Clipping Diário

19 | Novembro | 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   19/11/2024

O Conselho de Administração da CSN (CSNA3) aprovou a distribuição aos acionistas de dividendos intermediários à conta de reserva de lucros, no montante de R$ 730 milhões, correspondente à R$ 0,550488901371933 por ação.

Os dividendos serão pagos no dia 28 de novembro de 2024 e serão calculados e creditados com base nas posições dos Acionistas em 21 de novembro de 2024.

A partir de 22 de novembro de 2024, as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos.

Brasil Mineral - SP   19/11/2024

A busca por eficiência energética e por fontes renováveis de energia é parte fundamental no esforço de descarbonização da ArcelorMittal.

O comprometimento com a agenda ESG e o desejo de ser protagonista na descarbonização na indústria do aço deram à ArcelorMittal o título de Empresa do Ano do Setor Mineral 2024 na categoria Governança Ambiental (empresa de grande porte), com 45,7% dos votos. “A empresa entende que uma economia global de baixo carbono e a mitigação dos impactos das mudanças do clima são fundamentais para um futuro sustentável”, informa Wagner Barbosa, Vice-presidente de Renováveis, BioFlorestas e Mineração Brasil.

A busca por eficiência energética e por fontes renováveis de energia é parte fundamental no esforço de descarbonização da ArcelorMittal. Barbosa explica que, de maneira geral, “a eficiência energética não se dá apenas pela redução no consumo de energia elétrica, mas também pela renovação das fontes para atingirmos a sustentabilidade energética. Buscamos ter capacidade instalada de autossuficiência em energia elétrica. Investimos continuamente no aumento da capacidade de geração”, prossegue o VP, ao se referir ao parque de geração de energia renovável.

Globalmente, o Grupo ArcelorMittal foi pioneiro no setor, ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário, reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030. No Brasil, para atingir os objetivos, a empresa elaborou cinco estratégias em seus Planos Diretores de CO2: aumento do uso de sucata, busca por fontes de energia renovável, transformação da produção de aço, transformação do uso de energia e compensação de emissões remanescentes.

“Queremos liderar a busca por soluções, não somente para o nosso negócio, mas favorecendo também o ambiente de negócios no Brasil e o desenvolvimento sustentável. O nosso objetivo é crescer de forma sustentável com a geração e a utilização de energia limpa e renovável na produção de aço e promovendo o mercado de energia renovável no Brasil”, prossegue Barbosa.

Uma das alavancas do esforço de descarbonização da ArcelorMittal é a transição energética para fontes renováveis de geração. Para tanto, a empresa anunciou recentemente dois grandes contratos para a instalação de duas plantas de geração de energia solar no Brasil.

Os contratos foram firmados com a Casa dos Ventos e a Atlas Renewable Energy. O contrato firmado com a Atlas Renewable Energy no modelo BOT (Build, Operate and Transfer) tem como objetivo construir o Parque Luiz Carlos, de energia solar, em Paracatu, cujo aporte será de R$ 895 milhões. Sua produção prevista é de 69 MW médios/ano e potência instalada de 269 MW. Todo o volume de energia gerado pela planta será destinado às operações da ArcelorMittal e a expectativa é de que a planta esteja em operação comercial plena em dezembro de 2025. O projeto ainda prevê a instalação de uma linha de transmissão de 65 km, em 500 kV, até o Sistema Interligado Nacional (SIN), subestação elevadora e bay de conexão na subestação Paracatu 4. “A iniciativa é inédita na operação brasileira, em um projeto desse porte, e que conta com um parceiro também líder em seu segmento”, salienta Barbosa.

Já com a Casa dos Ventos, a ArcelorMittal está formando uma nova joint venture, desta vez para a implantação de um projeto de energia solar na mesma área do Complexo eólico Babilônia Centro, ainda em construção, nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia. Neste novo acordo, a ArcelorMittal terá participação de capital de 55% e a Casa dos Ventos de 45%. Com investimento de aproximadamente R$ 690 milhões, a planta possuirá 200 MW de potência instalada e capacidade prevista de geração anual de 44 MW médios (MWm). A previsão é que o parque esteja em operação comercial em dezembro de 2025.

Além das duas iniciativas, a ArcelorMittal também está implementando um projeto de energia eólica em parceria com a Casa dos Ventos. Os três projetos estão alinhados aos objetivos de autossuficiência em energia elétrica renovável e descarbonização das operações no País, somando investimentos de R$ 5,8 bilhões.

O VP de Renováveis, BioFlorestas e Mineração Brasil informa que a estratégia de investimentos em energia solar visa a diversificação da matriz energética com fontes de energia renovável e excelência operacional em geração própria de energia elétrica, “iniciativa que contribui com a redução dos custos operacionais, uma vez que reduz a exposição ao preço da energia elétrica, trazendo maior previsibilidade e vantagem competitiva”.

Ainda no desenvolvimento de fontes de energia própria, limpa e renovável, a primeira parceria firmada entre a ArcelorMittal Brasil e a Casa dos Ventos foi firmada em 2023. Através de uma joint venture, a Casa dos Ventos irá desenvolver, construir e operar o Babilônia Centro, um novo complexo eólico no Centro-Norte da Bahia, que deverá gerar energia limpa e renovável, a partir de outubro de 2025. Com 123 aerogeradores, capacidade instalada de 553,5 MW e geração de energia estimada em 280 MW médios, a energia gerada equivale ao abastecimento de 1,37 milhão de domicílios. Por gerar energia elétrica a partir de uma fonte limpa, o complexo eólico evitará a emissão anual de aproximadamente 950 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

O modelo de autoprodução confere à ArcelorMittal um custo mais competitivo de energia, uma vez que a empresa busca ter capacidade instalada que garanta a autossuficiência em energia elétrica. Com os três projetos, a energia consumida pela ArcelorMittal passará de 59% para 82% de autoprodução. Juntos, os três projetos representam 68% de redução de emissão de CO2 em escopo 2 (consumo de energia elétrica do grupo).

Outras frentes de eficiência energética

A meta da ArcelorMittal Brasil é alcançar 100% de fontes renováveis em energia elétrica até 2030. A empresa fechou o ano de 2023 com autogeração de 61% de energia e compra de 39% de energia elétrica provenientes de fornecedores com matriz de geração limpa e renovável. No ano passado, a média de consumo de energia anual foi cerca de 715 MW médios. As unidades da ArcelorMittal no Brasil são reconhecidamente eficientes em termos energéticos. A Política Energética da ArcelorMittal preconiza o uso eficiente e a conservação da energia como forma de demonstrar sua responsabilidade social e ambiental. Todas as unidades atuam com sistemas de recuperação de calor e/ou reaproveitamento dos gases provenientes dos processos produtivos.

O Estado de S.Paulo - SP   19/11/2024

Terminou no sábado, 16, o prazo de 60 dias que a CSN anunciou como de exclusividade para apresentar uma oferta pela InterCement, negócio de cimento da Mover (ex-Camargo Correa). O Broadcast/Estadão apurou que a companhia de Benjamin Steinbruch busca condições para finalizar logo o negócio, embora haja algumas pendências nas tratativas com os bancos credores e com a Mover. Algumas fontes indicam que, uma vez resolvidas essas questões, há expectativa de que a transação seja finalizada até nesta semana.

O fechamento do acordo de compra da InterCement pela CSN é fundamental para sustentar o plano de recuperação extrajudicial apresentado à Justiça em 16 de setembro e que teve como credores signatários o Bradesco e o Itaú Unibanco. O Banco do Brasil não havia aderido ao plano até a sexta-feira, 15. De acordo com fontes ouvidas, o BB ainda avaliava a proposta para entender se atendia aos interesses do banco. Com Bradesco e Itaú, a InterCement formou quórum de 33% exigido por lei para protocolar o pedido. A empresa precisa do BB para chegar aos 50% mais um previstos para homologação do plano.

De acordo com uma fonte, a questão maior está nos novos termos da dívida que a CSN vai assumir nesta transação. Os dois lados vêm negociando desde 1° de maio. Outra fonte, por sua vez, afirmou que ainda estão em curso as discussões sobre a composição do pacote de garantias que a Mover terá de entregar para a CSN, dentro do compromisso que a Mover ficará responsável por assumir pagamentos de certas contingências (fiscais, tributárias e outras) da InterCement. Essas garantias envolvem ações que a Mover tem da CCR e praticamente são o único ativo que a companhia teria para entregar.

A Mover tem 14,86% da CCR, sendo 10% no bloco de controle, do qual não quer abrir mão. Portanto, estaria disposta a dar em garantia 4,8%. Pelo valor de mercado da CCR, essa fatia equivale a R$ 1,15 bilhão. O valor que a Mover está assumindo de garantias por contingências é de R$ 2,75 bilhões.

Dívidas somam R$ 22 bilhões

De acordo com o balanço da InterCement, a empresa tinha uma exposição de R$ 7,1 bilhões em contingências diversas em 31 de dezembro do ano passado, sendo R$ 5,8 bilhões de dívidas tributárias, R$ 1,3 bilhão em cíveis e R$ 49 milhões em trabalhistas. Entre as causas cíveis, R$ 1,15 bilhão corresponde a uma condenação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel, caso iniciado em 2007.

A dívida prevista no plano de recuperação extrajudicial soma R$ 22 bilhões, sendo R$ 12 bilhões entre empresas. Os três bancos têm R$ 5,9 bilhões a receber da companhia em debêntures, parte delas com garantia das ações da subsidiária argentina Loma Negra. Detentores de títulos emitidos pela companhia no exterior (bondholders) têm pouco mais de R$ 3 bilhões em créditos contra a empresa e ficaram isolados das negociações.

Esse grupo processa o Bradesco na Justiça norte-americana por conflito de interesse e fraude, sob a alegação de que o banco teria ocultado informações do mercado sobre sua posição na empresa quando assessorou a InterCement na oferta desses títulos em 2014. No pano de fundo está o descontentamento dos credores com uma suposta manipulação do quórum necessário para conduzir a aprovação do plano.

Isso aconteceu, de acordo com os bondholders, a partir de uma subavaliação do preço das ações da Loma Negra, que foram dadas em garantia aos empréstimos concedidos pelos bancos. O resultado dessa suposta estratégia teria sido o aumento do peso das dívidas sem garantia dos bancos, também chamadas de quirografárias, e que são as computadas para efeito de quórum.

