Clipping Diário

13 | Fevereiro | 2025

INDA

IstoÉ Dinheiro - SP   13/02/2025

O governo brasileiro vai procurar os Estados Unidos para encontrar uma solução para a tarifa de 25% imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as importações de aço e alumínio dos EUA, disse nesta quarta-feira o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Alckmin defendeu pleito da indústria siderúrgica brasileira de manutenção do sistema de cotas de exportação sem a sobretaxa, como ocorreu em 2018 no primeiro mandato de Trump como presidente dos EUA, quando ele também impôs tarifas sobre aço e alumínio.

Alckmin disse que conversou na véspera com a embaixadora brasileira em Washington para que seja realizado um encontro com o governo norte-americano em busca de uma solução para as tarifas, que têm impacto direto sobre as exportações do Brasil.

“Cotas são um mecanismo inteligente, se você aumenta a tarifa aumenta o custo para a cadeia norte-americana”, afirmou.

Mais cedo, o presidente da associação de siderúrgicas brasileiras Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, se mostrou otimista sobre a possibilidade de diálogo entre Brasil e EUA, mas frisou que o governo brasileiro tem menos de um mês para conseguir um acordo com Washington para a manutenção do sistema de cotas atual.

“A lógica de 2018 não mudou. É a mesma lógica de hoje”, disse o executivo, citando o processo negocial em que o Brasil convenceu o primeiro governo de Trump a aceitar o sistema de cotas sem imposto para as importações de aço brasileiro, em vez da cobrança de 25% sobre todo o volume que chega aos EUA.

Em 2018, Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre alumínio. Desta vez, o governo comandado pelo bilionário anunciou tarifas iguais de 25% com início de vigência a partir de 12 de março.

‘Expectativa favorável’

Negociações entre Brasil e EUA em 2018 para revisar as tarifas duraram meses e criaram o sistema em que o Brasil pode enviar sem pagar tarifas aos EUA 3,5 milhões de toneladas de produtos semiacabados (placas) para laminação e 687 mil toneladas de laminados por ano.

Desde então o setor brasileiro vem tentando flexibilizar esse sistema para que fosse flexível, permitindo o envio de mais produtos aos EUA além dos limites rígidos, mas, nesse caso, incorrendo na tarifa de 25% sobre o excedente.

“Foram vários meses da primeira vez porque tratava-se de algo inusitado naquela época… Mas esse acordo agora tem cerca de seis anos de vigência, e se durou esse tempo todo é porque foi benéfico para ambas as partes”, disse o presidente do Aço Brasil.

“Temos uma expectativa favorável”, acrescentou sobre a esperança de negociações rápidas para a revisão das medidas desta semana decididas por Trump.

Questionado se o setor pode reduzir exportações aos EUA, o que poderia trazer impactos ao volume de produção de aço das siderúrgicas brasileiras, Lopes citou que “não há programa de redução de nada na produção”.

Em 2024, as exportações de aço do Brasil somaram 9,6 milhões de toneladas, uma queda de 18% sobre 2023, segundo dados do Aço Brasil. Desse volume, 3,4 milhões de toneladas de placas foram para os EUA.

Na véspera, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, citou que as exportações brasileiras para os EUA podem cair se os termos atuais da medida de Trump não forem revistos, devido ao fim da vantagem da cota sem tarifa e a competição com produtores globais, o que tende a achatar os preços no mercado internacional e reduzir a rentabilidade das empresas.

Antes do anúncio das tarifas norte-americanas, a previsão do Aço Brasil, divulgada em meados de dezembro, para a produção este ano era de queda de 0,6%, para 33,6 milhões de toneladas.

Enquanto isso, o setor siderúrgico brasileiro tenta convencer o governo federal a ampliar as medidas de defesa comercial contra a China, adotadas no ano passado sobre alguns produtos.

“O grau de dificuldade aumentou tremendamente, o contexto ficou mais complexo”, disse Lopes se referindo ao risco às exportações aos EUA em meio a um quadro de importações elevadas de aço pelo Brasil.

“O setor não tem tempo de esperar mais nada”, acrescentou ao ser questionado se as tarifas de Trump poderiam servir como estímulo para o governo federal acelerar a adoção de medidas mais amplas de proteção comercial.

Nesta quarta-feira, questionado por jornalistas se o Brasil poderia aplicar reciprocidade às tarifas de Trump, Alckmin respondeu que “precisamos ter cautela”.

“Comércio exterior é ganha-ganha… O caminho é diálogo, isso já aconteceu anteriormente. Vamos dialogar para buscar um bom entendimento. Não tem guerra tributária”, disse Alckmin citando que “há várias alternativas”, incluindo cotas.

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

Segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, o Brasil terá dificuldades de encontrar novos mercados para a sua produção, caso não consiga convencer Donald Trump a rever a tarifa de importação de 25% decretada na segunda-feira, 10. O presidente dos EUA sobretaxou aço de todas as origens do mundo, alegando proteção ao setor siderúrgico americano. O Brasil, por ser um grande exportador aos EUA, atrás somente do Canadá, é bastante afetado com as medidas, e outros destinos possíveis estão encharcados de aço chinês e, em menor medida, de outros países asiáticos.

“É muito difícil encontrar, neste momento, mercados imediatos que venham compensar a provável queda das exportações, em função dos impostos a serem aplicados de 25% nas importações”, afirma ao Estadão Germano Mendes de Paula, professor titular do Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e especialista em assuntos da indústria mundial do aço.

Com seis décadas de vivência no setor siderúrgico, Carlos Loureiro, presidente do Instituto de Distribuição Nacional de Aço (Inda), avalia que uma alternativa seja tentar abrir mercado interno. Para isso, porém, o Brasil teria de enfrentar a China.

“O que precisamos é decretar medidas antidumping para ocupar o espaço que a China está tomando no mercado interno”, diz Loureiro. Algumas ações foram protocoladas na Câmara de Comércio Exterior (Camex), no ano passado, por fabricantes do setor.

O especialista menciona que, dado a preços “aviltados” por parte da China, praticamente 90% das importações de aço do tipo laminado plano (chapas e bobinas) no Brasil são do país asiático.
Um mercado estagnado

O professor Mendes de Paula, da UFU, diz que a situação do aço para o Brasil é agravada pelo fato de que o mercado mundial de placas — item semiacabado — é relativamente estagnado. A cota brasileira de placas, principal produto de aço da pauta exportadora do País aos Estados Unidos, está em 3,5 milhões de toneladas anuais, cerca de 12% do comércio mundial do produto.

Placas, no caso de aços planos, ou tarugos, para os chamados aços longos, não são produtos vendidos diretamente ao consumidor final, mas para outra siderúrgica, especializada na transformação de material laminado, pronto para uso em diversos setores industriais. Por exemplo, indústria automotiva e de bens eletrodomésticos.

“Já para as exportações brasileiras de produtos laminados aos EUA, além da imposição de tarifas, cabe destacar que o governo americano já impôs várias medidas de defesa comercial (antidumping, em particular), limitando em muito o acesso ao mercado norte-americano”, observa Mendes de Paula.

No curto prazo, informa o especialista, não será fácil encontrar outros mercados porque vários países se encontram na mesma situação do Brasil, o que tende a gerar uma nova onda de medidas de defesa comercial.

Na avaliação de Mendes de Paula, o fato concreto é que Estados Unidos e União Europeia foram muito eficazes, a partir de 2018, em defender sua siderurgia do crescimento da exportações chinesas. “Com as novas medidas, Trump aumenta mais uma vez o patamar de defesa, o que deverá gerar desvio de comércio para outros países”, afirma.
América do Norte recebe 60% da exportação

O Brasil é um grande exportador mundial de aço, da ordem de 10 milhões de toneladas por ano, e cerca de 40% desse volume vai diretamente para os EUA, dentro das cotas de 4,2 milhões de toneladas para aço semiacabado (3,5 milhões) e laminados (687 mil).

Outros 20%, por questões de logística mais competitiva das exportadoras brasileiras, passam por alfândegas americanas, mas não chegam a ser internalizados — entram diretamente em ferrovias em direção ao México ou Canadá.

Para o futuro, o mercado americano tende a se estreitar para os produtos importados, independentemente das sobretaxas de Trump, devido a investimentos de aumento da oferta de produção local.

Em 2024, os EUA produziu 79,5 milhões de toneladas de aço bruto, sendo o quarto maior fabricante do mundo, atrás de China , Índia e Japão, conforme dados da World Steel Association (WSA). O consumo interno, no entanto, está na faixa de 90 milhões de toneladas.
EUA investem na autossuficiência

Segundo Mendes de Paula, nos últimos anos foram anunciados vários projetos nos Estados Unidos, visando à produção de laminados planos, à base de aciaria elétrica. “Assim, a médio prazo, há uma tendência de aumentar o grau de autossuficiência neste segmento”, informa. Conforme o especialista, no ano passado as importações representaram 17,4% do consumo aparente dos EUA.

Por outro lado, diz ele, são poucos os investimentos em termos de capacidade instalada para produtos laminados longos. “A relação de importação, ante oferta interna, deste segmento não tende a diminuir consideravelmente, mesmo no médio prazo”, destaca o especialista. As importações corresponderam a 18,6% do consumo aparente americano desse tipo de produto em 2024.

“O melhor caminho do Brasil é negociar com o governo americano, demonstrar que mais de 80% para os EUA é de interesse da própria indústria do país, que importa mais de 6 milhões de toneladas”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

Segundo o executivo do Aço Brasil, a solução do momento passa por diálogo para poder recompor o acordo de 2018 (de cotas), firmado pelo próprio Trump e que vigora até agora. “A tarifa de 25% não é boa para o Brasil nem para os EUA, que não são autossuficientes na produção de aço. O país depende de material importado, como placas para abastecer sua indústria de aço”, diz.
A dependência da laminadora Calvert

Construída no Estado do Alabama, EUA, em meados da primeira década deste século, pelo grupo alemão Thyssenkrupp, a laminadora de aço Calvert é dependente da importação de placas para fabricar produtos acabados (laminados a quente e a frio), os quais são vendidos no mercado americano.

Desde 2014, uma joint-venture (empreendimento conjunto) entre ArcelorMittal e Nippon Steel, a unidade fabril tem capacidade de laminação de tiras a quente de 5,3 milhões de toneladas. Está estrategicamente localizada: fica próximo de clientes relevantes, como montadoras automotivas, um mercado que foi a razão da laminadora ser montada naquela região. Calvert vive desenvolvendo produtos para o setor automotivo.

A laminadora começou sendo abastecida por placas de aço do Brasil, dentro de uma operação integrada com a antiga CSA, no Rio de Janeiro, que era da Thyssen e depois foi vendida para o grupo Ternium. Desde 2021, é suprida integralmente pela ArcelorMittal a partir do Brasil — das usinas de Tubarão, no Espírito Santo, e de Pecém, no Ceará — e de planta do grupo no México.

“É bastante dependente de placas, sendo que não tem fornecedor doméstico (nos EUA) relevante com capacidade instalada ociosa para atender”, destaca Mendes de Paula.

No momento, Calvert está em fase final de construção de uma aciaria elétrica com capacidade de fazer 1,5 milhão de toneladas de placas, volume que será usado para suprir a laminadora. Há intenção dos acionistas em virem a construir uma nova aciaria, com a mesma capacidade.

O especialista informa que o consumo aparente de aços semiacabados (placas e tarugos) no mercado americano, em 2024, foi da ordem de 6,3 milhões de toneladas. Desse volume, 6,1 milhões de toneladas corresponderam a importações de diversos país. Do Brasil, diretamente, foram 3,5 milhões de toneladas de placas.

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   13/02/2025

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu, nesta quarta-feira (12), o estabelecimento de cotas de isenção para o aço e alumínio enviados para os Estados Unidos. Dessa forma, o Brasil poderia exportar determinada quantidade de aço e alumínio sem pagar a íntegra da taxação.

Alckmin disse ainda que vai procurar as autoridades norte-americanas para negociar os termos da taxação de 25% sobre as importações impostas pelo presidente Donald Trump.

“Sempre é um bom caminho a gente buscar o ganha-ganha”, defendeu Alckmin após evento no Palácio do Planalto.

O vice-presidente lembrou que os Estados Unidos têm um superávit de US$ 7,2 bilhões com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. Além disso, segundo ele, a taxa de importação final do Brasil para produtos norte-americanos é baixíssima, de 2,7%, já que muitos produtos importados têm alíquota zero, como máquinas e equipamentos.

“Então, nós vamos dialogar para buscar um bom entendimento. Não tem guerra tributária, tem entendimento baseado no interesse público”, reafirmou.

“[A taxação] não foi contra o Brasil. A alíquota que foi imposta foi para o mundo inteiro. Então, ela não foi discriminatória. Estados Unidos são um importante parceiro comercial do Brasil, não é o maior, o maior é a China, mas é para ele que nós exportamos [equipamentos com] valor agregado, avião, equipamentos, e de outro lado, é o maior investidor no Brasil”, ponderou Alckmin.

Durante o seu primeiro mandato, Donald Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas depois concedeu cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos para os Estados Unidos.

Segundo o vice-presidente, a intenção é tentar manter as cotas como o Brasil tem hoje.

“Isso é do cotidiano. Todo dia você tem essas questões de alteração tarifária. O caminho é o diálogo e nós vamos procurar o governo norte-americano para buscar a melhor solução”, afirmou Alckmin.
Reciprocidade

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na semana passada, que o Brasil pode aplicar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo Brasil. “O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

Segundo dados da Administração de Comércio Internacional do governo dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, perdendo apenas para o Canadá. Já um levantamento do Instituto do Aço Brasil, com base em dados oficiais do governo brasileiro, mostra que os EUA foram o principal destino do aço do país, representando 49% de todo o aço exportado pelo país em 2023.

