Clipping Diário

17 | Janeiro | 2025

SIDERURGIA

Exame - SP   17/01/2025

Em janeiro, a Gerdau comemora 124 anos de uma história marcada pelo pioneirismo, por um espírito inovador e empreendedor e pelo compromisso com as pessoas e a sustentabilidade. Esta data marcante nos convida a refletir sobre a trajetória que nos trouxe até aqui, honrando a tradição e os valores que sempre nos guiaram.

Empresa com foco nos valores e princípios inegociáveis

Desde a nossa fundação, em 16 de janeiro 1901, temos nos dedicado a construir uma empresa sólida, baseada em princípios éticos, no compromisso com a excelência e na geração de valor para nossos stakeholders. A preservação da nossa tradição é um pilar fundamental que nos permite manter a identidade e a integridade que nos diferenciam no mercado. Os valores transmitidos de geração em geração são a base sobre a qual construímos nosso sucesso e nossa reputação.

Hoje, temos orgulho de ser uma empresa representativa e influente em nosso setor, nos tornando uma das maiores empresas produtoras de aço do mundo e grande referência como uma indústria genuinamente brasileira. Nossa presença no mercado é um reflexo do trabalho construído por todas as pessoas que já passaram por aqui e da inovação constante. É resultado de uma companhia centenária, que alinhada a seus princípios inegociáveis, soube ter a capacidade de se transformar para acompanhar as mudanças do mundo e da sociedade, mantendo seu protagonismo nos espaços que ocupa e fortalecendo as relações que construiu ao longo de sua jornada centenária.

O futuro está na sustentabilidade

Olhando para o futuro, reafirmamos nosso compromisso com a sustentabilidade em todas as suas dimensões, como um tema transversal à nossa estratégia de longo prazo do negócio. Acreditamos que o desenvolvimento sustentável é essencial para garantir um futuro próspero para as próximas gerações, e aspiramos ser uma das empresas da cadeia global do aço mais seguras, rentáveis, respeitadas e relevantes nos anos que estão por vir.

Seguimos, aos 124 anos moldando um futuro em que a Gerdau será parte das soluções aos desafios do planeta, e em que o aço com baixa emissão de carbono será um elemento imprescindível para a transição energética e a construção de um mundo mais sustentável, bem como comprometidos com o desenvolvimento da indústria brasileira e socioeconômico do País. Essas ambições serão colocadas em prática por meio da contribuição dos mais de 30 mil colaboradores e colaboradoras da Gerdau, que compartilham de uma visão de futuro pautada pela excelência de como entregamos produtos e soluções aos nossos clientes e pelo impacto positivo que temos junto às comunidades em que estamos presentes.

Diário do Comercio - MG   17/01/2025

Estado abriga gigantes do setor e liderou a fabricação do produto siderúrgico em 2024, com 10,2 milhões de toneladas, o equivalente a mais de 30% do total nacional

Após dois anos consecutivos de retração, a produção de aço bruto voltou a subir em Minas Gerais e no País em 2024. Conforme dados do Instituto Aço Brasil, o resultado da indústria siderúrgica mineira foi 8,8% superior ao de 2023. O desempenho nacional avançou 5,3%.

No acumulado do exercício passado, as usinas do Estado produziram 10,2 milhões de toneladas de aço bruto. A siderurgia brasileira somou 33,7 milhões de toneladas. Em 2023, os respectivos volumes foram: 9,3 milhões de toneladas e 32 milhões de toneladas.

Minas Gerais, que abriga gigantes do setor, como ArcelorMittal, Aperam, Gerdau e Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), foi, mais uma vez, quem mais produziu aço bruto no Brasil entre as unidades da Federação. A produção mineira representou 30,1% da nacional, enquanto o Rio de Janeiro, segundo colocado, respondeu por 26,2%.

Em 2024, o Estado também liderou o ranking de fabricação de aços semiacabados para venda e laminados, com 9,4 milhões de toneladas e 28,7% de participação no total brasileiro, que chegou a 32,6 milhões de toneladas. Apesar da liderança, as usinas mineiras registraram recuo anual de 0,6%, ao passo que, no País inteiro, houve alta de 3,6%.

Vendas internas crescem e exportações caem

Entre janeiro e dezembro do ano passado, as vendas internas das produtoras de aço do Brasil somaram 21,2 milhões de toneladas, aumento de 8,3% em relação a 2023 – os números excluem as comercializações para dentro do próprio parque siderúrgico do País.

Por outro lado, as exportações do setor retraíram 18,1% no período, para 9,6 milhões de toneladas. Os Estados Unidos, que seguiu como o principal mercado de destino dos produtos, receberam 5,8 milhões de toneladas, o que representa baixa anual de 17,3%.

Importações de aço batem recorde apesar dos esforços do setor

Ainda segundo o Aço Brasil, as importações brasileiras de aço em 2024 subiram 18,2% na comparação com o exercício imediatamente anterior, para 5,9 milhões de toneladas. Esse foi o maior volume registrado em toda a série histórica da entidade, iniciada em 2013.

Como reflexo do crescimento das importações, o consumo aparente de produtos siderúrgicos, que soma as vendas internas do setor e a importação por distribuidores e consumidores, fechou o ano passado em 26 milhões de toneladas, avanço de 8,3%.

Novamente, o principal país de origem das importações foi a China, que vendeu para o Brasil 3,3 milhões de toneladas, 14,6% a mais do que havia negociado em 2023.

As importações bateram recorde mesmo com os esforços da siderurgia nacional para tentar conter a entrada dos produtos no País, especialmente os enviados pelos chineses, que são acusados de comercializar aço de forma predatória, subsidiando os preços.

Depois de quase um ano de negociações com o governo federal, o setor conseguiu que fosse adotado uma medida de defesa comercial, mas a ação não surtiu o efeito esperado.

O mecanismo, que entrou em vigor em junho de 2024, estabeleceu cotas de importação para 11 tipos de aço, com imposto de 25% sobre o excedente. A siderurgia brasileira diz que a iniciativa travou a escala das importações, mas não foi suficiente para reduzi-las, logo, pede mudanças, como a inclusão de outros quatro itens, além de uma cota mais realista.

Perspectivas do Aço Brasil para 2025

Para 2025, as estimativas do Instituto Aço Brasil são de quedas de 0,6% na produção nacional de aço e 0,8% nas vendas internas e altas de 2,2% nas exportações, 11,5% nas importações de laminados e 1,5% no consumo aparente de produtos siderúrgicos.

Grandes Construções - SP   17/01/2025

Pelo segundo ano consecutivo, a unidade Pecém da gigante ArcelorMittal alcançou sua capacidade máxima de produção de 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

Esse marco alinha-se ao esforço da empresa pelo desenvolvimento da economia do Ceará, que ganhou investimentos em ações socioambientais e parcerias com o ecossistema local por uma indústria 4.0.

“Hoje, a produção de aço da nossa unidade Pecém, aqui no Ceará, representa 9,5% de todo aço bruto produzido no País e 22% da produção da ArcelorMittal no Brasil. Essa posição vem gerando transformação social e econômica também regionalmente”, destaca Erick Torres, CEO da unidade Pecém da ArcelorMittal.

A empresa é certificada para a produção de aços de alto valor agregado (HAV), atendendo à indústria naval, de óleo & gás, automotiva e construção civil. Em 2024, foram produzidos 281 novos aços, dos quais 40 são de alto valor agregado (High Added Value - HAV). A participação de aços HAV alcançou 37,7% até outubro de 2024.

"O ano de 2024 foi marcado por avanços significativos na produção sustentável, inovação tecnológica e desenvolvimento de novos aços inteligentes e soluções sustentáveis, como a utilização em fase de testes de veículos elétricos. Para 2025, nossas expectativas e planejamentos estão voltados a mais avanços de performance da operação e ações no âmbito de ESG. Nosso portfólio de aços de alto valor agregado (HAV) foi ampliado, o que fortalece cada vez mais nossa presença no mercado nacional e internacional", compartilhou Torres.

Aumento nas exportações – Os embarques das placas de aço da unidade Pecém da ArcelorMittal, realizadas pelo Porto do Pecém, mantiveram-se praticamente estáveis, com 2,94 milhões de toneladas de placas de aço embarcadas em 2023 e 2,93 milhões de toneladas de placas de aço embarcadas em 2024.

Do total de embarques, a participação das exportações / vendas para o mercado externo cresceram de 62% (1,83 mi t de placas de aço) para 76% (2,25 mi t de placas de aço). Por outro lado, do total de embarque, a participação das vendas para o mercado interno passou de 38% (1,1 mi t de placas de aço) em 2023 para 23% (0,68 mi t de placas de aço) em 2024.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2025

A inflação brasileira ultrapassou o teto da sua meta em 2024, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice de preços que pauta a meta da política monetária, subindo 4,83% no ano. A meta é de 3% ao ano, mas com margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo, que considero alta. Ou seja, 4,5% é o limite superior que em 2024 foi ultrapassado pelos 4,83% citados.

Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula da Silva e que recentemente assumiu a presidência do Banco Central (BC), precisou escrever uma carta explicando o porquê dessa ultrapassagem indesejada. Citou o crescimento da atividade econômica, o dólar em alta e o clima, este prejudicando a oferta de alimentos. Por trás do crescimento da atividade econômica esteve também a política fiscal federal expansionista, que não mencionou explicitamente.