No dia do pedido, as ações da Loma Negra eram negociadas a US$ 6,80. Agora estão próximas de US$ 11,00. Os bondholders acreditam que se fosse considerado o valor atual das ações, não haveria quórum para aprovação do plano sem que eles participassem das negociações. Fontes próximas aos bondholders afirmam que esse seria o motivo pelo qual o BB ainda não aderiu ao plano, já que as dívidas sem garantias terão uma perda de 60% em seu valor. A lei não é clara qual é a data de corte para consideração das dívidas que fazem valer os 33% ou os 50% do quórum.
Outro lado

Procurados, Bradesco, Itaú Unibanco e CSN não comentaram. A InterCement e o Banco do Brasil não retornaram até a publicação desta nota.

Money Times - SP   19/11/2024

As ações da CSN (CSNA3) subiram mais de 9% e lideraram a ponta positiva do Ibovespa nesta segunda-feira (18).

CSNA3 encerrou as negociações com alta de 9,21%, a R$ 11,62, na máxima do dia. Acompanhe o Tempo Real.

O movimento de ganhos é propiciado por uma combinação de fatores: o leve avanço do minério de ferro na China e o anúncio de dividendos.

Hoje, o contrato mais negociado do minério de ferro, para janeiro de 2025, fechou em alta de 0,20%, cotado a 761 yuans por tonelada na Bolsa de Dalian, na China — o equivalente a US$ 105,23.

Também, os investidores reagem à notícia de que a empresa vai distribuir R$ 730 milhões em dividendos intermediários.

Segundo o comunicado divulgado na última sexta-feira (15), o valor por ação será de R$ 0,550488901371933, sendo que os valores serão pagos no dia 28 de novembro de 2024 e serão calculados e creditados com base nas posições dos acionistas em 21 de novembro de 2024.

CSN: leve recuperação das ações

As ações ainda ensaiam uma tentativa de recuperação das perdas em reação ao balanço do terceiro trimestre. Os papéis caíram mais de 11% na semana após a companhia reportar um prejuízo líquido de R$ 750,9 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), revertendo o lucro de R$ 91 milhões apurado no mesmo período de 2023.

No ano, CSNA3 acumula baixa de mais de 39%.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   19/11/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,781 bilhão na terceira semana de novembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 18, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,489 bilhões e importações de US$ 4,708 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,208 bilhões e, no ano, de US$ 67,23 bilhões.

Até a terceira semana de novembro, a média diária das exportações registrou alta de 8,2% em relação à média diária do mesmo mês de 2023. O resultado se deu devido a queda de US$ 46,83 milhões (-15,5%) em Agropecuária; crescimento de US$ 20,65 milhões (5,5%) em Indústria Extrativa; e avanço de US$ 137,39 milhões (19,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações tiveram crescimento de 13,9% na mesma comparação, com aumento de US$ 2,19 milhões (12,4%) em Agropecuária; alta de US$ 8,77 milhões (15,1%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 121,17 milhões (13,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

Monitor Digital - RJ   19/11/2024

O comércio da China com o Brasil aumentou 9,9% nos primeiros 10 meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, reforçando o aprofundamento dos laços econômicos e comerciais entre os dois países.

A taxa de crescimento foi 4,7% maior que a taxa geral de crescimento do comércio exterior da China, conforme mostrado pelos dados da Administração Geral de Alfândegas divulgados no domingo.

O comércio da China com o Brasil atingiu 1,14 trilhões de yuans (cerca de 158,33 bilhões de dólares americanos) de janeiro a outubro, incluindo 432,08 bilhões de yuans em exportações e 708,15 bilhões de yuans em importações, ambos registrando crescimento constante.

Este ano marca o 50º aniversário dos laços diplomáticos China-Brasil. Ao longo do último meio século, as duas nações fizeram conquistas frutíferas em cooperação econômica e comercial e progresso significativo em laços econômicos e comerciais bilaterais.

A China tem sido o maior parceiro comercial e destino de exportação do Brasil pelos últimos 15 anos consecutivos, enquanto o Brasil tem sido há muito tempo o principal parceiro comercial da China na América Latina.

Com o aprofundamento da cooperação econômica e comercial, mais produtos de qualidade do Brasil estão entrando no mercado chinês. Nos primeiros 10 meses, a participação da China nas exportações brasileiras de soja e minério de ferro ultrapassou 70%, enquanto em celulose e petróleo bruto, a participação ultrapassou 40%.

Mais produtos industriais de qualidade da China estão entrando no Brasil. A China exportou bens intermediários no valor de 216,86 bilhões de yuans para o Brasil nos primeiros 10 meses, um aumento de 11,8% ano a ano, respondendo por metade do valor total de exportação da China para o Brasil.

Agência Brasil - DF   19/11/2024

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,62% para 4,64% este ano.

A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (18), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,1% para 4,12%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,7% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em outubro, puxada principalmente pelos gastos com habitação e com alimentos, a inflação no país foi de 0,56% após o IPCA ter registrado 0,44% em setembro. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,76%.
Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o colegiado aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião, no início deste mês.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

A próxima reunião do Copom está marcada para 10 e 11 de dezembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 12% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida para 10% ao ano e 9,25% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano está em 3,1%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e subiu 1,4%  em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,94%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,60 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Globo Online - RJ   19/11/2024

O governo aumentou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 3,3%, divulgou nesta segunda-feira o Ministério da Fazenda. A previsão de inflação também foi revisada para cima, de 4,25%, para 4,4%, ainda dentro do teto da meta, que pode chegar até 4,5%.

A revisão se deu em função do aumento da projeção de crescimento do PIB no terceiro trimestre deste ano, que subiu de 0,6% para 0,7%

A mudança na projeção foi feita após revisões em estimativas de crescimento para o setor agropecuário e de serviços. Para o PIB do setor agropecuário foi revisada de -1,9% para -1,7% neste ano. A mudança foi puxada principalmente pela colheita de algodão e produtos da agropecuária. A avaliação do boletim macro fiscal indica que o setor deve voltar a crescer em 2025.

Enquanto isso, a alta projetada para o PIB do setor de serviços passou de 3,3% para 3,4%. Segundo o governo, a expectativa é de que o setor continue em expansão até o final do ano.

Inflação

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,24% em agosto para 4,76% em outubro, influenciada principalmente pela aceleração dos preços livres, que aumentou de 3,78% para 4,25%.

Entre os itens livres, o maior aumento da inflação aconteceu na alimentação no domicílio, que subiu de 4,6% para 7,28% em outubro. Houve um aumento significativo nos preços de carnes, de leite e derivados e do café.

A projeção feita pela Fazenda de que a inflação vai encerrar o ano em 4,4% ainda está dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo chegar até 4,5%.

Estimativas do mercado

Nesta segunda-feira , o Banco Central (BC) também divulgou o Boletim Focus, que traz as estimativas de crescimento do PIB e IPCA feitas por analistas do mercado financeiro.

A projeção de crescimento da inflação foi revisada de 4,62% para 4,64%, fora da meta.

Para o crescimento do PIB em 2024, a projeção do mercado permaneceu estável em 3,10%.

O Estado de S.Paulo - SP   19/11/2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter assinado nesta segunda-feira, 18, com o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) um acordo para disponibilizar R$ 16,7 bilhões para investimentos no Brasil. O memorando de entendimento foi firmado durante a Cúpula de Líderes do G-20, na Marina da Glória, espaço destinado para delegações oficiais.

O AIIB é um banco multilateral focado no desenvolvimento da Ásia, com sede na cidade de Pequim, na China, mas com membros de todo o mundo, incluindo o Brasil, frisou o BNDES.

Os recursos serão disponibilizados pelo AIIB para que o BNDES financie projetos de investimentos no Brasil alinhados ao Fundo Clima e ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Serão contemplados também projetos de infraestrutura para a realização da COP-30, em Belém, e para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes no estado.

“No caso do Novo PAC, os projetos devem promover a integração econômica entre o Brasil e Ásia nos setores de infraestrutura de transporte, conectividade energética e digital, água e saneamento”, informou o banco de fomento brasileiro. “As duas instituições ainda colaborarão nos esforços para financiar projetos de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e apoiar os projetos de desenvolvimento urbano e infraestrutura social para a realização da COP-30, em Belém. A cooperação também tem o objetivo de mobilizar capital privado para projetos de infraestrutura.”

A assinatura do acordo teve a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente do AIIB, Jin Liqun, do vice-presidente do AIIB, Konstantin Limitovskiy, e do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa.

“O memorando assinado com o AIIB comprova que o BNDES retomou a sua missão de promover o desenvolvimento econômico e social do país e que tem ampla capacidade de diversificar o funding e buscar importantes parceiros internacionais para o financiamento de projetos sustentáveis e de infraestrutura que beneficiem tanto o Brasil quanto a Ásia”, declarou Mercadante, em nota oficial.

No comunicado, o vice-presidente do AIIB, K. Limitovskiy lembra que o memorando amplia o escopo da parceria existente para “cofinanciamento no Brasil”, acrescentando que o BNDES é um “parceiro institucional prioritário” do AIIB.

“Nossa colaboração expandida nos permitirá apoiar projetos de infraestrutura e iniciativas estratégicas que impulsionem o desenvolvimento sustentável e fomentem o crescimento econômico no Brasil, na Ásia e além, e esperamos contribuir para os objetivos da COP-30 por meio do cofinanciamento de projetos estratégicos de clima e especialmente de adaptação no Brasil”, declarou o representante do banco asiático.

MINERAÇÃO

Brasil Mineral - SP   19/11/2024

Esta é a pergunta que o mercado está fazendo, depois que a empresa fechou o acordo de reparação de Mariana, pelo qual terá de desembolsar anualmente cerca de US$ 1 bilhão.

A Vale terá condições de manter os níveis elevados de investimento como os verificados em 2024, em que deve fechar o exercício com um valor de investimento entre US$ 6,3 e US$ 6,5 bilhões? Esta é a pergunta que o mercado está fazendo, depois que a empresa fechou o acordo de reparação de Mariana, pelo qual terá de desembolsar anualmente cerca de US$ 1 bilhão. De acordo com o novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, que assumiu em 1 de outubro de 2024, a companhia deve manter seus planos de crescimento no portfólio que possui hoje, focado em minério de ferro de alta qualidade e minerais para transição energética como cobre e níquel.

Em minério de ferro, a Vale já estabeleceu como meta elevar o seu nível de produção para 350 milhões t/ano, com a conclusão dos investimentos que está realizando em Minas Gerais e no Pará. No território mineiro, a empresa conta com a entrada dos projetos Vargem Grande e Capanema, que acrescentarão, cada um, 15 milhões de toneladas à capacidade de produção, o que permitiu que a Vale elevasse suas projeções de produção para 2024 de 310-320 Mt para 323-330 Mt. Vargem Grande começou a operar em setembro deste ano (um mês antes do previsto) e Capanema deve entrar no primeiro semetre de 2025. No primeiro, a Vale investiu US$ 67 milhões, enquanto no segundo a previsão total de investimentos é de US$ 913 milhões. A explicação para a diferença nos níveis de investimento é que enquanto Vargem Grande envolveu a transformação da planta de processamento a umidade natural para processamento a úmido e expansão das minas de Horizontes e Tamanduá, o projeto Capanema implicou na retomada da operação da mina e a produção de sinter-feed com processamento a umidade natural.

