Clipping Diário

02 | Outubro | 2024

SIDERURGIA

BOL - SP   02/10/2024

A Ternium espera que um tribunal brasileiro decida a seu favor em um recurso contra a CSN em relação à compra em 2011 de uma participação na Usiminas, disse o presidente-executivo da empresa na segunda-feira.

A disputa decorre da compra pela Ternium do que era equivalente a uma participação de 27,7% nas ações da Usiminas. A CSN, que detinha 12,9% das ações da empresa na época, entrou com uma ação judicial alegando que a Ternium deveria ter lançado uma oferta pública de aquisição de ações envolvendo os acionistas minoritários, já que eles tinham direitos de tag-along.

Em junho, um tribunal superior determinou que a Ternium pague 5 bilhões de reais à CSN, com a Ternium dizendo que vai recorrer da decisão.

"Confio que o sistema judiciário brasileiro reconhecerá que, nesse caso, há uma jurisprudência que remonta a muitos e muitos anos", disse o presidente-executivo da Ternium, Maximo Vedoya, à Reuters durante evento organizado pela agência brasileira de exportações e investimentos, a Apex.

"Estou realmente esperançoso de que isso será resolvido", disse Vedoya.

O executivo disse ao jornal Valor em agosto que se a Ternium perder o recurso, a empresa poderá repensar seus investimentos no Brasil.

Mas ele pareceu mais otimista com relação ao país na segunda-feira, destacando as oportunidades de crescimento com o México.

A Ternium é "enorme para o comércio entre México e Brasil", disse Vedoya. "Somos um veículo para o Brasil se integrar à América do Norte."

Posteriormente, o executivo disse a jornalistas que México e Brasil poderão atualizar acordos comerciais para impulsionar a indústria.

A Ternium, que atualmente está expandindo usina no norte do México, também considera que o setor poderá se beneficiar com a revisão do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, prevista para 2026.

E com a posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México na terça-feira, a Ternium está "realmente otimista" com os planos de industrialização do novo governo, disse Vedoya.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   02/10/2024

A implementação de medidas estruturais para conter o aumento de gastos obrigatórios será determinante para a Moodys “dar um próximo passo” e conceder o grau de investimento ao Brasil, afirma Samar Maziad, vice-presidente da Moody’s para risco soberano, que assina a decisão que elevou a nota do Brasil.

Qual foi o fator para a Moody’s elevar a nota do Brasil?

As melhoras nas dinâmicas de crescimento, e nossa expectativa de que isso continuará assim, são o elemento material que sustentou o perfil de crédito como um todo. Esperamos que, no geral, neste ano e em 2025, o desempenho fiscal esteja alinhado com as metas do governo.

Há expectativa de quando o Brasil vai retomar o grau de investimento?

O nosso horizonte típico de perspectiva é de 12 a 18 meses, podendo ser um pouco mais longo ou curto. Mas monitoramos os desenvolvimentos de forma contínua e, às vezes, esperamos um pouco mais para ver se os fatores que impactam a perspectiva são atendidos.

Portanto, isso realmente depende de uma melhoria adicional, de forma estrutural, nas questões fiscais subjacentes. O Brasil ainda tem riscos fiscais no perfil de crédito, mas é importante colocar isso no contexto das dinâmicas gerais da dívida e do perfil de crédito como um todo.

Nós mencionamos o crescimento do país (na decisão), algo que agora é materialmente diferente do que há quatro anos. Esperamos o suficiente para confirmar que esse é, por assim dizer, um novo padrão de crescimento. Portanto, é importante posicionar os desafios, no contexto de outros fatores e características do perfil de crédito.

É possível atingir o grau de investimento, mas vocês ainda irão analisar os riscos?

Correto. Para nos sentirmos confortáveis em dar esse próximo passo, precisamos confirmar maior resiliência econômica. Isso está relacionado à capacidade de gerenciar choques sem que a dívida aumente significativamente e à possibilidade de redução da dívida ao longo do tempo. Ao analisarmos os desafios de crédito, falamos sobre a rigidez dos gastos e o aumento das despesas obrigatórias.

Os fatores que poderiam elevar a classificação estão relacionados à implementação de medidas estruturais que contenham o aumento das despesas obrigatórias de forma duradoura, proporcionando mais clareza sobre a trajetória da dívida, com estabilização e redução ao longo do tempo.

Quais medidas esperam?

Principalmente, medidas relacionadas à contenção do aumento dos gastos obrigatórios. Os gastos obrigatórios relacionados à saúde, educação e benefícios aumentam acima da inflação e, de certa forma, podem aumentar acima dos limites determinados. Isso introduz muitas limitações na capacidade de atingir as metas a longo prazo. medidas de contenção de gastos ainda são necessárias.

Vocês têm confiança de que o governo brasileiro está fazendo o suficiente?

Nós temos um pouco mais de clareza. Claro, o Orçamento submetido para 2025 inclui algumas medidas de aumento de receita e cortes de gastos. O que estou falando, para avançar para o próximo passo, é que precisamos ver medidas estruturais no lado dos gastos, que agora fazem parte do arcabouço fiscal.

Mas acho que, para os próximos dois anos, isso está incluído em nossa projeção básica, de que o déficit primário estará, em geral, alinhado com a meta. É onde ainda precisamos de mais clareza.

Analistas brasileiros têm avaliado de maneira bastante negativa a trajetória fiscal. Alguns entenderam que há um certo otimismo da Moodys. Realmente há?

Nossa base em termos de cumprimento da meta primária deste ano não é muito diferente da de muitos analistas. Também projetamos um aumento na dívida este ano e no próximo, pois o déficit geral ainda é grande. Se você observar o cenário base que colocamos, e até no comunicado à imprensa, estamos cientes dessas medidas.

O ponto aqui é que é importante dimensionar os riscos fiscais no contexto do perfil de crédito de forma mais ampla. E acho que isso está um pouco ausente em grande parte das conversas que se têm.

Olhamos para o perfil de crédito geral, como ele evolui ao longo do tempo e como se compara a outros países. E te digo, há muitos países no mundo que enfrentam desafios fiscais, não é só o Brasil. A questão é: o que está sendo feito a respeito disso? Qual é o caminho para lidar com o aumento da dívida? Quais são os fatores de mitigação presentes no perfil de crédito? E qual é o contexto em termos de força econômica, vulnerabilidade externa e força institucional?