Valor - SP   13/02/2025

A preços de hoje, o valor é equivalente a uma redução potencial de 1 milhão de toneladas, aponta cálculo do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco

A tarifa de 25% estabelecida para as importações de aço pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode reduzir em até US$ 0,7 bilhão a exportação brasileira do item, segundo cálculo do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco. A preços de hoje, o valor é equivalente a uma redução potencial de 1 milhão de toneladas.

O banco utilizou uma conta de elasticidade-preço. O Brasil exportou US$ 4,1 bilhões (5,8 milhões de toneladas) para os EUA em 2024, o equivalente a 60% de todo o aço brasileiro embarcado.

A tarifa de 25% sobre importações americanas de aço foi estabelecida em ordem executiva do último dia 10 e deve entrar em vigor a partir de 12 de março, quando deixarão de valer as cotas e isenções que se aplicam, atualmente, nas exportações do setor aos Estados Unidos. A expectativa é que haja negociação diplomática sobre o tema.

O impacto medido com a aplicação da tarifa de 25%, diz o banco, pode ser mitigado por conta de características dos produtos de aço vendidos aos americanos. A maioria da exportação brasileira, diz boletim assinado por Rafael Murrer, é composta por produtos semi-acabados de aço, que servem de insumo para a indústria norte-americana e tendem a ter uma elasticidade-preço menor do que a usual. Cerca de 20% do consumo aparente norte-americano são dependentes do aço importado, e o Brasil é o segundo maior fornecedor.

O alumínio também foi taxado a 25% por Trump. Mas as exportações desse metal não alcançam US$ 200 milhões, e as tarifas não têm impacto relevante para a balança comercial, ainda que o setor sofra alguma efeito negativo, diz o banco.

Os impactos estimados das medidas já anunciadas sobre o aço e o alumínio são relativamente pequenos para a economia como um todo, conclui o banco, ainda que possam ter impactos setoriais mais importantes.

O boletim também menciona que Trump sinalizou intenção de taxar os parceiros comerciais na mesma magnitude que é taxado. Caso isso se concretize, a tarifa média imposta pelos EUA passaria dos atuais 2,2% para 11,3%, considerando que todas as aberturas se igualam às tarifas de importação cobradas pelo Brasil.

Nesse cenário, haveria redução de cerca de US$ 2 bilhões nas exportações brasileiras. Em um exercício hipotético, a depreciação equivalente do real, necessária para compensar essa perda, seria da ordem de 1,5%, com um impacto potencial estimado ligeiramente inferior a 0,1 ponto percentual no IPCA, como resposta direta à depreciação cambial.

Globo Online - RJ   13/02/2025

As tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos ao aço e ao alumínio de México e Canadá poderiam chegar a 50%, anunciou hoje a Casa Branca, em guerra comercial com vários países.

Na segunda-feira, o presidente americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% sobre aos dois metais para todos os países, incluindo o Brasil sem exceções nem isenções, a partir de março. Mas para o México e o Canadá já haviam sido impostas tarifas de 25% cobradas de todos os bens produzidos para incitá-los a controlar a imigração ilegal e o tráfico de fentanil. Estas tarifas foram suspensas por um mês para negociações.

Se os três países, membros do acordo comercial da América do Norte (T-MEC), não chegarem a um acordo, as duas tarifas de 25% se somarão uma à outra, e o aço e o alumínio de México e Canadá serão taxados no total em 50% a partir de 12 de março, segundo a Casa Branca.

O Canadá é o principal exportador de aço para os EUA, seguido do Brasil em segundo lugar e do México em terceiro.

Segurança nacional

O magnata republicano alegou riscos para a "segurança nacional" para taxar os dois metais de forma generalizada. Países como Argentina, México e Brasil, entre outros, que se beneficiavam de isenções, perderam seus privilégios.

Segundo a Administração de Comércio Internacional dos Estados Unidos, de março de 2024 a fevereiro de 2025, o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, com 3,7 milhões de toneladas métricas, seguido do México, com 2,9 milhões.

Segundo a mesma agência, a Argentina, cujo presidente ultraliberal, Javier Milei, mantém uma relação próxima com Trump, foi o sexto exportador de alumínio em 2024 para os Estados Unidos, com mais de 176 mil toneladas.

O governo argentino, em declarações ao jornal Clarín, que citou uma fonte ligada a Milei, estima que as tarifas não mudam em nada seus objetivos, visto que continuará "trabalhando em um tratado de livre comércio".

O México pediu a Trump "bom senso", um dos conceitos mais usados pelo republicano.

— Às vezes o presidente Trump diz, bom senso. Bem, devolvemos suas palavras: bom senso, não tiro no pé, não destruir o que construímos nos últimos quarenta anos — disse ontem o ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard. — Os Estados Unidos vendem mais para nós, então essa tarifa não se justifica.

O ministro ainda detalhou que o país vizinho fornece "quase 6,897 bilhões de dólares [R$ 39,7 bilhões] a mais" do que o México exporta, segundo números oficiais americanos de 2024. O Brasil, que adota uma diplomacia pragmática, também optou pelo comedimento.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o país "não estimula, nem fará uma nenhuma guerra comercial", mas considerou "contraproducentes" as "medidas unilaterais" do governo americano.

Medidas audaciosas

A Casa Branca fez outra avaliação.

— O presidente Trump segue tomando medidas audaciosas para proteger as indústrias críticas de aço e alumínio dos Estados Unidos, tal como fez em seu primeiro mandato — afirmou hoje a porta-voz de Trump, Karoline Leavitt, em entrevista coletiva. — Esta administração acredita que estas tarifas alfandegárias vão proteger nossa segurança nacional e colocarão os trabalhadores americanos em primeiro lugar.

O ministro canadense das Finanças, Dominic LeBlanc, está em Washington para falar sobre as tarifas alfandegárias com o principal assessor econômico de Trump, Kevin Hassett, e o futuro secretário de Comércio americano, Howard Lutnick.

Trump impôs tarifas de 25% sobre todos os produtos procedentes do Canadá e do México em 1º de fevereiro, acusando os dois países de não fazerem o suficiente para combater a imigração ilegal e o tráfico de fentanil. Mas dois dias depois as suspendeu por um mês, ganhando tempo para negociar um acordo e em resposta às primeiras medidas adotadas por seus vizinhos.

Na semana passada, o México destinou 10.000 membros da Guarda Nacional ao longo dos 3.100 km da fronteira com os Estados Unidos e o Canadá nomeou um "czar do fentanil", entre outras medidas.

Desde 1994, os três países são parceiros em um acordo regional de livre comércio, que foi renegociado em 2020 a pedido de Trump em seu primeiro mandato (2017-2021) e deve ser revisto em 2026.

Líder do Quebec defende imposto de exportação de 50%

François Legault, premiê da província canadense do Quebec, a segunda mais populosa do país, defendeu hoje que o Canadá deveria considerar a imposição de taxas de exportação sobre produtos como o alumínio para criar uma vantagem nas negociações com o governo do presidente Donald Trump.

O líder da província afirmou que o país deveria retaliar contra os EUA apenas se Trump de fato implementar tarifas contra seu parceiro comercial ao norte. O presidente ameaçou fazê-lo no dia 12 de março para a entrada de aço e alumínio nos EUA, segundo uma proclamação emitida pela Casa Branca.

Se Trump cumprir a ameaça, “acho que deveríamos considerar também a imposição de tarifas de exportação sobre produtos como o alumínio, de que eles realmente precisam”, disse Legault a jornalistas em Washington. Isso aumentaria ainda mais os custos para fabricantes e construtoras dos EUA que utilizam o metal.

Trump assinou uma ordem executiva esta semana impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, independentemente de sua origem. O Canadá foi responsável por quase 60% das importações de alumínio dos EUA no ano passado, segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, e a maior parte desse alumínio é produzida em Quebec.

Valor - SP   13/02/2025

Executivos e gerentes de todo o país lidam com incertezas e a volatilidade de preços ainda antes de tarifas de importação de aço e alumínio entrarem em vigor

Trump, no centro, recebe do chefe de Gabinete Will Scharf (à esq.) a medida que instituiu 25% de tarifas de importação de aço e alumínio, sob o olhar do secretário de Comércio Howard Lutnick (à dir.) — Foto: Al Drago/Bloomberg

A ameaça de Donald Trump de impor grandes tarifas sobre o aço e o alumínio está repercutindo no setor industrial dos EUA, com empresas que vão de fabricantes a petrolíferas enfrentando custos crescentes com esses metais.

Muitos executivos e gestores de fábricas grandes e pequenas estão correndo para encontrar maneiras de amenizar a turbulência política e as consequências do aumento dos preços, mesmo com as tarifas de 25% devendo entrar em vigor apenas em meados do próximo mês.

“Até agora, o que estamos vendo é muito custo e muito caos”, disse o executivo-chefe da Ford, Jim Farley, em uma conferência automotiva na terça-feira.

Ele acrescentou que retornaria a Washington nesta quarta-feira para fazer lobby junto às autoridades pela segunda vez em três semanas. “Eles precisam entender que há muita incerteza política. Mas, enquanto isso, estamos lutando para administrar a empresa como profissionais”, acrescentou ele.

A corrida para garantir o fornecimento de insumos essenciais acontece depois que Trump disse, na segunda-feira, na Casa Branca, que iria impor tarifas de 25% sobre todas as importações de alumínio e aço a partir de 12 de março, como parte de um amplo programa de políticas comerciais protecionistas que tem causado preocupação em muitas empresas americanas.

Os Estados Unidos são um importador líquido de aço e alumínio, o que significa que as tarifas deverão elevar os preços em todo o mercado americano. O valor extra que as siderúrgicas do Meio-Oeste pagam pelo alumínio, em comparação com os preços de Londres, aumentou vertiginosamente nos últimos dias.

Contratos alterados

Os contratos futuros pelos quais são negociados os volumes do metal do padrão “prêmio do Meio-Oeste” e com liquidação no próximo mês - um importante indicador dos preços pagos pelas empresas dos EUA, que incluem transporte, impostos e outros custos -, aumentaram 25% desde o fim de janeiro, segundo dados da LSEG, que faz a ponderação de preços no mercado internacional.

Com o aço, mesmo as empresas que não importam o metal sentirão o impacto das tarifas, pois as siderúrgicas nacionais vão aumentar os preços. Rye Druzchetta, chefe de precificação de aço nas Américas da Argus Media, disse que os preços começaram a subir nos EUA nas últimas três semanas, depois da primeira ameaça de Trump de ampliar as tarifas contra o Canadá e o México, dois dos maiores vendedores de aço para os EUA.

Os produtores de aço, por sua vez, pressionam por preços mais altos. Os contratos futuros que acompanham os preços do aço laminado a quente - um produto amplamente negociado e considerado um referencial para os preços do aço - subiram cerca de US$ 70 para US$ 850 a tonelada curta desde o fim de janeiro nos EUA, segundo dados da FactSet.

“As usinas estão se aproveitando e tirando total proveito da incerteza em torno da situação atual”, diz Druzchetta.

Nas fábricas da Coca-Cola, o alumínio e o aço usados em latas e garrafas compõem 26% das embalagens de bebidas no mundo. O CEO James Quincey disse que as novas tarifas sobre as importações de alumínio poderão forçar a companhia a usar mais garrafas plásticas.

Custos localizados

Quincey acrescentou, no entanto, que o custo das tarifas provavelmente será limitado à América do Norte, deixando os volumes globais de vendas inalterados em 2025. “É um custo. Seria melhor não tê-lo em relação aos negócios nos EUA, mas vamos administrar isso”, disse Quincey.

Associações e analistas do setor de energia alertaram que os planos tarifários de Trump poderão entrar em conflito com outro objetivo de seu programa “Os EUA em primeiro lugar”: o de aumentar a produção interna de energia, reduzir os preços para os consumidores e fortalecer a indústria nacional.

A indústria depende muito do aço e do alumínio para a exploração de petróleo e gás, oleodutos, infraestrutura de rede e componentes de energia limpa, como turbinas eólicas e estruturas para painéis solares.

“Estimular o setor de energia americano exige acesso a materiais que não estão facilmente disponíveis nos EUA”, disse Dustin Meyer, vice-presidente sênior de política, economia e assuntos regulatórios do American Petroleum Institute. “Estamos empenhados em trabalhar com o governo do presidente Trump em abordagens que evitem consequências não desejadas.”

Segundo a consultoria Wood Mackenzie, especializada em energia, as importações representam 40% da demanda dos EUA por tubos e outros produtos de metal laminado, usados pelos produtores para perfurar poços. Canadá e México responderam por 16% das importações desses produtos pelos EUA no mês passado.

Nathan Nemeth, analista da Wood Mackenzie, alertou que as tarifas aplicadas além do México e Canadá “poderão estimular uma nova inflação de custos”.

Corrida por insumos

David Gitlin, executivo-chefe da Carrier Global, que tem sede na Flórida, disse na terça-feira que a companhia está “confiante” de que amenizou o impacto das tarifas sobre o aço e o alumínio, pois já garantiu todo o aço de que precisará na América do Norte este ano.

A Carrier fabrica sistemas de aquecimento e resfriamento e despertou a ira de Trump durante seu primeiro mandato ao anunciar que pretendia transferir plantas e alguns empregos para o vizinho México.