Segundo o economista Antonio Evaristo Teixeira Lanzana, conselheiro da Fecomercio, esse crescimento teve inicialmente menos efeitos inflacionários pois houve algum aumento da capacidade produtiva mesmo em anos de baixo crescimento, mas o efeito cumulativo desse crescimento do potencial da oferta foi se esgotando com o maior aumento da demanda.

Essa maior inflação de 2024 vai ser transferida a preços em 2025 por força da indexação anual de vários itens, com o que se espera que a inflação ainda cresça um pouco antes de possivelmente cair pelo efeito da política monetária restritiva. E terminaria o ano ainda um pouco maior do que em 2024. A previsão do Boletim Focus do BC da última sexta-feira é de que fecharia o ano em 5% e cairia para 4,05% em 2026. Juros mais altos devem inibir a oferta e a demanda nesse contexto. Ainda com dificuldades na área fiscal e chegando mais próximo do ano eleitoral de 2026, é pouco provável que o governo Lula vá fazer alguma contenção mais forte nessa área, e o risco é até de mais aumento.

Essa situação de incertezas, em particular na área fiscal, de sua parte afeta também o câmbio. A Bolsa segue sem um crescimento sustentável do Ibovespa, não têm havido novas ofertas iniciais de ações, e houve até saída de dólares do País.

Nesse contexto, o crescimento deve sofrer, mas também por uma razão que o vem prejudicando desde os anos 1980, conforme tenho enfatizado em meus artigos. Com a expansão dos programas sociais que veio a partir de então, o governo sacrificou muito os investimentos públicos em formação bruta de capital fixo, como em infraestrutura, que antes já haviam ficado próximo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) mas hoje já estão próximos de 2%. Mesmo quando temos um período em que o PIB cresce perto de 3%, como recentemente, o que também é uma taxa pequena em comparações internacionais, faltando mais investimentos ele perde o fôlego, como se espera em 2025, cuja previsão pelo mesmo Boletim Focus citado é de um aumento de apenas 2%. Ou seja, de novo a praxe é de o PIB voltar a um período de maré baixa.

Mas quase nada se discute a respeito desse baixo crescimento do PIB. O Executivo pouco fala do assunto e o Congresso se interessa mesmo é pelo crescimento das emendas parlamentares que asseguram apoio eleitoral, e esse absurdo continua sendo mantido. A sociedade em geral também segue com baixas aspirações em termos de um crescimento maior do PIB, com o que não se articula para cobrar políticas econômicas nessa direção.

Percebendo isso, acho que o País deveria estabelecer também uma meta para o crescimento do PIB. Como visto acima, a meta de inflação estimula muito a discussão das causas subjacentes ao seu não alcance e como resolvê-las. E sem um crescimento maior do PIB quase tudo de bom deixa de ser ampliado: a produção de bens e serviços, os empregos, os salários, a arrecadação de impostos, os serviços públicos e por aí afora.

Uma meta de 4% para a taxa anual do PIB seria um bom começo. Se alcançada por alguns anos deveríamos buscar meta maior. E deveria ser fixada pelo governo como um todo, reunindo-se os Três Poderes para essa finalidade, pois a eles cabem ações nessa direção. Para realçar a importância do tema, a fixação da meta poderia caber ao Conselho da República previsto nos artigos 89 e 90 da Constituição. A redução dos investimentos públicos, citada acima, certamente seria uma das causas a serem examinadas.

Se a meta não fosse alcançada, todos os Três Poderes deveriam dar suas explicações sobre as várias causas e propor soluções para resolvê-las. Não tem havido uma discussão profunda e séria quanto à busca de um crescimento do PIB mais forte e sustentável. A sociedade precisaria se envolver nessa discussão por meio de suas entidades representativas. Entre outras autoridades, o conselho citado inclui o presidente da República, o da Câmara dos Deputados e do Senado, vários ministros e também “seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados”.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2025

A economia brasileira cresceu 0,10% em novembro, na comparação com outubro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) com ajuste sazonal, divulgado nesta quinta-feira, 16. O indicador é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado contrariou a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava queda de 0,10%. As estimativas iam de -1,20% a 0,30%.

O índice subiu de 154,0 para 154,2 pontos no período, o maior nível da série histórica. O BC revisou os resultados de outubro (0,14% para 0,09%), setembro (0,88% para 0,73%) e agosto (0,30% para 0,28%). O crescimento do IBC-Br no terceiro trimestre, na comparação com o segundo, foi revisto de 1,23% para 1,11%.

Revisões na série com ajuste sazonal são comuns. Desta vez, o BC também atualizou os dados devido à criação do feriado do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Na comparação com novembro de 2023, o IBC-Br cresceu 4,11% na série sem ajuste sazonal, pouco abaixo da mediana das previsões (4,30%). O índice chegou aos 150,7 pontos, o maior nível para meses de novembro na série histórica.

De janeiro a novembro de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, a economia brasileira cresceu 3,76%. Na soma de 12 meses até novembro do ano passado, o crescimento foi de 3,58%.

O indicador cresceu 0,89% no trimestre móvel encerrado em novembro, na comparação com os três meses anteriores, considerando a série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, o IBC-Br expandiu 5,52% no trimestre até novembro, frente ao mesmo período de 2023.
Desaceleração da atividade econômica

O IBC-Br de novembro veio em linha com as estimativas da XP Investimentos e confirmou a desaceleração da atividade econômica, na avaliação do economista da corretora Rodolfo Margato.

“A maioria dos componentes do PIB deve apresentar uma desaceleração em relação aos trimestres anteriores, com destaque para a indústria e o varejo. Esses setores enfraqueceram em novembro, e os indicadores coincidentes de dezembro não são animadores”, afirma.

A estimativa de alta frequência da XP indica crescimento de 0,5% para o PIB do quarto trimestre e 3,5% para 2024.

A projeção para 2025 é de expansão de 2% da atividade, que “provavelmente perderá força nos próximos trimestres, principalmente devido à inflação mais alta (o que implica em um crescimento mais lento da renda disponível das famílias), condições financeiras mais apertadas e menor impulso fiscal”, segundo o economista.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/01/2025

A economia da China cresceu 5% em 2024 graças a uma turbinada que teve no quarto semestre. De acordo com informações da agência de notícias internacional Bloomberg, o crescimento econômico no quarto trimestre excede as estimativas.

O presidente Xi Jinping disse na véspera de Ano Novo que o país deveria atingir a meta de crescimento de cerca de 5%. No quarto trimestre, a economia cresceu 5,4% em outubro-dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior, o ritmo mais rápido em seis trimestres e melhor do que a previsão mediana dos economistas de 5%.

Além disso, a produção feita em fábricas e as vendas no varejo foram acima das expectativas. Os preços dos imóveis caíram em ritmo mais lento pelo quarto mês e o investimento em ativos fixos está abaixo das estimativas. Outra informação importante sobre a economia chinesa é que a população encolheu pelo terceiro ano em 2024, embora os nascimentos tenham aumentado ligeiramente.

A queda anual mostra como o governo chinês tem lutado para deter uma taxa de natalidade em queda, resultado de décadas de políticas restritivas de planejamento familiar, aumento dos custos de assistência infantil e mudanças nas normas sociais.

A economia enfrentou dificuldades no meio do ano e o crescimento relatado foi de 4,8% nos primeiros nove meses do ano, mas as medidas de estímulo anunciadas desde o final de setembro parecem ter sido suficientes para levá-la exatamente para onde Pequim disse que deveria estar.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2025

Os dados do Siga Brasil, sistema do Senado que reproduz a execução orçamentária do governo, apontam um déficit primário (sem juros da dívida pública) de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ou R$ 44,6 bilhões em 2024. É uma cifra bem melhor do que a obtida em 2023, quando o rombo fora de cerca de 1,6% do PIB, já descontados os precatórios pagos extraordinariamente a partir do comando do Supremo Tribunal Federal (STF).

A meta fiscal de 2024 foi cumprida. Apesar de o compromisso legal ser o resultado zero, há uma banda inferior de déficit de R$ 28,8 bilhões (ou 0,25% do PIB). Como os gastos realizados para o Rio Grande do Sul são abatidos do resultado oficial, o déficit para fins de verificação da meta terminou 2024 em algo como 0,13% do PIB.

A evolução da arrecadação foi muito positiva e colaborou para esse resultado. Para ter claro, fruto de medidas adotadas desde 2023 e de ações de fiscalização e cobrança de tributos, além do desempenho do PIB acima do esperado. As receitas devem ter crescido perto de 9% em termos reais. Já nas despesas, descontando-se da base de 2023 os tais precatórios volumosos, alta de 4%.

Antes de tudo, portanto, é preciso reconhecer a melhora expressiva ocorrida na política fiscal entre 2023 e 2024. Ignorar esse fato é erro ou má-fé. Em segundo lugar, temos de refletir sobre o desafio que se coloca ao governo.

O dólar em nível elevado reflete a desconfiança dos agentes econômicos e já pressiona a inflação. O risco percebido pelos investidores traduz-se em retração nos fluxos financeiros líquidos para o País, a despeito da boa situação da balança comercial. Os juros, por sua vez, aumentam, na esteira das expectativas de inflação e dessas percepções de um quadro potencialmente mais intrincado para a dívida pública, sobretudo sob crescimento econômico menor.