Então, o que precisamos fazer — porque faz parte do nosso trabalho — é olhar a perspectiva comparativa e posicionar a classificação no contexto dos riscos que vemos, da base que enxergamos no país, mas também em uma comparação global.

O encontro de Lula e Haddad com as agências influenciou na decisão?

Não é um evento único que desencadeia a decisão. É um conjunto de fatores. O que aconteceu foi que tivemos um desempenho de crescimento muito forte no primeiro trimestre, como falei, e também tivemos o desempenho do último relatório bimestral que foi produzido, o qual, na verdade, apoia um melhor resultado no quadro fiscal.

Agora, há mais confiança de que estará alinhado com a meta do governo para este ano, tanto em relação ao desempenho das receitas quanto dos gastos. Esses são dois elementos principais que ocorreram, por assim dizer, entre a perspectiva positiva colocada em maio e hoje, que sustentam nosso cenário básico.

Nesse cenário, a classificação de crédito do Brasil é consistente com o BA1. Como eu disse, a perspectiva positiva aponta para o potencial de mais medidas estruturais no lado dos gastos, o que, então, apoiaria uma melhoria adicional.

IstoÉ Dinheiro - SP   02/10/2024

Após o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acumular alta de 4,55% em 12 meses na quarta quadrissemana de setembro, influenciada pela mudança da bandeira tarifária de energia elétrica residencial de vermelha 1 para vermelha 2, é provável que o indicador continue registrando altas mais fortes e acima do teto da meta de inflação, de 4,5%, avalia o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador do índice, André Braz.

“Pelo menos nestes meses em que os preços administrados estão com o maior protagonismo, isso deve fazer com que o acumulado de 12 meses continue acima da meta de inflação”, salienta Braz.

No encerramento de setembro, Braz destaca que a alta de 0,63% foi influenciada principalmente pelo item de energia elétrica residencial (4,31% para 7,04%).

O economista indica que, com a mudança da bandeira tarifária, a tendência é que o item continue subindo em outubro e seja a principal influência positiva do índice. “Para outubro, vamos captar mais 4% de alta de energia elétrica residencial”, afirma.

Além disso, o grupo de Alimentação (-0,02% para 0,04%) voltou ao terreno positivo, ainda com recuo dos alimentos in natura, porém com quedas mais tímidas, segundo Braz. “Isso mostra que a variação do preço está acelerando e a tendência é de que a participação de alimentação na inflação aumente”, ressalta.

Monitor Digital - RJ   02/10/2024

Com início neste 1º de outubro, a simplificação de importações pelo Brasil proporcionada pela migração das operações ao Portal Único de Comércio Exterior proporcionará economia de R$ 40 bilhões por ano às empresas. A informação foi divulgada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres.

A pasta calcula que o ganho de competitividade e a redução da burocracia deverá acrescentar US$ 130 bilhões à economia brasileira até 2040. O Portal Único substitui o Siscomex, sistema de registro de comércio exterior brasileiro em funcionamento desde o ano de 1993.

A nova plataforma reduz a exigência de documentos, executa simultaneamente processos que eram feitos em sequência e permite a emissão de licenças flex, em que várias operações comerciais são autorizadas por volume de cargas ou por períodos fixos. Com o portal, em vez de preencher vários documentos, a empresa preencherá a Declaração Única de Importação (Duimp).

No caso das exportações, a migração para o portal com declaração unificada começou em 2017 e terminou em 2018, reduzindo o tempo médio da liberação de mercadorias de 13 para 4,8 dias. Já para as importações, o projeto piloto da Duimp começou em 2018. De lá para cá, o tempo médio da liberação das mercadorias que chegam ao país caiu de 17 para nove dias.

Embora exista há seis anos, a Duimp era aplicada em fase de testes, até agora. Para a secretária do MDIC, a migração total das importações do Siscomex para o Portal Único de Comércio Exterior gerará uma redução adicional de tempo, de nove para cinco dias no prazo médio da compra de bens do exterior. O novo sistema beneficiará cerca de 50 mil importadoras existentes no país.

“O custo da carga parada por dia equivale a 0,8% do valor dela. Com base na importação de US$ 242 bilhões no ano passado e na redução das operações em quatro dias, calculamos um ganho em torno de R$ 40 bilhões para as empresas de comércio exterior, em torno de US$ 8 bilhões”, explicou Tatiana Prazeres.

Para chegar ao cálculo de US$ 130 bilhões de ganho para o Produto Interno Bruto, a secretária de Comércio Exterior explicou que o MDIC calculou o ganho para outros setores da economia, com a desburocratização e a redução do custo Brasil (custos de produção).

A migração das importações para o Portal Único começa nesta terça-feira e vai até o fim de 2025. De outubro a dezembro deste ano, a Duimp será obrigatória para as importações marítimas. De janeiro a julho de 2025, para as cargas que chegam por avião. De julho a dezembro do próximo ano, para as importações por fronteiras terrestres e via Zona Franca de Manaus.

Infomoney - SP   02/10/2024

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil se recuperou da queda do mês anterior e avançou do patamar de 50,4 em agosto para 53,2 em setembro, informou nesta terça-feira (1) a S&P Global. No entanto, dada uma desaceleração de agosto, a leitura média do terceiro trimestre foi a mais baixa em 2024 até agora.

Segundo a S&P Global, as condições do setor industrial no Brasil tiveram uma melhora significativa, impulsionadas por um novo aumento na produção, criação de empregos fortalecida e aceleração no crescimento das vendas.

Já as pressões sobre os fornecedores aumentaram, com os prazos de entrega se alongando ao nível máximo em mais de dois anos, à medida que as empresas intensificaram a compra de insumos.

As pressões sobre os preços continuaram elevadas, considerando os dados históricos, com os custos dos insumos e os preços dos bens finais subindo em uma das taxas mais rápidas observadas em mais de dois anos

Para Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, um fator significativo para a recuperação no mês foi uma melhora acentuada nas vendas, principalmente no setor de bens de capital, que havia indicado fragilidade anteriormente.

“A pressão maior sobre os custos observada na metade do trimestre persistiu no mês de setembro, impulsionada principalmente pela desvalorização cambial”, disse em nota.