Tarifas mais amplas e generalizadas de 25% sobre os produtos mexicanos causariam mais danos do que as tarifas sobre os metais, segundo Gitlin. Mas a Carrier está considerando ajustar os preços e a maneira como trabalha com os fornecedores, além de aumentar a produção nos EUA. “Esta não é a primeira vez que lidamos com tarifas. Estamos nos apoiando em nossas fábricas nos EUA”, disse ele.

Executivos da LCI Industries, uma empresa de Indiana que fabrica chassis e outras peças para veículos de passeio, disse na terça-feira que as tarifas sobre os metais, mais a taxa adicional de 10% sobre os produtos chineses anunciada na semana passada, são “um peso” que poderá prejudicar de modo substancial suas margens de lucro.

Eles esperam minimizar o impacto das tarifas repassando os custos para os fornecedores e clientes, mas reconheceram que a incerteza é geral.

“Infelizmente, as coisas parecem mudar a cada dia”, disse a diretora financeira da LCI, Lillian Etzkorn. “Acordo e olho as notícias para ver se há algo de novo. Então, coisas podem mudar no campo das tarifas que não estamos antecipando neste momento.” (Tradução de Mário Zamarian)

IstoÉ Dinheiro - SP   13/02/2025

A taxação em 25% sobre as importações de aço decretada por Donald Trump não irá prejudicar igualmente todas as empresas brasileiras. Análise feira pelo Itaú BBA aponta que ao menos uma companhia pode ser beneficiada pela medida: a Gerdau.

Fundada em 1901 quando João Gerdau adquiriu uma fábrica de pregos em Porto Alegre, a Gerdau hoje possui indústrias em outros países que devem salvar a companhia dos impactos da taxação, diz o relatório.

O estudo do Itaú BBA aponta que o maior impacto cairá sobre as empresas não estão listadas na bolsa de valores. Responsáveis por cerca de 80% das exportações de aço do país. Duas empresas com capital fechado são destacadas no estudo pela sua exposição aos danos: a Ternium Brasil e a ArcelorMittal.

Outras siderúrgicas com capital aberto terão seus prejuízos atenuados devido à baixa participação dos Estados Unidos em seus negócios. Apenas cerca de 3% das receitas da Usiminas e 4% da CSN provém da América do Norte.

Gerdau fabrica aço nos EUA

Segundo o Itaú BBAA, a Gerdau tem capacidade instalada para produzir 3,8 milhões de toneladas nos EUA e 4,8 milhões de toneladas na América do Norte como um todo.

A companhia exporta cerca de 300 mil toneladas por ano de aço fabricado no Canadá para os EUA. No entanto, o relatório aponta que a empresa deve ter capacidade de transferir esta produção para o país de Donald Trump caso seus compradores não estejam dispostos a arcar com os custos extras de importação.

“Estimamos que um aumento de 5% no preço médio da Gerdau em seu portfólio de vendas nos EUA resultaria em um ganho de 12% no EBITDA da empresa”, calcula o Itaú BBA.
Representantes do setor esperam negociação

O Instituto Aço Brasil, principal representante do país, disse aguardar uma negociação entre os governos brasileiro e americano para melhorar as condições para as empresas exportadoras. A entidade recordou que, em seu primeiro mandato, Donald Trump instituiu imposto semelhante e, posteriormente, determinou cotas isentas para seus principais parceiros comerciais.

“Importante ressaltar que a negociação ocorrida em 2018 atendeu não só o interesse do Brasil em preservar acesso ao seu principal mercado externo de aço, mas também o interesse da indústria de aço norte-americana, demandante de placas brasileiras”, afirmou a principal entidade do setor siderúrgico nacional, que reúne empresas como Gerdau, Usiminas e ArcelorMittal.

Segundo dados da fabricante de aço Nucor citados no relatório do Itaú BBA, as isenções e cotas de livre comércio representavam cerca de 82% dos volumes de aço importados para os EUA em 2024.
Menos importações brasileiras

Outra entidade a comentar os novos tributos decretados por Trump foi a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), instituição multisetorial voltada para fortalecer o comércio e o investimento entre Brasil e Estados Unidos.

Em nota, a Acham lembra que o Brasil importa US$ 1,4 bilhão em carvão para ser utilizado na indústria do aço. Além disso, compra produtos feitos de aço como máquinas e equipamentos, peças para aeronaves, motores automotivos e outros bens da indústria de transformação.

“Com as sobretaxas, há o risco de redução das importações brasileiras desses produtos de origem norte-americana”, afirma a nota.

Dados do Instituto Aço Brasil apontam que, nos últimos cinco anos, os Estados Unidos tiveram superávit comercial médio de US$ 6 bilhões. Já ao considerar especificamente os principais itens da cadeia do aço – carvão, aço e máquinas e equipamentos – o comércio entre os dois países é de US$ 7,6 bilhões, sendo os Estados Unidos superavitários em US$ 3 bilhões.
Avanço da inflação nos EUA

As taxações sobre o alumínio e o aço anunciadas por Donald Trump podem ainda aumentar a inflação no país. “Aço e alumínio são produtos no começo da cadeia [de produção]. Então, esta taxação tem um efeito cascata para inflação alta, ainda que demore para chegar no consumidor”, explica o analista da Empiricus Matheus Spiess.

Dados oficiais divulgados nesta quarta-feira mostram que a inflação estadunidense subiu 0,5% no mês passado, depois de avançar 0,4% em dezembro. Em 12 meses, a alta acumulada chega a 3,0%, após registro de 2,9% em dezembro. Projeções de economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente.

Os novos números mudaram a expectativa de analistas do mercado em relação aos juros nos EUA, que devem permanecer altos por mais tempo e manter assim a moeda do país mais valorizada.

CNN Brasil - SP   13/02/2025

O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, expressou preocupação sobre o impacto das importações chinesas no setor siderúrgico nacional durante entrevista ao CNN 360° desta quarta-feira (12).

Lopes alertou que o Brasil já enfrenta uma “avalanche de aço chinês”, mesmo antes das potenciais consequências das medidas protecionistas dos Estados Unidos.

Segundo Lopes, o Brasil importou 4,8 milhões de toneladas de aço no ano passado, majoritariamente da China, o que representa 16% da produção nacional e 23% das vendas internas. “É inaceitável, é um absurdo”, afirmou o presidente.
Excesso de capacidade global

O executivo destacou que o cenário internacional siderúrgico apresenta um excesso de capacidade de produção de 560 milhões de toneladas, enquanto a capacidade brasileira é de apenas 51 milhões de toneladas.

Esse desequilíbrio global tem levado a práticas protecionistas e uma “escalada gigantesca da turbulência” no mercado.

Lopes enfatizou que a China não tem uma política de exportação limitada a empresas específicas, mas sim uma “política de Estado” direcionada ao Brasil.

Ele argumentou que o país asiático já pratica “práticas predatórias” no mercado brasileiro.
Impacto das medidas dos EUA

Quanto às medidas protecionistas dos Estados Unidos, como a taxação de 25% para importações de aço e alumínio imposta por Donald Trump, Lopes reconheceu que o fechamento do mercado americano pode agravar a situação.

No entanto, ressaltou que os EUA já vinham implementando tarifas contra as importações chinesas.

O presidente do Instituto Aço Brasil concluiu enfatizando a necessidade urgente de ajustar o sistema de defesa comercial brasileiro.

“Esse mundo está de cabeça para baixo, vai piorar em função das decisões tomadas pelo governo americano”, alertou Lopes, defendendo uma defesa comercial “bastante ajustada, ágil, célere” para proteger a indústria siderúrgica nacional.
Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

Grandes Construções - SP   13/02/2025

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, iniciaram 2025 com queda.

Foram vendidas no exterior em janeiro deste ano 59.323 toneladas, retração de 23% em relação às 77.504 toneladas de janeiro de 2024, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.

Em 2024, as exportações já haviam registrado desaceleração, com total de 690 mil toneladas, menos 13,7% em relação ao volume recorde de 2023, quando chegaram a 800 mil toneladas.

Apesar da redução, o volume de exportações em janeiro surpreendeu positivamente o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas recicladoras que praticam a economia circular, reinserindo insumos no ciclo da reciclagem para transformação.

“Com a queda do dólar e mercado internacional ainda morno, a nossa expectativa era de um número ainda menor”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa. Alvarenga prevê novas quedas nas exportações, caso o dólar continue se desvalorizando, como nas últimas semanas.

Os menores volumes de exportações não estão sendo compensados pelo incremento do consumo de sucata de ferrosa no mercado interno, o que demonstra a desaceleração da economia.

A diminuição da geração de sucata e o achatamento na margem dos recicladores são outros fatos que vêm deixando apreensivo o setor”, diz Alvarenga.

Para o presidente do Inesfa, a taxação sobre importações de aço imposta pelo governo norte-americano deverá ter pouco impacto no mercado de sucata ferrosa. Segundo ele, as siderúrgicas mais afetadas são as de alto forno, que utilizam principalmente o minério de ferro como matéria-prima e não a sucata.

Diário do Aço - MG   13/02/2025

Sem entendimentos desde novembro, campanha salarial dos metalúrgicos da Usiminas foi parar no TRT-MG, desembargador alerta que conciliação é o melhor caminho

Representantes da Usiminas e do Sindicato dos Metalúrgicos participaram, nesta quarta-feira (12), de audiência no âmbito do dissídio coletivo da categoria. Sem acordo entre patrões e empregados desde a data base da categoria em novembro de 2024, a negociação foi parar no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).

Conforme aponta a ata da audiência do dissídio coletivo, enviada pela Secretaria de Comunicação do TRT ao Diário do Aço, as empresas Usiminas, Usirrol e Unigal, por sua procuradora, afirmaram que ainda não alcançaram o consenso para a celebração do Acordo Coletivo do Trabalho. Mas, como um último esforço, se dispuseram a melhorar a sua proposta. A audiência de conciliação ocorreu na tarde de quarta-feira por videoconferência e contou com a participação do desembargador instrutor, Sebastião Geraldo de Oliveira, e do representante do Ministério Público do Trabalho, Dennis Borges Santana.

Entenda a nova proposta
As melhorias se deram nos seguintes termos: reajuste salarial de 5,20% (abrangendo INPC + aumento real), retroativo a 1º de novembro de 2024, sobre a remuneração (salário mais vantagem pessoal), a ser pago em fevereiro de 2025 ou em até sete dias úteis após a assinatura do acordo. Para os empregados com remuneração (salário mais vantagem pessoal) superior à R$ 11.500, o reajuste será linear, em valor fixo.

O piso salarial passa a R$ 2.169,20, retroativo a 1º/11/24, com pagamento em até sete dias úteis após a assinatura do acordo; pagamento do vale-alimentação até o dia 21 de cada mês, no valor de R$ 600, para os empregados ativos, sendo que a implementação será feita a partir de março de 2025, retroativo a 1º de novembro do ano que passou; e carga extra no cartão-alimentação no valor de R$ 600 para empregados ativos, com pagamento de uma única vez, até sete dias após a assinatura do acordo.

Além disso, é mantida a concessão das férias pelo critério até então adotado, ou seja, sem divisão em três períodos e manutenção dos demais benefícios do acordo anterior. Mais informações constam, mais abaixo, em um comunicado divulgado pela empresa no começo da noite.

“Diante da nova proposta, o Sindipa se comprometeu, a pedido desta 1ª vice-presidência, a levar a matéria novamente à Assembleia Geral dos Metalúrgicos, a ser realizada até o dia 19 de fevereiro”, destaca a ata.

Tendo em vista a possibilidade de avanço nas tratativas, o desembargador instrutor designou audiência em continuidade para o dia 20 deste mês, às 14h, também por videoconferência. O magistrado também ressaltou que a conciliação é a melhor solução para o conflito.

O que diz o Sindipa?
Em um comunicado publicado na noite desta quarta-feira, o Sindipa afirma que a nova proposta ainda está longe de repor as perdas salariais dos trabalhadores.

"Na próxima semana o Sindipa fará assembleia para colocar a proposta em votação e, para avançar no devido aumento salarial, é rejeitar a proposta e começar a greve, pois, é assim que vamos garantir o conjunto das nossas reivindicações", conclui a nota da entidade sindical.

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

O governo do Japão disse na quarta-feira, 12, que pediu aos EUA que o excluíssem das tarifas de 25% sobre aço e alumínio, uma mudança em relação às cotas isentas de impostos que Tóquio recebeu anteriormente.

O Japão fez o pedido por meio de sua embaixada em Washington depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, removeu as exceções e isenções de suas tarifas de 2018 sobre importações de aço para um mínimo de 25%, enquanto aumentou as tarifas sobre o alumínio de 10% para 25%.

“O Japão tomará firmemente as medidas necessárias enquanto examinamos completamente os detalhes das novas medidas e seu possível impacto na economia japonesa”, disse o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, sugerindo que seu país fará lobby por uma isenção nas próximas semanas antes que as medidas entrem em vigor.

As medidas anunciadas por Trump fazem parte de sua iniciativa agressiva para redefinir o comércio global, na crença de que aumentos de impostos sobre produtos fabricados no exterior fortalecerão a manufatura nacional.

O Japão recebeu uma cota anual isenta de impostos de até 1,25 milhão de toneladas de aço sob a administração do ex-presidente Joe Biden . O Japão exportou 1,18 milhão de toneladas de aço para os EUA em 2024, de acordo com o American Iron and Steel Institute.

As exportações de aço japonesas para os EUA totalizaram 302,7 bilhões de ienes (US$ 2 bilhões) em 2024, respondendo por 1,4% do total de exportações para a América. As exportações de alumínio foram muito menores, mostram dados do governo.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

IstoÉ Online - SP   13/02/2025

A divisão de mineração da Usiminas (Musa) teve desempenho superior ao da siderurgia no quarto trimestre de 2024, conforme estimativas da Genial Investimentos. A corretora destaca que custos controlados e a valorização do dólar frente ao real favoreceram a Musa, que deve apresentar um Ebitda de R$ 176 milhões, três vezes maior que no trimestre anterior, apesar de uma queda de 46,3% na comparação anual.

