Clipping Diário

18 | Setembro | 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   18/09/2024

Vista de unidade da U.S. Steel — Foto: Justin Merriman/Bloomberg

O executivo-chefe (CEO) da U.S. Steel, David Burritt, disse na terça-feira que está confiante de que a oferta de US$ 14,9 bilhões da Nippon Steel por sua empresa será fechada "por seus méritos", apesar da oposição política e das preocupações levantadas em uma revisão de segurança nacional.

Burritt, falando no Detroit Economic Club, descreveu o processo de revisão como "muito robusto", mas acrescentou: "confiamos no processo, respeitamos o processo".

"Estamos muito confiantes de que isso vai acontecer", disse ele, referindo-se ao acordo. "Nossa estratégia antes que isso acontecesse era 'melhor, não maior'. Com a Nippon, é 'melhor e maior'".

O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

As observações do CEO mostram que a U.S. Steel está tentando projetar confiança depois que o CFIUS, que estava revisando o acordo, pareceu pronto para bloqueá-lo recentemente, em 31 de agosto.

Naquela data, o CFIUS enviou às empresas uma carta de 17 páginas relatada exclusivamente pela agência de notícias Reuters alegando que a transação representava um risco à segurança nacional ao ameaçar a cadeia de suprimentos de aço para indústrias críticas dos Estados Unidos.

As empresas responderam em uma carta de 100 páginas, também relatada exclusivamente pela Reuters, que o acordo aumentaria a segurança nacional dos Estados Unidos ao permitir que uma empresa de uma nação aliada fizesse um investimento muito necessário em uma empresa americana em dificuldades em um setor crítico.

A aquisição planejada da siderúrgica americana pela Nippon Steel também enfrenta oposição de poderosos democratas e republicanos. A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, disse que quer que a U.S. Steel continue sendo "de propriedade e operada por americanos", enquanto seu rival republicano Donald Trump prometeu bloquear o acordo se eleito.

A U.S. Steel tem sede na Pensilvânia, um estado decisivo e fortemente disputado por ambos os candidatos na eleição de 5 de novembro.

O esperado fim do acordo, em agosto, provocou uma onda de apoio, incluindo uma carta de grupos empresariais, incluindo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, levantando preocupações de que a transação estava sendo influenciada por pressão política. Essa reação pode ter ajudado as empresas, com o Washington Post relatando na sexta-feira que uma decisão sobre o acordo poderia ser adiada até depois da eleição.

Mas para que a decisão seja adiada, as empresas precisariam que o CFIUS estendesse o prazo de 23 de setembro para o processo de revisão.

Burritt, questionado na terça-feira se as empresas haviam recebido uma resposta do CFIUS sobre a extensão solicitada, se recusou a comentar.

A liderança do United Steelworkers Union, que se opõe à fusão, disse em uma carta aos membros na terça-feira que "o governo dos Estados Unidos deve rejeitar o acordo por razões óbvias e importantes de defesa nacional, e (a U.S. Steel) pode permanecer uma empresa independente".

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   18/09/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define, na reunião que começa nesta terça-feira, 17, e termina amanhã a nova taxa de juros (Selic) do Brasil. A aposta majoritária do mercado financeiro é de que a taxa vai subir 0,25 ponto porcentual, passando para 10,75% ao ano. Essa é a previsão de 53 das 61 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast. Seis casas preveem manutenção do juro em 10,5%, enquanto outras duas apostam em elevação de 0,50 ponto na Selic.

Mas a alta não deve parar por aí. Para 26 dessas instituições, a Selic vai terminar o ano num patamar de 11%. Outras 23 acreditam que o juro vai a 11,25%, enquanto para 21 a taxa será ainda maior: 11,75%. Duas projetam 11,5%, enquanto seis acreditam que a Selic não será mexida até o fim ano, terminando no mesmo patamar atual de 10,5%.

A perspectiva de retomada do aperto monetário ganhou força no mercado desde a reunião anterior do Copom, no fim de julho, como reflexo das expectativas de inflação que seguiram descoladas da meta de 3% perseguida pelo BC, da desvalorização cambial e de falas mais duras dos próprios membros do Copom. O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado em 3 de setembro, um resultado acima do esperado pelo mercado, também consolidou a percepção de atividade econômica aquecida e necessidade de alta no juro, observam os analistas.

Na semana passada, o Goldman Sachs ajustou suas projeções para a Selic, passando a prever alta de 0,25 ponto em setembro, elevação de 0,50 ponto em novembro e mais uma alta de 0,25 ponto em dezembro, levando o juro básico a 11,25% ao final deste ano. O Itaú Unibanco também incorporou uma alta da Selic na reunião desta semana, com a perspectiva de a taxa atingir 12% em janeiro de 2025.

O Itaú argumentou que, considerando um câmbio de R$ 5,60 e alguma revisão no hiato do produto (o espaço que o PIB tem para se expandir sem estimular a inflação) à frente, o modelo utilizado pelo Copom indicaria uma inflação de 3,4% no horizonte relevante da política monetária, o que justificaria esse aperto monetário agora. “Com tal projeção, estimamos que a taxa de juros necessária para trazer o IPCA de volta à meta seria de pelo menos 12%”, disse o banco.

O BTG Pactual também está entre as instituições que preveem alta de 0,25 ponto no juro agora em setembro. Na avaliação do economista do banco Álvaro Frasson, uma Selic em 10,5%, em tese, é contracionista (ou seja, frearia a atividade econômica), dado que ele estima que o juro real neutro (que não estimula nem esfria a economia) no País hoje gira entre 8% e 8,5%. Contudo, vetores como uma atividade doméstica mais aquecida por conta do impulso dado pelo governo, um mercado de trabalho resiliente e um cenário externo que levou à depreciação do real diminuíram a “potência” dessa restrição monetária. “Não acho, portanto, que a alta do juro agora seja apenas uma questão de credibilidade do BC. Há fatores de fundamento econômico”, afirma.

Para além da necessidade de aperto monetário agora, Frasson atenta também para as discussões de qual será o “orçamento” total de elevação do juro básico. Ele aponta que a variável que vai determinar isso é o câmbio, uma vez que a retomada do aperto monetário doméstico se dará em um momento de corte de juro nos Estados Unidos. “Nenhum outro emergente está reabrindo ciclo de alta no juro, então o real parece que vai estar bem posicionado”, avalia o economista. O BTG projeta, por ora, mais duas altas de 0,50 ponto, em novembro e dezembro, e uma elevação derradeira de 0,25 ponto em janeiro.

O economista-chefe do Banco BMG, Flavio Serrano, por sua vez, espera elevação de 0,25 ponto na Selic este mês e manutenção desse ritmo de alta até janeiro. Para ele, o cenário de retomada do aperto monetário está associado muito mais a uma questão de credibilidade do BC do que propriamente de fundamentos econômicos. “Tivemos uma comunicação ruidosa e uma formação de expectativas em torno desse ajuste. O BC poderia esperar mais um pouco, mas não vai correr o risco de credibilidade de não subir (a taxa)”, afirma.

Serrano avalia que o balanço de riscos está mais próximo da neutralidade do que da assimetria para cima. Mesmo com a persistência da desancoragem das expectativas de inflação, o economista considera que o juro atual em 10,50% já é restritivo o suficiente para a convergência da inflação no horizonte relevante.

Já para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o BC vai manter o juro básico no atual nível, uma vez que o cenário não se deteriorou substancialmente desde o último encontro do colegiado. “Nós tínhamos condições mais agudas do que as atuais e, ainda assim, o colegiado optou por manter a taxa de juros estável em julho”, afirma. “E mais do que isso, o colegiado não trouxe nenhum guidance para reuniões futuras.”

O economista da CM Capital Matheus Pizzani, por sua vez, está entre os que apostam em uma alta inicial mais agressiva no juro em setembro, de 0,5 ponto. Ele atrela o cenário ao nível bastante aquecido da atividade e a perspectiva de fechamento do hiato do produto. “Temos uma leitura de um hiato que está em processo de fechamento ou até mesmo fechado”, aponta.

Para Pizzani, porém, o ciclo de alta no juro básico será curto, com apenas mais uma elevação, também de 0,50 ponto, em novembro. “Iremos passar por uma mudança na presidência do BC, que vai ser muito observada pelo mercado. Na tentativa de não gerar mais ruídos, muito provavelmente o BC opte por uma neutralidade nesse momento específico do ano (dezembro).”

IstoÉ Dinheiro - SP   18/09/2024

O Banco Central do Brasil deve aumentar nesta quarta-feira (18) sua taxa básica de juros em 0,25%, chegando a 10,75%, dois meses após interromper um ciclo de cortes.

O economista Mauro Rochlin, coordenador acadêmico da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que a “quase unanimidade do mercado” acredita que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será nesse sentido.