Para ela, embora as empresas tenham intensificado suas compras de insumos em antecipação a novos aumentos de preços, “os benefícios da fragilidade da moeda, a maior competitividade internacional e o ligeiro crescimento das vendas para clientes estrangeiros podem não compensar totalmente o aumento dos custos”, afirmou.

“Apesar desses desafios, as expectativas de negócio otimistas e o crescimento das contratações entre os fabricantes sugerem que o crescimento da produção deve se manter nos próximos meses, indicando a resiliência do setor”.

Infomoney - SP   02/10/2024

O índice de atividade industrial dos Estados Unidos elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) permaneceu inalterado em 47,2 em setembro, segundo comunicado do ISM divulgado nesta terça-feira.

A leitura veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço a 47,6.

Segundo a pesquisa, o índice de novas encomendas se manteve em território de contração, em 46,1, ou 1,5 ponto percentual acima dos 44,6 registados em agosto. A leitura de setembro do índice de produção (49,8), por sua vez, ficou 5 pontos percentuais mais alta que o valor de agosto, de 44,8.

O índice de preços entrou em território de contração pela primeira vez este ano, registrando 48,3, uma queda de 5,7 pontos percentuais, em comparação com a leitura de 54 em agosto. O índice de pedidos em carteira ficou em 44,1, uma alta de 0,5 ponto percentual em relação aos 43,6 de agosto. O índice de emprego de 43,9 de setembro representou uma queda de 2,1 pontos em relação aos 46 de agosto.

MINERAÇÃO

Globo Online - RJ   02/10/2024

Em seu último dia de trabalho como presidente da mineradora Vale, Eduardo Bartolomeo foi às redes sociais, na segunda-feira, para fazer um balanço de sua gestão. Iniciado de repente em 2019, como resposta à tragédia de Brumadinho (MG), que deixou 270 mortos e um rastro de destruição em janeiro daquele ano, o mandato do executivo foi marcado por reforços na política de segurança, a crise da Covid-19 e pressões políticas de governos.

“Assumi a presidência da companhia no momento mais difícil de sua história, com o rompimento da barragem em Brumadinho, que nos fez mudar a cultura organizacional e firmar um novo pacto com a sociedade”, lembrou Bartolomeo, em postagem na sua conta no LinkedIn, rede social do mundo corporativo.

O mandato de Bartolomeo poderia ser renovado, mas, em março, o Conselho de Administração da companhia decidiu pela troca de comando – ampliou o contrato do executivo apenas para dar tempo de escolher o susbtituto.

No fim de agosto, anunciou como presidente Gustavo Pimenta, então vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale. O executivo tomou posse no novo cargo nesta terça-feira.

Bartolomeo tentou permanecer no cargo, mas sucumbiu às disputas entre acionistas da companhia, incluindo as pressões diretas por parte do governo federal. O poder da União sobre a mineradora diminuiu após a reestruturação, em 2021, que tornou a Vale uma companhia de capital pulverizado, sem controle definido. A saída do BNDES reduziu ainda mais a influência direta, mantida apenas na participação minoritária da Previ.

A pulverização dispersou também a disputa entre acionistas. A falta de trânsito em Brasília e com os governos do Pará e de Minas Gerais, onde estão as principais instalações da Vale, eram as críticas mais frequentes à gestão de Bartolomeo, mas parte dos representantes dos acionistas no Conselho da companhia também criticava a gestão operacional.

Foco na segurança

Apesar disso, o executivo sempre batia na tecla do foco na segurança. “Eu me aproximei ainda mais dos empregados nas minas, dos operadores da nossa complexa logística, de lideranças e demais agentes e parceiros para ouvi-los e compreender o que cada processo demandava de aperfeiçoamento. E evoluímos. Hoje, a Vale é uma empresa mais segura”, diz a postagem no LinkedIn.

Com a produção afetada pela tragédia de Brumadinho e a demanda atingida pela perspectiva de desaceleração estrutural do crescimento econômico da China, principal importadora do minério da Vale, a companhia vem adotando uma estratégia de focar na qualidade.

“A inovação foi a alavanca para avanços históricos do nosso time, que desenvolveu os briquetes de minério de ferro, solução essencial para a redução das emissões” de gases do efeito estufa (GEE), continua a postagem de Bartolomeo. “Reorganizamos, ainda, o negócio em duas plataformas, uma com foco em minério de ferro e outra em metais para transição energética”, completou o executivo.

Se livrando de pesos

O conturbado processo de sucessão no comando atrapalhou as cotações das ações da Vale. O anúncio do nome de Pimenta, antes do inicialmente informado pela companhia, e até a antecipação da posse para esta terça-feira, tirou um “peso” de cima da mineradora, segundo analistas vêm sustentando nas últimas semanas.

Segundo esses analistas, a Vale tem outros dois obstáculos que terão que ser logo enfrentados pela nova gestão de Pimenta: encerrar uma renegociação sobre concessões de ferrovias e fechar um acordo para a reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), em 2015.

Os dois imbróglios envolvem cifras bilionárias e exigirão bom trânsito político, mas não resolvem o peso da redução estrutural da demanda chinesa. Tanto que o anúncio de um pacote de estímulo à economia por Pequim na semana passada foi o mais recente impulso nas cotações das ações da Vale – e, no mercado, há desconfiança sobre uma mudança definitiva no problema que vem da Ásia.

“A Vale está pronta para avançar e o Gustavo Pimenta – meu sucessor, que assume a cadeira a partir de amanhã (esta terça-feira) e a quem eu desejo toda a sorte e sucesso – reúne todas as qualidades para liderar a empresa e elevá-la a outro nível. Se eu puder deixar um conselho para o Gustavo, é para que ele cuide, sempre, das pessoas”, conclui a postagem de Bartolomeo.

IstoÉ Dinheiro - SP   02/10/2024

A CSN Mineração anunciou nesta terça-feira, 1º, que seu conselho de administração aprovou pagamento de dividendos intercalares de 2,375 bilhões de reais e juros sobre capital próprio de 465 milhões de reais.

O conselho ainda aprovou dividendos intermediários de 160 milhões de reais, afirmou a companhia controlada pela CSN em aviso aos acionistas.