É um círculo vicioso a ser rompido. A tarefa do governo é indicar um desenho menos turvo para o curto e o médio prazos. A dívida pública está cada vez mais perto dos 80% do PIB. Para estabilizá-la e mostrar capacidade de obter financiamento a taxas de juros razoáveis, saldar seus compromissos e cumprir com suas obrigações, cabe desfazer os ruídos gerados desde o anúncio do último pacote de medidas fiscais.

O Orçamento de 2025 ainda não está aprovado. Começamos o ano sob as regras de execução limitada de gastos não obrigatórios e de pagamento das despesas inescapáveis, a exemplo dos salários dos servidores públicos, das aposentadorias, etc.

Mas quais os números para este ano? As receitas projetadas pelo governo para 2025 estão em R$ 2,349 trilhões. As despesas obrigatórias, em R$ 2,128 trilhões, excluindo-se os precatórios que poderão ser executados por fora das regras fiscais, conforme decisão do STF (R$ 44,1 bilhões). A meta fiscal é zero, mas a banda inferior é de R$ 31 bilhões (0,25% do PIB).

Assim, o espaço para despesas discricionárias seria de R$ 252,2 bilhões em 2025. Mas a proposta orçamentária prevê R$ 217,5 bilhões. O leitor já percebeu que esses números levariam, portanto, a um ligeiro superávit. O problema, entretanto, é que as receitas estão infladas. Há pelo menos R$ 67,3 bilhões em arrecadação a mais em relação a nossas estimativas na Warren para 2025.

Isso acontece porque o governo contemplou, no envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso, um volume elevadíssimo de receitas incertas. O primeiro exemplo é a majoração da CSLL e do Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP), que não vai ocorrer. O segundo é um volume de compensações pela desoneração da folha de pagamentos.

Além desses dois, há uma miríade de rubricas com as quais o governo conta para entregar o superávit mencionado. Mesmo considerando que parte desse volume de mais de R$ 160 bilhões se materialize, remanesce a diferença mencionada de quase R$ 70 bilhões.

Trocando em miúdos, será preciso um contingenciamento de despesas discricionárias, em nossos cálculos, de ao menos R$ 35 bilhões. Esse número viabilizaria a banda inferior da meta zero, descontados os efeitos dos precatórios. Assim, para entregar um déficit de R$ 75,1 bilhões ou 0,6% do PIB, em 2025, o governo terá de cortar R$ 35 bilhões.

Se a arrecadação surpreender ou se o pacote fiscal produzir efeito superior ao que consideramos em nossas projeções de despesas (aproximadamente 60% do estimado pelo governo), as coisas podem ficar mais palatáveis. Não se pode trabalhar, no entanto, no limite da navalha.

É melhor, ao contrário, produzir, logo após o Orçamento aprovado pelo Congresso, um contingenciamento relevante. Esse, sim, seria um sinal concreto de compromisso mínimo com as metas estipuladas para a evolução das contas públicas.

Na Warren, desde julho, indicamos que não haveria alteração da meta e que o governo conseguiria entregar o resultado prometido. Vislumbramos uma dinâmica claramente melhor do que a projetada, inicialmente, para as receitas, e promovemos as alterações em nossas estimativas.

O bom desempenho de 2024, contudo, não anula a grande tarefa pela frente em 2025. O ajuste fiscal precisa ser permanente e, do lado do mercado, espera-se maior boa vontade com aquilo que de positivo acontecer. A César o que é de César.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2025

As exportações brasileiras para os Estados Unidos ultrapassaram a marca de US$ 40 bilhões, totalizando US$ 40,3 bilhões em 2024, pela primeira vez na história comercial entre os dois países. Segundo o Monitor do Comércio Brasil-EUA, publicado trimestralmente pela Amcham Brasil, o volume exportado também atingiu níveis inéditos, com 40,7 milhões de toneladas, um crescimento de 9,9% em relação a 2023.

Segundo a entidade, o desempenho positivo chama atenção, especialmente em contraste com a retração global das exportações brasileiras, que registraram queda de 0,8% no total. “O comércio com os EUA produziu ganhos significativos para a economia brasileira em 2024, movimentando um conjunto amplo de setores produtivos, com destaque para a indústria”, afirmou Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.
Indústria na dianteira

A indústria brasileira desempenhou papel central no recorde comercial, com exportações que somaram US$ 31,6 bilhões, um crescimento de 5,8% em comparação ao ano anterior. Conforme a Amcham, o setor de transformação foi o destaque, representando 78,3% de todas as exportações para os EUA e consolidando o país como principal destino de produtos industriais brasileiros pelo nono ano consecutivo.

Entre os produtos mais exportados estão petróleo bruto, aeronaves, café, celulose e carne bovina. O relatório da Amcham cita que, dos dez principais itens vendidos aos EUA, oito apresentaram aumento em valor, refletindo a competitividade dos setores brasileiros.

“Os Estados Unidos se consolidam como o principal destino para bens brasileiros com maior agregação de valor, reafirmando a relevância da parceria comercial”, destacou Abrão Neto.
Importações em alta

Em seu relatório, a Amcham menciona ainda que as importações de produtos norte-americanos também cresceram em 2024, totalizando US$ 40,6 bilhões, um aumento de 6,9% em relação a 2023. O crescimento foi impulsionado pelo aumento na compra de gás natural, que respondeu por 55% do crescimento total das importações, devido à estiagem em algumas regiões do Brasil, que elevou a demanda por geração de energia termelétrica.

Outros itens significativos importados incluem motores, máquinas não elétricas e aeronaves, destacando a importância da relação bilateral para setores estratégicos.

Corrente de comércio

A soma das exportações e importações entre os dois países atingiu US$ 80,9 bilhões em 2024, representando um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. Esse valor é o segundo maior da série histórica, evidenciando o fortalecimento do fluxo comercial Brasil-EUA.

Perspectivas para 2025

As projeções da Amcham para 2025 indicam a continuidade de altos níveis de comércio bilateral, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevendo crescimento do PIB de 2,8% para os EUA e de 2% para o Brasil. “Com a demanda em expansão nos dois países, esperamos que o fluxo comercial em 2025 se mantenha robusto, próximo dos valores mais altos da série histórica recente. No entanto, é crucial monitorar as elevadas incertezas internacionais”, alerta Abrão Neto.

Infomoney - SP   17/01/2025

A economia brasileira deve crescer 2,2% em 2025, estima o relatório Perspectivas Econômicas Globais do Banco Mundial, divulgado nesta quinta-feira (16). O organismo calcula ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) brasileiro deve fechar 2024 em 3,2%. Já para 2026, a estimativa é 2,3%.

Os países em desenvolvimento, grupo no qual consta o Brasil, devem enfrentar mais dificuldades de crescimento para se aproximar do nível de desenvolvimento das chamadas economias avançadas, avalia o Banco Mundial. A economia global deve manter o nível de crescimento em 2,7% em 2025 e 2026, o mesmo ritmo de 2024.

Segundo o estudo, os países em desenvolvimento devem manter a mesma taxa de crescimento de 4% nos próximos 2 anos, mas o percentual seria “insuficiente para assegurar o progresso necessário para reduzir a pobreza e atingir os objetivos de desenvolvimento mais amplos”.
Entre as causas, o Banco Mundial destaca que “as taxas de juros caíram na maior parte da região, mas permaneceram altas no Brasil e no México”.

“A desaceleração da demanda da China pesou sobre as exportações, e o superávit comercial da Argentina cresceu devido à redução das importações”, acrescenta.

A estimativa de crescimento de 2,2% da economia brasileira neste ano se equipara ao mesmo índice do Chile; está acima do México, com previsão de 1,5%, e bem abaixo ao da Argentina, que aparece com uma projeção de crescimento na ordem de 5%.

O dado mais positivo vai para a pequena Guiana, com 12,3%, país que atravessa um boom econômico graças à exploração de campos de petróleo no seu território.

Em um contexto mais amplo, o relatório apresenta um panorama futuro positivo para a América Latina e os países caribenhos (ALC). “À medida que a Argentina se recuperar, as taxas de juros se normalizarem e a inflação diminuir, o ritmo de crescimento da ALC tenderá a se intensificar, chegando a 2,5% em 2025 e 2,6% em 2026. A expectativa é que os preços das commodities fortaleçam as exportações da ALC, embora o crescimento mais moderado da China possa limitar a demanda por commodities essenciais”.

No caso específico do Brasil, o diagnóstico do Banco Mundial é que “o crescimento do Brasil desacelere para cerca de 2,2% em ambos os anos, refletindo as políticas monetárias restritivas e o limitado apoio fiscal no país”.

O relatório do Banco Mundial mostra ainda que as economias das nações em desenvolvimento foram o motor do crescimento global em 60%. “Os próximos 25 anos serão mais difíceis para as economias em desenvolvimento que os últimos 25”, prevê Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior de Economia do Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial.

“Em sua maioria, as forças que, no passado, promoveram a ascensão dessas economias dissiparam-se. Em seu lugar, surgiram situações adversas alarmantes: altos níveis de dívida, baixo crescimento do investimento e da produtividade e aumento dos custos relacionados às mudanças climáticas”, completou o economista-chefe da entidade.

