é estimado em R$ 170 bilhões, entre desembolsos realizados, futuros e obrigações a fazer. A assinatura deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A provisão feita para possíveis necessidades de desembolso da Samarco também teve efeito sobre o endividamento da companhia. A dívida líquida expandida da Vale - conceito que considera desembolsos que serão necessários, como aqueles pela reparação de Brumadinho e Mariana - fechou o terceiro trimestre em US$ 16,472 bilhões, 6% a mais que no terceiro trimestre do ano passado e US$ 1,8 bilhão maior que no segundo trimestre.
Em termos de custo caixa C1 de finos de minério de ferro, que considera as despesas da mina ao porto, o valor no terceiro trimestre foi de US$ 20,6 por tonelada, queda de 6% frente ao terceiro trimestre de 2023. Segundo a companhia, a queda foi resultado de diluição devido à maior produção; melhor mix de produção, com maiores volumes do Sistema Norte, no Pará, onde os custos são menores e contínuas melhorias de eficiência. Em setembro, o custo de produção C1 atingiu US$ 18,2 por tonelada, o que, de acordo com a empresa, indica um desempenho positivo para o quarto trimestre.
A Vale anunciou ainda a redução da estimativa de custos para o cobre de um intervalo de US$ 3,3 mil a US$ 3,8 mil por tonelada para US$ 2,9 mil a US$ 3,3 mil por tonelada. A companhia também informou o novo horário da teleconferência de resultados, a ser realizada nesta sexta-feira (25), às 14h.
Infomoney - SP 25/10/2024
As ações da Tesla tiveram a maior alta diária em mais de 11 anos após a montadora reportar resultados surpreendentemente fortes e prever um crescimento de até 30% nas vendas de veículos no próximo ano.
Os resultados do terceiro trimestre foram impulsionados pelo sucesso do Cybertruck, que gerou lucro pela primeira vez. A redução nos custos de materiais, a expansão do negócio de energia e a venda de créditos regulatórios para montadoras que precisam de ajuda para cumprir os limites de emissões também contribuíram para os melhores ganhos trimestrais da Tesla em mais de um ano.
O CEO Elon Musk apresentou uma perspectiva otimista para 2025, citando o lançamento de modelos mais acessíveis que a Tesla ainda não identificou. “Algo em torno de 20% a 30% de crescimento no próximo ano é minha melhor estimativa”, disse ele durante uma transmissão ao vivo.
Nasdaq e S&P 500 avançam após salto da Tesla e queda de rendimentos de Treasuries
Previsão positiva de lucro da Tesla ajudou a animar investidores
As ações da Tesla saltaram 22% nesta quinta-feira (24) em Nova York, o maior ganho desde maio de 2013. Isso ajudou a adicionar dezenas de bilhões de dólares à fortuna de Musk e levou as ações a território positivo para o ano, apagando uma queda nas semanas desde que o CEO revelou protótipos de táxis e vans autônomos.
Musk está apostando no futuro da Tesla na autonomia, tendo abandonado planos para um novo veículo que seria mais barato que o sedã Model 3. Ao relatar um aumento na lucratividade e otimismo sobre o próximo ano, o CEO acalmou as preocupações de que o negócio principal da Tesla continuaria a cair enquanto ele prioriza uma busca de anos pela tecnologia de direção autônoma.
“Os investidores que queriam algo hoje obtiveram lucros melhores do que o esperado e orientações de crescimento nas entregas”, disse Gene Munster, parceiro-gerente da empresa de investimentos Deepwater Asset Management. “Os investidores de longo prazo receberam a cenoura dourada.”
Musk passou uma breve parte da transmissão ao vivo de quarta-feira (23) à noite discutindo o que poderia fazer em uma segunda administração Trump.
Após pedir um processo de aprovação federal para veículos autônomos, o CEO da Tesla disse que “tentaria fazer isso acontecer” se fosse nomeado para um cargo governamental que ele e Donald Trump discutiram pela primeira vez em agosto. O bilionário apoiou o candidato republicano ao investir US$ 75 milhões em um super PAC que apoia o candidato.
Musk reiterou que espera que a Tesla produza um robotáxi chamado Cybercab em 2026 e disse que a empresa pretende fabricar pelo menos 2 milhões de unidades anualmente, sem especificar até quando. A Tesla ainda não fabricou tantas carros em sua linha completa em um ano.
“Acho que é pelo menos 2 milhões de unidades por ano, talvez 4 milhões no final”, disse ele, antes de avisar: “Essas são apenas minhas melhores estimativas.”
A Tesla projetou um leve crescimento nas entregas de veículos este ano, o que exigirá um desempenho recorde no quarto trimestre após as vendas caírem no primeiro semestre.
A empresa disse que o Cybertruck, que começou a ser enviado no final do ano passado, alcançou margem bruta positiva à medida que a produção aumentou. Embora a Tesla não tenha informado quantos caminhões foram construídos ou vendidos em seus relatórios trimestrais, documentos de recall dos EUA mostram que a empresa entregou pelo menos 27 mil caminhões.