Os pagamentos vão ocorrer até 31 de dezembro deste ano, afirmou a CSN Mineração, com base na posição acionária de 3 de outubro.

O valor dos dividendos intercalares corresponde a cerca de 0,44 real por ação. Os JCP são equivalentes a 0,085 real e dos dividendos intermediários a 0,029 real por papel.

AUTOMOTIVO

Investing - SP   02/10/2024

As principais montadoras americanas experimentaram uma queda nas vendas de novos veículos no terceiro trimestre, impactadas por uma redução nos dias de venda e pela diminuição dos gastos dos consumidores devido à inflação e ao aumento das taxas de juros. A tradicional dependência de crossovers e picapes para impulsionar as vendas está mostrando sinais de enfraquecimento, à medida que os clientes enfrentam orçamentos mais apertados em meio às incertezas econômicas.

A General Motors (NYSE:GM) registrou uma queda de 2,2% nas vendas trimestrais, com uma notável redução na demanda por suas populares picapes Silverado. Espera-se que a Ford (NYSE:NYSE:F) também revele um crescimento mais fraco nas vendas quando divulgar seus resultados do terceiro trimestre na quarta-feira, conforme projetado pela Cox Automotive.

A Toyota (NYSE:TM), por sua vez, reportou uma queda de 8% nas vendas. A empresa aumentou proativamente seu estoque de veículos e peças em antecipação às greves nos portos dos EUA que começaram hoje, visando minimizar possíveis interrupções.

Apesar das expectativas de uma recuperação nas vendas no terceiro trimestre, os descontos oferecidos pelas montadoras não foram suficientes para impulsionar a demanda. Chris Hopson, analista principal da S&P Global Mobility, destacou que "Os consumidores no mercado continuam pressionados por altas taxas de juros e preços de veículos que demoram a recuar, o que se traduz em altas prestações mensais".

Em um desenvolvimento recente, a Stellantis (NYSE:STLA), empresa controladora da Chrysler, revisou para baixo sua previsão de lucro para 2024 na segunda-feira. A empresa também alertou para uma queima de caixa maior do que o esperado, citando a fraca demanda global e o aumento da concorrência de fabricantes chineses que produzem veículos mais econômicos.

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Em resposta às pressões econômicas, os compradores estão se voltando para opções mais econômicas, como picapes compactas e SUVs como o Ford Maverick e o Chevrolet Trax. De acordo com Charlie Chesbrough, economista sênior da Cox Automotive, os SUVs subcompactos e os carros compactos estão atualmente entre os segmentos de veículos mais populares, beneficiando-se de seus preços relativamente mais baixos.

A Hyundai (OTC:HYMTF) contrariou a tendência com um aumento de 5% nas vendas trimestrais, apoiada pelo sucesso das variantes híbridas de seus crossovers, incluindo o Tucson e o Santa Fe. Em contraste, sua afiliada Kia experimentou uma queda de quase 7% nas vendas.

Automotive Business - SP   02/10/2024

Mesmo diante de tantos desafios, dilemas e a queixa frequente da falta de competitividade, a indústria automotiva caminha rapidamente para uma nova fase. De acordo com a Anfavea, até 2026 todas as tecnologias em eletrificação já estarão em produção no País, com o protagonismo dos biocombustíveis.

A afirmação de Marcio de Lima Leite, presidente da entidade, seguiu o que os demais líderes presentes disseram no painel “O setor automotivo dos R$ 130 bilhões: o que faremos com o maior investimento da história”, que encerrou o Automotive Business Experience 2024 - #ABX24, no São Paulo Expo, nesta segunda-feira, 30.

SAIBA MAIS

Rafael Chang, CEO da Toyota América Latina e Caribe, confirmou que a montadora se prepara o lançamento de dois modelos híbridos flex, um para este ano - o Yaris Cross - e um outro para 2026.

“Só posso dizer que é um modelo inédito e desenvolvido no Brasil”, antecipou.

Ambos fazem parte dos investimentos de R$ 11 bilhões anunciados pela montadora. Ao ser questionado sobre um modelo puramente elétrico, brincou que será lançado em “dois mil e vinte e pouco”.
Híbridos flex no caminho da eletrificação da indústria

Já Santiago Chamorro, presidente da General Motors, reforçou que parte dos R$ 7 bilhões do aporte prometido pela fabricante também será destinada ao primeiro híbrido flex da marca.

Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, disse que um primeiro passo do grupo será dos híbridos flex, já com lançamento este ano. Quanto ao elétrico, o executivo também brincou que ficará para “dois mil e vinte e pouco”.

Com 16 lançamentos até 2028, o CEO da Volkswagen Brasil, Ciro Possobom, afirmou que a marca terá modelos flex e soluções híbridas e elétricas. “A vantagem será oferecer opções ao cliente. Acreditamos muito na tecnologia do flex híbrido.”
Indústria garante eletrificação na década

Ao ser questionado no #ABX24 sobre a pressão da Anfavea para frear o crescimento dos importados no país, Leite disse que não se tratava de "frear".

“Nós estamos falando de um equilíbrio entre importações e produção local. Hoje há um desequilíbrio que tem afetado a produção e a geração de empregos. Nós queremos emprego, produção, pesquisa e desenvolvimento", afirmou o presidente da associação que reúne as montadoras.

O executivo, porém, não recorreu aos “dois mil e vinte e pouco” para dar uma previsão sobre elétricos feitos no Brasil.

"A nossa expectativa é que até o início de 2026 todas as tecnologias de eletrificação, as principais delas, falando de híbridos e também de elétricos, já estejam em produção no Brasil. Lembrando que hoje temos produção de pesados elétricos no Brasil. Então, esse é um processo que virá e, é claro, que vai obedecer um protagonismo dos biocombustíveis."
Quando previsibilidade vira tsunami

Diego Fernandes, COO da GWM, lembrou que a previsibilidade é algo que a indústria pede há muito tempo para viabilizar investimentos.

“Nós tivemos um aumento de tributos sobre veículos importados e qualquer movimento que vise antecipar aquilo que já foi dito e já está sendo trabalhado, fere a previsibilidade.”