Money Times - SP   17/01/2025

O Banco Mundial alertou, nesta quinta-feira, que tarifas generalizadas de 10% impostas pelos Estados Unidos podem reduzir em 0,3 ponto percentual o já fraco crescimento econômico global de 2,7% em 2025, caso parceiros comerciais dos EUA retaliarem com suas próprias tarifas.

Essas tarifas, prometidas pelo presidente eleito norte-americano, Donald Trump, podem reduzir o crescimento dos EUA — previsto para atingir 2,3% em 2025 — em 0,9% se medidas retaliatórias forem impostas, disse o banco, citando simulações econômicas. No entanto, o banco observou que o crescimento dos EUA também pode aumentar em 0,4 ponto percentual em 2026 se cortes de impostos norte-americanos fossem prorrogados, com apenas pequenas repercussões globais.

Trump, que assume o cargo na segunda-feira, propôs uma tarifa de 10% sobre as importações globais, uma taxa de 25% sobre as importações do Canadá e do México até que eles reprimam medicamentos e imigrantes que cruzam as fronteiras para os EUA e uma tarifa de 60% sobre os produtos chineses.

MINERAÇÃO

Valor - SP   17/01/2025

Companhia informou que o projeto tem o potencial de produzir até 12 milhões de toneladas anuais de briquetes de minério de ferro

A mineradora Vale assinou um contrato de reserva de terreno com a Comissão Real de Jubail e Yanbu, na Arábia Saudita, para a instalação de um polo na cidade industrial de Ras Al Khair. De acordo com a empresa, o projeto tem o potencial de produzir até 12 milhões de toneladas anuais de briquetes de minério de ferro.

O projeto está previsto para ser desenvolvido em duas fases. Segundo Rogério Nogueira, vice-presidente executivo comercial e de novos negócios da Vale, este é “um passo para remodelar o futuro da indústria siderúrgica no Oriente Médio”.

“O ‘mega hub’ de Al Khair servirá como um modelo para integrar tecnologias avançadas com práticas sustentáveis, gerando não apenas impacto ambiental positivo, mas também valor econômico”, disse.

A escolha de Ras Al Khair reflete as vantagens estratégicas oferecidas pela Arábia Saudita, como a disponibilidade de recursos energéticos, e visa atender aos mercados local, regional e internacional. O projeto está alinhado à estratégia da Vale de desenvolver ecossistemas integrados de siderurgia nos principais mercados globais.

Juntamente com os “hubs” planejados para Omã e Emirados Árabes Unidos, a instalação pode atuar como um facilitador regional de aço verde. Juntos, esses “hubs” contribuirão coletivamente para a meta da Vale de reduzir as emissões líquidas de escopo 3 em 15% até 2035.

* O repórter viajou a convite da Future Mineral Forum

Investing - SP   17/01/2025

Os preços dos contratos futuros de minério de ferro atingiram nesta quinta-feira a maior alta em quatro semanas, apoiados pela redução dos embarques de uma grande mineradora e pelas crescentes expectativas de novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, após dados de inflação dos EUA aquém do esperado.

O contrato de maio de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,92%, a 797 iuanes (108,71 dólares) a tonelada, maior valor desde 18 de dezembro de 2024.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura subiu 1,87% para 102,45 dólares a tonelada, no patamar mais alto desde 19 de dezembro.

A Rio Tinto (LON:RIO) registrou seus menores embarques anuais em dois anos, em parte devido às fortes chuvas na Austrália Ocidental que afetaram a produção no quarto trimestre.

O enfraquecimento do dólar norte-americano, que torna as commodities denominadas em dólar mais baratas para os detentores de outras moedas, também deu algum suporte ao principal ingrediente da fabricação de aço.

Além disso, os sinais de um possível aumento da demanda de minério nas próximas semanas apoiaram os preços, disseram analistas, referindo-se à possibilidade de crescimento na produção de metais quentes.

Impulsionando o sentimento geral, a Country Garden, que já foi a maior incorporadora da China em vendas, disse que espera registrar um prejuízo anual menor em 2024, conforme trabalha para reviver seus negócios.

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Outros ingredientes de fabricação de aço tiveram ganhos em Dalian, com o carvão metalúrgico e o coque subindo 3,83% e 3,45%, respectivamente, já que alguns traders liquidaram posições vendidas, disseram analistas.

Valor - SP   17/01/2025

Mineradora vale hoje cerca de R$ 236,6 bilhões, o que representa uma queda de queda de 34,4% no período

O valor de mercado da Vale era de aproximadamente R$ 360,9 bilhões no fim de outubro de 2022, mês em que a Cosan anunciou a compra de cerca de 4,9% das ações da mineradora. Hoje, a empresa vale cerca de R$ 236,6 bilhões, o que representa uma perda de R$ 124,2 bilhões, ou uma queda de 34,4%, desde o movimento feito pela Cosan.

Como antecipado pelo Valor, a empresa de Rubens Ometto confirmou a venda de 173 milhões de ações da Vale, o equivalente a 4,05%, zerando a posição na mineradora. Segundo a companhia, a decisão se baseou “exclusivamente no objetivo de otimizar sua estrutura de capital”. Com a operação, a Cosan embolsa R$ 9,1 bilhões. Em 2022, quando adquiriu participação na empresa, as ações da mineradora valiam R$ 62,71, o que representa uma queda de 16,8% desde então.

Os papéis chegaram a entrar em leilão durante a manhã desta quinta-feira e depois adotaram movimento bastante volátil. Por volta de 13h10, o papel ordinário da mineradora caía 0,68%, a R$ 52,25. O Ibovespa, por sua vez, recuava 1,12%, aos 121.275 pontos.

Segundo Matheus Amaral, especialista de renda variável do Banco Inter, há duas forças atuando sobre os papéis da mineradora hoje e por vezes, uma pode exibir uma força maior sobre a outra.

“Tem essa pressão vendedora de um grande acionista saindo como a Cosan e um movimento especulativo. E, por outro lado, tem o minério de ferro subindo”, observa Amaral.

Participantes do mercado avaliam, ainda, que o movimento desta quinta-feira, de forte oscilação dos papéis, pode ser o fim de um “overhang” [pressão de vendas] esperado pelo mercado. “Todo mundo esperava que a Cosan fosse vender essa participação, porque está muito alavancada na holding”, diz um gestor local, na condição de anonimato.

Em relatório, o BTG Pactual afirma que a venda da participação na Vale foi uma questão estratégica da companhia para reduzir sua alavancagem e não existe desconfiança sobre os rumos estratégicos da mineradora.

Valor - SP   17/01/2025

A combinação dos dois negócios teria potencial para criar uma gigante que seia líder do mercado

O grupo Rio Tinto e a Glencore têm discutido a combinação dos seus negócios, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, no que poderá resultar na maior transação entre mineradoras em todos os tempos e com potencial de remodelar o setor de mineração.

Rio Tinto e a Glencore mantiveram recentemente conversações iniciais sobre um acordo, segundo fontes que pediram anonimato por serem informações confidenciais. Não está claro se as negociações ainda estão ocorrendo.

A Rio Tinto é a segunda maior mineradora do mundo, com valor de mercado de cerca de US$ 103 bilhões pelo fechamento do pregão de quinta-feira (16) em Londres, enquanto a Glencore foi avaliada em cerca de US$ 55 bilhões. A combinação dos dois negócios teria potencial para criar uma gigante que ultrapassaria a líder do setor, a BHP, que vale US$ 126 bilhões.

Representantes da Rio Tinto e da Glencore não quiseram comentar.

O setor de mineração apresentou uma onda de negociações nos últimos dois anos, impulsionada em grande parte pelo desejo dos maiores produtores de crescerem em cobre - metal central para os esforços mundiais de descarbonização. Tanto a Glencore quanto a Rio Tinto possuem alguns das melhores minas de cobre do mundo.

No entanto, a Rio Tinto - tal como a BHP - ainda depende fortemente do minério de ferro para impulsionar os seus lucros. O problema é que o boom da construção na China, que já dura décadas, está perto do fim e o mercado do minério de ferro parece caminhar para um longo período de fraqueza.

A Glencore, que já havia proposto fusão com a Rio Tinto em 2014, tem sido uma das negociadoras mais agressivas do setor. Seu ex-CEO, Ivan Glasenberg, que liderou a abordagem anterior ao Rio, ainda possui quase 10% da empresa.

A Glencore fez ainda uma oferta malsucedida para comprar a Teck Resources Ltd. em 2023, mas acabou optando apenas pela unidade de carvão da empresa. No ano passado, a BHP tentou comprar a Anglo American Plc num negócio de US$ 49 bilhões - forçando a Anglo a acelerar uma revisão dos seus negócios como parte da sua estratégia de defesa - mas o negócio não avançou.

A compra da Glencore daria à Rio uma participação na mina de Collahuasi, no Chile, uma das jazidas mais ricas e que a empresa cobiça há mais de uma década. A Glencore também opera um dos maiores negócios de comércio de commodities do mundo - comprando, vendendo e transportando enormes volumes de metais, carvão e petróleo. No Brasil, por exemplo, é controladora da distribuidora de combustíveis Ale.