“Temos alguns problemas também conjunturais, problemas com relação à seca, problemas com relação a um desemprego muito baixo hoje. Fala-se de pleno emprego, inclusive. O crédito vem se expandindo muito fortemente e, por esses motivos, se acredita que haja uma alta de pelo menos 0,25%”, afirmou à AFP.

A maioria das 123 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo jornal Valor nesta semana prevê que a taxa Selic ficará em 10,75%.

O aumento contradiz os apelos por redução feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob o argumento de que não há explicação para o nível atual.

Em sua última reunião, em julho, o Copom decidiu pela segunda vez consecutiva mantê-la intacta em 10,5% por “cautela” diante de um cenário internacional “incerto” e das projeções de aumento da inflação no país.

Se for confirmado nesta quarta, será o primeiro aumento em pouco mais de dois anos, desde agosto de 2022, e do terceiro mandato de Lula.

A taxa permaneceu inalterada em 13,75% durante um ano, até agosto de 2023. Começou então um ciclo de sete cortes consecutivos até junho.

A inflação registrou leve queda de 0,02% em agosto e ficou em 4,24% no índice anual. Embora esteja dentro da margem de tolerância oficial (até 4,50%), continua longe da meta de 3%.

Segundo o último boletim Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira, o mercado espera uma inflação de 4,30% para este ano.

Já o desemprego registrou uma redução de 1,1 ponto no trimestre maio-julho, situando-se em 6,8%. A população ocupada atingiu novo recorde histórico de 102 milhões de pessoas no período.

O Executivo prevê que a economia brasileira cresça 3,2% este ano, enquanto o mercado prevê 2,68%.

– Na contramão do Fed –

A política de taxas elevadas torna o crédito mais caro e desencoraja o consumo e o investimento.

Desde que assumiu o poder em janeiro de 2023, Lula tem pressionado por um corte das taxas para impulsionar o crescimento econômico.

Em suas críticas, atacou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem acusou de “trabalhar para prejudicar o país”.

A reunião do Copom de terça e quarta-feira ocorre após Lula nomear o economista Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária da instituição, para chefiar o Banco Central a partir de 2025.

A designação ainda precisa receber aprovação do Senado.

A elevação da taxa básica também está relacionada à desvalorização do real frente ao dólar e à desconfiança do mercado na capacidade do governo de cumprir a meta fiscal, segundo analistas.

A decisão do Banco Central do Brasil vai contra a do Federal Reserve (banco central americano), que se prepara para cortar nesta quarta-feira sua taxa básica de juros pela primeira vez desde 2020.

O Estado de S.Paulo - SP   18/09/2024

O Federal Reserve (Fed) dá início nesta terça-feira, 17, à reunião mais esperada do ano, e deve começar a cortar os juros nos Estados Unidos para combater o esfriamento mais rápido do mercado de trabalho, já que os preços cederam rumo à meta de 2% ao ano. Como todo início de ciclo monetário, a volatilidade dá o tom, e as expectativas quanto à intensidade do seu primeiro ato ainda levanta dúvidas de Wall Street à Faria Lima, algo raro na véspera do anúncio.

Com os juros entre 5,25% e 5,5% ao ano, maior patamar em mais de duas décadas, e sem sinais do Fed quanto ao tamanho do corte, o mercado calibrou as suas expectativas tal como o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, orientou: a depender dos dados. Nos últimos meses, os preços na maior economia do mundo engataram um caminho de queda mais sustentado, enquanto o mercado de trabalho, antes aquecido, começou a esfriar, com o desemprego subindo a 4,2% ante 3,7% no fim do ano passado.

Em meio a dados mistos dos EUA, Wall Street mantém as expectativas de um corte de 0,50 ponto porcentual. As chances de um primeiro corte de 0,50 ponto porcentual eram de 59% nesta terça, abaixo dos 62% de segunda, após desempenho mais forte da indústria e do varejo em agosto, mostra levantamento da plataforma CME Group. Há poucos dias, o mercado ainda estava totalmente dividido em uma decisão “cara ou coroa” para a reunião do Fed que termina na quarta, 18, e que deve marcar a primeira queda das taxas no país após a covid-19.

“Estamos no início de um ciclo, então a incerteza é elevada”, diz o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, em entrevista ao Estadão/Broadcast. “E o Fed falhou em não oferecer uma orientação clara sobre quanto eles irão cortar os juros, deixando os participantes do mercado criarem suas expectativas no vácuo”, acrescenta. Para Stanley, o Fed deve começar o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA com um corte de 0,25 p.p. uma vez que a economia americana ainda está saudável. O economista espera que esse seja o ritmo de queda das taxas também nas próximas reuniões, e uma aceleração para 0,50 p.p. deve ocorrer apenas se necessário.

Gigantes de Wall Street como Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley e Citi também estão inclinados a um primeiro corte mais contido, de 0,25 p.p., a despeito das expectativas majoritárias mais “dovish” do mercado. “Autoridades do Fed não sinalizaram um corte maior antes do período de silêncio e, desde então, os dados de inflação dos EUA têm sido ligeiramente firmes”, justificam os estrategistas do Bank of America. E a cobertura da imprensa americana tem sido lida mais como um sentimento do mercado do que um sinal de dirigentes do Fed quanto ao tamanho do primeiro corte de juros, avaliam.

Chegou a hora de a política se ajustar. A direção da viagem é clara, e o momento e o ritmo dos cortes de taxas dependerão dos dados recebidos, da perspectiva em evolução e do balanço de riscos

Jerome Powell, em 23 de agosto

O Citi prevê uma “disputa acirrada” entre uma redução de 0,25 p.p. e de 0,50 p.p. Já a Capital Economics pondera que o fato de o BC dos EUA começar a cortar os juros mais tarde do que o mercado previa é um bom argumento para “compensar” o tempo perdido com um afrouxamento mais rápido da política.

O histórico de flexibilização monetária do Fed mostra, porém, que “reduzir as taxas em uma magnitude maior tem uma barra alta a superar”. “Pode criar a impressão de que os banqueiros centrais cometeram um erro e ficaram atrás da curva”, diz Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics. “Se as autoridades optarem pelo corte maior, isso pode ser interpretado como um sinal de que o Fed sabe algo preocupante sobre a economia que os mercados não sabem”, alerta.

O martelo final vai depender de como Powell conduzirá os seus colegas, considerando um pente fino em um conjunto de variáveis na maior economia do mundo, escreve Nick Timiraos, do The Wall Street Journal. Nem mesmo o jornalista mais acompanhado quando o assunto é Fed, trouxe pistas do caminho que a autoridade monetária deve seguir amanhã. “A única questão é se o mercado pode forçar a mão do Fed”, diz o estrategista-chefe de câmbio do Société Generale, Kit Juckes, em comentário a clientes.

Para além da decisão de setembro, o mercado quer saber o que vem à frente. Nesse sentido, o mercado vai olhar com atenção as projeções que o Fed divulgará em paralelo à decisão de juros. “As novas projeções de pontos vão ajudar tremendamente a moldar as expectativas”, diz Stanley, do Santander, que espera uma série de cortes de 0,25 p.p. nas próximas reuniões do Fed. “O enfraquecimento contínuo do mercado de trabalho provavelmente provocará cortes maiores, se não nesta reunião, então em novembro e dezembro”, prevê o economista-chefe do Citi para os EUA, Andrew Hollenhorst.

O mercado também vai ouvir atentamente as explicações de Powell na tradicional coletiva de imprensa na sequência do anúncio do Fed. “Não esperamos que Powell dê orientação específica sobre o ritmo do ciclo de corte”, diz o Morgan Stanely. “Powell provavelmente permanecerá dependente de dados, indicando que as decisões futuras vão depender dos dados disponíveis”, conclui. O Fed divulga a sua decisão de política monetária nesta quarta, 18, às 15h de Brasília, e concede entrevista à imprensa 30 minutos depois.

CNN Brasil - SP   18/09/2024

O mercado aposta que o Banco Central (BC) deve voltar a subir a taxa básica de juros na quarta-feira (18) a fim de trazer a inflação mais próxima da meta e conter as expectativas, que estão desancoradas.

Contudo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o movimento seria uma medida excessiva, de modo que prejudicaria o crescimento econômico do país, além de ir na contramão de bancos centrais como os dos Estados Unidos e da Europa.

“Os cenários econômicos, atual e prospectivo, principalmente de inflação, mostram que um aumento da Selic seria equivocado e um excesso de conservadorismo da autoridade monetária, com consequências negativas e desnecessárias para a atividade econômica. Além disso, colocaria o Brasil na contramão do que o mundo está fazendo nesse momento, que é a redução das taxas de juros”, afirma em nota Ricardo Alban, presidente da CNI.