O plano de curto prazo da Vale também prevê a expansão da capacidade de produção naquele que hoje é o seu principal ativo, o S11D, na região de Carajás, cuja capacidade produtiva aumentará em 20 milhões t a partir do segundo semestre de 2026, o que demanda um investimento de US$ 2,8 bilhões.

No horizonte até 2030, a mineradora tem na sua carteira de projetos, ainda em minério de ferro: a instalação de um britador de compactos em S11D, que acrescentará 50 milhões t de capacidade; o acréscimo de 6 milhões t na mina N4 (Serra Norte); expansão da mina Serra Leste, com mais 4 milhões t. E, indo mais além de 2030, há várias outras possibilidades, como abertura das minas S16 e S17 (na Serra Sul); minas N1/N2 e Morro 2 (na Serra Norte); minas S11A, S11B e S11C (também na Serra Sul); concentração do minério Jaspilito (rocha dura em S11D); minas Serra do Rabo, Apolo, Fazendão itabiritos, Fábrica Nova Itabiritos, Pico Itabiritos e aproveitamento de áreas de disposição de rejeitos em Minas Gerais.

Para crescer sua capacidade de produção de minério de ferro, a Vale conta também com a modernização da legislação sobre cavidades, que poderia liberar para a lavra reservas da ordem de 1,6 bilhão de toneladas. Somente na Serra Norte poderiam ser lavradas adicionalmente 30 milhões t/ano.

A empresa também aposta também no avanço dos Mega Hubs, formados por unidades de mineração, plantas de concentração, plantas de aglomeração (para produção de briquetes e pelotas) e plantas de redução direta (produção de HBI). A ideia é ter Mega Hubs no Oriente Médio (Omã, EAU e Arábia Saudita), no Brasil e nos Estados Unidos. No Oriente Médio, já foram selecionados e assegurados terrenos nos três países e está sendo negociado o suprimento de gás natural e energia, estão sendo feitos os estudos de engenharia para as plantas de briquetagem e HBI e, segundo a Vale, já existe um grande interesse por parte dos investidores. No Brasil, a empresa já concluiu o estudo de seleção do local e está realizando os estudos de pré- -viabilidade. Também há conversas com potenciais parceiros. Nos Estados Unidos, a Vale negocia, com o Departamento de Energia, a concessão para instalação de uma planta de briquete de redução direta (HBI) com capacidade de 1,5 milhão de toneladas/ ano e investimento de US$ 283 milhões. Os estudos de engenharia para essa planta já estão sendo realizados e a expectativa é que o start up ocorra em 2029.

Com os projetos em andamento e aqueles que estão em seu pipeline, a Vale espera otimizar e diversificar o seu portfólio em minério de ferro, a fim de obter valor em um mercado segmentado, aumentando o percentual de produção de aglomerados dos atuais 13% para 27% e reduzindo o minério de alta sílica de 10% para 2%.

Uma das grandes vantagens que a Vale tem em sua perspectiva de crescimento é a quantidade e qualidade de suas reservas, sobretudo em Carajás, onde as reservas totais de minério de ferro somam 5,2 bilhões de toneladas com 65,2% Fe e recursos de 2,4 bilhões de toneladas com 62,9% Fe. Além disso, o minério de ferro de Carajás tem baixo teor de impurezas, abaixo de 2,8% de sílica e alumina.

Metais para transição energética

Nos metais para transição energética, a estratégia de crescimento da Vale (através de sua controlada Vale Base Metals) está focada no Brasil e também no exterior, principalmente no Canadá. No Brasil, a empresa comemora a operação bem sucedida do projeto Salobo 3 (eleva a capacidade de produção para 220 mil t/ano de cobre), que já está com 90% da capacidade, enquanto no Canadá os fatos positivos são o "renascimento" dos ativos em Sudbury, que tiveram um aumento de 30% nos volumes processados e o ramp up de Voisey's Bay, seguindo um plano atualizado.

A Vale considera a mina de cobre de Salobo como um ativo singular, que já produziu 1,8 milhão de toneladas de cobre desde 2012 e ainda tem reservas de 1,1 bilhão de toneladas com 0,62% de cobre e 0,35 gramas de ouro por tonelada, o que aponta para uma perspectiva de mais 40 anos de vida útil. Mas, de acordo com a Vale, Salobo ainda tem potencial para aumento significativo de recursos, o que poderá ser comprovado por sondagem profunda. Além das reservas, Salobo tem atualmente recursos de 551 milhões de toneladas com 0,47% de cobre e 0,23 gramas de ouro por tonelada. A empresa tem planos de aumentar a capacidade de produção em Salobo através de melhorias operacionais, como a introdução da flotação das partículas grossas, que poderia melhorar a produtividade em 25 a 30%, com potencial de produção adicional de 20 a 30 mil t/ano e a maximização de sinergias com os equipamentos e infraestrutura atuais, para aumentar a capacidade da planta Salobo 3, o que poderia agregar mais 20 mil t/ano à capacidade.

Brasil Mineral - SP   19/11/2024

Um sistema descentralizado, em que as diversas áreas são protagonistas da inovação. Esta tem sido a estratégia adotada pela Vale, que foi eleita como Empresa do Ano do Setor Mineral 2024 na categoria Inovação e Tecnologia, para inovar em um setor que tradicionalmente avança pouco quando se trata do desenvolvimento e adoção de soluções inovadoras, como o de mineração.

De acordo com Leandro Teixeira, Gerente Geral de Inovação da Vale, que tem como uma de suas principais atribuições orquestrar a inovação na empresa, a estratégia tem dado bons resultados, com vários projetos já implementados, que têm contribuído sobretudo para a melhoria da performance da companhia, principalmente em termos de sustentabilidade do negócio.

Ele explica que, para implementação da inovação na empresa, há toda uma estrutura, que inclui uma área que faz a orquestração e o desdobramento estratégico do que se pretende realizar, traça as diretrizes ligadas com a estratégia de negócio e também faz a gestão do portfólio de projetos. Existem, ainda, algumas áreas de execução, de gerência geral de projetos, que executam a prova de conceito, porque quando se fala de inovação sempre deve haver uma área que executa essas provas de conceito, segundo ele. E também tem uma área que trabalha tanto com a parte estratégica como com inovação em modelos de negócio, procurando ver como se pode inovar nos modelos de interação. E isso inclui não necessariamente só a parte tecnológica, mas também a parte relacional. Por exemplo, como se inova trazendo uma startup para dentro da empresa ou criando uma startup da própria Vale.

Outra função da gerência geral é criar ecossistemas internos de inovação, chamados de hubs de inovação, que estão espalhados pelas operações da Vale. Hoje há 12 hubs internos. "E nessa mesma área, temos a função de fazer conexão com o ecossistema externo regional. Em Minas Gerais, por exemplo, tem o Mining Hub, que é um hub voltado para a mineração. A gerência de inovação faz a conexão com esse hub. E através da parte de inteligência e da parte de estratégia, faz conexão global com alguns players globais específicos, para garantir que se tenha input, acesso ao que está acontecendo no mundo sobre inovação", explica o gerente, informando que antes da entrevista a Brasil Mineral ele estava conversando exatamente com uma pessoa do MIT (Massachusetts Institute of Technology), com quem a Vale está desenvolvendo uma iniciativa. "É uma forma de garantir que a companhia está conectada e está entendendo a dinâmica de transformação do mundo para estar apta a captar as oportunidades, caso elas apareçam".

Principais drivers de inovação

O Gerente Geral acrescenta que a área de inovação tem uma conexão muito forte com a estratégia de negócio da companhia, que dá o direcional e a área cria uma estratégia de inovação com base nesse direcional. E dentro dessa estratégia de inovação, há os drivers. A Vale trabalha quatro temas, que chama de verticais: o primeiro é Mineração do Futuro, que tem o objetivo de criar uma mineração que seja mais eficiente, mais segura e mais sustentável, que são os três grandes pilares da mineração do futuro. "Quando falamos de Mineração do Futuro, estamos nos referindo a descarbonização, tecnologias para segurança, tecnologias de otimização de processos e novos processos". Outro tópico que a Vale considera muito importante é a Mineração Circular, em que se busca meios de gerar mais valor a partir de tudo que a empresa extrai, incluindo rejeitos e estéreis, com dois objetivos principais: reduzir, sempre tendo como alvo a geração zero de rejeitos. "Buscamos gerar a quantidade menor possível de rejeitos, ter uma operação que seja o menos invasiva possível e, do que for gerado, conseguir uma destinação de aproveitamento". Durante esse processo, ele explica que a empresa visa compartilhar o máximo de valor possível ao redor de onde está presente. "Quando fazemos, por exemplo, uma iniciativa de aproveitamento ou de novas aplicações para os rejeitos, buscamos, no nosso ecossistema de inovação, empreendedores que vão nos ajudar nesse processo. Ou seja, queremos que isso vire negócio também para os nossos parceiros, os empreendedores, para que eles, junto conosco, através de ferramentas de inovação, consigam caminhar nessa direção de ter rejeito zero, de praticar uma mineração circular".

A terceira vertical, muito focada no core business da Vale hoje, é Soluções de Minério de Ferro, que são novos produtos gerados para os clientes. "Hoje, temos um foco muito grande em suportar os nossos clientes nos desafios que eles têm – assim como nós – das mudanças climáticas. E neste caso o nosso principal cliente é a siderurgia. Eles têm o desafio de reduzir a pegada de carbono e fazem parte de uma indústria, assim como nós, que tem dificuldade em reduzir o seu footprint". A Vale produz soluções para esses clientes que vão desde produtos especiais, com alta concentração de minério de ferro, até produtos realmente novos, como o Briquete Verde, que a empresa desenvolveu recentemente e que tem potencial significativo de redução da emissão da siderurgia. "Esse tipo de desenvolvimento tecnológico, de inovação, fica disponível também nessa vertical de soluções de minério de ferro".

A quarta vertical, que é ainda bem exploratória para a empresa, em termos de inovação, são as soluções baseadas na natureza. A Vale quer saber como desenvolver e focar bastante nas soluções que se pode extrair da natureza, principalmente na Amazônia. "Temos uma operação no Sistema Norte relevante e o Instituto Vale de Tecnologia, inserido no ambiente amazônico. Como podemos aproveitar isso e desenvolver soluções tecnológicas baseadas na natureza?" Nessa linha, há iniciativas voltadas para descarbonização, crédito de carbono e a Vale quer potencializar isso. Um exemplo mencionado por ele é o do reflorestamento.