Uma combinação entre as empresas, no entanto, levantaria questões sobre os ativos de mineração de carvão da Glencore, um negócio do qual a Rio Tinto saiu há vários anos. A Glencore é também o maior exportador mundial de carvão térmico e um dos principais produtores de carvão coque. (Com Jack Farchy e Michelle F. Davis)

Money Times - SP   17/01/2025

Nesta quinta-feira (16), a Cosan (CSAN3) anunciou a venda de sua fatia de 4,05% na Vale (VALE3), por cerca de R$ 9 bilhões, zerando sua posição na mineradora. Em reação, Vale abriu o pregão em leilão, engatando alta em parte do período de negociações. Por volta de 16h47 (horário de Brasília), no entanto, VALE3 recuava 0,23%, a R$ 52,48.

O movimento da Cosan ocorre no momento em que a holding de Rubens Ometto tenta reduzir sua alavancagem. Ele afirmou em nota que “sempre” acreditou no Brasil e por isso investe no país, mas que questões ligadas às taxas de juros foram consideradas.

“A Vale é um ativo extraordinário e confio muito na nova gestão. Entretanto, o patamar atual da taxa de juros nos obriga a reduzir a alavancagem da Cosan”, disse Ometto.

Para o BTG Pactual, o movimento de fato teve como maior motivação a necessidade de abordar os altos índices de alavancagem da Cosan em meio a um contexto de aumento das taxas de juros, em vez de algo específico sobre a Vale.

“Para ser justo, a incursão na Vale teve seus desafios, incluindo disputas no conselho, uma nova nomeação de CEO e, sem dúvida, o grupo não conseguiu trazer um acionista de referência”, ponderam os analistas.

No entanto, olhando para o futuro, o banco afirma que a mineradora abordou a maioria de suas pendências, enquanto o minério de ferro tem sido um pouco mais forte do que o esperado, o que apresenta uma janela de trading de curto prazo.

Apesar disso, a recomendação do BTG Pactual para Vale permanece neutra, uma vez que os analistas veem os fluxos de caixa de 2025 pressionados e apontam os rendimentos mínimos de dividendos de até 8% como insuficientes para reforçar a confiança na história da ação.

Tese da Vale

Os analistas do BTG comentam que a tese de investimento da Vale está gradualmente retornando aos fundamentos após vários meses de discussões barulhentas e pressões de todos os lados.

As provisões menores na renegociação sobre Samarco, CEO e diretor financeiro alinhados com o mercado e uma renovação decente da concessão ferroviária são alguns dos aspectos endereçados pela companhia e vistos de forma positiva pelo vanco.

Em 2025, dado o nível elevado de desembolso de caixa de US$ 3,7 bilhões, equivalente a 10% de seu valor de mercado, o cenário base do banco é de fluxos de caixa pressionados e números distorcidos.

“Isso deve permanecer sendo obstáculo para alguns investidores orientados para o curto prazo que
buscam construir posições em ciclos de preços mais pressionados das commodities, pois parece que estamos tendendo para isso”, destacam os analistas.

O BTG não acredita que os preços do minério de ferro estão se dirigindo de forma sustentável para níveis acima de US$ 100/tonelada.

No cenário do banco de US$ 95/t para 2025, a geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para a Vale deve ser próxima de US$ 14 bilhões para 2025. Considerando o capex (investimentos) de US$ 6,5 bilhões e desembolsos de caixa na faixa de US$ 3,7 bilhões, o BTG afirma que “é fácil ver essas duas linhas consumindo uma parcela significativa do fluxo de caixa”.

AUTOMOTIVO

Portal Fator Brasil - RJ   17/01/2025

A Volkswagen Caminhões e Ônibus ganha participação de mercado em 2024 e supera o índice de crescimento da indústria, de acordo com os números divulgados pela Anfavea no dia 14 de janeiro (terça-feira). Com 31.328 caminhões emplacados e cerca de 25,1% de market share, a Volkswagen lidera por mais um ano as vendas no mercado brasileiro de caminhões. A marca também manteve sua vice-liderança histórica em ônibus, com 5.856 chassis, elevando sua participação de mercado em mais de quatro pontos percentuais, atingindo 26,1%.

A expansão da marca foi superior à média de recuperação da indústria: no transporte de cargas, a VWCO subiu em 16% suas comercializações, enquanto a alta total do mercado ficou em 15,7%. Já em ônibus, o resultado da marca foi 30,4% superior ao de 2023, bem acima dos 9,8% de ampliação dos emplacamentos totais.

—O Brasil é o maior mercado para a Volkswagen Caminhões e Ônibus, onde desenvolvemos um modelo de negócio de sucesso baseado em produtos e serviços sob medida para nossos clientes, rede de concessionárias ampla e qualificada, com engenharia e produção de ponta. Nossos resultados positivos comprovam a eficácia dessa estratégia e é por isso que a temos replicado em nosso plano de internacionalização —explica Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e Ônibus.

Clientes elevam demanda por modelos VW —Dos caminhões leves aos pesados, a VWCO cresceu em todos os segmentos. O Delivery 11.180 segue como o modelo mais vendido da marca e é o segundo mais emplacado no país. Já o Constellation 26.260 é estreante na lista dos dez preferidos dos clientes brasileiros. O Delivery Express, por sua vez, se mantém entre os três mais vendidos de seu mercado competitivo de comerciais leves.

Os modelos elétricos da montadora também se consagraram na liderança da eletromobilidade para o transporte de cargas e juntos representaram praticamente a metade da demanda nacional. Destaque especial vai para a família Meteor, que conquistou o mercado, com um crescimento expressivo em suas comercializações.

Em ônibus, o crescimento de vendas se estendeu às mais diferentes aplicações graças à boa aceitação do portfólio Euro 6 da montadora. A família Volksbus ficou em primeiro lugar nas vendas ao governo e também em micro-ônibus, além do segundo lugar em chassis urbanos e para fretamento.

Investing - SP   17/01/2025

Várias fábricas de automóveis europeias e norte-americanas correm o risco de serem fechadas ou vendidas este ano diante de um quadro de excesso de capacidade e concorrência feroz de preços, disse a empresa de pesquisa de mercado Gartner em relatório nesta quinta-feira.

As montadoras provavelmente reduzirão capacidade de produção nos dois continentes em 2025, pois enfrentarão metas de emissões de poluentes e tarifas de importação maiores, enquanto o domínio dos veículos elétricos da China aumentará devido à sua vantagem em software e eletrificação, disse a empresa.

Os fechamentos ou vendas de instalações são mais prováveis em países de alto custo, atingidos por crescente concorrência, disse à Reuters o analista vice-presidente do Gartner, Pedro Pacheco.

"Isso é um pouco como uma panela de pressão", disse Pacheco. "A pressão aumenta, aumenta e... isso levará uma série de montadoras a tomar decisões mais pragmáticas."

As marcas chinesas podem comprar fábricas para superar as barreiras comerciais ou abrir novas fábricas em países europeus de custo mais baixo e parceiros de livre comércio, como Marrocos ou Turquia, previu a empresa.

Temendo interrupções decorrentes das regras de emissão de CO2 da União Europeia para 2025, o presidente-executivo da fornecedora automotiva alemã Bosch, Stefan Hartung, disse à publicação Auto Motor und Sport na quarta-feira que o bloco deve se abster de multar empresas que não atingirem as metas.

A indústria automotiva da Europa não está mais no caminho certo para atingir metas de veículos elétricos para 2030 e 2035, disse Luc Chatel, presidente do lobby automotivo francês PFA.

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"O risco é que acabemos reduzindo as vendas de veículos com motor de combustão para aumentar artificialmente" as vendas de veículos elétricos, disse ele à Reuters.

Apesar dos desafios à eletrificação, o Gartner espera que as vendas de ônibus, carros, vans e caminhões pesados elétricos cresçam 17% em geral em 2025. A empresa prevê que mais de 50% de todos os modelos de veículos comercializados pelas montadoras serão elétricos até 2030.

Para alcançar essa mudança, as montadoras tradicionais podem comprar a arquitetura de software de fabricantes de veículos elétricos mais novos e de empresas digitais, aumentar os centros de pesquisa ou fazer parcerias com empresas de tecnologia para criar joint ventures de veículos elétricos autofinanciadas, disse Pacheco.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   17/01/2025

O investimento imobiliário caiu 10,6% em 2024 em relação ao ano anterior, ampliando a queda de 9,6% registrada em 2023

O investimento no setor imobiliário da China encolheu pelo terceiro ano consecutivo, apesar dos esforços de Pequim para reverter a espiral descendente no setor que tem prejudicado o crescimento da segunda maior economia do mundo.

O investimento imobiliário caiu 10,6% em 2024 em relação ao ano anterior, ampliando a queda de 9,6% registrada em 2023, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

O investimento no setor imobiliário, que representa cerca de um quinto da economia chinesa, começou a diminuir em 2022, quando Pequim adotou medidas para conter o endividamento excessivo.

Em 2024, os lançamentos de construção caíram 23,0% em relação ao ano anterior, uma queda mais acentuada do que os 20,4% registrados em 2023.

As vendas de imóveis por valor despencaram 17,6% no ano passado, ampliando a contração de 6,0% registrada em 2023.