Mesmo com um cenário desafiador, a mineração da Usiminas deve se beneficiar do aumento do preço do minério, estimado em R$ 361 por tonelada, e da redução nos custos de frete. No entanto, a demanda chinesa mais fraca impactou os embarques, que devem ficar em torno de 2,19 milhões de toneladas, uma queda de 4,5% frente ao trimestre anterior e de 8,3% na comparação anual.

Já na siderurgia, o relatório da Genial aponta que os custos operacionais elevados e a ineficiência na retomada do Alto-Forno 3 pesaram sobre os resultados. O Ebitda da divisão deve cair 18,5% trimestre a trimestre, ficando em R$ 308 milhões, embora registre crescimento de 15,5% na comparação anual. A concorrência com importados chineses e um mix de vendas menos favorável são desafios para a empresa.

A receita líquida consolidada da Usiminas é projetada em R$ 6,4 bilhões, uma retração de 5,5% frente ao trimestre anterior e de 5% na comparação anual. A empresa segue investindo em infraestrutura e eficiência, com destaque para a implementação de um novo gasômetro para reaproveitamento de gases, o que pode trazer benefícios operacionais no futuro.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

Os gastos do governo caíram em 2024, na comparação com o ano anterior, seja como proporção do PIB, seja em termos reais, já descontada a inflação. Ao mesmo tempo, a arrecadação subiu, mas ainda não atingiu o mesmo patamar de 2022, o último ano do governo Bolsonaro. Esses são os principais argumentos usados por integrantes do Ministério da Fazenda para se defender das críticas de que não vêm promovendo ajuste fiscal.

Pelo lado das receitas, o ministro Fernando Haddad diz que recebeu um Orçamento prevendo apenas 17% do PIB de arrecadação para 2023. Isso é verdade e consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pela equipe do então ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso. Para efeito de comparação, a receita no ano de 2022 foi de 18,4% do PIB, ou seja, 1,4 ponto percentual maior.

Haddad sustenta que seria impossível reequilibrar as contas públicas com uma arrecadação tão baixa, o que parece fazer sentido. Por isso, começou a adotar medidas para recompor a base arrecadatória.

Mesmo com a série de propostas que o levaram a ganhar o apelido de “Taxad” nas redes sociais, a arrecadação subiu para 17,4% do PIB em 2023. Em 2024, saltou para 18,3% do PIB. Em ambos os casos, sem atingir o nível de 2022.

Pelo lado do gasto, há uma confusão estatística que deixa qualquer análise mais difícil. O problema começou com o calote dado nos precatórios em 2022, pelo governo Bolsonaro. Isso fez com que a despesa daquele ano ficasse em 18% do PIB, menor do que deveria ser de fato. Em 2023, após a aprovação da PEC da transição que ampliou gastos em R$ 145 bilhões, e mais o pagamento do calote dos precatórios, a despesa subiu para 19,5% do PIB.

A Fazenda alega, contudo, que em 2024 o gasto voltou a cair, para 18,7% do PIB, o que mostraria o ajuste fiscal. Mas, há, nesse caso, a ajuda do crescimento mais forte da economia e do chamado “deflator”, uma espécie de impulso que a inflação dá para o cálculo do PIB nominal e que ajuda diluir o gasto em relação ao tamanho da economia.

De toda forma, olhando por outro ângulo, em termos reais (descontando a inflação), houve queda de 0,7% na despesa primária total do Tesouro, sobre 2023.

A Fazenda tem o seu ponto sobre a condução das contas públicas, embora haja economistas apontando para gastos por fora do orçamento, o chamado “parafiscal”. A nota da pasta ontem não esclarece totalmente as dúvidas.

Tudo leva a crer que a prova dos nove será 2025, quando a economia tende a desacelerar. Haverá redução nos gastos com o PIB mais fraco, as eleições batendo à porta e todas as indexações que voltaram no governo Lula? As incertezas continuam.

Opinião por Alvaro Gribel
Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

Infomoney - SP   13/02/2025

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 350 milhões em fevereiro até o dia 7, em movimento puxado pela via comercial, informou nesta quarta-feira (12) o Banco Central.

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. O período equivale à primeira semana do mês de fevereiro.

Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de US$ 191 milhões em fevereiro até o dia 7. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações.

Pelo canal comercial, o saldo de fevereiro até o dia 7 foi negativo em US$ 541 milhões.

No acumulado do ano até o dia 7 de fevereiro, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$ 7,05 bilhões.

Infomoney - SP   13/02/2025

Investidores apostam que o movimento de corte de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos começará apenas a partir da reunião de 17 de setembro, de acordo com dados desta quarta-feira (12) da ferramenta FedWatch do CME Group. Ainda ontem, a probabilidade de corte em julho era superior, com 43% de chances mudança ante 40,9% para manutenção.

Os números foram impactados pela divulgação dos dados de Inflação ao Consumidor (CPI) mais cedo nesta manhã. A inflação subiu 0,5%, ante variação de 0,3% esperada pelo consenso LSEG. O dado corrobora com a fala de Jerome Powell, chairman do Fed, que ainda ontem mencionava ausência de “pressa” para retomada de cortes na taxa de juros.
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Há uma semana, a ferramenta FedWatch mostrava prevalência da probabilidade de corte ainda em junho, com 45,7% de chances de um corte de 25 pontos-base ante 34,1% para manutenção. Nos últimos dias, no entanto, a projeção de início dos cortes passou a ser adiada. Antes, a indicação era de que dois cortes eram esperados ainda em 2025. Agora, há apenas a previsão de mudança em setembro e manutenção nas duas últimas reuniões do ano (29 de outubro e 10 de dezembro).
Projeções de 5 de fevereiro estimavam início de cortes de juros na reunião de junho do FOMC (Fonte: Reprodução/FedWatch CME Group)

Ainda que o mercado de trabalho tenha demonstrado esperada perda de força com os dados da folha de pagamento (payroll), na semana passada, as estimativas seguiam pessimistas. A criação de postos de trabalho nos EUA ficou abaixo das projeções, que já estimavam números mais fracos por questões climáticas e repercussão de incêndios na Califórnia.

Agora, investidores parecem apostar, ainda que sem muita convicção, de que os cortes podem se iniciar em setembro. A probabilidade de corte para o intervalo de 400-425 ficou em 41,8% contra 41,5% de chances de manutenção no patamar atual.

“A retomada dos cortes antes disso dependerá de uma piora substancial do mercado de trabalho, que, como o payroll indicou na última sexta, não parece estar no horizonte”, considera André Valério, economista sênior do Inter.

Com uma margem tão pequena de distância, a expectativa é que os dados de Inflação ao Produtor (PPI) ajudem a definir mais o panorama. A projeção é de crescimento de 0,3% na comparação mensal.

“O mercado de trabalho segue como variável relevante, porém, ainda que os dados sigam sistematicamente vindo abaixo das projeções, o nível de desemprego e às variáveis relacionadas à renda e consumo das famílias têm dado tranquilidade o suficiente para o FED não precise se precipitar em iniciar um ciclo de distensão por conta de eventuais temores de uma recessão econômica”, afirma Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

MINERAÇÃO

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

A indicação de José Fernando de Mendonça Gomes Junior, ex-executivo da Vale, para a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM) enfrenta resistência do setor. A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) enviou uma carta ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em que manifesta preocupação com a nomeação, que precisa ser aprovada pelos parlamentares. A entidade afirma que a confirmação do profissional para o cargo pode ferir a imparcialidade e a independência da autarquia.

“Consideramos que essa nomeação pode comprometer seriamente a imparcialidade e a independência da autarquia, uma vez que o indicado possui um histórico de atuação junto à maior mineradora do país, o que levanta questionamentos sobre sua capacidade de regular o setor de forma isenta, sem conflito de interesses e com compromisso exclusivo com o interesse público”, diz o documento, obtido pela Coluna do Estadão. O texto é assinado pelo presidente da Amig, Marco Antônio Lage.

A indicação foi enviada ao Senado em dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma pacote de nomeações paras as agências reguladoras, mas ainda não há data para a sabatina e a votação na Casa. A Amig ressalta que o setor tem histórico de “tragédias humanas e ambientais” e cita os rompimentos das barragens em Mariana (MG), em 2015, e Brumadinho (MG), em 2019.

“Além disso, a Amig alerta para a elevada sonegação no setor mineral, que, segundo relatório do TCU, causou uma perda de receita potencial de R$ 4 bilhões entre 2017 e 2021, podendo atingir até R$ 20 bilhões em créditos pendentes”, afirma nota da entidade.

A Associação representa 55 municípios mineradores em oito estados brasileiros, o que equivale a 87% da produção mineral do País. A entidade defende ainda que as indicações para as agências reguladoras devem priorizar profissionais sem vínculos com a iniciativa privada.

Infomoney - SP   13/02/2025

Os contratos futuros do minério de ferro se recuperaram nesta quarta-feira, com os investidores mudando o foco para as preocupações com possíveis interrupções no fornecimento da Austrália, importante produtora, e com a expectativa de aumento da demanda na China, principal mercado consumidor de minério.

Os preços caíram mais de 1% na terça-feira, respondendo às novas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que entrarão em vigor a partir de 12 de março.

Trump aumentou substancialmente as tarifas sobre as importações de aço e alumínio na segunda-feira para 25% “sem exceções ou isenções”, em um movimento para ajudar as indústrias em dificuldades nos EUA, ao mesmo tempo em que arriscou uma guerra comercial de várias frentes.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,91%, para 828,5 iuanes (US$113,36) a tonelada.

O minério de ferro de referência para março na Bolsa de Cingapura subiu 1,8%, para US$107,8 a tonelada, o maior valor desde 14 de outubro de 2024.

As preocupações com interrupções no fornecimento voltaram à tona depois do anúncio de que Port Hedland, na Austrália Ocidental, o maior ponto de exportação de minério de ferro do mundo, será fechado devido ao ciclone tropical Zelia, o que afetou o sentimento dos investidores e elevou os preços.

Os preços também foram sustentados pelas expectativas de aumento da demanda, com o clima se tornando cada vez mais favorável para as atividades de construção ao ar livre, disseram analistas.

A expectativa é de que a produção de metais quentes, normalmente usada para medir a demanda de minério de ferro, aumente de forma constante, já que as usinas siderúrgicas retomaram as operações após os feriados de uma semana do Ano Novo Lunar na China, impulsionadas por uma lucratividade relativamente satisfatória, disse a CITIC Futures.

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

A Vale confirmou nesta quarta-feira, 12, que lançará o programa Novo Carajás, em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira, 14, às 16h. O valor desse investimento da Vale é de R$ 70 bilhões, a serem destinados entre 2025 e 2030 para a expansão da mineração de ferro e cobre em Carajás, no município de Parauapebas (PA).

O programa Novo Carajás, segundo a mineradora, tem o objetivo de dar suporte ao crescimento e à “otimização” da produção de minério de ferro da Vale, assim como acelerar a expansão da produção de cobre, conforme guidances (tendências) divulgados ao mercado, destaca a Vale em comunicado ao mercado.

Além disso, ainda segundo a mineradora, o programa contém uma série de investimentos em tecnologia, saúde e segurança, manutenção de equipamentos e operações, sustentabilidade, “alavancando o expertise da Vale na região”.

“Essa é uma alocação de capital estratégica na região de Carajás, uma província rica em minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética global”, diz.

Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (de Minas e Energia) também devem participar do evento.

Lula viajará nesta quinta-feira, 13, para Belém para participar de agendas de dois dias no Pará.

IstoÉ Online - SP   13/02/2025

A indústria mineral brasileira fechou 2024 com crescimento nas exportações, que somaram cerca de 400 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. A receita atingiu US$ 43,4 bilhões (+0,9%), sendo o minério de ferro responsável por 68,7% desse total. As importações, por outro lado, recuaram para 41,2 milhões de toneladas, resultando em um gasto de US$ 8,5 bilhões, uma queda de 23,1%. O saldo da balança comercial mineral atingiu US$ 34,9 bilhões, representando 47% do saldo total do país.

A arrecadação de tributos do setor cresceu 9%, alcançando R$ 93,4 bilhões, enquanto o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) chegou a R$ 7,5 bilhões (+8,6%). O faturamento da mineração brasileira totalizou R$ 270,8 bilhões, com crescimento de 9,1%, sendo o minério de ferro responsável por 59,4% desse montante. No mercado de trabalho, o setor gerou 8.703 novos empregos, totalizando 221,7 mil postos diretos.

Os investimentos na mineração para o período de 2025 a 2029 foram projetados em US$ 68,4 bilhões, um incremento de US$ 4 bilhões em relação ao ciclo anterior. O minério de ferro lidera os aportes, com US$ 19,59 bilhões (+13,4%), seguido por investimentos socioambientais, que cresceram 6,2%, e por infraestrutura logística, que recebeu US$ 10,9 bilhões (+5,2%). Minas Gerais, Pará e Bahia concentram a maior fatia dos investimentos, com US$ 16,5 bilhões, US$ 13,48 bilhões e US$ 8,99 bilhões, respectivamente.