Para fazer essas verticais acontecerem, segundo Leandro Teixeira, a empresa utiliza o que chama de Veículos. Nessa linha, Pesquisa e Desenvolvimento é um veículo, assim como a Inovação Aberta, através dos hubs de inovação, que também são veículos para fazer isso acontecer. A Vale tem o CVC (Corporate Venture Capital), que é a ferramenta para investir em novas tecnologias disruptivas que o mundo apresenta e que podem afetar a mineração e a siderurgia. Também há um instrumento para possibilitar a criação de novos modelos de negócio e até criar uma startup, se for necessário, que é o Corporate Venture Building. "Usamos esses veículos de inovação para ajudar a atingir os objetivos que estão nas quatro verticais que mencionei. E por trás disso, vêm as pessoas, a fluência, a cultura, porque a inovação é feita por pessoas. Temos de garantir que tenhamos uma cultura de aprendizagem, de experiência dentro da empresa para fazer com que toda a capacidade humana que temos dentro da empresa atue em prol da inovação, porque precisamos fomentar uma cultura interna de inovação".

Investing - SP   19/11/2024

Os preços dos contratos futuros de minério de ferro subiram em direção ao nível psicológico de 100 dólares por tonelada nesta segunda-feira, sustentados pela demanda firme de curto prazo e pelas esperanças renovadas de mais estímulos econômicos por parte da China, o maior consumidor mundial do minério.

O minério de ferro de referência para dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 2,78%, a 99,4 dólares a tonelada, depois de atingir a máxima intradiária de 100,3 dólares a tonelada no início da sessão. Na semana passada, o contrato caiu mais de 5%.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,87%, a 761 iuanes (105,08 dólares) a tonelada.

Os analistas disseram que a demanda de curto prazo pelo principal ingrediente da fabricação de aço permaneceu forte, sustentando os preços.

A produção média diária de metal quente entre as siderúrgicas pesquisadas pela consultoria Mysteel subiu 0,8% na semana, para 2,36 milhões de toneladas, em 15 de novembro, a maior desde o início de agosto.

Xangai disse na segunda-feira que reduziria alguns impostos sobre transações imobiliárias a partir de 1º de dezembro, uma medida que apoiará o mercado imobiliário local, de acordo com reportagem da mídia estatal.

Ressurgiram as esperanças de que Pequim possa anunciar mais estímulos nos próximos meses, após uma série de dados decepcionantes no setor imobiliário, o maior consumidor de aço na segunda maior economia do mundo, apesar de uma série de estímulos revelados desde o final de setembro.

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"Com Pequim relativamente aberta a guardar seus recursos antes de tarifas potencialmente mais altas em 2025, achamos que a possibilidade de medidas de estímulo adicionais é alta", disseram analistas do ANZ em nota.

"Isso deve manter o sentimento no setor de minério de ferro e aço relativamente dinâmico", acrescentaram, reiterando o preço-alvo de curto prazo de 95 dólares por tonelada.

Agência Senado - DF   19/11/2024

A Comissão de Infraestrutura (CI) vai debater nesta quinta-feira (21), a partir das 9 horas, a modernização e a sustentabilidade da mineração no Brasil. Os requerimentos (REQ 91/2024 - CI, REQ 98/2024 - CI e REQ 106/2024 - CI) para discutir o marco regulatório do setor foram apresentados pelos senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Jorge Kajuru (PSB-GO).

Além da modernização e sustentabilidade, os parlamentares pretendem analisar questões como a revisão de regimes de concessão de exploração mineral, os impactos socioambientais e a proteção de comunidades afetadas e a adequação das normas à realidade econômica e social atual.

“O setor mineral desempenha um papel estratégico no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Dada a sua importância para a geração de empregos, divisas e arrecadação tributária, além da sua contribuição para infraestrutura e indústrias de base, torna-se imprescindível a revisão e o debate acerca do marco regulatório da mineração, com vistas a promover avanços na governança, sustentabilidade, segurança jurídica e competividade do setor”, defendeu Confúcio, no seu requerimento.
Histórico

Com o superciclo mineral de 2003 a 2012, que aconteceu globalmente, começou no Brasil, em 2009, o debate sobre a atualização do Código da Mineração de 1967. Quatro anos depois, o governo enviou para o Congresso Nacional uma proposta de novo marco regulatório, criando o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência Nacional de Mineração. O objetivo era criar um ambiente mais favorável aos investimentos e à competitividade, com regras claras para as concessões, respeito aos contratos, aprimoramento da arrecadação e simplificação da base de cálculo.

Em 2017, foi aprovada uma nova legislação (Lei 13.575, 2017) e, no ano seguinte, o governo regulamentou o setor (Decreto 9.406, de 2018). Além da criação das novas instituições nacionais, houve alteração da alíquota da Compensação Financeira Pela Exploração Mineral (CFEM). O Plano Nacional de Mineração 2030, publicado em 2011, orientou essas ações.

Segundo dados de um relatório do Ministério Público Federal, a produção mineral do Brasil, que tem algumas das maiores reservas mundiais de minérios específicos, como nióbio e ouro, tinha em 2014 cerca de 9.250 minas em operação. Elas representavam 4% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele ano. Naquela altura, o setor era responsável por 23,5% das exportações nacionais.

A CI está aguardando confirmação das participações de Aldo Rebelo, secretário de Relações Internacionais de São Paulo; Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM); Paulo Roberto Castellari Porchia, da Appian Capital Brazil; Letícia Botelho, advogada especialista em mineração; Ernandes Amorim, ex-senador; além de representantes dos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, da Agência Nacional de Mineração, do Ministério Público do Trabalho, de universidades e de sindicatos do setor de mineração.

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   19/11/2024

A Xiaomi anunciou nesta segunda-feira que pretende vender 130 mil carros elétricos este ano, aumentando a previsão pela terceira vez, uma vez que a montadora chinesa teve um salto de 30,5% na receita do terceiro trimestre.

O presidente-executivo da Xiomi, Lei Jun, disse em sua conta de mídia social que a fabricante  chinesa de produtos eletrônicos está aumentando a meta em relação ao objetivo anterior de entregar 120 mil unidades de seu primeiro carro elétrico, o sedã SU7. A meta inicial da companhia para o modelo era de 76 mil carros, anunciada no início deste ano.

A Xiaomi lançou o carro, que segue o estilo da Porsche, em março, entrando em um concorrido mercado chinês de veículos elétricos com um preço que chama a atenção – menos de 30 mil dólares para o modelo básico, 4 mil dólares mais barato do que o Model 3 da Tesla na China.

As vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in na China cresceram e representam mais da metade das vendas totais do maior mercado do mundo. Em outubro, elas cresceram 56,7% em relação ao ano anterior, marcando o quarto mês consecutivo em que os automóveis movidos a bateria, incluindo os plug-ins, superaram os carros a gasolina no país.

Para acompanhar a demanda, a Xiaomi dobrou os turnos de produção desde junho e lançou o modelo premium SU7 Ultra com preço superior a 110 mil dólares.

O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, disse que a fábrica da companhia tem capacidade para fabricar 20 mil carros por mês e que ele ainda vê espaço para que isso cresça.

“Nosso investimento ainda é muito substancial e continuamos a aprimorar nosso hardware e software. E, basicamente, não importa qual seja o nível de entrega final, ainda estamos investindo muito. Estamos trabalhando em P&D (pesquisa e desenvolvimento) para novos modelos”, disse ele. Uma das áreas em que a Xiaomi trabalha é o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma, acrescentou.

PREJUÍZO

A receita da Xiomi foi de 92,5 bilhões de iuans (12,77 bilhões de dólares) para o trimestre encerrado em 30 de setembro, superando uma estimativa de consenso compilada pela Lseg de 91,1 bilhões de iuans.

A Huatai Securities previu que a Xiaomi entregará 400 mil carros elétricos em 2025, quando o negócio deverá representar cerca de 20% da receita, em comparação com 8% neste ano.

Porém, a montadora da Xiomi ainda está operando com prejuízo. A unidade relatou um prejuízo ajustado de 1,5 bilhão de iuans no trimestre, com uma margem de lucro bruto de 17,1%.

Durante o trimestre, a Xiaomi manteve sua posição como a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, com vendas de 42,8 milhões de aparelhos, um aumento de 3% e capturando 14% do mercado, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys.

A Xiaomi informou que o lucro líquido ajustado aumentou 4,4%, para 6,25 bilhões de iuans, contra uma estimativa de consenso de 5,92 bilhões.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Investing - SP   19/11/2024

Com o fim da temporada de balanços se aproximando e o resultado de muitas construtoras já divulgados, surge quase como consenso entre as incorporadoras dos mais diversos padrões que a alta dos juros no Brasil é uma preocupação, com algumas adotando novas estratégias para contornar esse cenário.

"Eu acho que o ponto de atenção fica sobre como é que vai estar o mercado para o ano que vem, tendo em vista essa taxa de juros que atrapalhou inclusive o financiamento bancário", afirmou o presidente-executivo da Eztec (BVMF:EZTC3), Silvio Ernesto Zarzur, em teleconferência de resultados este mês.

Zarzur acrescentou que a empresa, com foco nos segmentos de média e alta rendas, trabalhará mais em sua carteira de alienação fiduciária - que apoia o financiamento de clientes direto com a construtora - em meio às previsões de um ciclo de alta na Selic restringindo o crédito ao consumidor.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual na última reunião da autarquia, para 11,25% ao ano, com analistas apostando em novas altas em 2025. No início de 2024, esperava-se que a Selic seguisse uma tendência de queda, com a expectativa de que, a este ponto, a taxa estivesse na casa de 1 dígito.

As construtoras que são mais concentradas no segmento de menor renda, como Tenda (BVMF:TEND3) e Direcional (BVMF:DIRR3), aparecem parcialmente "blindadas" ao movimento da Selic, já que as principais fontes de financiamento envolvem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas no lado macroeconômico, a atenção sobre a taxa básica permanece sobre a capacidade de consumo da população.

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"A preocupação é mais no cenário macro, acho que uma estabilidade é sempre o cenário ideal, mas no micro, ou seja, pensando na empresa, acho que esse segmento está muito bem protegido", afirmou o diretor financeiro da Tenda, Luiz Mauricio Garcia, à Reuters.

No lado do custo do crédito para a construtora, o diretor financeiro afirmou que a Tenda vem desalavancando seu balanço e trocando dívidas mais caras por mais baratas, o que deve ajudar a compensar o efeito da Selic.