A prolongada crise no setor imobiliário levou os líderes chineses a adotarem medidas mais agressivas para impulsionar a demanda no último trimestre de 2024, incluindo cortes nas taxas de hipoteca, relaxamento das restrições à compra de imóveis, autorização para governos locais comprarem casas não vendidas e redução dos requisitos para pagamento inicial.

Os esforços parecem ter começado a surtir efeito nos preços dos imóveis no final do ano. Dados separados divulgados na sexta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas mostraram que os preços dos imóveis em 70 grandes cidades chinesas continuaram a diminuir as quedas em dezembro.

Os preços médios de imóveis nas 70 cidades pesquisadas pelo governo caíram 0,08% em dezembro na comparação mensal, uma redução em relação à queda de 0,2% registrada em novembro, de acordo com cálculos do “The Wall Street Journal” baseados nos dados divulgados.

Houve 43 cidades relatando quedas nos preços de imóveis de um mês para o outro em dezembro, comparado a 49 em novembro.

Em termos anuais, os preços médios de imóveis nessas grandes cidades caíram 5,7% em dezembro, reduzindo a queda de 6,1% registrada em novembro. Das 70 cidades, 68 relataram quedas de preços ano a ano, comparado a 67 no mês anterior.

Em uma recente reunião para traçar planos para o próximo ano, o órgão regulador da habitação da China afirmou que trabalharia para estabilizar o mercado imobiliário e evitar um novo declínio em 2025. Também destacou que as transações de imóveis apresentaram crescimento tanto na comparação mensal quanto anual desde outubro.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/01/2025

O índice de confiança das construtoras dos Estados Unidos, medido pela Associação Nacional de Construtoras (NAHB, na sigla em inglês), subiu a 47 em janeiro, uma diferença de um ponto para o mês anterior, quando registrou 46. O resultado contraria as projeções de analistas consultados pela FactSet, que previam queda a 45,5.

Segundo a NAHB, as expectativas de vendas nos próximos seis meses cederam 6 pontos para 60, por conta do “ambiente de taxas de juros elevadas”.

FERROVIÁRIO

CNN Brasil - SP   17/01/2025

O Plano Nacional de Ferrovias, que depende apenas de ajustes finais para ser lançado, prevê a concessão de cinco grandes projetos de estradas de ferro à iniciativa privada.

São, ao todo, quase cinco mil quilômetros de novas ferrovias e um investimento previsto de aproximadamente R$ 100 bilhões. A União bancará parte dos aportes para garantir a viabilidade econômica dos empreendimentos.

O plano foi apresentado nesta quarta-feira (15) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, que prevê o lançamento da iniciativa ainda em fevereiro.

“Vou ter uma conversa com a Casa Civil e com o Ministério da Fazenda ultimando esses investimentos, mas está pronto. Estamos com todos os projetos em estruturação”, disse Renan Filho à CNN.

“O plano vai apresentar a distribuição dos projetos em um pipeline, com todo mundo sabendo em qual semestre será feito o leilão, o que virá primeiro.”

O ministro elencou os cinco empreendimentos já certos no plano:

* Corredor Leste-Oeste – Com cerca de 2.400 quilômetros de extensão, é a junção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). A Fiol sai de Ilhéus (BA), tem um trecho já concedido e outro em construção como obra pública. Falta o terceiro trecho. A Fico está sendo executada pela Vale, como contrapartida à prorrogação de seus contratos no setor, e será estendida posteriormente até Lucas do Rio Verde (MT).

* Prolongamento da Ferrovia Norte-Sul – Com 477 quilômetros de extensão, ela termina hoje em Açailândia (MA), onde se conecta com a Estrada de Ferro Carajás (EFC), pertencente à Vale. A EFC, no entanto, é usada prioritariamente para o transporte de minério e há pouca ociosidade para o transporte de grãos. A ferrovia será estendida para o porto de Vila do Conde (PA), criando uma alternativa logística.

* Anel Ferroviário do Sudeste – Com um traçado de aproximadamente 300 quilômetros, ligará Vitória (ES) a Itaboraí (RJ). Isso permite conectar a malha da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), pertencente à Vale, à rede operada pela MRS Logística.

* Transnordestina — Obra prometida para 2010, mas parada por anos, agora tem previsão de entrega em 2026 ou 2027. No plano, o governo se comprometerá a conceder sua conexão com a Ferrovia Norte-Sul, em Estreito (MA). Serão mais 600 quilômetros de trilhos.

* Ferrogrão – Com 933 quilômetros de extensão, entre Sinop (MT) e Itaituba (PA), é o projeto mais desafiador. Tem riscos ambientais e de engenharia. Atualmente, o avanço da Ferrogrão depende de uma conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi acionado por causa dos potenciais impactos em unidades de conservação.

A União deverá assumir de 20% a 30% dos investimentos, dependendo do projeto, para viabilizar as ferrovias.

Tradicionalmente, as ferrovias são o modal de transporte mais caro para a implantação. E não geram receitas para o concessionário até que uma parte dos trilhos, pelo menos, esteja em operação. Por isso, a conta frequentemente fica mais difícil de fechar.

Para isso, o governo conta com os recursos levantados a partir da repactuação de concessões no setor. Os contratos foram prorrogados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas renegociados na atual gestão.

O governo Lula já fechou acordos com a Rumo e com a MRS Logística. No fim de dezembro. anunciou um entendimento com a Vale. A mineradora se dispôs a pagar até R$ 17 bilhões na extensão das concessões da EFC e da EFVM.

Grandes Construções - SP   17/01/2025

O maior projeto nacional de infraestrutura logística ganha novo impulso neste começo de ano.

Em decisão unânime de sua diretoria colegiada, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou na semana passada a liberação da primeira parcela do aditivo de R$ 3,6 bilhões para obras da ferrovia Transnordestina entre os estados do Ceará e do Piauí.

Esse primeiro pagamento é no total de R$ 400 milhões.

A Transnordestina é um dos principais projetos de infraestrutura em andamento no Brasil, cruzando os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. O repasse será realizado por meio de crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

Considerado estratégico para o transporte de alimentos e insumos destinados ao abastecimento nacional e à exportação, o empreendimento é uma prioridade do Governo Federal.

As obras da Transnordestina retomaram o ritmo em 2023, com a volta de investimentos federais. O empenho do governo é para que a entrega da Fase 1 da ferrovia ocorra até 2027 e até 2029 a Fase 2.

O trecho Salgueiro-Suape está em fase de elaboração dos projetos básico e executivo, sob responsabilidade de prestadora contratada pela Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes.

A previsão é que os estudos sejam concluídos no segundo semestre de 2025.

O Governo Federal destinou inicialmente ao segmento R$ 450 milhões em recursos do Novo PAC. O valor poderá ser adequado após a conclusão do projeto executivo.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   17/01/2025

A gestão política de Donald Trump e o excesso de oferta de navios serão fatores incidentes durante este ano.

Os ataques Houthi no Estreito de Bab Al Mandeb e o subsequente desvio da rota marítima em torno do Cabo da Boa Esperança, circundando a África Austral, beneficiaram em graus variados todos os segmentos do mercado de transporte marítimo, incluindo navios porta-contentores. A natureza altamente imprevisível dos Houthis gera muita incerteza, uma vez que uma cessação repentina dos ataques acarreta um grande risco de queda das taxas para o transporte marítimo, enquanto uma extensão dos ataques a longo prazo acarreta riscos significativos de aumentos tarifários, relata VesselsValue .

Os conflitos geopolíticos em curso, acompanhados de sanções conexas, contribuem para um ambiente incerto. Qualquer escalada ou desescalada significativa nestes conflitos poderá afetar significativamente as perspectivas econômicas globais. Enquanto isso, o presidente eleito dos EUA Nos EUA, Donald Trump ameaçou impor tarifas significativas e outras medidas protecionistas, levantando preocupações sobre o agravamento da guerra comercial, a redução do comércio internacional e a inflação persistentemente mais elevada. Além disso, continua a existir um elevado nível de incerteza sobre como e em que medida estas medidas serão implementadas.

Entretanto, a recuperação econômica da China continua frágil, introduzindo incerteza adicional devido ao seu papel crítico como motor da procura global. Esta situação precária poderá ser agravada pela Guerra Comercial, uma vez que a economia da China depende em grande medida das suas exportações.

O impacto da incerteza — De acordo com a VeeselsValue , o crescimento continuou a um ritmo elevado até agora este ano devido aos maiores volumes negociados e às maiores distâncias de navegação. A demanda por milhas TEU para 2024 deverá ser de 16,7% e o crescimento total de milhas TEU deverá ser de 3,2%, em média, durante o período 2024-2028.

Além disso, a consultora prevê que as taxas de frete diminuirão de forma constante em 2025 à medida que mais navios entram no mercado, e que continuarão a cair em 2026 e 2027 antes de verem algum aumento em 2028. Já se observou que as taxas de frete diminuíram no segundo metade de 2024 e espera-se que siga essa tendência até certo ponto. A frota ociosa começou a aumentar e é provável que continue.

Entretanto, o crescimento da oferta de navios irá, em algum momento, ultrapassar a procura, apesar do conflito no Mar Vermelho, e isto afetará as taxas de frete para todos os tamanhos de navios.