“[Isso] apenas traria restrições adicionais ao crescimento econômico, se convertendo em menor bem-estar para a população”, aponta Alban.

A taxa Selic, os juros básicos estabelecidos pelo BC, estão no patamar de 10,5% ao ano.

A confederação destaca o resultado da inflação oficial do país em agosto. Após atingir alta de 4,5% nos 12 meses até julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) arrefeceu a 4,24% na última divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação mensal, o índice registrou deflação de 0,02%, resultado melhor do que o esperado pelo mercado.

A meta para a inflação é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com a definição da meta contínua de inflação, passando a considerar como descumprido o objetivo quando a taxa se mantiver por seis meses acima da meta, a CNI ainda reforça que o Comitê de Política Monetária (Copom) deveria considerar o comportamento da alta dos preços no longo prazo, invés de olhar para o final deste ano.

Não obstante, o BC aponta que a inflação deve chegar a 3,2% no seu horizonte relevante — uma margem de 18 meses à frente a qual considera referência para o exercício da política monetária.

“A CNI considera que esse pequeno desvio não justifica a elevação da taxa de juros, que está em patamar elevado há bastante tempo e ainda marca uma política monetária bastante contracionista, mais do que capaz de manter a inflação sob controle”, pondera a confederação.

“O aumento da Selic frustraria a recuperação da indústria de transformação e do investimento. A alta da taxa de juros real também dificultaria a sustentabilidade das contas públicas, uma vez que cada ponto percentual a mais na Selic representa cerca de R$ 40 bilhões por ano em despesas com juros.”

O Estado de S.Paulo - SP   18/09/2024

À medida que a decisão mais importante do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2024 se aproxima, não faltam argumentos, concorde-se com eles ou não, para que o Banco Central (BC) eleve a taxa Selic ou para que a deixe em 10,5%. Se do ponto de vista técnico há espaço para que se opte pela elevação ou pela manutenção, do lado da comunicação só há um caminho: clareza, de modo que a decisão que o comitê vier a tomar seja não só estritamente técnica, mas informada de modo a não gerar ruídos.

Se estiver em dúvida sobre como se comunicar, o BC já conta com um guia informal do que não se deve fazer. É impossível não voltar à fatídica reunião de maio, quando os membros do comitê se dividiram – os quatro diretores indicados por Lula da Silva votaram por uma queda de 0,50 ponto porcentual (p.p.) da Selic, enquanto os outros cinco, por uma redução de 0,25 p.p. Decisões divididas por si sós podem gerar inquietação no mercado e não será diferente agora em setembro, se o Copom não votar de forma unânime. Em maio, contudo, a decisão dividida causou menos ruído do que o comunicado lacônico após a reunião.

A mensagem, de 8 de maio, não trouxe uma mísera linha sinalizando os motivos que levaram à divergência, algo que só foi esclarecido alguns dias depois (uma eternidade, quando se trata de tema tão fundamental), quando da divulgação da ata, em 14 de maio. Além disso, não faltaram manifestações desalinhadas de membros do Copom, que ora serviram para acalmar o mercado, ora para atiçar o sentimento de confusão.

Para o encontro que está prestes a acontecer, é essencial que os diretores tenham consciência de que precisam comunicar a decisão que tomarem de forma clara, efetiva e coordenada. A próxima reunião não é trivial. Ocorre em momento em que os juros nos EUA finalmente cairão, o que reforça o argumento da ala de especialistas que entendem que, com o alívio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a Selic, já bastante elevada no Brasil, não precisa subir ainda mais. Por outro lado, há o coro, majoritário, dos que veem o cumprimento da meta de inflação de 3% cada vez mais ameaçado, tanto por velhos fatores como por outros relativamente novos, como o impacto, nos preços de energia, da seca sem precedentes que assola o País.

O cenário para a decisão de setembro do Copom não é nada simples, como também não vinha sendo para as autoridades monetárias de EUA e Inglaterra, mas do ponto de vista da comunicação os bancos centrais daqueles países oferecem um guia do que fazer: comunicação clara e rápida – os presidentes do Fed e do Bank of England (BoE) concedem entrevista coletiva no mesmo dia em que tomam suas decisões de política monetária.

Uma comunicação eficiente e ágil do BC brasileiro se faz ainda mais necessária diante do contexto de politização das ações do Copom. Em boa parte deste ano, o presidente Lula da Silva atacou o “exagero” dos juros altos e, mais particularmente, seu desafeto na presidência da autarquia, o “insensível” Roberto Campos Neto. No meio desse imbróglio, Gabriel Galípolo, apadrinhado de Lula que vai substituir Campos Neto, viu-se compelido a demonstrar ao mercado que será firme no combate à inflação, declaração dada tantas vezes que praticamente consolidou a expectativa de que a Selic voltará a subir.

Comunicação clara e ágil e excesso de declarações não são sinônimos. De um modo geral, alguns membros do Copom falam demais, muitas vezes sem delimitar quando estão se pronunciando de forma pública, privada, pessoal ou em nome do colegiado. No caso de Galípolo, é de certa forma compreensível que, com currículo menos vistoso que o de outros presidentes do BC e por se encontrar no meio do tiroteio do governo contra Campos Neto, tenha buscado tranquilizar o mercado de que, uma vez no leme do BC, agirá de forma técnica.

Que assim seja. Que a política não contamine as ações do Banco Central, e que este as comunique com clareza e agilidade.

O Estado de S.Paulo - SP   18/09/2024

Que o Copom precisa elevar os juros na reunião desta quarta-feira, 18, já é um consenso no mercado. A maioria dos analistas aposta também que a primeira alta provavelmente vai ser gradual, como até avisou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ou seja, um aperto de 0,25 ponto porcentual, para 10,75%. Mas, se esse é o ritmo que as condições exigem para entregar uma inflação na meta de 3%, isso já é outra história.

Nos cálculos dos economistas mais experientes, levando-se em conta o balanço de riscos atual e os modelos de projeções do BC, o Copom precisaria aumentar a taxa Selic em um total de 1,5 ponto para garantir que a inflação irá convergir para a meta no horizonte relevante de política monetária. Mas, em um cenário com tantas incertezas externas e domésticas, conseguirá o Copom atingir esse objetivo a um ritmo de seis altas de 0,25 ponto da Selic? Ou seria melhor o BC comprar um seguro, acelerando o passo das elevações dos juros para 0,50 ponto em três altas?

É aí que entra outro ponto de grande atenção no desfecho da reunião do Copom desta quarta-feira, 18: o que irá sinalizar o comunicado sobre os próximos passos da política monetária. Se, por exemplo, o Copom decidir por uma primeira alta gradual da Selic, de 0,25 ponto, mas deixar em aberto – no comunicado que acompanhará a decisão – a possibilidade de acelerar o ritmo do aperto para 0,50 ponto na sua próxima reunião, o mercado ainda assim irá reagir positivamente. Bastaria o Copom dizer, no documento, que o tamanho da alta de juros na próxima reunião, em outubro, dependerá dos dados. Ou seja, não necessariamente outra alta de 0,25 ponto já estaria contratada.

Quem defende uma estratégia gradualista pelo Copom no ciclo de aperto monetário argumenta que o início dos cortes de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve vai tirar a pressão sobre o câmbio e, por tabela, ajudar os bancos centrais de países emergentes. No curto prazo, essa ajuda externa vai dar um alívio. Mas o BC deve mirar os vários fatores de pressão doméstica no médio prazo.

Primeiro, a economia brasileira está aquecida e operando acima do seu potencial, com a taxa de desemprego muito baixa e a massa salarial crescendo a um ritmo forte. Essa é uma fonte de pressão sobre os preços. Depois, a piora na percepção de risco nos gastos públicos, com a baixa credibilidade do arcabouço fiscal, empurra para cima as expectativas inflacionárias. Na encruzilhada entre o alívio de curto prazo e as pressões no médio prazo, faz sentido o Copom comprar um seguro e acelerar o ciclo de alta de juros.

IstoÉ Dinheiro - SP   18/09/2024

O vice-presidente da República e ministro responsável pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 17, que a pasta está trabalhando na ampliação, a partir do ano que vem, do Reintegra, o programa de devolução de impostos pagos por empresas exportadoras.

Dado o impacto fiscal, Alckmin informou a intenção de que apenas pequenas empresas sejam beneficiadas na primeira etapa de ampliação do programa, chamada por ele de “Reintegra de transição”, uma vez que visa atender as empresas até o momento em que a reforma tributária acabar com o acúmulo de créditos tributários não compensados antes das exportações.

“Começaremos pelos pequenos, a meta é o ano que vem. É o que eu chamo de Reintegra de transição, porque isso a cumulatividade vai acabar com a reforma tributária. Até lá, estamos trabalhando para fazer um Reintegra de transição, começando com as pequenas empresas”, declarou o vice-presidente ao discursar, via videoconferência, na abertura do congresso da Abimaq, entidade que representa a indústria de máquinas e equipamentos.