Fernandes falou ainda do investimento da fabricante chinesa de R$ 10 bilhões até 2032, o maior considerando as novas marcas, sendo R$ 4 bilhões até 2026. Segundo ele, graças ao programa Mover, os executivos brasileiros conseguiram convencer a China a acreditar no Brasil e apostar aqui seu primeiro mercado a ter um modelo plug-in flex.

Ao ser questionado sobre as exportações, o COO informou que o objetivo da GWM, que inicia em 2025 a produção da linha Haval em Iracemápolis (SP), é em três anos atingir 60% de nacionalização. A partir desse percentual, a marca já estará pronta para exportar para toda a América Latina.

A Anfavea revidou sobre a previsibilidade. Para Leite, ela funciona até acontecer uma “calamidade”. Ele comparou a um tsunami: se ocorrer um desastre é preciso adequar as regras.

O presidente da Anfavea lembrou que embora o Brasil tenha aumentado seu imposto de importação para eletrificados, os Estados Unidos subiram 100%, a Europa elevou para 48% e o Canadá para mais de 100%. E que, por causa disso, o excesso de produção veio para o Brasil.

“Quando essa regra foi feita, nós não tínhamos 80 mil veículos em estoque como nós temos hoje de importados e vale para todas as marcas. Então, o Brasil precisa reagir para preservar 1 milhão e 200 mil empregos e R$ 130 bilhões de investimento.”
Localização é a solução

Possobom, da VW, emendou que a “invasão de importados” na América do Sul está tirando a competitividade do Brasil nas exportações, citando Equador, Colômbia, Peru e Chile. O objetivo é fomentar a tecnologia local, trazendo desenvolvimento da indústria e empregos.

O executivo também evocou que a indústria gera mais de 100 mil empregos diretos e 1 milhão e 200 mil empregos indiretos. E afirmou que a Volkswagen compra 80% de conteúdo local, com mais de 3 mil fornecedores no Brasil.

"É um volume que cresce de 15 a 20% por ano. Nosso discurso é: desenvolver a tecnologia local. Eu insisto muito para que novos competidores tragam a localização. Mas vir para cá, trazendo peça importada não ajuda a desenvolver o país”, afirmou o CEO da Volks.

A General Motors acredita em industrializar onde está o mercado. E abre-se a possibilidade, então, de ter soluções tecnológicas amplas, como elétricos, híbridos, híbridos plugáveis etc.

“Eu tenho um sonho de que o Brasil, com este tamanho que tem, com a potência que tem em matéria de produção, de mineração, engenharia, com metade da capacidade instalada, de nós conquistarmos um patamar de indústria maior, de nós fazermos do Brasil um verdadeiro polo de exportações e concorrer com aqueles que estão chegando aqui em condições iguais para todos”, ressaltou Chamorro.

Cappellano, da Stellantis, apontou que as novas tecnologias que chegam aumentam o preço dos carros. Num mercado sensível a preços, que só cresce em volumes expressivos com veículos mais acessíveis, é preciso ter uma estratégia robusta de fornecedores locais.

Leite complementou que componentes importantes para os carros ainda são importados, caso do câmbio automático.

“Muitos desses investimentos precisam ser puxados por políticas públicas, porque uma montadora sozinha muitas vezes não tem capacidade ou um volume inicial para atrair um fornecedor a fazer um investimento mais relevante. Não podemos perder esse momento de transição tecnológica. Por isso, é fundamental termos fornecedores fabricando novas tecnologias no Brasil.”

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

IstoÉ Dinheiro - SP   02/10/2024

A receita líquida total decorrente das vendas de máquinas e equipamentos em agosto cresceu 12,4% em relação a julho, com ajuste sazonal, segundo informa nesta terça-feira, 1º de outubro, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Já na comparação de agosto com idêntico mês no ano passado, o faturamento líquido total da indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou uma queda de 6,5%. A Abimaq também registrou quedas da receita líquida do setor nas comparações de janeiro a agosto em relação com o mesmo período no ano passado, de 13,4%, e no acumulado de 12 meses encerrados em agosto, em 14,3%.

O crescimento em agosto comparativamente a julho, de acordo com a entidade, deveu-se à melhora do mercado doméstico, uma vez que as vendas no mercado externo recuaram, devolvendo parte do salto observado em julho. Em julho, as exportações tinham crescido 45%. Já em agosto, elas recuaram 29%.

O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos, uma medida que considera a produção nacional junto às importações, subtraindo as exportações, cresceu 14,7% em agosto ante julho. Nas importações de máquinas e equipamentos houve queda de 3,6% ante o mês de julho e estabilidade em relação a agosto de 2023. No ano, as importações passaram a acumular crescimento de 6,9%. O resultado das importações do mês de agosto foi de US$ 2,6 bilhões.

Nuci

Com o crescimento do setor em agosto comparativamente a julho, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas encerrou o mês em análise em 76%. Este valor é 0,2 ponto porcentual abaixo do observado no mês de julho, mas 0,6 ponto porcentual acima do resultado de agosto do ano passado.

Máquinas agrícolas

O segmento de máquinas agrícolas registrou em agosto um crescimento de 8,4% na sua receita líquida total na comparação com julho, considerando os ajustes sazonais, conforme a Abimaq.

Na comparação com agosto do ano passado, a receita líquida vinda das vendas de máquinas agrícolas caiu 15,8%.

As vendas de colheitadeiras no mercado interno em agosto cresceram 4,5% em relação a julho. Já as exportações caíram 36,7% na mesma base de comparação. As vendas internas de colheitadeiras caíram 21,5% em relação a julho, mas as exportações cresceram 2,4%.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Veja - SP   02/10/2024

O governo de São Paulo anunciou que quer entregar 15.000 unidades habitacionais feitas de construção industrializada até 2027. Para isso, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU) deve finalizar até o fim deste mês a qualificação de construtoras que tocarão as obras, segundo o vice-governador Felício Ramuth (PSD), que esteve presente nesta terça-feira no evento Modern Construction Show, em São Paulo.

“Estamos na etapa final. Isso permitirá que, em seguida, possamos realizar as provas de conceito das empresas qualificadas para fornecer essas soluções ao Governo do Estado de São Paulo”, afirmou Ramuth.