Com as fortes taxas de frete registadas em 2024, as encomendas de navios porta-contentores atingiram um máximo histórico com quase 4 milhões de TEU e com mais de 8 milhões de TEU a entrar no mercado nos próximos anos, espera-se um excesso de oferta, apesar do desvio das rotas.

Além disso, com os regulamentos ETS da UE em vigor e um endurecimento geral dos regulamentos sobre emissões de CO2, a VesselsValue prevê que a operação de navios não ecológicos mais antigos se tornará cada vez mais cara. Isto é especialmente relevante dada a esperada redução das tarifas. A partir de 2025, prevê-se que muitos desses navios mais antigos cheguem ao ferro-velho. | MM

IstoÉ Dinheiro - SP   17/01/2025

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o leilão do STS10, novo terminal de contêineres do Porto de Santos (SP), será realizado entre outubro e novembro deste ano. Em entrevista a jornalistas na manhã desta quinta-feira, 16, o ministro afirmou que o projeto deve ser encaminhado para avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) nos próximos meses.

Com a estimativa de R$ 4,5 bilhões em investimentos, o projeto prevê ampliação da atual capacidade de movimentação de contêineres em Santos, onde já operam os terminais Santos Brasil, BTP, DPW e Ecoporto.

O modelo aprovado pelo governo prevê a construção de quatro berços de atracação, permitindo elevar a atual capacidade de contêineres em 50%.

Hoje, o porto santista recebe 6 milhões de contêineres por ano e, com o terminal, passará a ter capacidade de 9 milhões.

Investimentos

Na apresentação feita a jornalistas nesta quinta-feira, Costa Filho falou sobre resultados de sua gestão no MPor, pasta que lidera desde agosto de 2023, apontando investimentos já realizados e a projeção para este e o próximo ano.

Em 2024, a Secretaria Nacional de Portos realizou oito leilões, atraindo investimentos na ordem de R$ 3,74 bilhões. Entre as áreas, o MAC16, no Porto de Maceió (AL), MCP03, no Porto de Santana (AP), ITG02, em Itaguaí (RJ), REC 08, 09 e 10, no Recife (PE), RDJ 06, no Rio de Janeiro (RJ) e RIG 10, no Porto do Rio Grande (RS).

Para os últimos dois anos do atual mandato do governo, o MPor prevê mais 37 leilões de áreas portuárias. Os investimentos privados previstos para o setor neste ano totalizam R$ 18 bilhões, contra R$ 10,6 bilhões durante o ano passado.

Investing - SP   17/01/2025

O Ministério de Portos e Aeroportos calcula R$ 19,7 bilhões em investimentos nos portos brasileiros em 2025, sendo R$ 1,7 bilhão dos cofres públicos (orçamento e estatais) e de R$ 18 bilhões do setor privado.

Em conversa com jornalistas, o ministro Silvio Costa Filho destacou 2 grandes leilões: o túnel Santos-Guarujá e o STS-10 (Tecon Santos 10). Juntos, deverão ultrapassar R$ 10 bilhões em investimentos.

O trajeto que ligará as duas das principais cidades do litoral paulista terá cerca de 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade. Será o 1º túnel submerso da América Latina e deverá beneficiar 78 mil usuários por dia.

O projeto, feito em parceria com o Governo de São Paulo, foi enviado ao TCU (Tribunal de Contas da União) em 30 de dezembro de 2024. O leilão será realizado em PPP (Parceria Público-Privada), com investimento estimado em R$ 5,8 bilhões. O leilão está previsto para julho de 2025.

Já o super terminal de contêineres no Porto de Santos deve receber um aporte de R$ 4,5 bilhões. Segundo o ministério, a capacidade operacional será de 2,4 milhões de TEUs (unidade equivalente a contêineres de 20 pés) por ano. O leilão também deverá ocorrer no 2º semestre de 2025.

PORTO DE PARANAGUÁ

Outro destaque é a concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá, no Paraná. Essa será a 1ª concessão de um canal de acesso de um porto público no Brasil e a resposta da iniciativa privada balizará a estruturação de futuros projetos similares.

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O canal de acesso de um porto é a via pela qual os navios trafegam até atracar para receber ou descarregar suas mercadorias. O principal objetivo do governo federal ao conceder o acesso é fazer com que um agente privado garanta as condições de navegabilidade e, principalmente, a execução de dragagens.

A proposta do governo é concluir o leilão no 1º semestre, com estimativa de investimento é de R$ 1 bilhão.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/01/2025

O Porto de Santos encerrou o ano de 2024 com recorde na movimentação de cargas, atingindo 179,8 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 3,8% em comparação com 2023 e consolida o maior resultado anual da história do complexo portuário, segundo informações da Autoridade Portuária de Santos (APS), empresa pública vinculada ao Ministério dos Portos e Aeroportos.

Os embarques totalizaram 131,3 milhões de toneladas no ano passado, 1,0% acima do registrado no ano anterior, enquanto as descargas alcançaram 48,5 milhões de toneladas, um salto expressivo de 12,1%.

Segundo a APS, a movimentação de contêineres foi um dos principais destaques, ultrapassando, pela primeira vez, a marca de 5 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), fechando 2024 com 5,4 milhões de TEU movimentados, um crescimento de 14,7% ante 2023.

No segmento de granéis sólidos (90,7 milhões de toneladas), o açúcar foi destaque com 27,0 milhões de toneladas movimentadas, representando um aumento de 17,8%. Já as exportações de soja em grãos atingiram 27,8 milhões de t (-8,9%), enquanto o milho registrou 15,9 milhões de t(-25,2%). Outros produtos como farelo de soja (+2,5%), café em grãos (+41,2%) e carnes (+31,5%) também tiveram desempenhos notáveis.

Os granéis líquidos somaram 19,6 milhões de toneladas, 1,2% acima de 2023, registrando a maior marca histórica para o segmento. Destaque para o aumento na movimentação de gasolina (+48,2%) e óleo diesel e gasóleo (+25,8%).

Já o segmento de carga geral solta totalizou 9,6 milhões de toneladas, alta de 9,3%, com a celulose liderando as movimentações, alcançando 8,1 milhões de toneladas (+11,3%).

O fluxo de navios também apresentou crescimento, com 5.557 embarcações passando pelo Porto de Santos, um aumento de 1,9%.

O presidente da APS, Anderson Pomini, disse que “o crescimento expressivo em diferentes segmentos, como contêineres, agronegócio e combustíveis, demonstra nossa capacidade de adaptação às demandas do mercado global. Este é um marco que nos motiva a buscar ainda mais avanços em 2025.”.

Conforme a APS, o Porto de Santos manteve sua relevância na corrente comercial brasileira, ampliando sua participação de 28,5% para 29,0% em 2024, movimentando US$ 174,43 bilhões. A China permaneceu como o principal parceiro comercial, representando 27% das transações, enquanto o Estado de São Paulo respondeu por 53,7% das operações internacionais.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   17/01/2025

A produção acumulada em regime de partilha desde 2017, início da série histórica, ultrapassou a marca de 1 bilhão de barris de petróleo em novembro. O campo de Búzios foi o responsável por mais da metade da produção no período, acumulando 529 milhões de barris. Os campos de Mero e Sépia ocupam a segunda e terceira posição. Desde 2017, a União teve direito a uma parcela acumulada de 59,8 milhões de barris. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção divulgado pela PPSA (Pré-Sal Petróleo) nesta quinta-feira (16). No mês de novembro, a produção total dos contratos de partilha alcançou 1,1 milhão de barris por dia (bpd), resultado 6% maior que o período anterior, em função de melhoria na eficiência operacional em Libra.

Os campos de Búzios, Mero e Sépia se mantiveram como os maiores produtores em regime de partilha, respondendo por 86% do total. A parcela de óleo da União somente nos contratos de partilha foi de 96,41 mil bpd. O resultado do mês apresentou um valor de 4% menor com relação ao período anterior, em função de custos recuperados da construção da P-85 , do Projeto Sépia 2, e da parada do FPSO Ilhabela, em Sapinhoá. A maior parcela da União foi oriunda de Mero, que respondeu por mais de 87% da produção, com 84,23 mil bpd. A exportação total de gás natural em regime de partilha em novembro foi de 3,77 milhões de m³/dia. O resultado é oriundo de cinco campos e foi 6% menor em relação ao mês anterior devido à parada do FPSO Ilhabela, em Sapinhoá e à redução da exportação do FPSO Almirante Barroso, em Búzios. A parcela de gás natural disponível para exportação da União foi de 90 mil m³/dia no regime de partilha.

Quando somadas as produções diária de petróleo da União em regime de partilha e nos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu, a produção diária de petróleo foi de 100,53 mil barris por dia em novembro, resultado praticamente estável em relação a outubro (menos 3%). Quanto aos volumes de gás e considerando todas as participações, a União também teve direito a uma produção total de 158 mil m³ por dia no mês. O volume é 38% abaixo do de outubro, em função da redução da exportação do FPSO Almirante Barroso e da Recuperação de custos do FPSO P-85 em Sépia.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2025

A Prio, que completa dez anos neste mês, tem planos de participar em 2025, pela primeira vez, de um leilão de blocos exploratórios da ANP, afirma o presidente da empresa, Roberto Monteiro. Segundo o executivo, a consolidação do setor entre as chamadas petroleiras “juniors” ainda não terminou e pode abrir oportunidades.