Na Direcional, o presidente-executivo da companhia, Ricardo Gontijo, disse que está adotando uma nova estratégia para a Riva, incorporadora de média renda do grupo, diante da nova realidade do mercado. O segmento representa cerca de 35% da operação da companhia.

"O que a gente como incorporador acaba tendo que fazer é ajustar o tamanho das nossas unidades... para que a gente oferte para o mercado um produto que o nosso cliente tem capacidade de adquirir no momento." Não houve alterações nesse sentido no segmento de menor renda, segundo o executivo.

Gontijo acrescentou que o momento "inspira uma certa cautela", mas que a construtora tem trabalhado com um "conservadorismo bastante grande", mantendo baixo o endividamento.

O cenário de juros mais elevados contrasta com um mercado imobiliário aquecido, com a Caixa Econômica Federal reduzindo em 1º de novembro o teto de financiamento habitacional e adotando novas regras para moradias usadas diante da forte demanda por crédito.

Em meio às divulgações de resultados trimestrais vistos como sólidos por analistas, a Tenda elevou suas projeções para a marca homônima em 2024 e a Eztec anunciou o pagamento de 150 milhões de reais em dividendos extraordinários.

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Na MRV&Co, o diretor financeiro, Ricardo Paixão, informou que, diante do impacto do movimento da Selic no custo da dívida, a empresa está com um "foco muito grande" em desalavancagem.

"A prioridade não muda, porque um juros de 11% ou de 13% já é muito alto da mesma forma quando a gente pensa em endividamento", afirmou o executivo à Reuters.

No caso do grupo, os juros altos nos Estados Unidos também acendem um alerta. Os executivos da companhia disseram em teleconferência com analistas na semana passada que a subsidiária norte-americana Resia ainda é um "desafio" dado, principalmente, o alto juro norte-americano, e que a empresa está buscando deixar a operação "mais enxuta".

Na Cyrela (BVMF:CYRE3), executivos destacaram em teleconferência com analistas após divulgação de resultado trimestral que o cenário macro é uma preocupação para o próximo ano.

"Acho que o grande risco para 2025 é o Brasil, o risco é o fiscal, é o patamar de juros, é a economia desacelerar muito. Não acho que o setor está fácil", disse o copresidente da Cyrela, Raphael Horn.

Ainda assim, o diretor financeiro da incorporadora, Miguel Mickelberg, afirmou que a empresa discutirá no início de dezembro a possibilidade de pagar dividendo extra este ano, dada a boa performance de geração de caixa da companhia no período.

No mês, as ações de Eztec sobem cerca de 6%, enquanto MRV (BVMF:MRVE3) e Cyrela caem 8% e 5%, respectivamente, contra perda de quase 2% do Ibovespa no mesmo período. Fora do índice, Tenda tem alta mensal de 8% e Direcional recua 4%.

SEGS.com.br - SP   19/11/2024

O IBGE divulgou em setembro que a construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024, após um começo de ano mais estagnado. A melhora aconteceu por fatores diversos, mas as novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida impulsionaram melhorias em infraestrutura em diversas cidades do país, principalmente em regiões que começaram a receber novos empreendimentos imobiliários.

Na prática, a construção de novas moradias melhorou o ânimo, não apenas do mercado imobiliário, mas de todo o setor de construção. A criação de novos negócios, ampliação de empresas e melhoria na pavimentação dos bairros, impactou positivamente o Índice de Confiança do Empresário da Construção.

Para Bernardo Oliveira, Gerente de Unidade de Negócios da De Amorim Construtora, o setor de construção pesada tende a seguir otimista para novos empreendimentos e obras de infraestrutura no próximo ano, principalmente na execução de obras importantes.

“Áreas que ainda estão sendo reconstruídas, como no Rio Grande do Sul após as tragédias vivenciadas na região neste ano, são um bom exemplo. A execução de obras importantes, manterão o setor em crescimento e devem contribuir significativamente para a economia brasileira nos próximos meses”.

PIB e reflexo das novas obras

Tanto obras realizadas por administrações públicas federais, estaduais e municipais quanto obras particulares já estão contribuindo para manter elevado o ânimo do setor, a ponto de a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisar suas previsões do PIB do setor de 2,3% para 3,0% de crescimento.

No entanto, há um número que vai na contramão: a criação de novas vagas de trabalho para obras de infraestrutura caiu 21,28% no último trimestre. Mas Bernardo entende que esse número é reflexo de outro fenômeno:

“Muito pelo encerramento de algumas obras e o impacto do período eleitoral que vivenciamos recentemente, mas a perspectiva é que as novas administrações municipais eleitas retomem a corrida pela pavimentação em suas cidades e, com isso, movimente ainda mais o setor” conclui Oliveira.

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   19/11/2024

O governo federal criou um grupo de trabalho para avaliar as reformas e adaptações necessárias na malha sul de ferrovias. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira, 13 de novembro.

As ferrovias estão depreciadas devido à falta de investimento ao longo das últimas décadas e foram danificadas pela inundação de maio. No Vale do Taquari, líderes locais consideram a medida atrasada. “Pensamos que já existia o grupo. Fizemos uma série de pedidos e nenhum foi respondido”, diz o coordenador do Trem dos Vales, Rafael Fontana.
POD NOS TRILHOS
Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário TIC Trens: o sonho começa a virar realidade SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado

A região reivindica a entrega de 46 quilômetros de ferrovia entre Guaporé e Muçum para reativar os passeios turísticos. Além disso, solicita que se inclua na próxima concessão, prevista para 2028, a possibilidade de exploração turística das ferrovias. “Para marcarmos os passeios, dependemos da boa vontade da concessionária”, destaca Fontana.

O grupo de trabalho é formado por técnicos do Ministério dos Transportes, da Rumo Logística, responsável pela malha sul. O governo do RS e os líderes da região entram como colaboradores nas discussões.

Os trabalhos serão liderados pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro. Já a secretaria executiva cabe ao secretário Leonardo Ribeiro. Integram a equipe, ainda, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Viatale, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício Galvão, e o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos.

Investimentos e futura concessão

Conforme a portaria do Diário Oficial, o grupo terá como missão estabelecer um documento sobre as condições da ferrovia, onde são possíveis manutenções pontuais, quais trechos precisam ser desviados ou reconstruídos.

Também estabelecerá a origem dos investimentos, quanto sairá do setor público e quais são de responsabilidade da concessionária. A concessão da Malha Sul é de 1997 e o contrato vence em 2027. Esta outorga contempla vários segmentos ferroviários que cortam os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e RS.

Todos os trechos estarão em debate e será dada uma atenção especial às ferrovias gaúchas. As discussões devem se estender pelo período de 90 dias, podendo o prazo ser prorrogado por mais três meses.

“Este grupo representa um passo fundamental para aumentar a eficiência da Malha Sul. Com a participação do governo federal, dos estados e do setor ferroviário, será possível entender melhor as demandas específicas, identificar os principais gargalos e propor soluções que garantam o pleno funcionamento”, declarou o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.
Análise prévia

Estudo paralelo feito pelos municípios da região aponta que o trecho do trem turístico teve menos avarias na comparação com a ferrovia na Serra e na ligação com Santa Catarina.

Dos 46 quilômetros, houve 60 deslizamentos, com uma estimativa para retirada de 50 mil metros cúbicos de material. O percurso soma 20 quilômetros, com oito pontos com necessidade de aterro, reparo em três viadutos e reconstrução de sete quilômetros de trilhos.

Conforme Rafael Fontana, a proposta apresentada à Secretaria Nacional das Ferrovias é de repasse do trecho para que seja feita a manutenção e o aproveitamento para os passeios de Guaporé a Muçum a partir de uma parceria do setor público e do privado.

No documento regional entregue à Secretaria Nacional de Ferrovias, também foi pedido para incluir na próxima concessão a exploração turística e cultural das ferrovias. “Queremos discutir como será o processo das novas concessões, porque do jeito que está, ficamos à mercê da concessionária, como se fosse um favor. A concessionária não dá o valor adequado para o uso turístico da ferrovia.”
Três décadas de esquecimento

São mais de 3 mil quilômetros de ferrovias que interligam o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul aos estados do centro-oeste do país. Antes de maio, menos da metade da malha tinha transporte regular por locomotivas.

Nas três décadas de concessão, não houve investimento para modernização dos ramais. Com trilhos antigos e sem manutenção, locomotivas ultrapassadas e mais lentas tornaram a opção pelo modal pouco atrativa.

Junto com isso, a Rumo também passou a ofertar poucas linhas. Sem periodicidade e prazos de entrega sem previsão, a malha gaúcha se tornou a mais ociosa do país.

As linhas que interligam o RS a Santa Catarina estão danificadas desde a grande inundação de maio. Na logística, o principal prejuízo está no transporte de cargas, em especial metais e combustíveis. Junto com isso, todos os passeios turísticos e culturais pelos trechos históricos também foram suspensos.

IstoÉ Online - SP   19/11/2024

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) autorizou a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) à iniciativa privada por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do estado.

Ao todo, a operação de 29 estações — incluindo o serviço Expresso Aeroporto, que liga o Aeroporto Internacional de Guarulhos à capital paulista —, será concedida à empresa que vencer o processo de concorrência durante 25 anos de contrato.

Atualmente, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trem são operadas pela iniciativa privada na cidade, com operação reconhecida por falhas frequentes, que incluem atrasos e descarrilamentos. Em 2023, a ViaMobilidade — responsável pela gestão das linhas 8 e 9 — teve de pagar uma indenização de R$ 150 milhões ao Estado por danos materiais e morais coletivos.

Tarcísio, por sua vez, é um defensor contumaz do modelo e promove em seu mandato um amplo programa de transferência de serviços públicos ao setor privado chamado PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). De acordo com o decreto, a liberação permitirá ao governo “concentrar esforços e recursos estatais em áreas nas quais a presença do poder público é indispensável, especialmente na educação, saúde e segurança pública”.

NAVAL

Petro Notícias - SP   19/11/2024

O EBR (Estaleiros do Brasil) concluiu a entrega total dos módulos para a Saipem, contratada da Petrobrás para a fabricação e montagem de módulos que serão instalados no navio plataforma (FPSO) P-79. Foram as duas últimas entregas. O módulo 01, chamado de sistema Flare, que é responsável pela recuperação de parte do gás, reduzindo CO e CO2 (emitidos para a atmosfera e envio do excesso para a queima) e, também, o módulo 10, responsável pelo processamento de óleo e tratamento de água produzida. Os equipamentos partiram rumo à Coreia do Sul, onde serão integrados ao projeto da Petrobrás. Em setembro, conforme noticiamos, o EBR entregou o módulo 04, a ser utilizado para a remoção de dióxido de carbono; o módulo 14, uma unidade composta por tanques de armazenagem de produtos químicos, bombas e laboratório para análises físico-químicas de todas as fases do processo; além do módulo 15, composto por equipamentos necessários para a produção e armazenamento de água, diesel e distribuição de ar (instrumento/serviço).