De acordo com o governo, a meta é construir 7.500 habitações verticais, 7.500 casas e 100 mil metros quadrados de prédios para uso público que deverão respeitar todas as exigências estabelecidas pelas normas técnicas que regulam a habitação de interesse social e as empresas precisarão apresentar inspeção acreditada do projeto.
Construção industrializada

A construção industrializada é um método que, baseado em módulos e peças construídas fora do canteiro, permite a aceleração das obras.

Conforme dados da Sondagem da Construção em Sistemas Industrializados, estudo elaborado pela FGV-Ibre, a técnica já responde por 64,5% dos processos construtivos no Brasil, e o principal segmento que utiliza essa solução é o residencial, com 50,8% das obras.

CNN Brasil - SP   02/10/2024

A oferta de projetos de parcerias público-privadas (PPPs) para construção e manutenção de escolas no Brasil acelerou mais de cinco vezes em 2024.

De janeiro a agosto deste ano, foram anunciados 65 novos empreendimentos do tipo — contra 12 registrados em todo o ano passado. Esses projetos envolvem apenas a infraestrutura das escolas, sem entrar na área pedagógica.

Os dados constam do último relatório iRadarPPP, elaborado pela Radar PPP e antecipado todo mês pela CNN. O documento serve como indicador de avanços e retrocessos em mais de 5,4 mil projetos de concessões e parcerias público-privadas espalhados pelo país — da União, estados e municípios. Os números desta edição consideram dados até 13 de setembro.

Sócio da Radar PPP, Frederico Ribeiro explica que essa elevação se deve especialmente a chamamento promovido pela Caixa Econômica Federal (CEF) para selecionar municípios interessados em desenvolver parcerias em educação infantil. Com resultado, divulgado no último dia 9, o edital vai ajudar 60 iniciativas.

Foi um incentivo, às prefeituras, o fato de que projetos selecionados pela instituição financeira serão estruturados com recursos do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP), da Caixa, e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação (FNDE/MEC).

Ainda segundo Ribeiro, o número de iniciativas registradas em 2024 deve subir mais. Isso porque a Caixa ainda precisa divulgar os selecionados entre os projetos de arranjos municipais, espécie de “consórcios” de cidades. Este edital teve inscrições encerradas no dia 8 de setembro.

“E também, restando pouco mais de três meses para o ano acabar, outras iniciativas podem surgir em estados e municípios de forma isolada, principalmente em estados”, completa o sócio da Radar PPP.

A consultoria acredita, porém, que o edital promovido pela Caixa não é o único fator responsável pela aceleração nas PPPs de educação. São apontados impulsos a esses projetos o auxílio da União a estados e municípios na oferta de garantias, além de condições de debêntures incentivadas, por exemplo.

“Mesmo sem o chamamento, o número de iniciativas seria superior. Estes mencionados são elementos que nos levam a acreditar que a tendência é de um crescimento importante deste setor”, indica Ribeiro. A consultoria destaca que em 2020, último ano do ciclo dos mandatos municipais anterior, foram anunciadas apenas 3 iniciativas do tipo.

São considerados nos números anteriores os projetos que terão estudos de viabilidade desenvolvidos. Há neste ano no Brasil, se considerados as iniciativas de educação em outras fases de desenvolvimento, como modelagem, consulta pública e até os paralisados, 122 PPPs. Destas, 110 envolvem creches, ensino infantil ou fundamental.
Rodovias no Centro-Oeste

O boletim da Radar PPP ainda menciona avanços em projetos de rodovias nos três estados da região Centro-Oeste do país.

No último dia 30, o Ministério dos Transportes publicou o edital para a concessão do lote Rota Verde, em Goiás, com trechos das rodovias BR-060/452/GO, garantindo seu leilão em 12 de dezembro. O projeto liga as cidades de Goiânia, Rio Verde e Itumbiara, num total de aproximadamente 426 km, e prevê investimentos na ordem de R$ 6,8 bilhões.

Também avançaram as concessões, pelo governo do Mato Grosso do Sul, das BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395 — cujo edital deve ser publicado em breve, marcando o leilão também para 12 de dezembro. As rodovias totalizam 870 km e preveem 5,8 bilhões em investimentos.

Já no dia 23 de agosto aconteceu a audiência pública do Programa de Concessões Rodoviárias do governo do Mato Grosso. Esta fase do plano envolve mais de
2.100 km da malha rodoviária, distribuída em 6 lotes. A estimativa de investimentos fica em cerca de R$ 6,9 bilhões.

As PPPs em estradas normalmente costumam prever o aporte de cifras vultuosas e são, por isso, especialmente relevantes para o iRadarPPP, que calcula a expectativa de investimentos em parcerias Brasil afora.

Infomoney - SP   02/10/2024

Os gastos com construção nos Estados Unidos caíram inesperadamente em agosto, em meio a uma queda acentuada nos gastos com projetos de moradias unifamiliares, mas a redução dos custos de empréstimos pode estimular a atividade nos próximos meses.

O Departamento de Comércio informou nesta terça-feira (1) que os gastos com construção caíram 0,1%, após recuo revisado para baixo de 0,5% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,1%, depois de uma queda de 0,3% em julho relatada anteriormente.

Os gastos com construção aumentaram 4,1% em agosto na base anual.

Os gastos com projetos de construção privada caíram 0,2% em agosto, depois de terem diminuído 0,7% em julho. O investimento em construção residencial caiu 0,3%, com os gastos em novos projetos unifamiliares recuando 1,5%.

O aumento da oferta de novas casas no mercado está desencorajando os construtores a iniciar novos projetos habitacionais.

Isso, juntamente com o fato de os compradores estarem aguardando taxas de hipoteca mais baixas, pode, no curto prazo, limitar o impulso da redução dos custos de empréstimos. No mês passado, o Federal Reserve cortou a taxa de juros pela primeira vez em quatro anos e a expectativa é de nova redução em novembro e dezembro.

Os gastos com unidades habitacionais multifamiliares caíram 0,4%. Mas os gastos com reformas de residências aumentaram.

O investimento em estruturas privadas não residenciais, como escritórios e fábricas, caiu 0,1%.
Os gastos com projetos de construção pública avançaram 0,3%, depois de terem aumentado 0,5% em julho. Os gastos dos governos estaduais e municipais aumentaram 0,3% e os gastos com projetos do governo federal aumentaram 0,5%.