A Tesla reportou lucros ajustados de 72 centavos por ação, superando as estimativas médias dos analistas pela primeira vez em cinco trimestres. A margem bruta automotiva da empresa, excluindo créditos regulatórios, subiu para 17,1%, também superando as projeções.
Garrett Nelson, analista da CFRA Research, disse que os investidores estabeleceram uma expectativa baixa para este trimestre e questionaram se a Tesla pode sustentar o nível de lucratividade.
“As expectativas estavam baixas antes da divulgação, após quatro resultados consecutivos abaixo do esperado e um ‘Dia do Robotaxi’ que deixou os investidores com mais perguntas do que respostas”, disse Nelson em uma nota aos clientes.
A Tesla gerou US$ 739 milhões em receita durante o trimestre com a venda de créditos regulatórios para fabricantes de automóveis que precisam de assistência para cumprir padrões de poluição mais rigorosos. Este foi o segundo maior total da montadora com sede em Austin, ficando atrás apenas do trimestre anterior.
A empresa também creditou seu negócio de energia como um impulsionador de receita e lucratividade. A Tesla já implantou mais produtos de armazenamento de bateria este ano do que fez em todo o ano de 2023.
Em um registro regulatório na quinta-feira, a Tesla divulgou que reconheceu US$ 326 milhões em receita durante o trimestre relacionada às funcionalidades que comercializa como Full Self-Driving (FSD). À medida que o trimestre chegava ao fim, a empresa lançou o FSD para alguns proprietários de Cybertruck e implantou um recurso que permitia aos clientes chamar seu veículo em estacionamentos.
A Tesla também elevou sua previsão de despesas de capital este ano para mais de US$ 11 bilhões, de mais de US$ 10 bilhões.
Musk espera lançar um aplicativo de transporte por aplicativo no próximo ano, que os funcionários têm testado na área da baía de São Francisco. A empresa planeja lançar primeiro na Califórnia e no Texas.
“Isso seria muito empolgante”, disse o CEO, chamando isso de “realmente uma mudança profunda. A Tesla se torna mais do que uma simples empresa de fabricação de veículos e baterias nesse ponto.”
O Estado de S.Paulo - SP 25/10/2024
As montadoras chinesas poderiam mais do que dobrar sua capacidade de fabricação de processo completo no exterior para vencer as tarifas de importação punitivas e atender à demanda crescente nos mercados emergentes, segundo a BloombergNEF.
As exportações e a montagem “knockdown” - em que as principais peças dos carros são fabricadas na China e depois enviadas para o exterior para serem montadas - têm sido tradicionalmente a abordagem preferida dos fabricantes chineses para explorar os mercados estrangeiros. Porém, à medida que jurisdições como os EUA, a União Europeia e a Turquia impõem tarifas, os investimentos em fabricação de processo completo estão crescendo, segundo o relatório, publicado na quarta-feira.
“Com a saturação do mercado de veículos elétricos na China, o aumento da concorrência interna e o excesso de capacidade estão levando as marcas chinesas de veículos elétricos para o exterior em busca de novos mercados em crescimento”, disse a BNEF no relatório.
As montadoras chinesas construíram e colocaram em funcionamento fábricas de processo completo em nove países, com uma capacidade de produção anual de 1,2 milhão de veículos a partir de 2023. Esse número deve mais que dobrar para 2,7 milhões de unidades em mais de uma dúzia de países até 2026, se os anúncios das empresas forem entregues no prazo, disse a BNEF.
A manufatura de processo completo envolve as quatro principais etapas da produção de automóveis: estampagem, soldagem, pintura e montagem final.
A BYD Co., a marca de carros mais vendida da China, juntamente com os fabricantes chineses apoiados pelo Estado, Chery Automobile Co., Changan Automobile Co., GAC Auto Corp. e SAIC Motor Corp., anunciaram dez projetos novos ou de expansão para suas fábricas no exterior de 2023 até 31 de agosto, informou a BNEF. Os locais mais populares incluem Tailândia, Indonésia e Brasil.
As montadoras chinesas também estão se expandindo para o sudeste e a Ásia Central, a América Latina e o Oriente Médio, tanto com exportações quanto com projetos de produção local.
A BYD e a Volvo Car AB, controlada pela montadora chinesa Zhejiang Geely Holding Group Co., estão impulsionando a expansão da capacidade na Europa. A BYD está construindo uma fábrica na Hungria e também anunciou planos para outra na Turquia, o que lhe dá acesso à UE. A Polônia, que tem acordos com fornecedores chineses de baterias, também está se tornando popular entre os fabricantes chineses de veículos elétricos. A Espanha e a Itália também estão buscando investimentos. A Geely, a Dongfeng Motor Group Co. e a Xpeng Inc. estão procurando locais para uma fábrica na região.
Em comparação, o crescimento da montagem de desmontagem no exterior é mais lento. A capacidade total comissionada para fábricas de montagem de veículos knockdown, contratadas e desenvolvidas por fabricantes chineses e seus parceiros estrangeiros, deve aumentar para 2,8 milhões de unidades até 2026, de 2,2 milhões de veículos em 2023.