Alckmin destacou ainda aos empresários do setor de bens de capital que o programa de depreciação acelerada já está aberto a propostas para compra de máquinas e equipamentos.

O benefício visa apoiar a modernização do parque industrial ao permitir que investimentos em bens de capital possam ser usados no abatimento dos impostos pagos pelas empresas em apenas dois anos, ao invés de até 20 anos. Foram liberados R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, sendo R$ 1,7 bilhão em 2024 e a outra metade no ano que vem.

Na quinta-feira da semana passada, foi publicado o decreto presidencial definindo as 23 atividades industriais beneficiadas pelo programa. Os recursos serão proporcionais ao tamanho de cada setor.

Nesta terça, Alckmin disse que o incentivo vem ao encontro do desafio de aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar os investimentos da indústria. Ele reiterou que o ministério quer ampliar os recursos e prazo do programa de depreciação acelerada.

Em seu discurso, o vice-presidente também destacou a aprovação da reforma tributária, agora em fase de regulamentação no Senado, citando projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apontam um impulso de 12% no Produto Interno Bruto (PIB), de 14% nos investimentos e de 17% nas exportações durante os 15 primeiros anos do novo modelo de tributação do consumo.

MINERAÇÃO

Investing - SP   18/09/2024

Com queda das ações da Vale (BVMF:VALE3) desde o início do ano, as incertezas a respeito do acordo envolvendo o rompimento da barragem em Mariana (MG), além da fraqueza do minério de ferro, estariam entre os motivos para a pressão nos papéis, de acordo com a Levante Investimentos. O mercado já teria precificado essas diversas desvantagens e receios dos investidores, que antes incluíam a sucessão para o cargo de CEO, mas, com esta resolução, agora o momento tende a ser favorável.

Fonte: Investing.com

Segundo o analista Flávio Conde, mesmo com a resolução de entraves, a ação ainda pode registrar valorização novamente, tendo em vista a indicação de compra da Levante na mineradora, sem preço-alvo, mas o investidor precisa estar ciente de que o papel não deve retomar o patamar entre R$80 e R$90, no seu entendimento.

“A Vale nunca mais, dificilmente, vai voltar naquele patamar de minério de ferro a US$160. Aquilo aconteceu em 2022 por conta da invasão da Ucrânia e fez com que o petróleo subisse para US$120 e todas as commodities subiram juntas. Então, o novo normal é esse, US$80 a US$100, no máximo US$110”, considera Conde. A tendência de médio prazo é de que o minério fique em torno dos US$80, entende o especialista.

Entre os fatores que pressionam as cotações do minério de ferro, estão demanda fraca na China, com um setor imobiliário ainda em recuperação, e a queda no preço do petróleo, que seria “o pai de todas as commodities”, direcionando outras para cima ou para baixo.

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“O chinês, principalmente, fica muito de olho, além da demanda da siderúrgica, ele fica de olho em como está o petróleo. Então, quando ele vê o petróleo caindo, ele, aos poucos, vai passando isso para o preço também do minério”, esclarece Conde, que entende ser difícil estimar um preço para o minério.

Acordo relacionado ao rompimento da barragem em Mariana

Uma das principais incertezas dos investidores está relacionada ao patamar do acordo da Vale, BHP e Samarco referente ao rompimento da barragem Fundão, pertencente à Samarco Mineração, em Mariana, no estado de Minas Gerais. Em negociações avançadas, a expectativa da Vale é chegar a um acordo sobre o assunto até outubro deste ano.

O acordo de reparação e compensação poderia envolver pagamento de R$167 bilhões, disse nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Este montante incluiria pagamentos já realizados, mas também novos recursos a serem gastos e obras das mineradoras.

Conde lembra que a expectativa inicial era entre R$80 bi e R$85 bilhões e as últimas indicações giravam em torno de R$100 bilhões, conforme apontado pela agência de notícias Reuters.

“Em primeiro lugar, o aumento do valor não é boa notícia, mas a resolução do problema é uma boa notícia, porque tanto o acordo de Mariana como o de Brumadinho têm pesado principalmente para o investidor estrangeiro que não gosta de riscos, principalmente riscos de multas, indenizações, etc. Uma vez resolvida a situação em Mariana definitivamente, como vai ser pago e quanto vai ser pago, os investidores estrangeiros voltam a focar em apenas um assunto, que é o preço do minério de ferro”, espera Conde.

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Sucessão – um risco a menos

No final de agosto, a Vale informou que Gustavo Pimenta, atual vice-presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, será o novo presidente, trazendo um desfecho positivo, segundo Conde, para o processo de sucessão conturbado. O nome foi avaliado de forma positiva por ele e pelo mercado diante do histórico importante e bem-sucedido em empresas.

“Houve uma surpresa muito grande no início do ano, em janeiro, quando o governo, no seu segundo ano de mandato, o Lula III ensaiou colocar o ex-ministro Guido Mantega como presidente da companhia. Uma coisa completamente esdrúxula, porque ele não entende do setor”, recorda Conde.

Para o analista, esta seria “uma interferência completamente não prevista e injusta, porque, ao contrário da Petrobras (BVMF:PETR4), onde o governo tem 30% das ações ordinárias, o governo, a União, não tem nenhuma ação da Vale”, destaca Conde, ao apontar que, com a privatização, o Previ teria 8% das ações, mas é um fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) e não seria um investimento direto da União.

Sugestão de estratégia da Levante

O investidor pode se defender e rentabilizar a sua posição nas ações da Vale ao fazer operações cobertas de call e put para ganhar um dividendo extra todo mês, indica Conde.

“Porque se você conseguir um dividendo extra por mês de um sintético via venda de call ou compra de put, você está colocando 1% a 2% por mês do bolso além dos dividendos em torno de 8% a 10%, então o posicionamento em Vale mudou, não é mais para valorização e crescimento, mas sim para dividendos”, orienta o analista.

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VALE: Será que esse gigante do mercado está enfrentando desafios?

Com a disparada do mercado em 2024, muitas pessoas estão com medo de colocar mais dinheiro nas ações. É verdade que o mercado sempre oferece oportunidades, mas parece mais difícil encontrá-las agora do que no ano passado.

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As ações selecionadas todos os meses pelo ProPicks podem gerar retornos expressivos nos próximos anos.

AUTOMOTIVO

Investing - SP   18/09/2024

Os carros elétricos a bateria (BEVs, na sigla em inglês) vendidos na União Europeia devem atingir uma participação total de mercado entre 20% e 24% até 2025, principalmente devido aos preços de venda mais baratos, disse nesta terça-feira a Transport & Environment (T&E).

As vendas de veículos elétricos na UE diminuíram nos últimos meses -- para uma participação de mercado de 14% no primeiro semestre do ano -- em parte devido às políticas divergentes sobre incentivos verdes em todo o bloco. Os reguladores, buscando proteger a indústria da UE, impuseram tarifas pesadas sobre carros chineses.

A Alemanha, maior mercado de veículos elétricos da União Europeia, introduziu incentivos em setembro para acelerar a transição verde.

A T&E, que em junho havia previsto uma participação de 21% para o ano que vem, projeta que as vendas aumentarão. A organização -- que reúne sob seu guarda-chuva ONGs que atuam nas áreas de transporte e meio ambiente -- disse que suas novas projeções levam em consideração a chegada esperada em 2024 e 2025 de sete novos modelos totalmente elétricos, com preços abaixo de 25.000 euros, representando de 10% a 15% do mercado de veículos elétricos a bateria no ano que vem.

Os veículos elétricos devem contribuir com cerca de 60% da redução de dióxido de carbono (CO2) que as montadoras exigem para atingir as metas de emissões da UE no ano que vem. Já as opções híbridas podem contribuir com 20% das reduções de emissões, afirmou a T&E.

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Diante da queda na demanda por veículos elétricos e do aumento da concorrência dos carros chineses mais baratos, os fabricantes europeus pediram aos legisladores da UE que ativassem uma cláusula de crise que adiaria suas metas de CO2 em dois anos.

A T&E disse que os legisladores devem resistir a quaisquer movimentos para enfraquecer ou atrasar as metas de 2025-2030. Para a organização, a eletrificação deve ser sustentada por políticas nacionais sólidas.

"A liderança atual dos fabricantes chineses de veículos elétricos só mostra que quanto mais a UE proteger seus fabricantes de automóveis atrasados, menos competitivos eles serão", disse a T&E.

Infomoney - SP   18/09/2024

Numa prova de que a atividade econômica nos Estados Unidos continua aquecida, a produção industrial subiu 0,8% em agosto após ter mostrado que de 0,9% em julho, informou nesta terça-feira (17) o Federal Reserve (Fed, o banco central americano.