Durante a execução dos módulos, o EBR se tornou o primeiro estaleiro no Brasil a receber a certificação da SA8000, uma Norma Internacional de Responsabilidade Social. Implementação de práticas e políticas de direitos humanos, de repúdio ao trabalho infantil e ao trabalho forçado são assumidas pela alta administração e divulgadas a todos os profissionais. Os módulos entregues pelo EBR farão parte da FPSO P-79, oitava unidade a ser instalada no campo de Búzios, o maior de petróleo em águas profundas do mundo. Está localizado na região do pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, com início da produção previsto para 2025. A capacidade total de produção será de 180.000 barris de petróleo por dia, 7,2 milhões de m3 de gás diariamente. A operação de produção é de longo prazo (25 anos).

O Estaleiros do Brasil contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com instalações amplas e infraestrutura própria. Possui capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas de topside por ano, com estruturas (workshop), oficina de tubulações (pipe shop), oficina climatizada de jateamento e pintura e área de montagem externa. Com um cais de 530 metros lineares e calado com 12 metros de profundidade, o estaleiro pode executar serviços de integração de plataformas do tipo FPSO, além de oferecer serviços de atracação e hibernação (lay-up) para outros tipos de unidades e operações de load in e load out de grandes módulos.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   19/11/2024

A prévia do Plano de Investimento da Petrobras para os próximos cinco anos, divulgada nesta segunda-feira, 18, depois que alguns números vazaram no mercado, ressaltou a preocupação da empresa em acalmar acionistas com aceno de mais dividendos.

As ações da empresa reagiram bem aos números divulgados, mesmo incompletos e ainda dependendo de aprovação do conselho de administração da empresa. Mas a falta de um número para os projetos de energia renovável chamou a atenção.

Após o anúncio, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) operam em alta significativa na b3, a Bolsa brasileira: enquanto os papéis ordinários (PETR3) avançam 2,15%, os preferenciais (PETR4) sobem 1,80%, também em linha com a alta do petróleo.

Na visão de analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a prévia do plano mostrou que poucas mudanças serão feitas no período em relação ao plano anterior. Uma cifra em linha com o plano anterior já era esperada,

“Nada muito fora do esperado e um maior espaço para dividendos”, resumiu Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Em entrevista recente, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, já havia antecipado que o plano não deveria mudar muito em relação ao anterior.

O valor de US$ 111 bilhões fica em linha com os US$ 102 bilhões da gestão de Jean Paul Prates, assim como a destinação da maior parte dos recursos — cerca de 70% — para a área de Exploração e Produção. O plano anterior destinava US$ 73 bilhões para o segmento, ou 71,5% do total, enquanto o novo, com US$ 77 bilhões, apesar de um valor mais alto, se confirmado pelo Conselho de Administração representa 69,3% do total.

O valor é ainda menor se levada em conta a inflação de equipamentos e serviços na comparação dos dois períodos, disse uma pessoa a par do planejamento. Em 2023, a inflação desse segmento foi de 15%, mas este ano, por conta da alta do dólar, pode ter quase dobrado, avalia.
O investimento em energia limpa

Polêmico desde que foi anunciado, o investimento em energia limpa pela estatal está sendo mais demorado do que inicialmente planejado, o que foi explicado pelo chefe da pasta, o diretor de Sustentabilidade e Transição Energética, Maurício Tolmasquim, em entrevista recente, como reflexo do aumento dos preços no mercado para projetos greenfield, o que poderia levar a empresa a buscar ativos já prontos, e sempre em parceria.

Por este motivo, Arbetman vê espaço para que o investimento em energias renováveis até cresça nominalmente em relação ao plano anterior, mas nada muito expressivo se comparado ao refino, por exemplo, que obteve mais US$ 3 bilhões nessa comparação, chegando a US$ 20 bilhões. “É uma expectativa de crescimento contida”, explicou.

No plano anterior, as energias renováveis receberam indicação de US$ 5,5 bilhões, incluindo geração fotovoltaica e eólica, hidrogênio, captura de carbono (CCUS) e venture capital. A tendência é de que os recursos reservados para essa área subam gradualmente, na avaliação de analistas, já que os projetos mais pesados seriam as eólicas offshore, que a Petrobras avalia construir no futuro, se limitando atualmente a fazer testes de medição de ventos.

Petro Notícias - SP   19/11/2024

A Revisão da política da Petrobrás de contratação de plataformas por meio de afretamento, com a sua substituição por unidades próprias adquiridas no mercado interno na modalidade de EPC (sigla em inglês para Engenharia, Suprimento e Construção), e foco na construção de pequenas embarcações. Essa é uma das sugestões de uma nova nota técnica produzida pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que traça o histórico da política de conteúdo local na atividade de exploração e produção de óleo e gás no Brasil, destacando os momentos de avanços e retrocessos, aponta seus benefícios, faz comparações de custos de diferentes modalidades, além de analisar a legislação atual. O trabalho, que leva o título de “Nota técnica Ineep – Uma política de conteúdo local” (acesse aqui), também faz sugestões para a adoção de política para a área de abastecimento (refino e logística), incluindo novos combustíveis, embora esses segmentos da indústria não tenham regras para conteúdo local. Há, segundo o estudo, oportunidade para a criação de medidas que contemplem fornecedores do mercado interno nas unidades de refino e no desenvolvimento de produtos integrados à transição energética.

“Nem mesmo sob o ponto de vista econômico, o afretamento se justifica”, comenta o estudo do Ineep, a partir de dados do Dieese. No primeiro semestre de 2023, os custos de extração de petróleo e gás em unidades operadas pela Petrobrás foram inferiores aos das unidades afretadas para campos em águas do pós-sal, ultraprofundas e na fronteira do pré-sal, informa. Com base em reivindicações recentes do Fórum em Defesa da Indústria Naval e Offshore do Rio de Janeiro, da Frente Parlamentar Nacional em Defesa da Indústria Naval e da Frente Parlamentar Estadual de Acompanhamento do Pólo Gaslub, o estudo alerta para vantagens de a Petrobrás licitar plataformas por módulos (divididos em contratos de cinco módulos separados, além do casco da embarcação).

“O objetivo é viabilizar a participação de estaleiros nacionais. Como está hoje, licitando as unidades por inteiro, é praticamente inviável a construção no Brasil”. E diz ainda que “É necessário priorizar o financiamento e a contratação de pequenas embarcações construídas no Brasil, aproveitando o conhecimento já existente e a demanda nacional tanto para barcos de apoio de novas FPSOs quanto para renovação da frota. Uma alternativa viável seria a transição para contratos de longo prazo para a construção de barcos de apoio no Brasil, seguindo as diretrizes estabelecidas pelos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.

Infomoney - SP   19/11/2024

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assina nesta segunda-feira (18) um Memorando de Entendimento (MoU) com a Argentina para a importação brasileira de gás natural do vizinho. Segundo a pasta, o documento trata da “infraestrutura e interconexão” para a venda do combustível.

O memorando também cria um grupo de trabalho entre os dois países para “identificar as medidas necessárias para viabilizar a oferta de gás natural argentino”, sobretudo de Vaca Muerta.

Com essa abertura de mercado, o MME fala em novos investimentos e também cita a “redução dos preços dos alimentos”. Para isso, a pasta considera o reflexo da comercialização de gás natural mais barato.

O gás natural previsto para importação de Vaca Muerta, na Argentina, está com custo projetado entre US$ 7 e 8 por milhão de BTU (unidade de energia), ao chegar no Brasil. O acordo em negociação prevê a venda já no curto prazo, para o Brasil, de 2 milhões de metros cúbicos por dia de gás argentino.

A previsão é aumentar para 10 milhões de m³/dia em nos próximos três anos e atingir 30 milhões de m³/dia em 2030.

“A abertura do mercado de gás no Brasil pode gerar benefícios a longo prazo, além de incluir investimentos, empregos e redução dos preços dos alimentos, com a demanda estimada em 30 milhões de metros cúbicos por dia até 2030”, disse a pasta.

Investing - SP   19/11/2024

A Petrobras (BVMF:PETR4) afirmou nesta segunda-feira que a diretoria executiva propôs investimentos de 111 bilhões de dólares pela companhia entre 2025 e 2029, montante que representaria uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior, de acordo com fato relevante.

A afirmação foi feita em esclarecimentos de notícias ao mercado. A Petrobras ressaltou que os investimentos deliberados pela diretoria ainda precisam ser aprovados pelo conselho de administração da petroleira.

A reunião do colegiado para aprovação do plano está prevista para a próxima quinta-feira.

O valor proposto ficou próximo dos 110 bilhões de dólares comentado por fontes com conhecimento do assunto, segundo reportagem da Reuters publicada ao final de outubro, quando elas tinham dito que as discussões do plano estavam avançadas.

A alta indicada no programa de investimentos da Petrobras deve ficar abaixo da estimativa de crescimento do programa plurianual aprovado no ano passado, que havia apontado um aumento de mais de 30%, considerando projetos em implantação (91 bilhões de dólares) e em avaliação (11 bilhões de dólares).

A indicação de que os investimentos do plano plurianual devem crescer ocorre apesar de a empresa estar encontrando dificuldades desde 2023 para atingir as metas anuais de aportes, conforme reportou a Reuters em meados de outubro. A petroleira investiu menos do que o previsto no ano passado e diminuiu a previsão feita para 2024.

O novo plano de negócios virá meses após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter feito uma mudança na cúpula da estatal, indicando Magda Chambriard para ocupar o cargo de presidente. A executiva recebeu a missão de acelerar investimentos, em áreas como refino, gás natural e construção naval, considerando que a Petrobras tem o papel de ser impulsionadora de empregos e renda no Brasil.

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Após a mudança na Petrobras, a estatal anunciou uma série de acordos na área de fertilizantes, com o governo brasileiro buscando reduzir a dependência de importações do insumo fundamental para impulsionar a agricultura. O mais recente envolveu a norueguesa Yara, nesta segunda-feira.

FOCO EM PETRÓLEO

Como é tradição nos planos da Petrobras, a empresa afirmou nesta segunda-feira que a área de Exploração & Produção de petróleo poderia receber a maior parte dos investimentos, estimados em cerca de 77 bilhões de dólares, segundo o que foi proposto pela diretoria.

No plano anterior, a Petrobras previu 73 bilhões de dólares, do total de 102 bilhões de dólares.