O aumento dos investimentos em automóveis no exterior gerou preocupações em Pequim. Em julho, o Ministério do Comércio da China disse às montadoras que elas deveriam proteger o know-how de veículos elétricos e priorizar a montagem de veículos prontos para uso, bem como ter cuidado ao investir em países com riscos geopolíticos, como Turquia e Índia, informou a Bloomberg em setembro.
Money Times - SP 25/10/2024
Nos últimos dois anos, o setor de construção de baixa renda tem visto recordes em seus números operacionais, o que tem demonstrado uma segurança ao mercado. No entanto, o Itaú BBA teme que a inflação possa acabar com a festa das construtoras.
Durante 2023 e 2024, os níveis de inflação da construção se mantiveram mais “suaves” ante os níveis recordes enfrentados em 2021 e 2022. Desta forma, os analistas que assinam o relatório da corretora temem que este seja um momento de calmaria que antecede a tempestade, já que o Brasil não costuma manter o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no atual patamar, de 4% a 5%, por muito tempo.
Com o impulso de programas sociais habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida (MCMV), o BBA entende que as construtoras de baixa renda acabam ficando ainda mais expostas à inflação, uma vez que nesses programas é necessário fixar preços de venda, enquanto os de construção variam. Em empreendimentos econômicos não participantes, também ocorre a fixação de preços.
“As empresas geralmente assumem um certo nível de inflação em seus orçamentos, mas se a inflação acelerar mais rápido do que o esperado, as margens podem ser afetadas”, explicam os analistas.
“Se os custos aumentarem temporariamente, as margens podem ser preservadas com algum ajuste nos preços, mas se a inflação for mais alta por um período prolongado, as empresas provavelmente enfrentarão margens mais apertadas e até impactos potenciais na velocidade de vendas e no modelo pro-soluto”.
Na visão do BBA, alguns itens devem ser analisados neste setor para que os investidores selecionem as melhores ações, caso o momento positivo no qual o setor navega vire para o negativo. Entre eles estão: a exposição de empresas às faixas inferiores do MCMV, que possuem maior elasticidade de demanda; empresas que fixam preços no início do ciclo de construção; construtoras com maior alavancagem ou dificuldade de gerar fluxo de caixa positivo.
Mesmo com estes sinais de alerta surgindo no caminho, os analistas seguem otimistas com Direcional (DIRR3), devido ao alto rendimento de dividendos e menor risco de execução. Eles destacam também a Cyrela (CYRE3) como a favorita, se a inflação continuar a se deteriorar.
Infomoney - SP 25/10/2024
As vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos aumentaram para o nível mais alto em quase um ano e meio em setembro, com os compradores correndo para aproveitar a queda nas taxas de hipotecas.
As vendas de casas novas aumentaram 4,1% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 738.000 unidades, o nível mais alto desde maio de 2023, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.
O ritmo de vendas de agosto foi revisado para baixo, para 709.000 unidades, em comparação com as 716.000 unidades informadas anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de novas moradias, que representam mais de 15% das vendas de casas nos EUA, subiriam para uma taxa de 720.000 unidades.
As vendas de casas novas são contadas no momento da assinatura de um contrato. Elas avançaram 6,3% em setembro na base anual.
As taxas hipotecárias caíram em setembro, atingindo uma mínima de mais de um ano e meio no final do mês, quando o Federal Reserve começou a reduzir a taxa de juros.
Entretanto, elas subiram nas últimas três semanas, já que dados econômicos sólidos, como vendas no varejo e revisões anuais das contas nacionais, forçaram os investidores a abandonar as expectativas de outro corte de 50 pontos-base nos juros pelo banco central dos EUA no próximo mês.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
Desde a última segunda-feira (21) a Petrobras está utilizando uma nova operação ferroviária, em parceria com a empresa de logística Rumo, para ampliar o atendimento dos clientes na região Centro-Oeste. A nova rota está habilitada para operação de diesel e gasolina e promoverá um ganho de escala para a movimentação de volumes para essa região.
Segundo a Petrobras, o Centro-Oeste tem registrado aumento no consumo de combustíveis, impulsionado, principalmente, pelo crescimento da produção agrícola e de biocombustíveis. “Em menos de um ano, a empresa dobrou o número de polos de venda na região e agora consolida sua posição através da nova rota ferroviária de transporte de derivados, garantindo maior eficiência no modal, maior volume e confiabilidade nas operações”, diz a Petrobras.
O primeiro carregamento de derivados na nova rota teve origem na cidade de Paulínia, interior de São Paulo, onde está localizada a maior refinaria da Petrobras (Replan), com destino à Rondonópolis, no Mato Grosso (MT), o principal hub ferroviário da região, distante 1.200 km de Paulínia e que se tornou, desde 2023, um polo de vendas de produtos Petrobras.
“Ações como essa consolidam a Petrobras como a melhor alternativa para os clientes, ofertando produtos e serviços de qualidade no local em que sejam demandados. O Centro-Oeste tem participação relevante nesse contexto”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.
De acordo com o gerente-executivo de Logística da Petrobras, Daniel Sales Correa, a expectativa é a de que a nova rota ferroviária se some às rotas rodoviárias que já são utilizadas para o Mato Grosso. “Assim, será ampliado o fornecimento de derivados da Petrobras com segurança e eficiência para esse mercado que está em expansão”, disse.