Especificamente, o setor de manufatura avançou 0,9% em agosto após cair 0,7% no mês anterior. Esse padrão foi motivado em parte por uma recuperação no índice de veículos automotores e peças, que saltou quase 10% em agosto após recuo de 9% em julho.

Excluindo os veículos automotores e peças, no entanto, a manufatura cresceu apenas 0,3% em agosto.
O índice de mineração subiu 0,8%, enquanto o índice de serviços públicos ficou estável no mês.

A utilização da capacidade subiu de 77,4% em julho para 78,0% em agosto, uma taxa que está 1,7 ponto percentual abaixo de sua média de longo prazo (1972–2023).

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   18/09/2024

Os aumentos de preços na mão de obra e no material de construção pressionaram a inflação do setor dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma elevação de 0,59% em agosto para uma alta de 0,79% em setembro.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,68% em agosto para uma alta de 0,78% em setembro. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram aumento de 0,83% em setembro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,31% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra foi de um aumento de 0,47% em agosto para uma alta de 0,80% em setembro.

Globo Online - RJ   18/09/2024
Já em uma “batalha” para manter os juros atrativos nos financiamentos imobiliários em meio à redução da poupança, a Caixa Econômica Federal avalia que a perspectiva de aumento da Taxa Selic nesta quarta-feira apressa a busca do setor por novas fontes de recursos para bancar o crédito habitacional.

A depender da evolução da Selic e da captação na poupança até o fim deste ano, a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, diz que o banco “terá de fazer conta” em relação aos juros cobrados dos seus clientes, mas que o assunto não está na “ordem do dia”.

A retomada do ciclo de aperto monetário é esperada por 114 das 126 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. A maioria (108) espera uma alta de 0,25 ponto percentual, de 10,50% para 10,75% ao ano, enquanto outras seis veem aumento de 0,50 ponto, para 11%.

— A sinalização de alta de juros (pelo BC) quebra um pouco as nossas pernas, porque juros altos e financiamento habitacional são coisas incompatíveis praticamente. Somos um país com enormes desigualdades, então o custo do dinheiro é fundamental para o crédito habitacional — disse Inês Magalhães, em entrevista ao GLOBO.

A discussão sobre o futuro do funding para o financiamento da casa própria vem sendo liderada pelo Ministério da Fazenda em meio à queda dos investimentos na caderneta de poupança, principal recurso usado para bancar o crédito imobiliário. Uma das principais apostas era a estruturação do mercado secundário pela estatal Emgea, mas, na avaliação da VP da Caixa, essa proposta fica mais complexa em um cenário de Selic maior.

Fundos de pensão

Nesse contexto, grande parte das fichas está agora em uma estratégia para aumentar a participação de fundos de pensão em investimentos imobiliários. A ideia, segundo a VP da Caixa, é atraí-los para aplicações em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A participação dos recursos obtidos com esses títulos de renda fixa para bancar o financiamento habitacional vem crescendo nos últimos anos.

Esses papéis normalmente chamam a atenção dos investidores pela isenção de Imposto de Renda, o que aumenta a rentabilidade obtida. Mas as aplicações dos fundos de pensão já são isentas de IR, então seria necessário um benefício a mais para atraí-los, especialmente em um contexto de Selic nas alturas. O governo, então, vem estudando, segundo Inês, possíveis incentivos para os emissores de LCI, CRI e LIG, bancos e securitizadoras, na oferta a investidores institucionais. Uma opção, por exemplo, seria conceder benefícios tributários.

Atualmente, os investimentos imobiliários dos fundos de pensão somam R$ 37,7 bilhões, apenas 3,2% do total de recursos aplicados, segundo a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Os bancos também vêm pedindo para que o BC reduza a alíquota de depósito compulsório da poupança de 20% para 15%, de modo a aumentar o direcionamento obrigatório de recursos para o crédito imobiliário, que hoje é de 65%. Inês, porém, afirma que essa alternativa está mais “difícil” diante das preocupações da autoridade monetária com a inflação.

Nos financiamentos realizados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), a Caixa usa atualmente um mix de funding de cerca de 70% da caderneta e 30% de LCI. Com essa composição, os juros do financiamento habitacional do banco começam em 8,99% ao ano, abaixo da Selic.

Os recursos da poupança são mais baratos, já que são indexados à Taxa Referencial, que rende hoje menos de 1% ao ano, com um adicional de 0,5% ao mês (6,1% ao ano) atualmente. Já a LCI é remunerada por um percentual do CDI, ligado à taxa Selic.

— As alternativas talvez venham a melhorar esse mix para continuar trabalhando com esse patamar de juros (de financiamento imobiliário). As melhores, do ponto de vista do valor, seriam a questão do compulsório e as alternativas de papéis para os investimentos dos fundos de pensão, que ainda não são imediatos, mas que terão que acontecer a partir do ano que vem.

Juros do financiamento

Segundo a VP, a discussão sobre um possível aumento de juros nos financiamentos da Caixa não está na “ordem do dia”. Mas ela afirma que o banco terá de “fazer conta” a depender da evolução tanto da taxa Selic quanto da captação do banco na poupança e de LCI.

No fim de agosto, o governo ajustou o prazo de vencimento mínimo da letra, de 12 para 9 meses, igualando-o ao da LCA, título similar voltado para o agronegócio. Até fevereiro, os dois papéis tinham prazo mínimo de 90 dias e a mudança gerou redução da demanda, apontam os bancos.

Com a mudança recente, a vice de Habitação da Caixa diz que o momento é de avaliar os efeitos na “arrecadação” com LCI e também na poupança, que vem mostrando um quadro um pouco melhor em 2024 em relação aos anos anteriores. No fim de 2020, o saldo era de R$ 801 bilhões, chegou a R$ 747 bilhões no final do ano passado e atualmente está em R$ 766 bilhões.

— A Caixa tem o papel de continuar fazendo o mercado rodar. Digamos que, como diz Ariano Suassuna, somos realistas esperançosos, de que vamos construindo alternativas e que não teremos que extrapolar (os juros atuais).

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Caso tenha que aumentar, Inês afirmou que o banco pensará em fazer a mudança em faixas específicas, de modo a tentar proteger a baixa renda. Outra ideia do banco para o funding do crédito imobiliário é a emissão de títulos sustentáveis, considerando o forte apelo social do programa Minhas Casa Minha Vida.

MCMV

Em relação ao programa social, Inês Magalhães avalia que as condições de financiamento para o público-alvo talvez estejam atualmente em seu melhor momento, após as mudanças nas regras realizadas no ano passado. O MCMV é custeado por recursos da União e pelo FGTS, ou seja, está “protegido” dos efeitos da redução da caderneta.

O programa, que atende famílias com renda de até R$ 8 mil, foi citado por economistas como um importante fator para o crescimento do setor de construção no segundo trimestre, colaborando para a forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB), de 1,4%. No período, as concessões de crédito imobiliário pela Caixa com recursos do FGTS aumentaram 55,1% ante o mesmo período de 2023.

Em agosto de 2023, o governo federal alterou as regras do programa, com a redução dos juros para os beneficiários que ganham até R$ 2.640 nas regiões Norte e Nordeste, além de aumento do prazo do financiamento, para 420 meses, e do limite do valor de imóvel, para R$ 350 mil.

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   18/09/2024

As obras de construção da Linha 2 do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) começaram nesta segunda-feira (16). Há mais de 20 anos os belo-horizontinos aguardam por esta notícia.

As obras que prometem levar o metrô até o Barreiro estão previstas no contrato firmado pelo governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), e a concessionária Metrô BH.

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A cerimônia de início de obras aconteceu no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, e contou com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

“Para o final da minha gestão, o que eu faço questão é de deixar um legado. Estamos iniciando obras que quem inaugurará será o próximo ou os próximos governadores de Minas. Eu não tenho a pretensão de inaugurar obras, mas de lançar projetos que vão melhorar a vida dos mineiros. E o metrô cabe muito bem dentro deste raciocínio”, disse o governador.

Como será o trajeto de metrô até o Barreiro

O novo traçado que está sendo chamado de Linha 2 vai interligar a atual Linha 1 do metrô até o Barreiro, e terá 10,5 quilômetros. A estação Nova Suíça, que fará a integração entre as duas linhas, será uma das novas estações a serem implementadas.

Além dela, outras seis novas estações serão instaladas ao longo da Linha 2. Veja a lista completa de novas estações:
Nova Suíça; Amazonas; Nova Gameleira; Nova Cintra; Vista Alegre; Ferrugem; Barreiro.

A implantação das estações será concluída por etapas, seguindo o cronograma previamente estabelecido, começando pelos equipamentos no Nova Suíça e na Amazonas, que já devem ficar prontas em 2026.