A área de exploração ficaria com 7,9 bilhões de dólares, em um período em que a estatal buscará abrir novas fronteiras como a Foz do Amazonas, na Margem Equatorial --ainda que aguarde um aval do Ibama para atuar na área.

Em fato relevante nesta segunda-feira, a estatal afirmou que o plano apresentado pela diretoria projeta produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed), volume estável na comparação com o programa de cinco anos anterior.

Os investimentos em Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) foram estimados em cerca de 20 bilhões de dólares, acima dos totais de 17 bilhões de dólares do programa anterior, que não contava com a rubrica fertilizantes.

Sobre a projeção de dividendos ordinários, a empresa disse que ficarão em faixa que começa em 45 bilhões de dólares e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até 10 bilhões de dólares no período do plano.

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No plano anterior para o período de 2024-2028, a Petrobras previu montantes entre 45 bilhões e 55 bilhões de dólares para a remuneração de acionistas, incluindo dividendos tradicionais, extraordinários e recompras de ações.

Petro Notícias - SP   19/11/2024

Um novo e importante negócio para a Tenaris no Brasil. A empresa revelou que foi contratada pela Subsea7 para ser a fornecedora de tubos e soluções de revestimento para o projeto Búzios 9, no pré-sal da Bacia de Santos. Para lembrar, conforme noticiamos, a Subsea7 foi contratada pela Petrobrás em maio deste ano para o fornecimento de risers rígidos e flowlines para Búzios 9. A Tenaris será subcontratada da Subsea7 e fornecerá 102 km de tubos de aço carbono para risers e flowlines, além de revestimento de isolamento térmico.

Para este projeto, a Tenaris utilizará suas capacidades globais de fabricação. Os tubos de aço carbono serão produzidos em Dalmine, centro de produção da Tenaris na Itália, enquanto o processo de revestimento será realizado na Confab, localizada em Pindamonhangaba (SP).

“Estamos honrados por termos sido escolhidos pela Subsea7 mais uma vez. Este novo contrato reforça nossa posição como parceiro confiável para projetos offshore estratégicos, capaz de oferecer um pacote sólido e abrangente, incluindo tubos de alta qualidade e soluções de revestimento. Estamos entusiasmados em continuar apoiando a Subsea7 e a Petrobras no desenvolvimento do Pré-Sal brasileiro, um dos ambientes offshore mais desafiadores do mundo”, afirmou o Presidente da Tenaris no Brasil, Renato Catallini.

O projeto Búzios 9 prevê a instalação do FPSO P-80, com capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia (bpd), processar até 12 milhões de metros cúbicos por dia de gás e estocar mais de 1,6 milhão de barris. A unidade, que está sendo construída pela Keppel, deverá entrar em operação em 2026 e será interligada a 14 poços, sendo sete produtores de óleo e sete injetores.

Valor - SP   19/11/2024

Já há possibilidade de criar rota para o transporte do insumo extraído de Vaca Muerta, na Argentina, ao Brasil, anto via Gasoduto Norte (para levar o gás à Bolívia) quanto Gasbol (da Bolívia ao Brasil)

Caso o acordo firmado entre Brasil e Argentina para viabilizar a exportação de gás natural argentino ao Brasil vingue, o caminho mais adequado, segundo especialistas do setor, é que isto ocorra por meio do gasoduto Gasbol. Para isso, será necessário costurar um novo acordo com a Bolívia.

O presidente da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás), Rogério Manso, não vê isso como um obstáculo. Para ele, o choque de oferta de gás no Brasil por diferentes caminhos pode trazer preços mais competitivos e aumentar a competitividade da indústria.

Já existe a possibilidade de criar uma rota integrada para o transporte do insumo extraído de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil, utilizando tanto o Gasoduto Norte (para levar o gás à Bolívia) quanto o Gasbol (para transportar o gás da Bolívia para o Brasil). Segundo Manso, aportes já estão sendo feitos para a inversão de fluxo.

“Eles [os argentinos] estão investindo agora na inversão do gasoduto que vai para a Bolívia e estão instalando capacidade suficiente para atender o inverno argentino [...]. A partir daí, existe uma perspectiva promissora de investimentos para tornar essa oferta não apenas sazonal, mas contínua”, afirma.

Outra opção mais complexa seria trazer o energético via gasoduto Néstor Kirchner, que liga a região de Vaca Muerta, a partir de Buenos Aires, até Uruguaiana (RS). No entanto, a infraestrutura ainda não está totalmente concluída.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu recentemente o crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o projeto durante o governo do ex-presidente Alberto Fernández. Esse projeto ainda não garante a integração, sendo necessários mais investimentos em dutos de transporte no Brasil para levar o gás ao mercado consumidor.

O acordo prevê a importação inicial de 2 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) já a partir de 2025, podendo chegar a 30 milhões de m³/dia em 2030. Considerando o prazo curto, o diretor técnico-comercial da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Marcelo Mendonça, avalia que construir um gasoduto interligando Uruguaiana não seria viável a tempo, e que o transporte via Bolívia seria a alternativa mais prática para viabilizar o gás nesse período.

Num primeiro momento, a expectativa do mercado é que esse fornecimento não seja contínuo, já que o consumo do país vizinho é sazonal e concentra-se no inverno. Entretanto, Mendonça afirma que, para viabilizar os investimentos de transporte e conexão com a Bolívia, será necessário garantir um volume contínuo.

“Essa será mais uma fonte de suprimento, então é importante que tenhamos competição entre essas fontes, como GNL, produção de gás nacional e, agora, o gás de xisto da Argentina. Isso viabiliza o fornecimento de gás e traz um novo ‘price maker’ [fornecedor que tem capacidade de influenciar ou determinar os preços] para o mercado. Ou seja, teremos um novo ofertante, uma nova origem de gás que vai competir com o gás nacional e com o fornecimento de GNL, podendo trazer um gás mais competitivo e viabilizar outras aplicações”, diz.

Valor - SP   19/11/2024

Petroleira argentina opera no Brasil na geração de energia renovável, por meio de parques eólicos, e vê a indústria brasileira com grande potencial para diversificar seus negócios

A empresa Pan American Energy avalia dobrar a produção de gás natural no megacampo de Vaca Muerta, na Argentina, com foco no mercado brasileiro. A petroleira argentina opera no Brasil na geração de energia renovável, por meio de parques eólicos, e vê a indústria brasileira com grande potencial para diversificar seus negócios.

A estatal argentina Enarsa lançou, recentemente, a licitação das obras de reversão do fluxo do Gasoduto Norte, a infraestrutura de transporte de gás natural que conecta a Bolívia à Argentina. Na prática, existe a possibilidade de criar uma rota integrada para transporte do insumo extraído de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil, utilizando tanto o Gasoduto Norte (para levar o gás argentino à Bolívia) quanto o Gasbol (para transportar este gás da Bolívia para o Brasil).

Essa integração pode otimizar a infraestrutura existente e viabilizar o escoamento do gás argentino para o mercado brasileiro no curto prazo, enquanto outras opções logísticas, como novos gasodutos ou transporte de gás natural liquefeito (GNL), estão sendo desenvolvidas.

Atualmente, a produção de gás natural no Brasil não ultrapassa 150 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), sendo que cerca de metade é reinjetada. Para o diretor-geral da Pan American, Alejandro Catalano, o Brasil precisa de mais gás para continuar se desenvolvendo, e a Argentina pode suprir essa demanda.

“O gás de Vaca Muerta já é uma realidade. Já há mais de 2.300 poços perfurados (...). A Pan American Energy está presente em oito blocos da bacia argentina. Estamos operando 10 milhões de m³ por dia e planejamos dobrar essa produção em quatro anos”, afirmou o diretor-geral da empresa, Alejandro Catalano.

O executivo diz que a empresa quer ser o principal fornecedor de gás da Argentina para o Brasil, mas não revela metas de quanto o Brasil poderia absorver desse montante, considerando que já há exportações argentinas para outros mercados, como o Chile. Além disso, outras empresas, como TotalEnergies, Pluspetrol e Tecpetrol, estão em busca de oportunidades de envio de gás ao Brasil.

Segundo Catalano, um mercado de gás mais livre no Brasil pode favorecer a concorrência e atrair investidores. No médio prazo, a empresa pretende trazer um navio de gás natural liquefeito (GNL) do país vizinho para ofertar ao mercado nacional a partir de 2027.

“Temos investimentos consolidados no Brasil, com parques eólicos; temos uma equipe local, uma comercializadora de gás com autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), permissões de importação para trazer o gás e alguns acordos já firmados no Brasil”, frisa.

Globo Online - RJ   19/11/2024

Maior operadora privada de gás natural na região de Vaca Muerta, na Argentina, a Pan American Energy (Pae) vem ampliando os investimentos para iniciar a venda de gás natural ao Brasil.

A companhia, que produz 18 milhões de metros cúbicos por dia no país vizinho, planeja começar a exportação assim que os governos dos dois países avançarem na aguardada integração regional no mercado de energia.

Ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou um acordo com a Argentina para aumentar a venda de gás ao Brasil, com o objetivo de reduzir o preço da molécula, que atualmente custa US$ 13,82 por milhão de BTU, segundo cálculos da Abrace, que reúne os consumidores industriais.

No entanto, Alejandro Catalano Dupuy, diretor-geral da Pae no Brasil, alerta para desafios no caminho. Ele destaca a necessidade de incluir o governo da Bolívia nas negociações para viabilizar o uso do Gasoduto Brasil-Bolívia (GasBol).

Além disso, são necessários investimentos complementares para aumentar a capacidade de escoamento através da Região Norte da Argentina, permitindo que o gás de Vaca Muerta chegue à Bolívia.

— Com isso, já seria possível aumentar as importações pelo Brasil em 2025. Essa seria a solução mais rápida. A médio prazo, temos um projeto para levar o gás da Argentina ao Brasil por meio de navios de GNL (gás natural liquefeito). O projeto deve começar no início de 2027, e estamos investindo no porto da região de Rio Negro, na Argentina — explica Dupuy.

Segundo ele, a companhia, que já possui uma operação de energia solar na Bahia, planeja dobrar sua produção de gás em Vaca Muerta nos próximos quatro anos.

Dupuy lembra que a empresa já tem autorização de exportação do governo argentino, uma comercializadora de gás no Brasil e está em negociação com empresas brasileiras interessadas em comprar o gás.

— Da nossa produção de 18 milhões de metros cúbicos por dia, 10 milhões vêm de Vaca Muerta, onde operamos em oito blocos. Queremos alcançar 20 milhões de metros cúbicos diários na região. Hoje, essa área é a principal para o crescimento do gás na Argentina — afirma o executivo.