Portal Fator Brasil - RJ 25/10/2024
A área ITG-02 será crucial para ampliar a infraestrutura portuária do Rio de Janeiro e garantir o escoamento da produção de minério de Minas Gerais— destaca Francisco Martins, presidente da PortosRio.
O Porto de Itaguaí se prepara para um marco histórico com o arrendamento da área ITG02, onde será instalado um novo terminal de minério. O Aviso de Licitação (Leilão nº 09/2024) foi publicado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no Diário Oficial da União do dia 24 de outubro (quinta-feira). O leilão, marcado para o dia 18 de dezembro (quarta-feira), será realizado na B3, em São Paulo, e integra o maior pacote de arrendamentos portuários promovido pelo Governo Federal nesta gestão. Este projeto é considerado o mais relevante da PortosRio e um dos principais do comércio exterior brasileiro.
Com 348.937 metros quadrados, a área ITG02 será destinada à implantação de um terminal especializado na movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais. Estima-se que a empresa vencedora do leilão investirá mais de R$ 3,5 bilhões no futuro empreendimento, que terá capacidade para movimentar cerca de 20 milhões de toneladas por ano. O novo terminal consolidará o Porto de Itaguaí como o principal polo exportador de minério de ferro do país.
Francisco Martins, presidente da PortosRio, destacou o impacto transformador do projeto: —A área ITG-02 será crucial para ampliar a infraestrutura portuária do Rio de Janeiro e garantir o escoamento da produção de minério de Minas Gerais. Este terminal representará não apenas um aumento expressivo na capacidade de movimentação do Porto de Itaguaí, mas também será um motor de desenvolvimento socioeconômico para a região, com a geração de milhares de empregos e o incremento na arrecadação de tributos. Além disso, a Autoridade Portuária tomou todas as medidas necessárias para assegurar que a futura arrendatária implemente práticas sustentáveis no projeto, tornando-o um exemplo de eficiência e responsabilidade ambiental. Estamos focados em modernizar nossos portos e garantir que eles sejam competitivos globalmente, enquanto promovemos o crescimento sustentável do Estado e do Brasil—.
Entre os benefícios projetados, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) aponta que aproximadamente 2.800 empregos indiretos serão gerados durante a construção do terminal e mais dois mil empregos diretos e indiretos durante sua operação. Além disso, a arrecadação de Imposto Sobre Serviço (ISS) para o município de Itaguaí pode atingir R$ 1,2 bilhão ao longo dos 35 anos de contrato.
O empreendimento também seguirá rigorosos padrões de ecoeficiência, com medidas para o uso racional de recursos naturais e controle de emissões de particulados. Entre as ações previstas estão o armazenamento adequado do minério, a utilização de equipamentos de controle ambiental e monitoramento constante para minimizar impactos ambientais.
. Os interessados podem acessar o edital e seus anexos no site da Antaq: https://www.gov.br/antaq/pt-br/assuntos/leiloes ou na sede da agência em Brasília.
InfraRoi - SP 25/10/2024
Entre janeiro e setembro de 2024, 2.667 embarcações passaram pelos três portos públicos do Rio Grande do Sul (RS), alcançando 31,8 milhões de toneladas movimentadas. O Porto do Rio Grande concentrou o maior número de navios, representando 81.78% do total do Estado (2.181).
Os graneis sólidos continuam respondendo pelo maior número de cargas movimentadas, totalizando 19,8 milhões de toneladas. O segundo maior grupo é o de cargas gerais, que alcançou 9,7 milhões de toneladas. Já os graneis líquidos aparecem na terceira posição, com movimentação de 2,2 milhões de toneladas.
Ao longo do período, o Porto do Rio Grande registrou aumentos em cargas específicas. O embarque de cavaco de madeira registrou uma variação positiva de 10,11%, alcançando 812,4 mil toneladas. A celulose apresentou aumento de 6,32% e movimentou 2,8 milhões de toneladas.
Na sequência, aparece o trigo, com aumento de 6,19% e movimentação de 2,5 milhões de toneladas. A soja em grão variou positivamente em 2,57% e movimentou o equivalente a 7,2 milhões de toneladas. A movimentação de cloreto de potássio, um dos insumos para a produção de fertilizantes, cresceu 2,34% e alcançou 1,2 milhão de toneladas.
A movimentação de contêineres foi outra modalidade que também apresentou aumento em relação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 580.735 TEUs, medida relativa a unidades cheias e vazias. Estão incluídos os transportes pela hidrovia, desde o terminal Santa Clara, o que evidencia a importância do modal.
As importações no período tiveram como principais países de origem: China (1.179.106 t), Argentina (1.132.007 t), Rússia (608.863t), Marrocos (568.649t) e Canadá (470.820 t). As exportações pelo Porto do Rio Grande tem como destino a China (7.393.301 t), o Vietnã (880.674t), o Irã (854.959 t), as Filipinas (727.876 t) e os Estados Unidos (706.197 t).
Toneladas movimentadas nos outros portos do RS
Em Pelotas, as movimentações somaram 860,6 mil toneladas. A madeira foi o principal produto (736.028t). O clínquer (cimento na fase bruta de fabricação) aparece em segundo lugar, com 116,2 mil toneladas), e a soja completa a lista de mercadorias, alcançando uma movimentação de 8,3 mil toneladas.