FERROVIÁRIO

IstoÉ Dinheiro - SP   02/10/2024

Uma nova rede de transporte vai substituir os ônibus que ligam os terminais e a estação Aeroporto-Guarulhos da Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O projeto do aeromóvel d, que está na fase final de implantação e deve ser entregue até o fim deste ano. Procurada, a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, ainda não passou informações sobre a definição da data para início do serviço.

Na segunda-feira, 30, o novo sistema recebeu a chegada do terceiro trem do aeromóvel, completando a frota e avançando em mais uma etapa de testes. “O terceiro veículo do aeromóvel, de cor laranja, chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, completando a frota ao lado das versões azul e verde, entregues anteriormente”, afirmou a Aerom, detentora da tecnologia.

Atualmente, o sistema está em fase final de implantação no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O sistema conta com estações nos três terminais e uma conexão direta com a Linha 13-Jade da CPTM. Com dois veículos destinados à operação regular e o terceiro em reserva estratégica, o sistema está pronto para garantir alta eficiência e confiabilidade no transporte de passageiros, segundo a empresa.

Cada modelo aeromóvel A200, com dois carros articulados e 24,7 metros de comprimento, é equipado com portas automáticas, ar-condicionado, sistema anti-fogo, saídas de emergência, acessibilidade e amplo espaço para bagagens.

A conectividade a bordo inclui Wi-Fi e monitores informativos. “Nos testes de comissionamento, o veículo atingiu 57 km/h, superando com sucesso a passagem pela Área de Mudança de Via, um dos componentes críticos para a eficiência operacional”, acrescentou a Aerom. O Aparelho de Mudança de Via (AMV) do aeromóvel, com patente exclusiva para o sistema de propulsão, permite transições rápidas e seguras entre vias, sem comprometer o tempo de viagem previsto.

Em nota, a GRU Airport confirmou que o terceiro veículo da composição foi recebido pelo consórcio AeroGRU, responsável pelas obras do sistema APM (Automated People Mover). As composições levarão até 2 mil pessoas por hora, por sentido, dos três terminais de passageiros do aeroporto até a estação da CPTM, em 2.700 metros de extensão.

A expectativa é de que o veículo deverá percorrer o trajeto até os terminais 1, 2 e 3 em apenas seis minutos. “Demais informações serão divulgadas ao final das obras”, disse a GRU Airport.

Assim como os coletivos que fazem o trajeto por terra atualmente, o serviço do aeromóvel será gratuito. O sistema irá funcionar em via elevada exclusiva, com uma tecnologia que move o veículo a partir de uma pressão controlada.

NAVAL

Portos e Navios - SP   02/10/2024

A Autoridade Portuária de Santos (APS) contratou a elaboração do projeto básico para o sistema viário perimetral da margem esquerda, que busca melhorar a infraestrutura de acesso ao Porto de Santos. O contrato, no valor de R$ 3,66 milhões, foi assinado com o consórcio ECR/Consenge e prevê a entrega do projeto em 2026. A obra faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e conta com um investimento de R$ 500 milhões, sendo crucial para a conexão dos terminais portuários e o túnel Santos-Guarujá.

O projeto contempla a construção de aproximadamente sete quilômetros de vias e dois quilômetros de viadutos, com a segregação do tráfego pesado do trânsito urbano. A obra incluirá adequações nas avenidas Santos Dumont e Perimetral, além da criação de novas calçadas, ciclovias e dispositivos de conexão viária. A proposta também prevê melhorias nas áreas hidráulica e elétrica, bem como a implementação de sinalização rodoviária para otimizar o fluxo de veículos pesados.

Uma das principais intervenções será a construção de viadutos para conectar os terminais portuários à Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-55), eliminando o tráfego pesado nas vias urbanas de Vicente de Carvalho. O projeto também incluirá um viaduto sobre a Avenida Perimetral e outro para facilitar o acesso ao bairro Conceiçãozinha, reforçando a importância da obra para a expansão e eficiência logística do porto.

IstoÉ Online - SP   02/10/2024

Os estivadores de 14 grandes portos americanos declararam greve na madrugada desta terça-feira (1º), após o fracasso das negociações de última hora entre seu sindicato e a Aliança Marítima a respeito de questões salariais.

A greve no porto da Virgínia, uma das instalações afetadas, “começou às 00h01” desta terça-feira, anunciou o porto em seu site.

As negociações entre a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), que representa os empregadores, e o sindicato ILA, “estão estagnadas”, afirmou.

O sindicato anunciou que “fechou (as atividades em) todos os portos do Maine ao Texas”.

“Estamos dispostos a lutar o tempo que for necessário (…) para obter os salários e as proteções contra a automatização (do trabalho) que nossos membros da ILA merecem”, afirmou nesta terça-feira o presidente do sindicato, Harold Daggett, em um comunicado.
– Más notícias para Kamala Harris, em plena campanha –

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou empregadores e sindicatos a “sentar à mesa e negociar de boa-fé, de forma justa e rápida”, informou a Casa Branca.

O conflito representa um grande desafio para o governo, especialmente para a vice-presidente Kamala Harris, que busca suceder a Biden, uma vez que ambos tentam construir uma imagem favorável aos sindicatos antes da eleição presidencial de novembro.

Até agora, o presidente descartou uma intervenção federal, apesar do contexto de tensão.

Na noite de segunda-feira, as duas partes anunciaram que haviam retomado as negociações, iniciadas em maio e estagnadas em torno de salários e da automatização do trabalho.

“Nas últimas 24 horas, a USMX e a ILA trocaram contrapropostas sobre os salários”, afirmou a Aliança Marítima em um comunicado, assegurando que havia “melhorado” sua proposta e solicitado uma prorrogação do atual acordo de trabalho para continuar as negociações.

Segundo uma fonte próxima às conversas, a proposta mencionada pela Aliança foi rejeitada pelo sindicato na segunda-feira.

A ILA planejava iniciar uma greve em 14 portos da costa leste e do Golfo do México assim que o atual acordo de seis anos expirasse.

A USMX representa os empregadores de 36 portos.

Por sua vez, o sindicato de estivadores conta com 85.000 afiliados em todo o território americano, incluindo trabalhadores de portos marítimos, rios e lagos.