A companhia também tem interesse na fatia da Equinor no campo de Peregrino, onde adquiriu 40% participação no ano passado. Monteiro prevê ainda a liberação pelo Ibama da licença ambiental do campo de Wahoo, na bacia de Campos, já no primeiro trimestre do ano.

“Nós somos uma companhia que saiu de seis mil barris por dia de petróleo em 2015, com 100 pessoas trabalhando, para uma companhia de aproximadamente 120 mil barris por dia (bpd), com 2 mil pessoas”, diz Monteiro ao Estadão/Broadcast. Ele lembra que, no começo, foi preciso estender a vida útil do campo de Polvo, que seria abandonado em 2016 pelo antigo controlador, e que hoje está produzindo 12 bpd.

As ações da Prio acompanharam essa evolução, saindo de alguns centavos em 2015 para um patamar acima de R$ 40 atualmente. Na avaliação de Monteiro e de alguns bancos de investimento, as ações ainda não refletem o real valor da companhia.

O executivo avalia que o gatilho para a alta dos papéis será a liberação das licenças ambientais pendentes no Ibama — “uma fila indiana de uns dez pedidos”, afirma o executivo. Ele ressalta que todas as informações pedidas foram atendidas e que o problema é a falta de pessoal no órgão ambiental.

Além de Wahoo, a demora do Ibama tem segurado também a produção do campo de Tubarão Martelo, que está com dois poços parados há um ano à espera de anuência para a troca de duas bombas da plataforma. Com isso, a produção que poderia ser de 16 mil bpd tem sido de 12 mil bpd, informou Monteiro.

“A gente teve um ano de 2024 difícil, por conta de licenciamento do Ibama, e esse continua sendo o grande gatilho para a valorização das nossas ações. Mas houve coisas positivas: a gente ganhou uma arbitragem contra a IBV, por 36% do campo de Wahoo, compramos parte de Peregrino, e mesmo assim nossa ação não se mexeu. A gente acha que tem uma grande catalisador que deve acontecer, que é o licenciamento ambiental”, afirmou.

Ele explicou que o pedido de licenciamento referente a Wahoo envolve a perfuração de quatro poços, que podem chegar a seis, e a instalação de linhas do sistema de produção. Os equipamentos para realizar as atividades (sonda e navio de lançamento de linhas flexíveis) estão mobilizados e são de propriedade da Prio. Já o navio de lançamento de linhas rígidas é terceirizado e custa o preço de uma sonda, explicou Monteiro.

“Até o final do mês vamos ter que tomar a decisão se a gente estende ou não o contrato desse navio”, informou. O custo total do projeto de Wahoo é de US$ 800 milhões e já foram gastos US$ 600 milhões em equipamentos. “Se a licença sair a gente começa a produzir em meados do ano e chega ao final do ano ‘full’, com 40 mil barris por dia”, previu. Somada à produção de outros campos, a Prio chegaria ao final deste ano a 150 mil bpd.
Consolidação

Monteiro diz que a petroleira está sempre “pensando” em aquisições para aumentar seu portfólio, mas descartou a compra dos campos em terra anunciados pela Brava. “Não queremos nada de onshore (terra).” O executivo prevê que ainda vai haver “algum nível de reorganização no mercado offshore (mar)”, mesmo após a fusão da Enauta com a 3R, e diz torcer para que a Equinor venda sua participação em Peregrino.

“Um campo que a gente olhou foi Peregrino, que compramos um pedaço e adoraríamos poder comprar o outro (60%). Em algum momento, se a Equinor tiver interesse, tendo em vista a produção de Bacalhau...”, disse Monteiro, referindo-se ao projeto da petroleira norueguesa no pré-sal da bacia de Santos, um dos maiores projetos de produção offshore do País.
ANP

Outra decisão para este ano é avaliar o que seria a primeira participação da Prio em um leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), visando áreas no entorno dos campos da empresa. A licitação está prevista pelo governo para junho e o foco da petroleira será buscar blocos próximos aos seus ativos. Com isso, a empresa espera aproveitar a sinergia entre as suas operações.

Monteiro pretende continuar a preparar terreno para os planos internacionais da companhia no Golfo do México. O escritório da Prio ainda não foi aberto nos Estados Unidos, mas o esforço para conhecer a região tem levado executivo a viajar com frequência para prospectar negócios.

Já para 2026, a previsão de Monteiro é focar no redesenvolvimento do campo de Albacora Leste, na bacia de Campos, adquirido em 2023, que segundo ele deverá ter o mesmo tratamento do campo de Frade, que passou dos 17 mil bpd para 60 mil bpd após a revitalização. “É um campo que pode ter o mesmo potencial de Frade. Em 2025, será Wahoo, e em 2026, Albacora”, disse Monteiro sobre os focos da companhia.

Infomoney - SP   17/01/2025

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 16, em meio ao alívio das tensões no Oriente Médio mesmo que as preocupações com o aumento das sanções dos EUA ao petróleo russo sigam presentes.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 1,09% (US$ 0,86), a US$ 77,85 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,90% (US$ 0,74), a US$ 81,29 o barril.

Um dia após o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, os rebeldes Houthis deram sinais de que podem encerrar hostilidades no Mar Vermelho em breve, o que contribui para um recuo dos preços da commodity. “O conflito teve pouco impacto no mercado ultimamente, mas o acordo sugere que um conflito mais amplo na região envolvendo o Irã é menos provável”, destaca o ANZ Research.
Apesar de em segundo plano, as sanções mais rigorosas dos EUA ao comércio de petróleo da Rússia seguem no radar, com incertezas sobre como o presidente eleito Donald Trump, que assume na segunda-feira, lidará com a questão. O republicano prometeu encerrar a guerra na Ucrânia de maneira ágil.

Ex-autoridade de sanções dos EUA e atual integrante do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia, Edward Fishman avalia que, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, “estas são as sanções mais significativas que vimos”.

É improvável que os preços do petróleo se mantenham nos níveis atuais em meio as sanções ao petróleo bruto da Rússia e a um superávit global projetado para este ano, segundo analistas do MUFG. “A força atual do preço do petróleo não é sustentável”, afirmam eles.

TN Petróleo - RJ   17/01/2025

Em 2024, o mercado global de petróleo bruto e gás natural superou um cenário complexo de oferta controlada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), em meio à demanda variável, ritmo lento de crescimento macroeconômico, tensões geopolíticas intensificadas e necessidade de transição energética. Para 2025, o setor precisa focar na maior disciplina e eficiência financeira, centralidade no cliente e retorno sobre investimentos em tecnologia. Essas são as principais conclusões do estudo global "Perspectivas da indústria de óleo e gás" da Deloitte, organização com o portfólio profissional mais diversificado do mundo.

O balanço da temporada recém-encerrada revela que o preço do petróleo Brent se manteve entre US$ 74 e US$ 90 na média mensal. Este foi um dos períodos mais estáveis dos últimos 25 anos. Houve distribuição de dividendos: cerca de US$ 213 bilhões. Mas US$ 136 bilhões foram usados em recompras do produto entre janeiro e novembro do ano passado, segundo o estudo.

Um olhar mais amplo para os dados dos últimos quatro anos revela que as despesas do setor aumentaram em 53%, enquanto o lucro líquido subiu 16%. Mesmo com os serviços de campos petrolíferos tendo apresentado o melhor desempenho, entre 2023 a 2024, dos últimos 34 anos. Houve maior concentração em projetos de tecnologia de baixo carbono para mitigar riscos climáticos associados ao mercado de petróleo e gás, aponta o estudo.

Para 2025, as empresas do setor devem priorizar eficiência na produção e reduação de custos para garantir um desempenho robusto e reter a confiança de investidores. Para tanto, será necessária muita resiliência, mudança de cultura e mensurar o retorno dos investimentos em tecnologia. O incentivo à inovação, parcerias estratégicas e fusões e aquisições, além das soluções voltadas à baixa emissão de carbono, devem continuar a promover crescimento, destacam as lideranças Deloitte do estudo.

A indústria de petróleo e gás está atenta aos movimentos das principais lideranças econômicas e tem expectativa de potencialização do mercado. Este ano começa com a tendência de novos cortes nas taxas de juros americana. Além da redução de 75 a 100 pontos-base na última temporada, o Federal Reserve dá sinais de que há margem para menos 150 pontos-base entre 2025 e 2026. Mas é a mudança no governo dos EUA que mais anima o setor, uma vez que ela pode trazer novidades diretas no campo da energia, avaliam os especialistas da Deloitte.

Confira o estudo completo aqui.

Sobre a Deloitte - A Deloitte é a organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, com cerca de 460 mil profissionais em todo o mundo, gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países e territórios. Com base nos seus mais de 175 anos de história, fornece serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária, consultoria empresarial, assessoria financeira e consultoria em gestão de riscos para quase 90% das organizações da lista da Fortune Global 500® e milhares de outras empresas. Nossas pessoas proporcionam resultados mensuráveis e duradouros para ajudar a reforçar a confiança pública nos mercados de capitais e permitir aos clientes transformar e prosperar, e lideram o caminho para uma economia mais forte, uma sociedade mais equitativa e um mundo sustentável. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com mais de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 18 escritórios. Para mais informações, acesse aqui.

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