No Porto de Porto Alegre, os insumos para a produção de fertilizantes respondem pela maior parte das movimentações, chegando a 225,3 mil toneladas. Na sequência aparecem o trigo (182.084t), a cevada (57.742t), o sebo bovino (25.877t), o sal (20.634t) e as cagas gerais (2.309t). Juntas, elas totalizam 513,9 mil toneladas.
Os dados foram compilados pelo setor de Estatísticas, vinculado à Gerência de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/10/2024
Em agosto, a produção de petróleo da União alcançou um novo recorde de 89 mil barris por dia (bpd). Esse total inclui 84,29 mil bpd provenientes de oito contratos de partilha de produção e 5,14 mil bpd dos Acordos de Individualização da Produção nas áreas não contratadas de Tupi e Atapu.
No mesmo período, a produção de gás natural da União também cresceu, atingindo 182 mil metros cúbicos por dia, um aumento de 3,8% em relação a julho. Os dados são do Boletim Mensal da Produção, divulgado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o aumento de 4% em comparação ao mês anterior na produção de petróleo foi impulsionado pelo retorno operacional da plataforma P-74, no campo de Búzios, após uma parada programada para manutenção. Com esse desempenho, a União se consolida como a sexta maior produtora de petróleo do Brasil, mantendo uma trajetória de crescimento que, de acordo com o boletim, deve se intensificar nos próximos meses.
No regime de partilha, a União tem direito a uma parcela da produção de petróleo e gás natural de todos os campos licitados. Atualmente existem 24 contratos assinados em regime de partilha e oito deles estão produzindo. Ou seja, a União tem direito a uma parcela da produção de cada um destes campos.
A PPSA é a empresa que faz a gestão destes contratos e também é a empresa que comercializa estas parcelas.
Partilha de produção
A produção total dos contratos em regime de partilha permanece estável em 1 milhão de barris de petróleo por dia. São oito contratos em produção e o campo de Búzios segue como o maior produtor, com cerca de 447 mil bpd, seguido de Mero (317 mil bpd) e Sépia (97 mil bpd).
Ainda em agosto, a produção de gás natural disponível para exportação em regime de partilha foi de 3,97 milhões de m³ por dia. Búzios foi o maior exportador com 3,42 milhões de m³ por dia, respondendo por 84% do total da produção. Deste total, a União teve direito a uma produção de 118 mil m³ por dia.
Valor - SP 25/10/2024
Segundo Sylvia Anjos, a sonda destinada à atividade precisaria passar por processo de limpeza do casco, o que demandaria cerca de dois meses, e o transporte para o poço demandaria mais 20 dias
Mesmo que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedesse hoje a licença ambiental para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, a Petrobras só iniciaria a campanha exploratória no ano que vem, disse, nesta quinta-feira (24), Sylvia Anjos, diretora de exploração e produção da estatal.
Segundo ela, para a perfuração ser realizada, a sonda destinada para a atividade precisaria passar por um processo de limpeza do casco, o que demandaria cerca de dois meses. Além disso, o transporte para o poço demandaria mais 20 dias.
Anjos, que participou de aula aberta para alunos da Coppe/UFRJ, destacou que a empresa gastou “centenas de milhões de reais” entre a montagem de estruturas para cumprimento de exigências do Ibama e aluguel da sonda para perfuração, que tem custo estimado em US$ 600 mil por dia.
Ela contou que entre as exigências do órgão ambiental, estão a adequação do aeroporto de Oiapoque e a construção de centros de resgate de fauna, um em Belém e outro também no Oiapoque – este último como exigência recente após o Ibama considerar que o centro implantado na capital paraense está “distante” do local da perfuração.
“Vamos fazer tudo o que o Ibama pedir”, disse Anjos. Ela disse ainda que espera que os centros sejam “como o cemitério do Odorico Paraguaçu”, em alusão à novela “O Bem Amado”, de Dias Gomes. “Espero nunca precisar usar.”
Na história, o personagem principal, Odorico Paraguaçu, interpretado por Paulo Gracindo, tinha o objetivo de inaugurar um cemitério, mas não conseguia porque não havia mortes na cidade fictícia de Sucupira. Por isso, ele contratou o pistoleiro Zeca Diabo (Lima Duarte) para assassinar uma pessoa e assim inaugurar o cemitério.
A diretora de exploração e produção da Petrobras afirmou também que, caso o órgão não autorize a perfuração da Foz do Amazonas, a Petrobras buscará outras áreas no Brasil, como a Bacia de Pelotas – onde a companhia arrematou 29 blocos em leilão de petróleo no ano passado –, e vai buscar descobertas em outros países como alternativa. “Mas é muito duro ir para outros países tendo um potencial enorme aqui no Brasil”, afirmou.
E prosseguiu: “Descobertas nos [países] vizinhos são boas para os vizinhos. Quem vai operar na Margem Equatorial é uma empresa com capacidade e tecnologia.”