Entre os destaques regionais, Minas Gerais liderou o faturamento anual com R$ 108,3 bilhões (+4,5%), seguido pelo Pará, com R$ 97,6 bilhões (+14,4%), e São Paulo, com R$ 10,3 bilhões (+12,9%). O minério de ferro teve alta de 8,6% no faturamento, enquanto o cobre cresceu 25,2%, o granito 17,9% e o ouro 13,3%. No comércio exterior, a China permaneceu como principal destino das exportações minerais brasileiras (69,7%), enquanto as importações foram dominadas pelos Estados Unidos (19,8%), Rússia (16%), Austrália (13,3%) e Canadá (12,2%).

AUTOMOTIVO

Monitor Digital - RJ   13/02/2025

O tarifaço sobre o aço e alumínio, imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, deve impactar a economia estadunidense. Segundo Gary Clyde Hufbauer, membro sênior não residente do Peterson Institute for International Economics, para a agência Xinhua: “isso significa é que os preços do aço e alumínio dos EUA serão substancialmente mais altos do que os preços mundiais no futuro previsível”, disse.

“Isso significa danos para um grande número de indústrias downstream que usam aço e alumínio. Essas indústrias downstream empregam cerca de 10 vezes mais trabalhadores do que as indústrias de aço e alumínio”, disse Hufbauer.

O especialista veterano em comércio disse que algumas empresas de aço e alumínio podem se beneficiar, mas muitas outras perderão, incluindo empresas automobilísticas (como GM, Ford, Toyota), empresas de máquinas elétricas (como General Electric, Schneider Electric), bem como fabricantes de aeronaves (como Boeing).

Alguns economistas alertam que as novas tarifas dos EUA podem aumentar a inflação, aumentando a pressão financeira já enfrentada por muitas empresas dos EUA e americanos comuns.

“No curto prazo, pagaremos mais por aço e alumínio e tudo feito com eles, principalmente carros”, disse Dean Baker, economista sênior do Center for Economic and Policy Research, à Xinhua.

No longo prazo, os fabricantes relutarão em gastar muito dinheiro, pois não sabem se as tarifas permanecerão em vigor por muito tempo, disse Baker.
1º mandato

Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre as importações de alumínio em 2018, citando preocupações com a segurança nacional. Mais tarde, ele permitiu que certos parceiros comerciais, incluindo Canadá, México e Brasil, recebessem cotas isentas de impostos.

Sob o ex-presidente Joe Biden, os Estados Unidos continuaram algumas isenções tarifárias introduzidas por Trump e estenderam novas cotas para a União Europeia, Grã-Bretanha e Japão.

Mas na última declaração de terça-feira, Trump disse que não haverá “nenhuma exceção” para tarifas de aço e alumínio.

Um estudo de 2019 publicado pelo Federal Reserve Bank de Nova York mostrou que as tarifas generalizadas de Trump em 2018 sobre aço e alumínio, bem como tarifas sobre produtos chineses, juntamente com as contramedidas que elas desencadearam, levaram à perda de empregos na indústria nos Estados Unidos.

“Espero o mesmo resultado, mas pior, desta vez”, disse Hufbauer do Peterson Institute for International Economics.

Desde o início de seu segundo mandato, Trump rapidamente lançou medidas protecionistas comerciais, que foram amplamente contestadas tanto internamente quanto internacionalmente.

“As tarifas que Trump impôs durante seu primeiro mandato foram mais direcionadas. Desta vez, mais americanos sentirão o impacto. Entre as importações afetadas estão uma série de bens de consumo, incluindo calçados, brinquedos, consoles de videogame e eletrônicos”, de acordo com um relatório da National Public Radio.

“Então iPhones, iPads, tablets, laptops — tudo isso da Apple agora seria atingido, o que é uma grande escalada em comparação com a forma como os bens de consumo foram protegidos da maioria das tarifas da primeira guerra comercial”, diz Erica York, vice-presidente de política tributária federal da Tax Foundation.

Ao assinar as proclamações na segunda-feira, Trump também disse que seu governo estava avaliando as chamadas “tarifas recíprocas” sobre produtos como chips, carros e produtos farmacêuticos, sinalizando mais movimentos na área tarifária.

Apesar de sua promessa de reduzir a inflação durante sua campanha, espera-se que as tarifas de Trump aumentem a inflação e compliquem o caminho de corte de taxas do Federal Reserve daqui para frente.

O Federal Reserve dos EUA diminuiu o ritmo de cortes nas taxas de juros, pois se prepara para a incerteza causada pelas políticas do governo Trump.

Quando questionado sobre as novas políticas do governo Trump, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse após a reunião de 28 e 29 de janeiro que o Federal Open Market Committee está “muito no modo de esperar para ver” quais políticas serão promulgadas.

“Não sabemos o que acontecerá com tarifas, com imigração, com política fiscal e com política regulatória”, disse Powell.

Monitor Digital - RJ   13/02/2025

A produção de automóveis de passageiros da China manteve um crescimento estável em janeiro, com veículos de nova energia (NEVs) registrando forte desempenho durante o período, mostraram dados de uma associação do setor nesta terça-feira.

Em janeiro, a produção de automóveis de passageiros da China totalizou cerca de 2,11 milhões de unidades, um aumento anual de 3,6%. O país exportou 380 mil unidades de automóveis de passageiros, representando um crescimento anual de 3%, de acordo com a Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA, na sigla em inglês).

Durante o período, a produção e as vendas de veículos de passageiros de nova energia cresceram 25,8% e 10,5%, respectivamente, em termos anuais, atingindo 940 mil e 744 mil unidades, respectivamente.

As exportações de veículos de passageiros de nova energia representaram 35,9% do total das exportações de automóveis do país no mês passado, um aumento de 7,5 pontos% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados.

Os fabricantes de automóveis chineses construíram rapidamente sua competitividade global nos últimos anos. Em dezembro de 2024, as vendas de automóveis da China representaram 41% do total mundial, um recorde histórico.

Espera-se que o mercado de automóveis de passageiros da China mantenha um crescimento estável em fevereiro, com os NEVs sendo um dos principais impulsionadores, disse a CPCA, acrescentando que o progresso tecnológico e a atualização do consumo são fatores-chave que promovem o desenvolvimento do mercado.

A associação previu que as vendas domésticas de automóveis crescerão 2%, para 23,4 milhões de unidades em 2025, enquanto as vendas de veículos de passageiros de nova energia devem aumentar 20%, para cerca de 13,3 milhões de unidades este ano.

No ano passado, as exportações chinesas de automóveis mantiveram um impulso de crescimento, e o país enviou um total de 6,41 milhões de veículos para o exterior, um aumento anual de 23%, segundo a CPCA. Em dezembro de 2024, as exportações chinesas de automóveis cresceram 25% ano a ano, atingindo 570 mil unidades.

Rússia, México e Emirados Árabes Unidos (EAU) foram os principais destinos de exportação veiculares da China, enquanto os principais cinco países que impulsionaram o crescimento das exportações de veículos da China foram Rússia, EAU, Brasil, Bélgica e Arábia Saudita.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   13/02/2025

Em 2024, a Volvo foi novamente líder na soma dos segmentos de caminhões semipesados e pesados no Brasil. Foram 23.185 veículos emplacados, crescimento de 18% sobre o ano anterior, assegurando à marca um market share de 23,7%.

Outro destaque foi o crescimento dos Planos de Serviços, agora presentes em nove de cada dez do volume equivalente de veículos entregues. Para 2025, no entanto, a marca prevê um mercado menor, para todos os fabricantes.

O ano que encerrou trouxe muitos números positivos para a Volvo. O FH 540 foi o caminhão mais vendido do Brasil, agora pela sexta vez consecutiva, com 7.765 emplacamentos. Entre os pesados, o segundo lugar também ficou com um FH, o modelo 460, com 4.956 licenciamentos.

Considerando apenas a classe de pesados, a Volvo emplacou 18.838 unidades, o que lhe garantiu crescimento de 20% sobre o ano anterior e exatos 30% de market share.

Outro destaque da marca foi a linha de caminhões VM, que teve 7.462 emplacamentos. O Volvo VM 290 foi o modelo líder em vendas do País no segmento de semipesados, com 4.026 unidades. “Nossa liderança de muitos anos na soma dos segmentos de pesados e semipesados atesta a confiança dos transportadores na marca Volvo, em nossos caminhões e na estrutura de serviços de nossa rede de concessionárias”, afirma Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina.

Vocacionais - A liderança da Volvo aconteceu também entre os vocacionais pesados, aqueles caminhões fora de estrada e/ou destinados a aplicações mais severas. A marca teve a maior participação nos segmentos florestal (61% de market share), mineração (44% de market share) e cana-de-açúcar (29% de market share). “Além disso, o VMX, versão off road deste modelo, conquistou muito espaço.

Foram 3.000 emplacamentos no ano passado, o que corresponde a 40% do volume da linha VM”, assegura Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões.

Condução Inteligente - Em 2024 houve crescimento de 40% nos contratos do serviço Condução Inteligente Volvo (CIV), uma consultoria da marca para aprimorar a gestão de combustível dos transportadores. O serviço utiliza a alta conectividade dos caminhões para gerar dados de desempenho.

Por meio de Inteligência Artificial, o sistema da Volvo compara caminhões de aplicações e rotas similares de todo o Brasil. Essas análises são oferecidas aos transportadores com dados anonimizados em relatórios periódicos de fácil interpretação, o que permite acompanhar o potencial de melhoria no consumo de combustível e a redução de emissões.

Os documentos também incluem orientações individuais para cada motorista, elaboradas por especialistas da Volvo em condução econômica.

Exportações para o México - O ano de 2025 começa com uma novidade. A Volvo começará a exportar caminhões do Brasil para o México, país que passa a ser responsabilidade comercial do Grupo Volvo América Latina nesse segmento de veículos. Serão exportados os modelos FH e VM, em configurações diversas.

“O mercado do México está gradativamente mudando para caminhões de cabine avançada. Com isso, vemos boas oportunidades para os modelos que produzimos no Brasil”, avalia Wilson Lirmann. Os primeiros embarques acontecem ainda em fevereiro.

Além da abertura do novo mercado, a Volvo celebra outras conquistas na América Latina em 2024. No Peru foram entregues 2.064 caminhões, mercado onde a marca há anos mantém liderança absoluta, com 24% de market share no último exercício.

Já no Chile, a Volvo entregou 1.260 veículos, o que garantiu 17% de participação. Somando as entregas do Brasil (maior mercado da região) e dos demais países do continente, ao todo a Volvo entregou 27.111 caminhões na América Latina, um crescimento de 15%.

Perspectivas 2025 - Num cenário diferente dos bons números de 2024, a Volvo prevê que o ano atual poderá apresentar um mercado menor para todas as marcas de caminhões no Brasil.

“Desde o último trimestre do ano passado estamos vendo cautela dos transportadores em novas aquisições. Mesmo com indicadores positivos sobre safra e PIB, as elevadas taxas de juros, reflexo de questões fiscais, têm freado os negócios na indústria de caminhões no País. Mas esse é um mercado cíclico, com altas e baixas ao longo dos anos”, finaliza Lirmann.

Planos de Serviços - Outro destaque da Volvo foi em serviços, realizados por meio da rede de concessionárias da marca. Em 2024, nove em cada dez do volume equivalente de caminhões entregues tinham Planos de Serviços Volvo. Atualmente são mais de 50 mil contratos ativos, numa evolução de 10% em relação ao ano anterior.

Os Planos de Serviços são uma ferramenta fundamental para redução de custos operacionais dos transportadores. Sua versão mais completa (Plano Ouro) prevê todo o suporte para a gestão e manutenção da frota, incluindo a Manutenção Inteligente Volvo (MIV) – com planejamento das paradas e agendamento para manutenções preventivas –, manutenções corretivas, treinamento de motoristas, Volvo Atendimento Rápido (VOAR) e a gestão de frota via Volvo Connect, plataforma de conectividade da marca.

“Os Planos de Serviços não param de crescer. Pela primeira vez na história, atingimos essa marca de cobertura equivalente a 90% dos emplacamentos”, celebra Alcides Cavalcanti.

Infomoney - SP   13/02/2025

A Renault e a parceira chinesa Geely planejam anunciar um acordo no final deste mês envolvendo cooperação das companhias no Brasil, sexto maior mercado de veículos do mundo, afirmaram três fontes à Reuters.

As duas montadoras criaram uma joint venture de motores no ano passado, batizada de Horse Powertrain, e, desde então, também começaram a vender carros produzidos em uma fábrica conjunta na Coreia do Sul.

Agora, as empresas estão planejando expandir ainda mais a parceria, envolvendo operações no Brasil. A ideia é a Geely usar a rede de concessionárias da Renault no país já neste ano para iniciar vendas de veículos de sua própria marca exportados da China, disseram duas das fontes.
As negociações acontecem em um momento de rápida expansão da participação de mercado de montadoras chinesas no país, principalmente por meio de importações de veículos elétricos e híbridos, algo que tem feito montadoras tradicionais avaliarem pedir ao governo federal ações antidumping.

Além da Renault, a Stellantis formou uma parceria com a chinesa Leapmotor para venda de veículos elétricos no Brasil e no Chile, iniciativa que deve ser lançada em abril.

O acordo da Geely com a Renault também prevê que o grupo chinês terá uma participação minoritária na Renault do Brasil, podendo utilizar a fábrica da montadora francesa em São José dos Pinhais (PR) para montar veículos no país, disseram as duas fontes. Não ficou imediatamente claro qual será o tamanho do investimento potencial da Geely na Renault do Brasil.

Procurada no Brasil, a Renault não pode comentar o assunto de imediato. Representantes internacionais da montadora francesa e da Geely não se manifestaram.

Exame - SP   13/02/2025

O mercado de motos no Brasil vive um momento histórico. No mês passado, o volume de vendas de motocicletas atingiu o melhor janeiro da história, com 152.000 unidades comercializadas, um aumento de 3,3% em relação a dezembro, um mês tradicionalmente forte para a indústria. O dado foi divulgado pela Abraciclo, associação que representa as montadoras com produção no Polo Industrial de Manaus.