A Oxford Economics estima que a greve custará entre 4,5 e 7,5 bilhões de dólares (R$ 24,5 bilhões e R$ 40,8 bilhões) por semana à economia dos Estados Unidos. O impacto total depende da duração da paralisação, afirmaram seus analistas.

O transporte de hidrocarbonetos e produtos agrícolas, e até mesmo os cruzeiros, não deve ser muito afetado.
– Luta contra a automatização-

Esta é a primeira grande greve da ILA desde 1977. Grandes paralisações de trabalhadores em fábricas de automóveis e na Boeing, por questões salariais e condições de trabalho, têm ocorrido nos Estados Unidos.

Neste caso, o acordo coletivo abrange cerca de 25.000 trabalhadores sindicalizados da ILA em grandes portos como Nova York/Nova Jersey, Boston, Filadélfia, Savannah, Nova Orleans e Houston.

“Trabalhamos durante a pandemia de covid. Nunca paramos. Fizemos com que o mundo continuasse funcionando”, lembrou Jonita Carter, que trabalha em portos há 23 anos. “Com a automatização, perderemos nossos empregos.”

Carter era uma das cerca de 200 pessoas em uma manifestação em frente ao Maher Terminals, um dos principais locais do Port Elizabeth, o grande porto de Nova York/Nova Jersey.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse na segunda-feira que as autoridades portuárias estavam tentando liberar a maior quantidade possível de mercadorias antes da paralisação.

Outros terminais, como os de Nova Orleans, Louisiana e Savannah, ofereceram horas extras nos últimos dias para agilizar a circulação de mercadorias.

O sindicato exige proteção contra a perda de empregos relacionada à automatização de processos e pede aumentos salariais para os estivadores.

Relatos da imprensa indicam que a ILA pede um aumento salarial de 77% em sete anos.

A USMX indicou na segunda-feira que sua última oferta teria “aumentado salários em cerca de 50%, triplicado as contribuições patronais para os planos de aposentadoria e fortalecido os planos de saúde”.

Uma greve nos portos “paralisaria o comércio dos Estados Unidos e aumentaria os preços em um momento em que consumidores e empresas começam a sentir alívio da inflação”, afirmou Erin McLaughlin, economista do Conference Board, uma organização sem fins lucrativos que investiga a atividade comercial.

“Não há uma alternativa fácil. Os armadores já começaram a redirecionar algumas cargas para a costa oeste, mas a capacidade desta opção é limitada”, alertou o especialista.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   02/10/2024
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A produção brasileira de petróleo no mês de agosto totalizou extraídos 3,340 milhões de barris por dia, um aumento de 3,4% na comparação com o mês anterior. O volume representa ainda uma redução de 3,5% em relação ao mesmo mês de 2023. Os dados foram divulgados hoje (1º) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A produção de gás natural em agosto foi de 159,7 milhões de metros cúbicos por dia. Houve aumento de 5,6% frente a julho de 2024 e de 8% na comparação com agosto de 2023.

No pré-sal, a produção total (petróleo + gás natural) em agosto foi de 3,463 milhões de barris de óleo equivalente por dia e correspondeu a 79,7% da produção brasileira. Esse número representa um crescimento de 5,5% tanto em relação ao mês anterior, quanto na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram produzidos 2,694 milhões de barris de petróleo por dia e 122,25 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural por meio de 148 poços.

No mês de agosto, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor, registrando 832,60 mil barris de petróleo por dia e 43,19 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Já a instalação com maior produção foi a FPSO Carioca (Mv-30), operando nos campos de Sépia, Sépia Leste e Sépia Eco, com 160.720 barris diários de petróleo. No gás natural, a instalação com maior produção foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, 10,19 milhões de metros cúbicos por dia de gás. O boletim completo dos dados de produção estão disponíveis no site da ANP.

Infomoney - SP   02/10/2024

As ações das petroleiras brasileiras subiam forte nesta sessão de terça-feira (1), seguindo os preços do petróleo. Às 14h07 (horário de Brasília), os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), PRIO (PRIO3) e da Brava Energia (BRAV3) subiam entre 3% e 4,5%.

Os preços do petróleo bruto dos EUA subiam cerca de 5% em meio às notícias de que o Irã lançou mísseis em direção a Israel, conforme disse o exército israelense em um comunicado nesta terça. Minutos depois, a agência de notícias estatal do Irã, IRNA, confirmou que as forças armadas de Teerã começaram a lançar mísseis balísticos em direção a Israel.

O WTI subia 4,71% (US$ 71,38), enquanto o brent avançava 4,55% (US$ 74,96).

Mais cedo, os EUA alertaram sobre um possível ataque iminente do Irã contra Israel, o que já impulsionava o petróleo para ganhos de cerca de 3%. O WTI subia 2,70%, enquanto o brent avançava 2,4%.

As tensões no Oriente Médio aumentaram dramaticamente na semana passada, enquanto Israel atacava o Hezbollah apoiada pelo Irã com ataques aéreos, matando o líder do grupo, Hassan Nasrallah. O governo Netanyahu enviou forças terrestres para o sul do Líbano na terça-feira.

Analistas geopolíticos e do mercado de petróleo alertaram repetidamente este ano que uma incursão israelense no Líbano poderia ser o gatilho que levaria a uma guerra regional com o Irã, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto.

AGRÍCOLA

Canal Rural - SP   02/10/2024

Contudo, na comparação com agosto do ano passado, o faturamento vindo das vendas de máquinas agrícolas caiu 15,8%.

A comercialização de colheitadeiras no mercado interno em agosto cresceu 4,5% em relação a julho. Já as exportações caíram 36,7% na mesma base de comparação.

As vendas internas de colheitadeiras caíram 21,5% em relação a julho, mas as exportações cresceram 2,4%.
Venda de máquinas em geral

Em relação à venda de máquinas e equipamentos em geral, a receita líquida total em agosto cresceu 12,4% em relação a julho, com ajuste sazonal.

Já na comparação de agosto com idêntico mês no ano passado, o faturamento líquido total da indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou uma queda de 6,5%.

O crescimento em agosto comparativamente a julho, de acordo com a Abimaq, deveu-se à melhora do mercado doméstico, uma vez que as vendas no mercado externo recuaram, devolvendo parte do salto observado em julho, quando os embarques tinham crescido 45%.

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