Para Anjos, a política ambiental deve ser adotada para que se façam projetos com responsabilidade – “não é para não fazer” – e destacou que o Ibama possui uma missão “hercúlea” em seu trabalho de fiscalizar e proteger o meio ambiente.
‘Fake news’ científico
Em sua apresentação, Anjos, que é geóloga de formação, destacou que a Petrobras já perfurou mais de 5,4 mil poços marinhos, sendo 3 mil em águas profundas, e que não é no momento da perfuração (uma das etapas da exploração de petróleo) que acontecem os acidentes com vazamentos, mas sim no transporte dos insumos.
Ela citou como exemplos o grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, nos anos 2000, e o derramamento de óleo em praias no Nordeste, em 2019.
A executiva aproveitou a aula aberta para afirmar que a Petrobras fez estudos que concluíram que as correntes marinhas no Amapá não são as que chegam à costa do Estado. E que não existem corais na Bacia da Foz do Amazonas. A ausência de estudos e a existência dos corais são considerados pontos sensíveis por ambientalistas da região e opositores ao projeto.
Segundo Anjos, corais naturais “não se criam” onde há lama fluvial, pois essas criaturas só sobrevivem em águas transparentes. O que existe na região, disse ela, são “rochas carbonáticas, antigas”. “Coral na Foz do Amazonas é ‘fake news’ científico”, afirmou.
Reposição de reservas
Sylvia Anjos observou que o foco da empresa no momento é a reposição de reservas de petróleo. Segundo a executiva, empresas que possuem relação entre reserva e produção que corresponda a sete anos tendem a ser compradas por outras petroleiras, já que não se viabilizam financeiramente.
Ela destacou que a chance de encontrar outro pré-sal, como o descoberto em 2006, é baixa e a empresa acredita que será mais fácil encontrar novas reservas de óleo no pós-sal, em águas menos profundas, como o que se espera na Margem Equatorial.
Dependência de petróleo
Na visão dela, o país pode voltar a ser importador de petróleo em 2034 ou 2035, caso a decisão seja de não explorar a Margem Equatorial, e perderá uma fonte importante de receita para a economia, considerando que não é a cadeia de óleo e gás a maior emissora de gases de efeito estufa, e sim as queimadas.
Ela observa que o Brasil continuará dependente do petróleo por causa da petroquímica e disse aos alunos da Coppe/UFRJ que “net zero” não é emissão zero de carbono, mas um balanço segundo o qual emissões e compensações resultam em resultado zero. “Se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo vai continuar produzindo e vamos continuar pobres.”
Usinas eólicas e solares
Anjos disse ainda que a empresa dedicou parte dos investimentos em projetos de energia renovável, vem cumprindo com a parte dela na descarbonização, mas ressaltou que investir na implantação de usinas eólicas e solares traz um retorno financeiro muito inferior ao obtido atualmente com as operações de petróleo.
“A remuneração de renováveis ainda não é a mesma de uma empresa de petróleo. Explorar [atividade de geração] eólica e solar talvez exija [a criação de] uma empresa à parte, disse a diretora de exploração e produção da Petrobras.
Agência Brasil - DF 25/10/2024
Sem produção de petróleo na margem equatorial, área do litoral norte do país apontada como o novo pré-sal, o Brasil pode ter que voltar a importar petróleo dentro de dez anos.
A afirmação, feita nesta quinta-feira (24), no Rio de Janeiro, é da diretora de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Sylvia Anjos (foto), e faz parte da campanha da estatal para obter licença para explorar a região.
“O tempo está sendo muito crítico, em cinco, seis anos tem uma caída da produção do pré-sal e, com isso, a gente pode voltar a ser importador de petróleo em 2034, 2035, se a gente não tiver descobertas”, afirmou ao participar de uma aula aberta no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A margem equatorial abrange uma área que vai da costa do Rio Grande do Norte ao Amapá. A comparação com o pré-sal é devido ao grande potencial de encontrar reservatórios de petróleo. No entanto, a exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais.
A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória, no entanto, só tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar dois deles, na costa do Rio Grande do Norte.
O Ibama negou a licença para outras áreas, como a da Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras pediu ao instituto, ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), uma reconsideração e espera uma decisão.
Sylvia contextualizou que o Brasil é autossuficiente em petróleo desde 2006. Atualmente, 81% da produção nacional são atribuídos ao pré-sal. Como faz parte do ciclo do petróleo o atingimento de um pico de produção seguido por declínio da quantidade de barris extraídos, a Petrobras busca novas áreas de exploração para que não haja recuo da produção de óleo e gás.
Meio ambiente
Segundo a diretora, a Petrobras resolveu as exigências do Ibama para que seja alcançada a licença de exploração, entre elas a criação de centro para acolhimento de animais em caso de derramamento de óleo; a garantia de que não haverá excesso de capacidade no Aeroporto de Oiapoque, no Amapá; e simulação de exercícios de emergência ambiental.
Sylvia criticou também o que chamou de “fake news científica”, citando a informação propagada de que há corais na foz do rio Amazonas. Segundo ela, estudos já apontaram que coral não convive com o mar que não seja absolutamente transparente e sem argila.