Uma marca que reflete bem esse momento é a indiana Royal Enfield, presente no Brasil há sete anos. A marca registrou o melhor mês de vendas de sua história, com 1.903 unidades comercializadas, superando o recorde anterior de outubro do ano passado, quando foram vendidas 1.803 motos.

O sucesso também foi visível ao longo de 2024, impulsionado especialmente pelo modelo Hunter 350, cujas vendas aumentaram 400% no ano passado. Foram 5.686 unidades vendidas da Hunter 350 em 2024, comparado a 1.118 no ano de seu lançamento, em 2023.

Esse crescimento impulsionou as vendas gerais da Royal Enfield, que cresceram 40% no ano passado, passando de 12.436 para 17.253 unidades. Com isso, a marca se tornou líder na categoria Custom, caracterizada por motos com design clássico, mas com alta eficiência e tecnologia.

“Em 2024, celebramos muitas conquistas e também ajustamos algumas rotas para 2025, que deverá ser um ano de ainda mais expansão e crescimento para a Royal Enfield”, afirma Gabriel Patini, diretor executivo LATAM da marca. A meta é manter o crescimento de 40% também em 2025.

Recorde de vendas em 48 horas

O lançamento da Super Meteor 650, no ano passado, foi um sucesso estrondoso, com 650 unidades vendidas em apenas 48 horas. A demanda foi tão alta que gerou uma fila de espera de quatro meses.

"Estamos lidando com desafios logísticos e climáticos para concluir as entregas da Super Meteor 650. O sucesso das vendas trouxe lições importantes para nossa operação no Brasil. O cronograma de entregas deve ser finalizado até meados de fevereiro, o que é uma boa notícia para os clientes que aguardam suas motos", diz Gabriel Patini.

Um dos principais atrativos da Super Meteor 650 é seu preço, significativamente abaixo dos concorrentes. O modelo chega ao Brasil com preços a partir de R$ 33.990 para a versão Astral, R$ 34.490 para a versão Interstellar e R$ 34.990 para a versão Celestial, incluindo entrega até o cliente, algo inédito no setor. A Hunter 350 custa a partir de R$ 19.990.

Expansão das concessionárias

Fundada em 1901 na Inglaterra e atualmente de propriedade indiana, a Royal Enfield é uma das maiores fabricantes de motos do mundo. No Brasil, a marca possui uma fábrica na Zona Franca de Manaus desde dezembro de 2022, em parceria com a Dafra, que monta kits enviados da Índia.

Entre 2023 e 2024, a Royal Enfield registrou um crescimento de 44% nas vendas e estabeleceu uma meta agressiva de expansão, com planos de aumentar de 38 para 60 concessionárias até 2025. Novas concessionárias foram abertas em cidades do interior de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e no Mato Grosso.

BOL - SP   13/02/2025

Novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou nesta semana novas tarifas, muito maiores, para todo aço e alumínio importados pelo país e afetando diretamente o Brasil - atualmente, mais da metade da produção siderúrgica nacional vai para os norte-americanos. A medida gera uma pergunta: será que isso afetará os preços dos carros por aqui?

Nos Estados Unidos, a decisão tem desagradado montadoras como General Motors e Ford, que se preparam para desembolsar mais pelo aço seja na América do Sul ou do Norte

"Tenho certeza de que os homens de negócio dos Estados Unidos estão conversando com Trump, pedindo calma", diz o especialista e pesquisador do mercado automotivo Ricardo Bacellar. "A guerra tarifária sempre prejudicará o negócio".

Exemplo disso é o CEO da Ford, Jim Farley, que acusou seu presidente de estar levando "caos" à indústria e viajou à capital Washington na última quarta (12), a fim de visitar congressistas.

A CEO da General Motors, Mary Barra, foi discreta e só afirmou que a companhia já está redistribuindo o inventário de fábricas fora dos EUA. Tudo para nacionalizar o máximo possível da produção e reduzir "até pela metade" o impacto nas finanças da GM.

Jim Farley, CEO da Ford, discorda e irá à capital norte-americana para alertar o Congresso do que chamou de "caos" gerado por Trump
Imagem: Divulgação
Carro brasileiro prioriza aço nacional

Em relação aos carros importados dos EUA, há expectativa de aumento de preço, mas a maioria dos veículos norte-americanos à venda no Brasil são de luxo e de baixo volume, diluindo o impacto sentido pelo comprador.

Segundo dados do Instituto Aço Brasil, o país importou entre 12% e 18% do aço que utilizou nos últimos anos; números que sugerem uma proteção maior das fábricas nacionais, que sempre priorizaram fornecedores de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Uma agência global de risco político também aponta, curiosamente, que o foco muito maior de Donald Trump no Canadá acaba amenizando o impacto no Brasil, já que só os canadenses vendem mais aço aos EUA do que o Brasil e também serão taxados.

Dessa forma, diz o relatório obtido sob anonimato, não haveria o efeito de substituição de países na relação comercial, como ocorre em caso de sanções pontuais, por exemplo.

Uma fonte da siderúrgica da Usiminas em Ipatinga (MG) também destacou que, para fabricar o aço nas especificações necessárias, usa-se manganês, e 97% desse metal é importado pelos EUA. "É possível que o acesso ao manganês seja dificultado em retaliação".

Ricardo Bacellar, entretanto, vê como uma má ideia que o Brasil assuma esse papel, ressaltando a disparidade no poder econômico deixa o país fragilizado diante da maior potência global.

Mercado aguarda a reação da China às mudanças provocadas pela guerra tarifária no Brasil
Imagem: Jorge Moraes/UOL

É por conta de tantas variáveis em cálculo que, ao longo da cadeia produtiva, a ordem é de cautela. Nos últimos dias, o Canadá já vem aprofundando a amizade com a União Europeia, e um caminho natural para o Brasil pode ser a China, sugere Bacellar.

No ano passado, o Governo Federal impôs tarifas para carros importados que buscam, justamente, diminuir a entrada de automóveis chineses. Até 2026, essas tarifas chegarão a 35%, mas o governo chinês não ensaiou retaliação à medida dos parceiros de Brics.

Com as mudanças provocadas por Trump, não há quem crave a estratégia do gigante asiático daqui em diante, mas a indústria automotiva pode ser uma peça dessa próxima jogada. "Eu estou até surpreso que a China ainda não se mexeu", completou o especialista.

Valor - SP   13/02/2025

Montadora sueca prepara novo ciclo, mas segundo o presidente, “virada do ano tumultuada” trouxe insegurança

Wilson Lirmann: “A maior parte dos transportadores precisa de financiamento para suas compras” — Foto: Gabriel Reis/Valor

A Volvo encerra, este ano, seu mais recente ciclo de investimentos no Brasil, que totalizará R$ 1,5 bilhão. Segundo Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina, o desenvolvimento das próximas gerações de caminhões e ônibus, voltadas, sobretudo, ao cumprimento das metas globais de descarbonização da companhia, exige um novo plano de investimentos no Brasil. No entanto, diz, a empresa não se sente pronta. Segundo ele, a “virada do ano tumultuada” na agenda de decisões do governo trouxe insegurança. O planejamento da empresa passa pela questão fiscal do país. “O Brasil gasta muito e mal”, destaca.

Segundo Lirmann, com a evolução dos veículos, existe hoje a necessidade de investir três vezes mais do que há dez anos. E embora seja prioridade na estratégia da companhia, a América Latina disputa investimentos do grupo sueco com outras regiões do mundo. A perda de competitividade do país, como consequência de decisões do governo, “além dos desperdícios”, segundo ele, influencia no tamanho do próximo ciclo de investimentos.

Lirmann lembra que a carga tributária brasileira é mais elevada do que a de países com características semelhantes. “Mas, uma vez que essa carga já existe que pelo menos seja usada com qualidade”, afirma. “O Brasil insiste numa fórmula que não deu certo antes e não vai dar certo agora”, completa. “Temos um limite para gastar”, completa, referindo-se aos gastos públicos.

O risco de desaceleração da economia, uma questão levantada por analistas, encontra dados no setor de caminhões. Embora alguns setores, como o agrícola, amparem expectativas otimistas para as vendas em 2025, por outro lado, juros em níveis já elevados devem levar a um encolhimento de mercado. O presidente da Volvo, líder do mercado de semipesados e pesados, prevê queda de 10% nas vendas desses dois segmentos em 2025.

“A maior parte dos transportadores precisa de financiamento para as suas compras”, destaca. Hoje, das vendas da marca financiadas, 55% são feitas por meio de CDC e 45% via linha especial do Finame. Lirmann considera saudável o Finame continuar a seguir condições de mercado, sem subsídios. Assim como os combustíveis não devem, diz, ser subsidiados mesmo que a elevação de preços pressione custos para as transportadoras.

“O que precisamos são medidas horizontais, o equilíbrio fiscal, a capacidade de melhorar a infraestrutura e elevar a produtividade da mão de obra. É isso que gera riqueza”, completa o engenheiro paranaense, que entrou na Volvo como estagiário.

As preocupações de Lirmann em relação ao cenário macroeconômico se sustentam na urgência que ele tem para acelerar projetos importantes para a companhia. A fábrica da Volvo em Curitiba iniciou este ano a venda de caminhões para o México, em substituição ao fornecimento anteriormente feito pelos Estados Unidos. Uma nova configuração dos caminhões que passam a rodar no território mexicano, com cabine avançada, favoreceu a fábrica paranaense.

Além disso, a subsidiária brasileira acaba de ganhar lugar de destaque ao tornar-se um dos quatro centros de desenvolvimento global de produtos, junto com Suécia, Estados Unidos e Índia.

Isso tem levado à necessidade de ampliar o centro de desenvolvimento e à contratação de mais engenheiros. Somente em 2024 foram abertas 150 vagas e neste ano, segundo o executivo, serão contratados mais 100 profissionais, aumentando a equipe para o total de 700 pessoas.

Em relação aos produtos, a Volvo vai se concentrar em três frentes de energia nas próximas gerações de ônibus e caminhões: motores a combustão movidos com combustíveis alternativos, eletromobilidade e células de hidrogênio, que começam a ser testadas nos veículos da Europa. A companhia estabeleceu a meta de produzir veículos livres de dióxido de carbono a partir de 2040 e começa a dar os primeiros passos para a eletromobilidade na América Latina com 40 caminhões elétricos importados já rodando na região.

Em 2024, a operação da Volvo na América Latina somou faturamento de R$ 26 bilhões, crescimento de 32% na comparação com o ano anterior. A venda de caminhões no Brasil cresceu 18%, num total de 23,1 mil veículos, o que representou fatia de 23,7% do mercado de semipesados e pesados.

Com 709 ônibus licenciados, pela primeira vez, em 2024, o Brasil atingiu a liderança de entregas de chassis Volvo no mundo. No ano passado, a montadora vendeu 1,4 mil ônibus na América Latina.

Valor - SP   13/02/2025

As empresas japonesas estão despejando dinheiro nos Estados Unidos não apenas no setor de manufatura, que tradicionalmente exige grandes aportes, mas também em indústrias em crescimento como inteligência artificial.

O Japão foi classificado como o maior investidor estrangeiro direto nos Estados Unidos pelo quinto ano consecutivo em 2023, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, enfatizou isso na sexta-feira, em uma entrevista coletiva com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"O Japão é o parceiro econômico mais próximo dos Estados Unidos", disse Ishiba. O Japão trabalhará para aumentar o investimento estrangeiro direto nos Estados Unidos para US$ 1 trilhão, disse ele -- ante quase US$ 800 bilhões no final de 2023.

A indústria automobilística continua sendo um dos principais impulsionadores desses gastos. A Toyota e o braço comercial Toyota Tsusho construíram uma fábrica de baterias automotivas de quase US$ 14 bilhões na Carolina do Norte, que deve começar a enviar células em abril. A Honda, que planeja começar a fabricar veículos elétricos nos Estados Unidos este ano, está gastando US$ 1 bilhão para atualizar as instalações de produção em Ohio.

Outros investimentos foram estimulados pelo crescente apetite dos Estados Unidos por comida japonesa. A Nissin Foods iniciará em agosto sua primeira nova unidade de produção de macarrão instantâneo nos Estados Unidos em 47 anos. A Kikkoman está construindo uma fábrica de molho de soja em Wisconsin, programada para iniciar as remessas no outono de 2026.

Espera-se que os campos de inteligência artificial e semicondutores tenham uma atividade particularmente forte. O SoftBank Group planeja contribuir com 3 trilhões de ienes (US$ 20 bilhões) para o Stargate Project, um programa conjunto de desenvolvimento de infraestrutura de inteligência artificial com o desenvolvedor do ChatGPT OpenAI e com a Oracle. Os investimentos totalizarão US$ 500 bilhões, de acordo com o presidente do SoftBank, Masayoshi Son.

O impulso para desenvolver inteligência artificial também será um vento favorável para os chips. A Sumitomo Chemical espera começar a produção em massa de fluidos de limpeza usados na fabricação de chips em uma nova fábrica no Texas no ano fiscal de 2025.

A fabricante de materiais Resonac está abrindo uma instalação no Vale do Silício para desenvolver e avaliar processos de montagem de chips de ponta.

O iene fraco e a escassez de mão de obra podem ser fatores negativos quando as empresas decidem se devem investir nos Estados Unidos. Usar dinheiro obtido em ienes para investir incorreria em custos mais altos.