Atualmente, a Argentina produz 140 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais 60% vêm de Vaca Muerta. O Brasil, por sua vez, possui uma produção líquida de 64 milhões de metros cúbicos por dia, já descontado o consumo interno da Petrobras e a reinjeção do gás nos campos.

— O Brasil precisa de mais gás para crescer, e a Argentina pode suprir essa demanda. O acordo entre os países é importante, mas só isso não basta. É necessário que os produtores aumentem a oferta e que haja mais infraestrutura. Só assim conseguiremos construir um círculo virtuoso, estimulando oferta e demanda.

Fernando Teixeirense, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Abrace Energia, que representa a indústria consumidora de gás natural, avalia que o acordo com a Argentina sinaliza ao mercado a chegada de mais gás, o que pode diversificar a oferta e aumentar a competitividade para a indústria e o mercado brasileiro.

— Agora, é uma questão complexa, porque ainda acreditamos que a melhor opção para o Brasil é explorar o potencial do pré-sal e reduzir a reinjeção de gás, permitindo que a indústria produza mais e descarbonize sua produção.

Entretanto, fontes do setor, que preferiram não se identificar, afirmam que o preço do gás deve demorar para cair. Segundo elas, é necessário aumentar a concorrência no mercado, permitindo a atuação de empresas além da Petrobras e viabilizando, de fato, um mercado livre para todos os consumidores.

Essas fontes também destacam que levará alguns anos para que um volume significativo de gás da Argentina chegue ao Brasil, considerando os investimentos necessários em escoamento. Do lado brasileiro, a Petrobras vem ampliando os investimentos na infraestrutura de gás. Recentemente, iniciou a operação da Rota 3, no Rio de Janeiro, de forma a aproveitar o gás do pré-sal.

Um dos focos da Petrobras é disponibilizar gás para a indústria e utilizá-lo como matéria-prima na produção de fertilizantes. Ontem, a estatal anunciou, em parceria com a Yara, mais uma etapa no desenvolvimento de projetos nos segmentos de fertilizantes e produtos industriais.

O primeiro acordo prevê que a Yara comercialize produtos a serem produzidos pela Ansa, no Paraná, cujas operações estavam suspensas. “O segundo é um acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de estudos conjuntos nas áreas de fertilizantes”, informou a Petrobras.

Neste ano, a Petrobras também assinou com a estatal argentina de energia Enarsa um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) para estudos de parcerias no segmento de gás natural.

Globo Online - RJ   19/11/2024

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta segunda-feira a produção de petróleo e gás natural com o chamado fracking, método não convencional combatido por ambientalistas por causa de seu alto impacto ambiental.

O ministro fez essa defesa ao falar sobre o acordo bilateral firmado entre Brasil e Argentina para ampliar a importação de gás do país vizinho, que emprega o método.

O fracking, usado nos campos argentinos e principal motor da expansão da produção de óleo e gás nos EUA nos últimos anos, é um método que utiliza muita água e é apontado como capaz de contaminar mananciais e lençóis freáticos. Nos EUA, essa produção de óleo e gás é conhecida como shale gas.

Silveira afirmou não contradição entre o método e a defesa, pelo governo brasileiro, da preservação ambiental, da transição energética e do combate às mudanças climáticas. Ele ressaltou que o gás natural é um degrau na escala de transição para a economia de baixo carbono.

– A produção do gás, que é para a transição, não é uma questão de oferta, é de demanda. Enquanto o mundo demandar petróleo e gás, alguém vai ter que fornecer e que seja, para nós, o mais barato e o mais próximo – afirmou Silveira, em entrevista coletiva durante a reunião de cúpula de chefes de estado do G20, o grupo das maiores economias do mundo, que vai até amanhã, no Rio.

O ministro lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a comprar o gás natural produzido com o fracking dos EUA. E defendeu o uso do método “em qualquer lugar do mundo”, se feito de “forma adequada”.

– Defendo o estudo sobre a exploração com fracking em qualquer parte do mundo, até que a gente faça a transição energética de forma segura – disse Silveira, após lembrar que o Brasil tem uma matriz energética “limpa e renovável” e defender medidas do governo brasileiro em prol da transição energética, com destaque para o incentivo ao uso de biocombustíveis.

RODOVIÁRIO

Valor - SP   19/11/2024

Estão marcadas cinco licitações até o fim de 2024; para analistas, acúmulo pode afetar competição, mas todos os ativos devem atrair oferta

Eliane Detoni, secretária de Parcerias Estratégicas de MS: Rota da Celulose atrai perfil variado de interessados — Foto: Divulgação

O setor de rodovias deverá ter uma nova bateria de licitações neste fim de ano, com cinco leilões já agendados, que juntos devem somar mais R$ 40 bilhões em obras contratadas.

No dia 28 de novembro, o governo de São Paulo deverá fazer a concorrência da Nova Raposo, concessão que inclui um trecho do sistema Raposo Tavares-Castello Branco, na região metropolitana da capital. Estão previstos R$ 7,9 bilhões de investimentos no lote de 92 km.

Fontes apontam como interessadas no projeto a CCR, a Acciona, a Ecorodovias, a EPR e a Via Appia (do Starboard). No caso da CCR, há dúvidas sobre o nível de interesse do grupo, que já saiu vitorioso na licitação da concessão rodoviária Rota Sorocabana, no fim de outubro, com lance de R$ 1,6 bilhão.

A Nova Raposo inclui trecho da ViaOeste, concessão da CCR que chega ao fim e passa por nova licitação - o contrato foi dividido em dois, a Nova Raposo e a Sorocabana. O primeiro é visto como mais desafiador, porque prevê desapropriações na entrada da capital. Ainda assim, analistas avaliam que haverá competição. “O projeto tem desafios, mas por ser em São Paulo, onde o Judiciário é mais estável e o uso de desapropriação é mais garantido pela jurisprudência, não deve ser entrave. São desafios testados do ponto de vista jurídico”, afirma Lucas Sant’anna, sócio do Machado Meyer Advogados.

Em dezembro, estão agendados outros quatro leilões. No dia 6, o governo do Mato Grosso do Sul, em parceria com o federal, planeja licitar a concessão da Rota da Celulose, com R$ 5,8 bilhões de investimentos. Há quatro grupos estudando o projeto. O perfil dos interessados é variado, segundo Eliane Detoni, secretária Especial de Parcerias Estratégicas do Estado. “Tem grupo mais consolidado, tem investidores entrando no segmento compondo parcerias, está bem diversificado.” No mercado, um grupo apontado como forte candidato é o Way, formado por construtoras que já operam na região e que recentemente formou uma nova plataforma com a Kinea.

Tem chance de entrarem na disputa grupos novos, inclusive estrangeiros”

— George Santoro

O lote de 870 km inclui estradas estaduais e federais, mas a regulação do contrato será feita pela agência local. Para a secretária, o Mato Grosso do Sul já atingiu uma maturidade regulatória. “Se estivéssemos começando agora e não tivéssemos um ambiente institucional maduro poderia ser um risco, mas não é o que acontece”, diz ela, apontando que já há duas concessões rodoviárias no Estado.

No dia 12, serão licitados dois projetos do governo federal: o lote 3 de Rodovias do Paraná, com 570 km de estradas entre Ponta Grossa (PR) e o norte do Estado; e a Rota Verde, com 426 km de rodovias em Goiás, conectando Rio Verde (GO) à capital e a Itumbiara (GO).

O leilão da Rota Verde deverá ser aquele com o maior número de competidores do ano, segundo George Santoro, secretário-executivo do Ministério de Transportes. “Temos oito grupos estudando”, diz ele. “O principal atrativo é a expectativa futura de crescimento do fluxo, em uma via no centro do agronegócio. É um projeto bem construído, tem desafios porque não é pedagiado hoje, mas a modelagem foi bem tabulada.”

No caso do Lote 3 do Paraná há quatro empresas analisando o projeto, segundo ele. “É uma concessão grande, um projeto difícil, com muita obra.” O contrato prevê R$ 10 bilhões de investimentos.

Por fim, no dia 19, está prevista a licitação do Lote 6 de rodovias do Paraná - visto como o mais desafiador desta leva de leilões. O contrato demanda R$ 12,7 bilhões de investimentos no trecho de 662 km, que conecta Foz do Iguaçu (PR) a Guarapuava (PR) e ao sul do Estado. “O lote exige um volume de duplicação por ano desafiador, mistura obras grandes e complexas com muito capital. É um projeto para poucos participantes. Hoje há três estudando”, diz Santoro.

Segundo uma fonte, o lote 6 sofre com a concorrência do lote 3, que será licitado uma semana antes e que é mais atrativo e menos complexo. Nesses projetos, Pátria e EPR, que já conquistaram respectivamente os lotes 1 e 2 de rodovias do Paraná, são vistas como interessadas. A 4UM (ex-J. Malucelli), que recentemente conquistou a concessão da BR-381 em Minas Gerais e tem sede no Paraná, também é apontada como forte candidata.

No governo, a expectativa geral para as licitações é positiva. “Tem chance de entrarem na disputa grupos novos que ainda não participaram ou que participaram, mas não ganharam. Inclusive grupos estrangeiros”, afirma Santoro.

No mercado, a expectativa é que todos os leilões atraiam ao menos uma oferta. Para Ewerton Henriques, sócio da SH Consultoria, cada projeto tem seu atrativo: “O do Mato Grosso do Sul é grande, mas tem atores interessados na região, o de São Paulo se beneficia da estabilidade regulatória do Estado, os federais têm condições favoráveis de financiamento do BNDES. Cada um tem uma cereja no bolo”, diz.

O acúmulo de leilões em um espaço curto de tempo, porém, pode ser um desafio. Para Henriques, os que ficaram para o fim do mês terão mais dificuldade de atrair investidores, porque à medida que os grupos ganharem contratos, devem reduzir o interesse nos seguintes. Nesse sentido, ele avalia que o Lote 6 pode ter problemas.

Para Herbert Suede, coordenador de Infraestrutura e Energia do Banco Fator, a perspectiva é positiva. “Há uma melhora grande no mercado de rodovias. Os editais estão com maior partilha de risco, a regulação tem se mostrado estável e há abundância de projetos, então é natural que todos passem a olhar, tem várias oportunidades.”

Procurada, a CCR afirma que “analisa todas as oportunidades nas três plataformas em que atua, com seletividade”. A Ecorodovias diz que “tem avaliado, de forma seletiva, todos os projetos”. A Acciona afirma que “procura ativamente oportunidades”. A Via Appia diz que “está constantemente avaliando a participação em novos leilões”, “priorizando ativos em trechos próximos de nossas concessões em São Paulo e Minas Gerais”. A EPR afirma que “ tem como disciplina avaliar as oportunidades do setor”. A 4UM, a Way e o Pátria não comentaram.

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