“Não existe coral na foz do Amazonas, isso não é verdade. Existem rochas semelhantes a corais”, desmentiu ela, acrescentando que, apesar do nome Bacia da Foz do Amazonas, os poços ficam a 540 quilômetros da costa, distante da foz.
A executiva afirmou ainda que a região tem intenso fluxo de navios, ou seja, não é um local isolado. “A gente não está querendo perfurar em um santuário marítimo onde nada ocorre”, garantiu.
O Ibama não apontou a data em que haverá uma resposta ao pedido de reconsideração da Petrobras. A estatal solicitou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a suspensão do prazo para realizar a exploração na Bacia da Foz do Amazonas, de forma a não perder tempo de concessão sem licença.
Após participar da aula aberta na Coppe/UFRJ, a diretora de E&P disse a jornalistas que se sentirá “frustrada” caso a autorização do Ibama não saia ainda este ano. “Eu já estou frustrada”.
Apesar do sentimento, ela demonstrou expectativa positiva. “Estamos fazendo tudo o que é solicitado para que tenhamos a licença. Estamos confiantes”, assegurou.
Perfuração
Mesmo que a licença fosse concedida hoje, a Petrobras não acredita que a perfuração se iniciaria ainda em 2024. Seriam necessários cerca de três meses, contando tempo para limpar, preparar e transportar a sonda perfuradora até a região.
O fato de não obter a licença é um prejuízo operacional para a Petrobras, pois, além de atrasar uma possível produção de petróleo, há gasto com operações que não foram realizadas.
“Se você aluga uma sonda [de perfuração] que custa mais de R$ 600 mil por dia... a gente ficou dois meses com ela parada”, lamentou.
Produção de petróleo preocupa setores da economia - foto - (André Valentim -Agência Brasil)
Apesar de o tema margem equatorial ter ganhado notoriedade nos últimos anos, o pedido de licença da Petrobras foi feito em 2013.
Sylvia revelou que, na costa do Rio Grande do Norte, onde a Petrobras obteve autorização do Ibama, dois poços já estão sendo perfurados. No entanto, ainda não há um parecer sobre a viabilidade econômica, ou seja, se a quantidade de petróleo encontrada é lucrativa.
“Todo óleo importa. Então, a gente vai buscar tecnologia para encontrar soluções para que se possa produzir, mesmo que não seja o pré-sal de milhões de barris”, afirmou.
O tempo necessário entre a descoberta de um reservatório e a retirada do petróleo gira em torno de seis a sete anos, explicou a executiva.
Ela disse, ainda, que a Petrobras está procurando fornecedores que possam reduzir o preço cobrado pelas plataformas de produção. Segundo ela, o custo oferecido por um FPSO (navio plataforma) foi de R$ 4 bilhões, o que inviabiliza a rentabilidade da produção.
Ainda segundo a diretora da Petrobras, algumas grandes petroleiras manifestam interesse em fazer parcerias com a Petrobras, caso sejam encontrados reservatórios de petróleo na margem equatorial.
“Todas as empresas estão de olho no Brasil, porém, elas perderam a esperança com a questão da licença. Então, [se a Petrobras conseguir] todo mundo volta a ter interesse”, especificou.
No entanto, afirmou ela, a Petrobras tem know-how (conhecimento) suficiente para realizar campanhas exploratórias sem parcerias.
Transição energética
A diretora entende que não há contradição entre a orientação da política ambiental do país de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, e o interesse na exploração do petróleo. Ela explicou que a Petrobras usa tecnologias que fazem com que o petróleo da companhia seja produzido com menos emissão de dióxido de carbono (CO2).
Além disso, observou que o petróleo continuará sendo demandado no mundo pelas próximas décadas, tanto como fonte de energia como matéria-prima para a indústria petroquímica, que produz os mais diversos itens, além de plástico.
“Qual petróleo que estará presente? Aquele que é menos emissor. Nesse sentido, a emissão do pré-sal chega a ser de sete a nove quilos de CO2 por barril. A média no mundo é 17 kg, e alguns campos imensos, mais de 20 kg”, especificou, afirmando que a produção da Petrobras alcançará o chamado net zero (saldo negativo de emissão de carbono) antes de 2050.
Portos e Navios - SP 25/10/2024
Um estudo conduzido pela consultoria BIP em parceria com o IBP, por meio da Gerência de Análise Técnica e do hub de inovação iUP, identificou as principais tendências tecnológicas no setor de óleo e gás com foco em descarbonização.
O estudo Radar de Tendências em Descarbonização para a Indústria de Óleo e Gás destaca a produção científica global, incluindo o Brasil, patentes depositadas e as soluções comerciais existentes para o desenvolvimento de soluções inovadoras voltadas para a agenda de descarbonização na indústria de O&G.
O estudo tem foco em quatro áreas temáticas da indústria de O&G direcionadas à essa nova realidade: (i) biocombustíveis sintéticos; (ii) energia eólica offshore, (iii) alteração de processos produtivos, de monitoramento e de máquinas (gêmeos digitais, eletrificação de plataformas offshore, mitigação de vazamento de metano, turbinas e gás com ciclo combinado com captura de carbono; (iv) captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), além de uma avaliação de estratégias de retenção e atração de talentos para o setor.