O pleno funcionamento da Linha 2 está previsto para 2028, e possui a expectativa de passar a transportar uma média de 213 mil passageiros por dia, sendo 157 mil na Linha 1, e 56 mil na Linha 2.

 

NAVAL

Valor - SP   18/09/2024

Apesar dos valores bilionários, o desmantelamento das estruturas no Brasil ainda esbarra em desafios ambientais e tributários

A desmontagem de plataformas marítimas (offshore) e terrestres (onshore) de petróleo e gás, conhecida como descomissionamento, deve gerar um fluxo de investimentos no país da ordem de R$ 306 bilhões nos próximos 30 anos, conforme estudo da Aurum Tank. A desativação das unidades envolve remoção de instalações, destinação adequada de materiais, resíduos e rejeitos, recuperação ambiental da área e preservação de condições de segurança de navegação local para que se retorne às condições ambientais anteriores à produção. Apesar dos valores bilionários, o desmantelamento das estruturas esbarra em desafios ambientais e tributários.

O descomissionamento é obrigatório, previsto nos contratos de concessão firmados com as petroleiras, uma vez que termina a vida útil dos campos de produção. A medida pode envolver a reutilização ou reciclagem dos materiais em outras indústrias, como sucata.

A plataforma da Petrobras P-32 será a primeira a ser desmontada no Brasil. A Shell realizou descomissionamento de uma unidade que operava na Bacia de Campos, o FPSO Fluminense, mas o ativo foi enviado para desmontagem no exterior. “Creio que essa é uma avenida que o Brasil, como indústria, deveria investigar. Há oportunidade para que estaleiros se capacitem, desenvolvam tecnologia e se preparem para essa oportunidade que está vindo, em vez de deixar esse navio sair do país”, disse o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa.

A Petrobras iniciou o plano de desmontar 23 plataformas nos próximos cinco anos. As duas primeiras unidades foram arrematadas pela Gerdau em licitação: a P-32 e a P-33. A Ocyan venceu outro certame, da retirada dos dutos, tubulações e equipamentos submarinos, por R$ 900 milhões. A P-32 está no Estaleiro Rio Grande, da Ecovix, no Rio Grande do Sul, e a P-33 está no Porto do Açu, no Rio, para serviços prévios, antes de seguir para desmontagem, também no estaleiro Rio Grande.

Para a Petrobras, o descomissionamento está em processo de aprimoramento para incorporar lições aprendidas e melhores práticas da indústria. “Muitos aprendizados, tanto para a Petrobras, quanto para o mercado nacional, estão sendo extraídos desse processo”, avalia, em nota.

Segundo levantamento da Aurum Tank, o total de investimento considera 240 plataformas instaladas no país, incluindo as que ainda serão construídas e entrarão em operação nos próximos anos. O movimento deve ser em duas fases: a primeira, principalmente, com unidades das bacias de Campos e Sergipe-Alagoas e a segunda com plataformas do pré-sal de Santos.

A primeira onda envolverá investimentos de R$ 115,1 bilhões até 2036, e a segunda, de R$ 191 bilhões, segundo a consultoria de José Mauro Coelho, ex-presidente da Petrobras e ex-secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), e de Guilherme Mercês, ex-economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Entre 2037 e 2040, projeta-se o maior volume de investimentos, com R$ 69,7 bilhões voltados para desmontar 23 unidades, sendo 17 na Bacia de Campos e o restante na de Santos. O valor pode aumentar, considerando os investimentos em novas fronteiras petrolíferas, como a Bacia de Pelotas e a Margem Equatorial.

O licenciamento de empresas que fazem o desmantelamento das embarcações é de competência dos órgãos estaduais de meio ambiente, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

As petroleiras fazem provisões e apresentam garantias à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para assegurar recursos para a desmontagem das instalações. É o chamado custo do abandono (“abex”), que se alinha às despesas de investimento (“capex”) e de operação (“opex”). “O negócio de um operador é produzir petróleo, mas não fazer o abandono do campo. Mas é obrigação fazer ou contratar alguém que faça o abandono”, disse Coelho.

Há alguns desafios para que esse mercado se consolide no país. Um deles é tributário, pois as plataformas, em geral, são enquadradas no regime tributário especial denominado Repetro, que permite incentivos à exportação das que foram produzidas no Brasil. O regime admite importação temporária de plataformas e equipamentos, com suspensão dos tributos aduaneiros. No caso do descomissionamento, ainda não está claro se a atividade está enquadrada.

Jeniffer Pires, sócia do Kincaid Mendes Vianna Advogados, diz que falta um regime aduaneiro que preveja regras de desmantelamento de plataformas. “A norma brasileira não atende à atividade de reciclagem de embarcações. O ideal é que a indústria não perca a oportunidade de fazer descomissionamento no Brasil.”

A especialista na área de petróleo afirma que a falta de legislação adequada pode levar as companhias do setor a deixarem de trazer um incremento ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caso a atividade não seja regulamentada. “Tanto os órgãos ambientais quanto a Receita Federal não estão abertos para essa oportunidade de modernizar um setor importante como a indústria naval. O Brasil tem a chance de se tornar um polo, como alguns países asiáticos são. Se nada for feito, as empresas devem escolher fazer o desmantelamento de plataforma em outros países.”

A primeira plataforma a ser desmontada no Brasil, a P-32, enfrenta um impasse por conta dos resíduos de água oleosa encontrados na desmontagem. Segundo a Petrobras, a plataforma pertence agora à Gerdau, com quem está tratando sobre as providências. “Quando a unidade chegou no estaleiro para iniciar as atividades de desmonte, constatou-se um desalinhamento entre a expectativa da Gerdau e a real condição de limpeza da plataforma”, disse a estatal.

Procurada, a Gerdau diz que tem tomado providências, respeitando limites legais, ambientais e de saúde dos colaboradores. A empresa reforçou o ganho ambiental do uso da sucata metálica como matéria-prima na produção de aço.

PETROLÍFERO

Valor - SP   18/09/2024

A produção de petróleo da União alcançou novo recorde em julho, chegando a 86 mil barris de petróleo por dia (bpd). O volume é referente aos oito contratos de partilha (81,76 mil bpd) e aos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Tupi e Atapu.

O resultado é 21,13% acima da produção de junho e foi influenciado principalmente pelo aumento da produção de Mero. No mesmo período, a União teve direito a uma produção de gás natural de 175 mil metros cúbicos por dia (m³) por dia, 5,4% maior do que o resultado de junho. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção, divulgado nesta terça-feira (17) pela PPSA (Pré-Sal Petróleo).

No regime de partilha, a União tem direito a uma parcela da produção de petróleo e gás natural de todos os campos licitados. Hoje existem 24 contratos assinados em regime de partilha e oito deles estão produzindo. Ou seja, a União tem direito a uma parcela da produção de cada um destes campos.

A PPSA é a empresa que faz a gestão destes contratos e também é a empresa que comercializa estas parcelas.

Além disso, a PPSA representa a União nos acordos de individualização da produção no polígono do pré-sal. Ou seja, toda vez que um bloco arrematado por qualquer empresa que esteja operando no polígono extrapole a área contratada, ampliando assim a sua produção em uma área não contratada, é necessário fazer um acordo de individualização da produção. A PPSA representa a União neste acordo e assim a União passa também a ter direito a uma parcela da produção.

A União não é uma empresa operadora, mas ela tem produção em função de ter participação em oito contratos e em mais dois acordos de individualização da produção das áreas não contratadas de Tupi e Atapu.

Segundo a diretora técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, com esse novo recorde, a União se posicionou, em julho, como a sexta maior produtora de petróleo do país. “Começamos o ano na nona posição no ranking e estamos crescendo. Vamos ter muito óleo para comercializar nos próximos anos. Amanhã faremos um novo processo de venda spot para comercializar 1,5 milhão de barris de petróleo em três cargas dos campos de Atapu, Sépia e Itapu e em 2025 teremos um novo leilão na B3 para vender as cargas de 2026”, disse ela.

Contratos de partilha de produção

A produção total dos contratos em regime de partilha está estável em 1 milhão de barris de petróleo por dia. São oito contratos em produção e o campo de Búzios segue como o maior produtor, com cerca de 470 mil bpd, seguido de Mero (302 mil bpd) e Sépia (97,4 mil bpd). Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha é de 873 milhões de barris de petróleo. A produção acumulada da União soma 48,37 milhões de barris.

Ainda em julho, a produção de gás natural disponível para exportação em regime de partilha foi 4,11 milhões de m³ por dia. O resultado representa aumento de 8% em relação ao mês anterior. O melhor resultado foi devido ao aumento da exportação de gás no FPSO Carioca, no Campo de Sépia. Deste total, a União teve direito a uma produção de 175 mil m³ por dia, somando os resultados do AIP de Tupi. Desde 2017, início da série histórica, a exportação acumulada de gás natural em regime de partilha é de 2,5 bilhões. A parcela acumulada da União soma 192 milhões.