"A taxa de desemprego dos Estados Unidos está em uma baixa histórica", disse Kazuma Kishikawa, do Instituto de Pesquisa Daiwa. "O desafio é se as empresas podem garantir mão de obra e aumentar a produção."

O uso de tarifas por Trump para ganhar vantagem nas negociações comerciais está aumentando a incerteza para as empresas japonesas e suas cadeias de suprimentos. "Decisões de investimento precipitadas são geralmente arriscadas", disse Keisuke Hanyuda, presidente do Owls Consulting Group.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   13/02/2025

O País ganhará 17 novos shopping centers em 2025, de acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O número representa uma aceleração na abertura de novas unidades nos últimos anos. Em 2024, foram nove inaugurações, quase o dobro das cinco unidades abertas em 2023.

Cidades de pelo menos nove Estados de todas as regiões do País, além do Distrito Federal, terão novos centros de compras neste ano (veja tabela abaixo). O primeiro lançamento foi em janeiro, em Caldas Novas (GO).

O setor de shopping centers no País passa por uma boa fase e vem recuperando o público perdido nos anos da pandemia de covid-19. Segundo a Abrasce, o faturamento do setor em 2024 foi recorde, chegando a R$ 198,4 bilhões. O número é 1,9% maior do que o de 2023, que foi de R$ 194,7 bilhões.

A associação estima que o faturamento de 2025 seja ainda maior, atingindo R$ 201 bilhões. No total, são 648 shopping centers em atividade em 249 municípios brasileiros.

“Atualmente, os shoppings no Brasil são verdadeiros espaços multissoluções, onde o consumidor encontra não apenas compras, mas também a resolução de questões cotidianas, além de fácil acesso aos melhores serviços, gastronomia e entretenimento”, diz o presidente da Abrasce, Glauco Humai, lembrando da adaptação que os centros de compras fizeram nos últimos anos para atrair mais clientes.

O setor registrou, em 2024, 476 milhões de visitantes por mês, um aumento de 2,9% — alta maior do que a do faturamento, que foi de 1,9%. O número vem crescendo ano a ano, mas ainda não recuperou o patamar registrado em 2019, antes da pandemia, quando era de 505 milhões de visitantes mensais.

A geração de empregos nos centros de compras foi de 1,073 milhão em 2024, 1% a mais do que no ano anterior. O número de lojas também subiu de 121 mil em 2023 para 123 mil em 2024, e a ocupação está em 95,3%, uma alta anual de 3,8%. A área bruta locável chegou a 18,1 milhões de metros quadrados no ano passado, um aumento de 1,8%.

“A alta de 1,9% nas receitas e o aumento de novas inaugurações reafirmam a importância dos shopping centers como motores da recuperação econômica e um reflexo da confiança crescente do consumidor, demonstrando a vitalidade e resiliência do mercado brasileiro”, afirma Humai.

O sócio-diretor da Gouvêa Malls, Luiz Alberto Marinho, afirma que os números, apesar de parecerem positivos, precisam ser analisados com cuidado. Segundo o especialista, além de ter sido menor do que a inflação, o crescimento do faturamento foi menor do que o inicialmente projetado pela associação e dados do balanço mais recente da Multiplan mostraram um crescimento de 8% nas vendas de mesmas lojas, o que indica uma concentração das vendas nos grandes grupos, deixando os pequenos em situação difícil.

“O setor tem um tremendo futuro no País, mas precisamos entender que há um movimento que favorece as grandes redes, que atraem as grandes redes de lojas. Temos um cenário muito hostil para o pequeno varejista”, afirma.
Shoppings ampliam a oferta de serviços

Marinho lembra ainda que o número de consumidores cresceu mais do que o faturamento de vendas em 2024, indicando uma mudança no perfil do consumidor. Por isso, os shopping centers estão ampliando a oferta de serviços.

Exemplo disso é o recente anúncio da Allos, que irá instalar pontos de recarga pagos em 13 unidades neste ano, uma forma de rentabilizar mais as visitas dos consumidores, aproveitando o crescimento da frota de veículos elétricos no País.

Por outro lado, Marinho vê com bons olhos a chegada de novos empreendimentos em 2025. “As inaugurações mostram que a ideia do shopping continua atraindo muito o brasileiro. Ter o shopping em uma cidade é sinônimo de progresso”, diz.
Novas tendências

O relatório da Abrasce aponta duas novas tendências detectadas nos shopping centers em 2024: boulevards gastronômicos (31%) e programas de fidelidade (26%). Ambas iniciativas visam aumentar a recorrência de consumidores nesses espaços, mas têm implicações distintas.

Enquanto a ampliação da alimentação nesses espaços atende a uma demanda dos consumidores nos últimos anos, o programa de fidelidade é parte de uma transformação no modelo de negócios dos shopping centers.

“O programa de fidelidade cria uma base de clientes que pode ser usada para os lojistas poderem vender mais a eles, por exemplo, fazendo um evento de natal em conjunto com um grande lojista, oferecendo experimentações de produtos. Isso é uma transição do imobiliário para uma plataforma de negócios”, afirma Marinho.

Diário do Aço - MG   13/02/2025

O governo federal vai realizar uma nova seleção, com 100 mil unidades habitacionais, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (12) pelo ministro das Cidades, Jader Filho. O detalhamento da seleção, segundo ele, será feito às 14h de hoje, em reunião com outros ministérios e com prefeitos que participam do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.

“Convido prefeitos e prefeitas que vão, que participem, que acompanhem essa reunião de hoje à tarde, que acontecerá por volta das 14h. Lá, vamos dar todas as informações dessa nova seleção que vai se iniciar – parte com o Orçamento Geral da União. Para as outras modalidades, que aconteceram no ano passado, vamos fazer a partir de financiamento do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]”, disse.

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jader disse que o governo pretende fazer “alterações” no que diz respeito à estratégia envolvendo o FGTS.

Alterações
“Vamos conversar com o fundo, vamos levar isso para que possamos fazer algumas alterações no sentido de facilitar para que os prefeitos possam acessar esses recursos e, com isso, a gente crie novas infraestruturas, seja de água, esgoto e mobilidade, melhorando a qualidade de vida do povo que mora nas nossas cidades”, assegurou o ministro.

Segundo ele, prefeituras com projetos considerados “mais maduros” terão prioridade na nova seleção do Minha Casa, Minha Vida.

“Quem mora de aluguel tem pressa, quem mora em área de risco tem pressa, quem mora nas ruas têm pressa. Por isso, a gente precisa agilizar. A gente vai fazer uma alteração, vamos pegar os projetos que estão mais maduros, aqueles prefeitos que tiverem projetos mais maduros e aquelas empresas que já tiverem projetos vão passar na frente. Para que virem obra”, acentuou.

“Essas 100 mil unidades são uma nova seleção que vamos firmar. Vamos fazer algumas alterações, vamos obviamente melhorar, verificar aquilo que não deu certo, por que algumas obras atrasaram na seleção anterior. Faremos uma atualização da maneira como faremos essa seleção para que a gente possa fazer acontecer de uma maneira mais rápida”, completou o ministro.

Contenção de encostas e drenagem
Ainda segundo Jader, o governo prepara duas outras seleções: uma envolvendo contenção de encostas e outra, drenagem. “Faremos também uma seleção, com os governos de estado, na questão da prevenção, naquelas regiões onde a gente tem sofrido tanto com a seca. Uma seleção de abastecimento de água rural”, explicou.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   13/02/2025

Arrendamentos que devem gerar investimentos em mais de R$ 1,5 bilhão.

O aviso de leilão da área PAR14 do Porto de Paranaguá foi divulgado no dia 11 de fevereiro (terça-feira) no Diário Oficial da União. Os leilões PAR14 e o PAR15 serão realizados na mesma data: no dia 30 de abril (quarta-feira). Os espaços, que fazem parte da estrutura de movimentação de granéis sólidos, serão leiloados pela empresa Portos do Paraná na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo. Os dois arrendamentos devem trazer investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão para o Paraná.

—Entramos definitivamente na reta final das regularizações de áreas do Porto de Paranaguá. Mais que isso, os arrendamentos vão dotar a Portos do Paraná de plena capacidade operacional, com grandes investimentos a serem concluídos dentro de alguns anos, conforme previsto em cada contrato —comemorou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A expectativa é que a modernização da área amplie a movimentação, que passará de 170 mil para 323 mil toneladas de granéis sólidos vegetais no PAR14, e de 115 mil para 191 mil toneladas no PAR15.

O processo licitatório do PAR 15 já estava aprovado e com edital publicado, já o PAR14 precisava da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que foi concedida por unanimidade pelos ministros em sessão plenária realizada em Brasília no último dia 05.

Estruturas —O PAR14 conta com uma área de 82.436 metros quadrados, e o contrato garante o direito de exploração por 35 anos. O leilão será vencido por quem oferecer o maior valor de outorga. A princípio, o certame deve gerar ao menos R$ 980 milhões entre investimentos e aporte financeiro. A empresa que arrematar a área terá um prazo de sete anos para implantar melhorias. Uma delas é a parceria na construção dos novos berços do “Píer T”, que contará com sistema de despoeiramento, torre de transferência, elevador de canecas e balança de fluxo. Algumas ações precisam ser realizadas em um prazo menor, como a interligação com o Moegão. O arrendatário deverá disponibilizar duas linhas transportadoras com capacidade nominal de 2.000 toneladas/hora assim que o Moegão estiver concluído.

Da mesma forma, quem arrematar o PAR15 terá que fazer a interligação com o Moegão assim que a estrutura ferroviária for finalizada, o que deve ocorrer até o fim de 2025. Já o prazo para os investimentos totais previstos no contrato de arrendamento é menor: cinco anos.

O PAR15 possui uma área de 43.279 metros quadrados, e o prazo de exploração também será de 35 anos. Entre investimento e aporte financeiro, o PAR15 deve atrair R$ 601 milhões. Caberá ao arrendatário promover melhorias no sistema de recepção rodoviária para atender, no mínimo, 2,2 milhões de toneladas por ano, incluindo a instalação de quatro novas balanças e dois novos tombadores até o quinto ano contratual. Também deverá atuar na implantação dos novos berços do “Píer T” e das estruturas para sua operação.

Entre os investimentos, está o início da construção do píer em “T” do Corredor de Exportação Leste, que movimenta grãos vegetais e farelos de soja.

Leilões — De 2019 a 2023, a empresa pública Portos do Paraná leiloou cinco áreas: PAR01, PAR09, PAR12, PAR32 e PAR50. Após o leilão das áreas PAR14 e PAR15, restará apenas a conclusão do processo do PAR25, que aguarda aprovação do TCU. O leilão do PAR25 será o marco de uma nova era para os portos paranaenses, com a regularização total das áreas de concessão e a garantia de investimentos em infraestrutura portuária.

Os oito arrendamentos vão somar mais de R$ 3,8 bilhões nos próximos anos. Garcia lembra que as áreas que estão sendo regularizadas mantinham as mesmas estruturas desde sua implantação, nas décadas de 1980 e 1990.

Ele também destaca que os arrendamentos trazem segurança jurídica para a Portos do Paraná e para os investidores, possibilitando a geração de inúmeros empregos diretos e indiretos no litoral do estado.

Além disso, a modernização das estruturas leva em conta as normativas de segurança do trabalho e as exigências ambientais. —Mais que ampliar a capacidade operacional, estamos adequando os espaços considerando a segurança dos trabalhadores e as regras ambientais— pontuou o diretor-presidente.

Canal de Acesso — Outro processo em andamento é o da concessão do Canal de Acesso Aquaviário ao Porto de Paranaguá, que já foi encaminhado ao TCU. Após a análise do Tribunal, o Paraná se tornará o primeiro estado brasileiro a implantar um modelo desse tipo.

A concessão abrangerá a ampliação, manutenção e exploração do Canal de Acesso Aquaviário pelo prazo de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por até 70 anos. Entre as principais melhorias previstas no projeto estão o aprofundamento, a ampliação e o alargamento do canal, além do alargamento da bacia de evolução e do aprofundamento da área onde os navios lançam âncoras para aguardar a atracação nos berços.

Com isso, a profundidade média deverá alcançar 15,5 metros após a concessão, viabilizando a atracação de navios de maior porte. O futuro concessionário será responsável por todos os investimentos necessários para atingir essa meta, incluindo serviços de dragagem, derrocagem, sinalização náutica, batimetria, programas e monitoramentos ambientais, entre outros. O investimento previsto é de R$ 1,07 bilhão.

Moegão — O Moegão é a primeira obra financiada 100% pela empresa pública Portos do Paraná, que investiu cerca de R$ 600 milhões, incluindo a readequação rodoferroviária. O projeto tem foco no aumento da produtividade portuária, na redução de cruzamentos ferroviários na cidade — de 16 para cinco — e na integração entre os operadores portuários e o cais.

O Moegão terá capacidade para receber 180 vagões carregados de granéis sólidos vegetais (soja, milho e farelos de soja ou milho). O complexo contará com três linhas férreas independentes para o acesso das composições, sendo que, em cada uma delas, três vagões serão descarregados ao mesmo tempo.

PETROLÍFERO

Monitor Digital - RJ   13/02/2025

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou na quarta-feira que está mantendo suas previsões anteriores para o crescimento da demanda global por petróleo em 2025 e 2026.Em seu relatório mensal do mercado de petróleo de fevereiro, a Opep projeta um aumento “saudável” na demanda global por petróleo, estimando um crescimento de 1,45 milhão de barris por dia (bpd) em 2025, seguido por um aumento de 1,43 milhão de bpd em 2026, números inalterados em relação à avaliação do mês passado.