“O objetivo do estudo foi analisar como o meio acadêmico e as organizações estão atravessando um novo cenário em que se observa um aumento de consumo de produtos derivados de petróleo, de um lado, e, de outro a exigência para o cumprimento das metas globais de neutralidade de carbono até 2050, estipuladas pelo Acordo de Paris. Pelos números, conseguimos ver que há um boom na produção científica e de inovações comerciais direcionadas à descarbonização da índustria de O&G. São soluções cada vez mais escaláveis e viáveis financeiramente, demonstrando alta competitividade do mercado”, avalia Cristiane Moura, líder do Centro de Excelência em Inovação & Sustentabilidade da BIP Brasil.
Ao todo, foram mapeados 48 mil artigos científicos publicados globalmente por 50 instituições (universidades e corporações), encontradas mais de 180 mil patentes depositadas em todas as temáticas analisadas no radar e identificados modelos de negócios e soluções inovadoras em descarbonização, desenvolvidos por 80 startups e empresas, entre as quais 11 atuantes no Brasil.
As tecnologias de captura e armazenamento de carbono, CCUS (Carbon Capture, Utilisation and Storage), têm sido as mais exploradas com 81.538 soluções (77.383 patentes e 4.155 artigos científicos). Em seguida, foram encontradas 44.426 soluções para Mitigação, Monitoramento e Detecção de Vazamentos de Metano (44.200 patentes e 226 artigos científicos). A quantidade relativamente maior de patentes em comparação a artigos científicos demonstra a prioridade de aplicação prática das tecnologias associadas a este tópico.
Já a temática de Eólica Offshore possui o maior número de publicações científicas (14.278), além de 14.659 patentes. A maturidade consolidada das tecnologias associadas à energia eólica permitiu o desenvolvimento de um ecossistema (acadêmico e corporativo) robusto de PD&I nesta temática, comprova o estudo.
Um número menor de publicações é direcionado às Turbinas a Gás de Ciclo Combinado com Captura de Carbono (720), Gêmeos Digitais com aplicação em O&G (362), Mitigação, Monitoramento e Detecção de Vazamentos de Metano (226), Combustíveis Sintéticos e Reciclagem de Carbono (119). O estudo ressalta que a exploração recente de Combustíveis Sintéticos e Reciclagem de Carbono pode ser uma das causas do número ainda discreto das investigações. A temática emergente, contudo, já demonstra movimentação prioritária rumo a soluções aplicáveis e uma corrida comercial de proteção de PI, antecipando o potencial de competitividade desses combustíveis como alternativas em descarbonização, ao lado do hidrogênio e amônia.
Ranking
China e Estados Unidos são líderes no ranking de publicações, no depósito de patentes e em soluções comerciais em praticamente todas as temáticas analisadas, seguidos por Alemanha e Reino Unido. A China, contudo, demonstra maior crescimento recente na produção de conhecimento científico quando comparada aos demais players, com picos de publicação nos últimos dois a quatro anos em diversas temáticas.
O Brasil é o 4º país que mais publica artigos em Eletrificação de Plataformas Offshore, mas contribui de forma mais discreta com outras temáticas, como CCUS, Turbina a Gás de Ciclo Combinado com Captura de Carbono, Minimização de Queima de Gás, Energia Eólica Offshore e Gêmeos Digitais. O Brasil também tem posição de destaque em depósito de patentes nas temáticas de Mitigação, Monitoramento e Detecção de Vazamentos de Metano (com mais de 50 patentes depositadas), CCUS (mais de 20 patentes) e Gêmeos Digitais (mais de 20 patentes). Em nível nacional, a Petrobras lidera a produção de patentes, seguida de empresas como Vale, Embraer, Braskem, Klabin, Bosch e NeoGás.
“O Brasil segue uma tendência mundial e vem em ritmo de crescimento em produção de artigos científicos e soluções comerciais inovadoras que têm uma relação direta com a otimização de processos de captura e conversão de CO? e H2 em produtos utilizáveis. Também tem destaque o desenvolvimento de novos materiais para os ambientes envolvidos nos processos de descarbonização”, ressalta Cristiane Moura.
O estudo revela, contudo, que, em várias das temáticas analisadas, o Brasil demonstra não possuir parcerias internacionais robustas em pesquisa, com exceção dos EUA, com quem possui forte ligação na produção de artigos em Turbina a Gás de Ciclo Combinado com Captura de Carbono.
Como conclusão, o radar indica que a superação dos desafios em descarbonização no setor de O&G pode ser acelerada com investimento em PD&I contínua e exploração dos agentes do ecossistema nacional e global, buscando parcerias estratégicas na resolução de problemas comuns e no desenvolvimento ágil de soluções sustentáveis, escaláveis e financeiramente viáveis.
No tocante à atração e retenção de talentos para o futuro, os esforços do setor em direção à transição energética e práticas de descarbonização mostram-se essenciais no longo prazo, ou seja, a indústria de O&G deve abraçar o seu papel como facilitadora da transição energética, investindo em pesquisa e desenvolvimento de fontes de energia alternativas e trabalhando em conjunto com governos e sociedade para criar um futuro energético mais limpo e seguro.