Investing - SP   18/09/2024

A Petrobras (BVMF:PETR4) informou que assinou hoje dois novos contratos com a TechnipFMC para aquisição de equipamentos submarinos e dutos flexíveis, no valor de aproximadamente R$ 2,9 bilhões.

O objetivo dos contratos, informou a estatal, é viabilizar a produção dos campos de Búzios, Libra, Tupi, Atapu, Sépia e Roncador, no pré-sal das bacias de Santos e Campos. Essa produção vem aumentando nos últimos anos e deve escalar mais ainda até o fim da década.

Segundo a Petrobras, a fabricação dos equipamentos terá início no terceiro trimestre de 2024, sempre no Rio de Janeiro. Eles serão fabricados no Parque Industrial da TechnipFMC às margens do trecho da Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, e na sua fábrica de flexíveis no Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no norte do Estado do Rio. Já as demandas de serviço serão atendidas nas fábricas da empresa em Macaé (RJ) e no Porto do Açu.

Conteúdo local

Os contratos da Petrobras com a TechnipFMC preveem conteúdo local mínimo de até 55% para fabricação dos equipamentos e 40% para prestação de serviços.

Ainda assim, diz a Petrobras, a TechnipFMC pretende superar esses porcentuais, atingindo aproximadamente 60% durante a vigência dos contratos.

A questão do conteúdo local é cara à atual gestão da Petrobras e ao governo federal, que atribui papel estratégico à empresa no que vem chamando de reindustrialização para o crescimento econômico do País.

Detalhamento

Um dos acordos firmados com a TechnipFMC prevê o fornecimento de até 19 Árvores de Natal Molhadas (ANMs), cinco Unidades de Distribuição Eletro-Hidráulicas (UDEHs) com equipamentos sobressalentes e serviços associados de assistência técnica, instalação, intervenção, preservação e manutenção dos equipamentos.

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Já o contrato de linhas flexíveis prevê o fornecimento de até 27,9 quilômetros de dutos flexíveis do tipo Riser para injeção de gás com acessórios e serviços associados de armazenagem, assistência técnica, supervisão, montagem e logística.

Árvores de Natal controlam o fluxo de petróleo e gás em poços submarinos, garantindo operações seguras e eficientes. E os risers de injeção de gás, também encomendados, permitem que o gás seja injetado no poço para aumentar sua pressão e, tão logo, a produção dos campos, permitindo uma extração mais eficiente de óleo bruto e reduzindo a emissão de carbono associada.

Em nota, a Petrobras diz que os equipamentos envolvidos nos contratos são essenciais para a "produção e desenvolvimento ideais" dos reservatórios de óleo e gás offshore.

Valor - SP   18/09/2024

Superávit da balança da commodity e derivados aumenta, compensando saldo menor no restante das trocas comerciais brasileiras

Lia Valls: queimadas podem ter impacto na exportação do agro — Foto: Leo Pinheiro/Valor

O aumento da exportação de petróleo fez o superávit da balança comercial da commodity e derivados aumentar, compensando o saldo menor no restante das trocas comerciais brasileiras. O superávit comercial no grupo de petróleo e derivados atingiu US$ 20,3 bilhões de janeiro a agosto deste ano, valor recorde na série histórica para o período, com aumento de 45,5% em relação a iguais meses de 2023. Nos demais produtos da balança comercial o saldo foi de US$ 33,8 bilhões, com queda de 30,3% nos mesmos oito meses.

O saldo comercial em petróleo e derivados segue tendência de aumento desde 2017 na série histórica de janeiro a agosto. Em 2024, no acumulado até agosto o saldo na commodity e derivados foi equivalente a 37,5% do superávit da balança comercial total brasileira, de US$ 54,1 bilhões. Os dados da balança de petróleo e derivados foram levantados no âmbito do Indicador de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Para Lia Valls, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e colaboradora para o Icomex, a contribuição da balança de petróleo e derivados deve se manter forte até o fim de 2024. Ela destaca que, com a menor safra de soja este ano, as exportações do setor agropecuária caíram, o que também contribuiu para um saldo menor nos demais produtos. “As queimadas também podem trazer algum efeito adicional à exportação do agro, o que pode aumentar ainda mais o peso do petróleo”, diz.

Os dados do Icomex mostram que o aumento do superávit em petróleo e derivados em 2024 aconteceu puxado pelas exportações, que somaram US$ 40,2 bilhões até agosto, 18,8% a mais que em iguais meses de 2023. O desempenho teve influência do petróleo bruto, cujo valor embarcado subiu 21,1% na mesma comparação. A commodity bruta representa 78,6% de toda receita de exportação de petróleo e derivados.

“É o volume que puxa as exportações, porque há aumento de produção e, mais recentemente, com o conflito Rússia-Ucrânia, os embarques para a União Europeia aumentaram bastante”, avalia Valls.

Bruno Cordeiro, analista de inteligência de mercado de petróleo da StoneX, ressalta a capacidade de refino, que não tem acompanhado o crescimento da produção, gerando excedente para exportação.

O volume de produção de petróleo aumentou 3,1% até julho, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Já os preços, lembra, subiram em 2022, com a guerra Rússia-Ucrânia, passaram por correção depois, até 2023 e, no ano passado, com o conflito no Oriente Médio, tiveram nova alta, ao fim de outubro. “Depois o preços cederam de novo e agora estamos observando preços em patamares relativamente estáveis apesar das oscilações nas últimas duas semanas.”

Os dados do Icomex mostram que o volume de exportação de petróleo e derivados subiu 17,9% no acumulado até agosto enquanto os preços médios ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,4%, sempre na comparação com iguais meses de 2023.

Na importação de petróleo e derivados, os combustíveis, diz Valls, são mais representativos. A fatia do petróleo bruto é menor, de 30,2%. As compras externas da commodity e derivados aumentaram 0,13% em valor, de janeiro a agosto deste ano, com queda de 2,9% no petróleo bruto.

Walter De Vitto, sócio e analista do setor de energia da Tendências, destaca que a importação de derivados tem algumas peculiaridades. O diesel, que representou no ano passado cerca de metade do que o Brasil comprou em derivados de petróleo, exemplifica, teve aumento de volume de importação este ano. Em quantidade de barris, aponta, o volume desembarcado de diesel subiu 2,9% no acumulado até julho deste ano. Em termos de valor, houve queda 3,2%, diz De Vitto, mencionando dados da ANP.

“Importamos mais com preço menor. E como a importação de diesel é grande, tem impacto importante.” Do lado das importações, isso ajudou a formar o maior superávit observado do grupo de petróleo e derivados, explica.

Para De Vitto, o superávit da balança de petróleo e derivados deve desacelerar no segundo semestre, porque terá uma base de comparação mais alta, já que a produção brasileira da commodity se intensificou na segunda metade de 2023 e atingiu um platô. Neste ano, diz ele, a produção tem sido afetada por fortes paradas de manutenção. “Mas ainda deve fechar com superávit [em petróleo e derivados] acima do que foi no último ano.” O lado das importações deve continuar contribuindo, avalia.

Para Welber Barral, sócio da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior, o desempenho da balança de petróleo e derivados vem em linha com a produção cada vez maior da commodity a partir da exploração do pré-sal.

“A exportação de petróleo tem seguido tendência de crescimento todo ano. Este ano a commodity ganha destaque maior devido à queda na exportação de produtos agrícolas. Uma terceira observação é que o Brasil fica numa situação muito interessante, porque o país tem, claro, uma agenda de descarbonização, mas está se tornando ator muito relevante no mercado global de petróleo.”

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), cita Cordeiro, prevê que a produção de petróleo deve alcançar 5 milhões de barris ao dia a partir de 2029. No ano passado, lembra, chegou a 3 milhões de barris ao dia.

As perspectivas de grande aumento de produção não são somente da EPE, destaca Cordeiro. “Há uma série de condicionantes para se chegar a esse volume de produção previsto, como a aprovação para perfuração de novos poços, por exemplo. Mas A IEA [Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês] aposta que o Brasil será, junto do Canadá e da Guiana, um dos principais países que mais vai expandir a sua produção nos próximos anos.”

A questão da transição energética, diz Cordeiro, deve chegar mais à frente. “A curto prazo, os fatores econômicos devem ditar mais a evolução do consumo dos derivados de petróleo. No médio prazo, olhando ali mais no fim da década, devemos começar a ver fatores relacionados à transição energética tendo maior peso para a demanda de petróleo e seus derivados”, diz, também considerando os dados apontados pela IEA.