“Espera-se que o crescimento deste ano seja impulsionado por combustíveis de transporte, devido à forte demanda por viagens aéreas e à mobilidade rodoviária saudável. Também se espera que o suporte venha dos setores industrial, de construção e agrícola em países não pertencentes à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, disse a Opep.

Segundo a Agência Xinhua, a organização também deixou inalteradas suas projeções de crescimento econômico global para 2025 e 2026, prevendo uma expansão de 3,1% neste ano e 3,2% no ano seguinte.

Infomoney - SP   13/02/2025

As petroleiras brasileiras Brava Energia (BRAV3), PetroReconcavo (RECV3) e PRIO (PRIO3) apresentaram crescimento na produção em janeiro, impulsionadas por novos poços e melhorias operacionais, segundo relatório do Santander.

O banco aponta que Brava teve o maior avanço no período, com um aumento expressivo de produção para cerca de 68 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed), comparado a aproximadamente 39 kboed em dezembro. Esse crescimento, de acordo com os analistas, veio principalmente das operações em águas profundas e ultraprofundas (offshore), onde a extração ocorre em alto-mar, longe da costa. Os campos de Atlanta e Papa-Terra foram os principais responsáveis por esse aumento, entregando volumes acima das expectativas.

Para os próximos meses, a empresa projeta uma estabilização entre 80 e 85 kboed, impulsionada pelo desempenho de Atlanta, que recentemente atingiu cerca de 28 mil barris por dia (kbpd), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A produção da PetroReconcavo atingiu 27 kboed em janeiro, refletindo os efeitos positivos da perfuração de novos poços nos campos de Tiê e Sabiá. Em Potiguar, a produção avançou para 13,3 kboed, enquanto na Bahia chegou a 13,5 kboed, ajudada pelo ramp-up de novos poços em Tiê.

O Santander aponta que a empresa ainda enfrenta restrições de escoamento em Miranga, localizado na Bacia do Recôncavo, na Bahia, e interrupções pontuais para manutenção, mas espera uma leve melhora com a normalização da produção de gás natural na região. Para 2025, a projeção da PetroReconcavo se mantém conservadora, estimando um volume médio de 28,5 kboed.

A PRIO também registrou um avanço na produção, alcançando 114 kboed, um crescimento mensal de 3%, calculam os analistas. O aumento foi impulsionado pelo campo de Albacora Leste, que subiu 13% no período, atingindo 24,6 kboed após a conclusão da substituição de uma turbina.

Segundo o banco, o desempenho de Peregrino também foi positivo, chegando a 38,9 kboed. Por outro lado, o campo de Frade apresentou leve recuo, caindo para 39,4 kboed. A empresa diz que planeja realizar uma manutenção programada nesse ativo nos próximos meses, o que pode trazer alguma oscilação nos números mensais.

A expectativa do mercado é que as petroleiras divulguem novas certificações de reservas nas próximas semanas, o que pode trazer mudanças estratégicas para o plano de trabalho da Brava em 2025, especialmente nas operações em terra. Já a PRIO pode adotar premissas mais conservadoras para alguns ativos, enquanto a aquisição de participação adicional no campo de Wahoo segue atrasada devido a questões regulatórias.

Entre as empresas analisadas, Brava e PetroReconcavo aparecem como as apostas preferidas do Santander entre as petroleiras independentes brasileiras. A perspectiva de manutenção da produção em patamares elevados para a primeira e de leve crescimento para a segunda pode reforçar a confiança dos investidores nos papéis.

No caso da PRIO, o banco vê com bons olhos o aumento de produção e o programa de recompra de ações, mas avalia que a companhia segue sem um grande evento que possa impulsionar seus papéis no curto prazo.

Infomoney - SP   13/02/2025

A Petrobras quer comprar participações em ativos de petróleo na África, principalmente em Angola, Namíbia e África do Sul, para aumentar suas reservas em meio à expectativa de queda da produção após 2030, disse uma executiva da companhia nesta quarta-feira.

A estatal está conversando com petroleiras, incluindo suas parceiras ExxonMobil, Shell e TotalEnergies, para comprar participação em ativos africanos dessas empresas, disse à Reuters Sylvia dos Anjos, diretora de exploração e produção da Petrobras, à margem da conferência India Energy Week.

“Em nosso portfólio, faz mais sentido. É econômico. Eles são nossos parceiros no Brasil, então é fácil ir a algum lugar (com eles). Portanto, é natural”, disse ela.

A Petrobras espera produzir 2,8 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e tem planos de aumentar esse número para 3,1 milhões de bpd até 2029, afirmou dos Anjos.

A empresa está confortável com os preços atuais do petróleo, pois seus projetos são “sustentáveis a um preço muito baixo de US$45 por barril”, acrescentou.

A referência global Brent interrompeu uma sequência de três dias de ganhos na quarta-feira, ficando perto de US$77 por barril, prejudicado pelo aumento dos estoques de petróleo bruto dos EUA e pela preocupação de que as tarifas comerciais dos EUA afetem a economia global.

No mês passado, a Petrobras disse que as reservas comprovadas estimadas de petróleo, condensado e gás natural subiram para 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em 2024, acima dos 10,9 bilhões de boe em 2023.

Globo Online - RJ   13/02/2025

O próximo leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), marcado para 17 de junho, pode acabar na Justiça. Serão ofertados 332 blocos exploratórios em diversas partes do país, mas, desse total, 145 áreas têm documentação (ou manifestação ambiental, no jargão do setor) do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério do Meio Ambiente que vence em junho, mesmo mês do certame.

Além disso, outro fator apontado como complicador é que 65 áreas estão localizadas na Margem Equatorial, no litoral entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.

Das 65 áreas na Margem Equatorial, 47 estão na Foz do Amazonas, onde a Petrobras ainda aguarda aval do Ibama para perfurar o primeiro poço exploratório na região. Há ainda 17 blocos na Bacia Potiguar e um no Ceará.

Apesar dos entraves, o MME calcula que o leilão tem potencial de arrecadar R$ 444 milhões em bônus de assinatura, além de R$ 3,2 bilhões em investimentos exploratórios mínimos.

Segundo a pasta, as 145 áreas com manifestação prestes a vencer podem ser retiradas do edital caso não recebam ofertas. O mesmo argumento foi reiterado pela ANP: “caso não recebam declaração de interesse para este ciclo e suas manifestações conjuntas não sejam renovadas, eles serão retirados posteriormente do edital”.

Diferentemente de uma rodada de licitações, a oferta permanente de áreas é contínua, de modo que as empresas têm mais tempo para estudar dados técnicos antes de fazer uma oferta.

Para ambientalistas, a ANP decidiu realizar o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão em junho para aproveitar o prazo de vencimento das manifestações ambientais.

— O leilão só está acontecendo por conta do prazo de vencimento das manifestações. Mas há uma questão jurídica nebulosa, pois há entendimentos de que as manifestações valem até o dia do leilão, mas também há interpretação de que é preciso que as manifestações sejam válidas no dia da assinatura do contrato, o que ocorre meses depois. Por isso, há risco para investidores e para o meio ambiente — afirma Nicole Oliveira, diretora executiva da ONG Arayara, destacando que a manifestação ambiental não substitui os futuros processos de licenciamento, que precisam ser conduzidos bloco a bloco.

A ANP só pode incluir áreas após o posicionamento de órgãos ambientais. As manifestações ambientais constituem documentação que abrange portarias e resoluções da ANP, do Ibama e do ICMBio.

Em geral, são excluídas terras indígenas e áreas quilombolas, ambas com zona de amortecimento de 10Km da região da Amazônia Legal e de 8Km em outras regiões. Mas não garantem o direito de executar atividades. Após arrematar a área, as petroleiras precisam dar entrada ao processo de licenciamento ambiental no Ibama.

RODOVIÁRIO

Valor - SP   13/02/2025

Encontro, inicialmente, não constava nas agendas oficiais do presidente e do governador de SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta quarta-feira, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tratar de detalhes da construção do túnel que ligará as cidades de Santos e Guarujá, no litoral paulista.

O motivo é que o projeto está incluído no bojo do "novo PAC", como é conhecida a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento. Inicialmente, o encontro foi omitido das agendas oficiais tanto do presidente quando do governador, mas, após ser questionada, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência confirmou a reunião entre os dois.

Tarcísio de Freitas está em Brasília nesta semana, mas também não havia incluído possibilidade de reunião com Lula em sua agenda como governador. O chefe do Executivo paulista é conhecido por ter proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, por isso, costuma polarizar com a gestão de Lula em questões nacionais.

Apesar das divergências políticas entre os dois, Lula e Tarcísio fecharam um acordo, no ano passado, para que ambas as gestões desembolsem recursos necessários à construção do túnel.

A previsão é que o empreendimento terá custo de aproximadamente R$ 6 bilhões, sendo que 50% desse valor sairá dos cofres do Estado paulista. O restante é de responsabilidade da União. Até esse acordo sair, a previsão era que a obra fosse viabilizada apenas com recursos federais, ou seja, por meio do PAC.

Na época, Tarcísio também viajou para a capital federal, assim como agora, para negociar uma adesão do governo de São Paulo ao empreendimento. A aproximação entre os dois tem sido feita graças à articulação promovida pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), que é do mesmo partido do governador paulista.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em evento no Palácio dos Bandeirantes — Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP

Grandes Construções - SP   13/02/2025

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Via Cristais, subsidiária da VINCI Rodovias, assinaram no dia 10 de fevereiro o contrato de concessão da BR-040, no trecho que liga Belo Horizonte (MG) a Cristalina (GO), dando início a um processo de transformação da infraestrutura rodoviária que vai impactar positivamente a mobilidade, segurança e qualidade do transporte na região.

O contrato assinado oficializa a concessão e o início de um período de transição de um mês, no qual a Via Cristais trabalhará de perto com a ANTT para garantir a continuidade da operação, preparando todos os aspectos necessários para a entrega total da gestão da rodovia, prevista para o dia 10 de março. Durante este período, será garantido o cumprimento das exigências contratuais, visando uma transição sem contratempos.

Desde a conquista da concessão, em setembro de 2024, a VINCI Highways, empresa global com experiência em gestão de rodovias, tem se dedicado para estruturar sua operação no Brasil, criando, por exemplo, a Via Cristais. Com mais de 300 colaboradores, a subsidiária se prepara para uma nova fase de investimentos e melhorias significativas ao longo dos próximos 30 anos.

Além disso, com a assinatura do contrato, um plano acelerado de melhorias será colocado em prática, com foco em oferecer benefícios rápidos e palpáveis aos motoristas que trafegam pela BR-040.

Entre as ações previstas nos primeiros 100 dias de operação, destacam-se:

Sinalização e visibilidade: Revitalização de marcações rodoviárias horizontais e verticais, garantindo maior segurança aos motoristas.
Infraestrutura: reparos de drenagem, recapeamento de pavimentos e a resolução de mais de 1.000 buracos na pista.
Segurança e atendimento: Modernização dos postos de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), torres de telecomunicações e praças de pedágio.
Limpeza e conservação: Melhoria nas condições de limpeza das rodovias, com foco na visibilidade e em condições de condução mais seguras.

Além das melhorias imediatas, a Via Cristais está desenvolvendo um robusto plano de investimentos para o futuro da rodovia, com foco em modernização e expansão. O plano inclui a duplicação de 10 km da estrada, 168 km de faixas adicionais em vias duplas, 174 km em vias simples e 61 km de estradas marginais. As obras começarão em março, com foco em pavimentação, sinalização, drenagem, taludes e pontes.

Estima-se que essas melhorias gerarão cerca de 91.104 empregos diretos e indiretos, contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico da região. Ao todo, o projeto de concessão da BR-040 prevê investimentos totais de R$ 12 bilhões, sendo R$ 6,4 bilhões destinados à infraestrutura e R$ 5,6 bilhões a custos operacionais pelas próximas três décadas.

A concessão contará ainda com um avançado sistema de monitoramento, incluindo 228 câmeras de segurança e 28 painéis de mensagens, assim como tecnologia de detecção automática de incidentes, garantindo maior segurança e eficiência na gestão do tráfego.

Esse investimento robusto, somado ao desconto de 14,32% oferecido pela Vinci Highways no pedágio durante o leilão realizado em setembro de 2024, na sede da B3, em São Paulo, visa proporcionar benefícios tangíveis para os motoristas, como Descontos para Usuários Frequentes (DUF) e o pagamento automático via tags.

A concessão da Rota dos Cristais tem um impacto significativo para a melhoria da infraestrutura rodoviária e para o desenvolvimento econômico da região. Com previsão de beneficiar diretamente mais de 4,2 milhões de pessoas, o projeto contribui para a segurança viária, qualidade de vida e a redução de custos para motoristas que utilizam a rodovia de forma recorrente.

Valor - SP   13/02/2025

Um dos critérios para escolha da melhor proposta é a oferta do menor valor de tarifa de pedágio

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou, em caráter ad referendum, a concessão à iniciativa privada da exploração de infraestrutura e prestação de serviços das rodovias BR060/364/GO/MT, entre Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT).

Segundo resolução do CPPI, publicada nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial da União (DOU), será feita um leilão, por concorrência internacional. Um dos critérios para escolha da melhor proposta é a oferta do menor valor de tarifa de pedágio.

Além disso, o valor da tarifa-teto do edital será aquele capaz de zerar o fluxo de caixa de projeto descontado pelo custo de capital regulatório. O prazo total do contrato da concessão deverá ser de 30 anos, prorrogável por até 30 anos.

A resolução informa ainda que está previsto aporte de recursos vinculados à concessão, em valores proporcionais ao deságio no valor de tarifa de pedágio ofertado pela proponente vencedora do certame licitatório.

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