Os relatórios da agência, explica Cordeiro, apontam que ao fim desta década haverá o pico da demanda de petróleo e a partir de então os seus derivados devem começar a ceder lugar aos combustíveis alternativos.

Valor Investe - SP   18/09/2024

O recuo dos preços da commodity no exterior tem efeito direto nas empresas de petróleo do Brasil, com impacto na geração de caixa e nos rendimentos

A queda acentuada que os preços do petróleo vêm sofrendo nos últimos meses tem efeitos direto nas empresas brasileiras do setor, podendo reduzir sua geração de caixa e retornos no curto prazo, diz a XP.

Os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm escrevem que os rendimentos da Petrobras (PETR3; PETR4) caem para uma faixa entre 9,6% e 11,8% com o barril do petróleo em torno de US$ 70 a US$ 80, o que ainda seria atraente.

A Prio (PRIO3) também manteria boa geração de caixa, ainda mais considerando o provável início de produção no Campo de Wahoo no ano que vem, o que compensaria a queda nos preços do petróleo.

Já a PetroReconcavo (RECV3) tem maior sensibilidade aos preços do petróleo, com sua geração de caixa variando 6% a cada aumento ou queda de US$ 10 no preço do barril, o que gera maiores impactos à empresa.

Entre as distribuidoras de combustíveis, a queda nos preços do petróleo indicam que os preços da gasolina e do diesel da Petrobras estão agora com um prêmio sobre a paridade de importação, favorecendo margens do setor.

As implicações macroeconômicas são que uma possível redução nos preços da gasolina poderiam ajudar a controlar a inflação do Brasil, mas isso reduziria a receita do governo e o resultado fiscal.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

RODOVIÁRIO

Veja - SP   18/09/2024

O ministro dos Transportes, Renan Filho, inaugurou nesta terça-feira uma obra de travessia urbana feita na rodovia BR-050, que liga Brasília e São Paulo, localizada no perímetro do município de Cristalina, em Goiás. O evento aconteceu com a presença de autoridades e diretores da concessionária Eco050, responsável pela administração da estrada.

Com a construção da travessia, o fluxo de veículos que passa pelo local ganhará um desafogo. Segundo o ministério, a conclusão da obra oferece mais segurança para quem trafega pelo trecho e, consequentemente, valoriza o município.

Na cerimônia, Renan Fiho ressaltou a importância da BR-050 por conectar a região Centro-Oeste e Sudeste, permitindo o escoamento da forte produção agrícola central do Brasil.

“A concessão é importante. Cristalina, com seus 80 mil hectares irrigados, com a produção de soja, milho, leite, cebola. Coisas como essa respondem diretamente ao investimento na estrada”, destacou.

De acordo com o governo federal, a duplicação foi realizada por meio de investimentos da concessionária Eco50 previstos no contrato de concessão firmado com a União.

No total foram investidos R$ 125 milhões entre os kms 95 e 102 com 3,7 km de rodovias duplicadas, 6,2 km de vias marginais implantadas, três passarelas e três dispositivos de retorno construídos.

Infomoney - SP   18/09/2024

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), defendeu, nesta terça-feira (17), que a obra de pavimentação dos 918 quilômetros da BR-319, entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO), passe por um estudo baseado em dados e evidências científicas.

“Se isso já tivesse sido feito, nós teríamos um suporte técnico para poder ter uma resposta definitiva”, reforçou a ministra.

Há uma semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma ordem de serviço autorizando a pavimentação de 20km da rodovia, com previsão de licitar mais 32km de um trecho com licença ambiental desde 2007. Segundo o governo federal, serão investidos R$ 157,5 milhões na obra.

O trecho que será asfaltado é parte das áreas que permanecem funcionais na BR-319 e não integra os cerca de 400km no meio da extensão da estrada, que ambientalistas alertam que poderia causar danos graves ao ecossistema.

Marina Silva afirmou que a obra só terá uma definição após avaliação técnica. “Os atalhos que foram feitos durante todos esses anos não levaram a nada. O governo Bolsonaro, em 4 anos, não fez a estrada e, no apagar das luzes, na saída, deu uma licença que não levou em conta a posição dos técnicos”, observou.

A licença prévia que autorizou, em 2021, a pavimentação do trecho entre os quilômetros 250 e 656 foi revogada por uma decisão liminar da 7ª Vara da Justiça Federal, em julho deste ano, e no mês seguinte o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou a decisão ao negar um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) pela suspensão da liminar.

“Os atalhos durante os últimos 16 anos não têm levado a lugar nenhum. Por isso, eu insisto que é fundamental que se faça um estudo, uma avaliação ambiental estratégica, para que não se tenha o agravamento da grilagem e do desmatamento naquela área, que é no coração da Amazônia”, reforçou Marina.

As declarações foram dadas ao programa Bom Dia, Ministra, da EBC. Marina tratou das medidas implementadas pelo governo federal no enfrentamento aos incêndios florestais.

Para a ministra, a obra de pavimentação da BR-319 sem um estudo adequado pode ser prejudicial à região. “Pode agravar de maneira assustadora o problema da seca, da estiagem e, com certeza, aumentar inclusive esses incêndios que temos hoje”, concluiu.

AGRÍCOLA

Investing - SP   18/09/2024

A produção de grãos no Brasil deve ser de 326,9 milhões de toneladas em 2024/2025. A projeção sinaliza safra recorde e aumento de 8,2% na comparação com o ciclo atual. É o que indica o estudo Perspectivas para a Agropecuária, divulgado nesta 3ª feira (17.set.2024) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Elaborado em parceria com o Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), a 12ª edição do estudo da produção da Conab indica um maior salto na produção de arroz (aumento de 14,7% na comparação com a safra 2023/2024), de soja (+12,8%) e de milho (+4,1%).

A área total de produção agrícola deve ser de 81,4 milhões de hectares, um avanço de 2,1% na comparação com a safra passada. O arroz deve ter o maior incremento de área plantada, de 11%, alcançando 1,6 milhão de hectares. Já a soja ampliará as terras de plantio em 3%, para 47,4 milhões de hectares.

“Se o clima ficar dentro da normalidade prevista, devemos aumentar em 5,9% a produtividade, alcançando uma safra recorde e 8% maior que a atual. É uma safra robusta, capaz de assegurar o abastecimento interno e a continuidade das exportações”, afirmou Wellington Teixeira, superintendente de Gestão e Oferta da Conab.

Teixeira disse ainda que a safra de grãos projetada contribuirá para o aumento da produção interna de carnes, que continuará com demanda aquecida. No ciclo 2024/2025, a Conab estima serem produzidos 46,1 milhões de toneladas de carne no Brasil, um aumento anual de 1,2%.

Safras das principais culturas

De acordo com a análise da Conab, a projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra anterior. Os preços e a rentabilidade da cultura nos melhores patamares históricos para o produtor são um estímulo.

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Com isso, a perspectiva é de uma alta expressiva de 11,1% na área destinada para o cultivo de arroz, e uma produção que deve ficar em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018.

Além da perspectiva de maior disponibilidade interna do grão, a Conab projeta uma demanda aquecida do mercado internacional pelo arroz brasileiro e queda nos preços internos. Esse cenário deve abrir espaço para um aumento das exportações do produto, que podem chegar a 2 milhões de toneladas.

Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também tende a apresentar aumento na área no próximo ciclo. Projeta-se um incremento de 1,2% em relação a 2023/2024. A produtividade das lavouras tende a apresentar leve queda, mas a colheita da leguminosa deve se manter estável, próxima a 3,3 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017.

A Conab também prevê um novo aumento para a área destinada à cultura do algodão, podendo chegar a 2 milhões de hectares, elevação de 3,2% em relação à safra 2023/2024. Na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é onde se espera o maior crescimento em termos proporcionais.

O cenário positivo também é previsto para a produção de soja. Mesmo com a pressão de baixa nos preços nacionais e os desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua a ser uma cultura lucrativa e com alta liquidez. A crescente demanda global deve fazer crescer as exportações e o esmagamento interno para produção de biocombustíveis.

Esse panorama influencia na projeção de aumento da área de soja plantada, podendo chegar a 47,4 milhões de hectares. A produtividade tende a apresentar recuperação, depois de problemas climáticos nas principais regiões produtoras no Brasil. A combinação de maior área e melhor desempenho nas lavouras resulta na projeção de uma colheita em torno de 166,28 milhões de toneladas, 12,8% superior à safra 2023/2024.

Já para o milho, a perspectiva é de manutenção da área a ser cultivada. Apesar disso, a produtividade deve apresentar recuperação, o que contribui para uma expectativa de alta na produção, estimada em 119,8 milhões de toneladas. Mesmo com o crescimento na safra do cereal, as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025, queda de 5,6%.

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