Consultor Jurídico - SP 25/02/2025
O grupo ítalo-argentino Ternium registrou lucro de US$ 333 milhões no quarto trimestre do ano passado — um resultado positivo de quase R$ 2 bilhões em três meses.
Com lucro bilionário, Grupo Ternium trava disputa empresarial com siderúrgica CSN
O resultado contrasta com a alegação de que a indenização devida à CSN — por ter assumido a Usiminas de forma camuflada — inviabilizaria a empresa. A condenação foi imposta pelo Superior Tribunal de Justiça no ano passado no contexto da disputa pela Usiminas.
Segundo relatório da companhia, o resultado positivo foi possível porque a companhia reverteu o contingenciamento de US$ 404 milhões destinados ao litígio. No balanço referente ao terceiro trimestre, a Ternium registrava US$ 814 milhões provisionados para o processo. No último trimestre, essa quantia era de US$ 410 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões).
Sinais trocados
Segundo as contas da Ternium, no balanço divulgado ao mercado, o montante a ser pago pela companhia à CSN deverá ser de R$ 1,8 bilhão. No final de 2024, ao confirmar a condenação, o STJ alterou o cálculo da correção dos valores, o que permitiu uma redução.
“Com base na referida decisão do STJ, assumindo correção monetária até 31 de dezembro de 2024 e honorários advocatícios no valor de R$ 5 milhões, o montante total revisado potencialmente devido pela Ternium Investments e pela Ternium Argentina, caso a CSN prevaleça em suas alegações, seria de aproximadamente R$ 1.875,9 milhões”, diz a companhia.
Paralelamente, a Ternium arregimentou em seu favor um batalhão de políticos e empresários de Minas Gerais. O prefeito de Ipatinga, onde fica a Usiminas, tem afirmado que a empresa fechará as portas caso a condenação do STJ seja mantida — como se a dívida fosse da siderúrgica mineira e não do grupo multinacional. A ele se somam deputados e sindicalistas.
Negacionismo jurídico
Uma autodenominada “Agenda de Convergência do Vale do Aço” fez circular um manifesto soando um alarme: “Esta decisão levantou preocupações entre a população e as autoridades locais, pois redireciona recursos que poderiam ser usados na modernização e expansão da Usiminas.”
O manifesto incluiu o apoio de entidades que sequer tiveram conhecimento dos termos do documento ou participaram de sua elaboração. A lista era recheada com órgãos como o Corpo de Bombeiros, a delegacia de Polícia ou um hospital. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) manifestou-se negando ter assinado a carta.
Além do processo no STJ, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) foi ao Supremo para tentar reverter a condenação imposta à Ternium por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI).
Em manifestação ao ministro André Mendonça, relator, o Senado apontou que a entidade não tem legitimidade para a ação. Conforme revelou a revista eletrônica Consultor Jurídico, há ainda uma tentativa de cercar o governo brasileiro para influenciar decisões judiciais.
Exame - SP 25/02/2025
As tarifas sobre alumínio e aço impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são motivadas principalmente pela preocupação de que a China está inundando o mercado global e prejudicando a indústria americana, de acordo com uma ex-assessora de comércio da Casa Branca.
Neste mês, Trump assinou uma ordem impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, independentemente de sua origem. Ele justificou a medida como necessária para fortalecer a produção nos EUA e gerar empregos. Essa decisão “reflete a preocupação de que as ações dos EUA até agora não foram suficientes para conter o excesso de capacidade nesses setores”, disse Kate Kalutkiewicz, que foi diretora sênior de política de comércio internacional no Conselho Econômico Nacional durante o primeiro mandato de Trump, à emissora canadense CBC.
Alibaba anuncia investimento de mais de US$ 50 bilhões em IAPentágono e FBI pedem que seus funcionários não respondam a pedido de MuskZelensky diz estar disposto a renunciar se isso garantir a paz na Ucrânia
"Elas (as tarifas) estão quase inteiramente relacionadas à China e às políticas e práticas não mercadológicas da China, que permitiram esse excesso global de oferta", acrescentou ela. As tarifas sobre metais devem entrar em vigor em 12 de março.
O governo Trump também aumentou a pressão sobre o México para que imponha suas próprias tarifas sobre importações da China, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg News. O Canadá já havia adotado tarifas de 25% sobre uma ampla gama de produtos de aço e alumínio chineses em outubro, também citando preocupações com o excesso de capacidade.
Kalutkiewicz, que agora lidera a área de comércio da consultoria McLarty Associates, adotou um tom mais otimista sobre o futuro da aliança comercial entre EUA, México e Canadá, que foi renegociada durante o primeiro mandato de Trump e transformada em lei em 2020.
"A relação econômica norte-americana é uma das mais, se não a mais, importante do mundo", disse ela, falou.
Segundo Kalutkiewicz, o objetivo de Trump ao impor “máxima pressão” sobre o Canadá e o México é garantir que os EUA obtenham as melhores condições no acordo comercial.
"Acredito que teremos uma discussão dinâmica sobre o futuro dessa relação. Mas me sinto bastante otimista em relação à sua natureza duradoura", disse.
Valor - SP 25/02/2025
País é um dos últimos do continente a ter uma indústria de aço, mesmo sendo um grande fornecedor de matéria-prima para a fabricação do material
'É um dos projetos mais sonhados e desejados pelo país', diz presidente da Bolívia, Luis Arce — Foto: Luis Arce - Foto: Divulgação
A Bolívia inaugurou, nessa segunda-feira (240, a primeira indústria siderúrgica, financiada com crédito da China, após seis décadas de planos frustrados para a instalação da indústria de aço no país. A previsão é que a indústria consiga suprir metade do aço consumido no país, segundo a “Associated Press”.
"É um dos projetos mais sonhados e desejados pelo país. Não houve decisão política para concretizá-lo antes. Os preços da construção vão cair e a região receberá royalties", disse o presidente, Luis Arce, durante a cerimônia de inauguração. Ele também anunciou uma segunda fase para "duplicar a produção" da fábrica.
A Bolívia é um dos últimos países do continente a ter uma indústria de aço, mesmo sendo um grande fornecedor de matéria-prima para a fabricação do material.
Usina fica próxima da fronteira com o Brasil
Localizada na província de Santa Cruz, a usina estatal está próxima da fronteira com o Brasil. O projeto custou US$ 546 milhões, financiados por uma linha de crédito e assessoria técnica da China, além de recursos do governo boliviano.
A fábrica produzirá 200 mil toneladas de aço por ano, cobrindo metade da demanda boliviana anual, e gerará 700 empregos.
A construção do Complexo Siderúrgico do Mutún começou em 2019, durante o governo de Evo Morales, após o fracasso de uma parceria com a empresa indiana Jindal Steel & Power.
O projeto é considerado um dos principais feitos do governo de Arce, que tem promovido uma política de industrialização para substituir importações, criando várias fábricas estatais. Tanto Morales quanto Arce apostaram em uma economia voltada para o Estado.
A Bolívia entra na indústria siderúrgica no momento em que o setor enfrenta forte concorrência do aço barato da China. O país asiático tem investido em setores estratégicos da economia boliviana por meio de créditos, incluindo um projeto para a exploração de lítio.
"Nossa cooperação se baseia na complementaridade e no respeito à soberania", disse Wang Liang, ministro de Relações Exteriores da China, durante a cerimônia de inauguração.
O Estado de S.Paulo - SP 25/02/2025
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 19ª semana consecutiva, de 5,60% para 5,65% — 1,15 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,50%. Considerando só as 105 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,58% para 5,66%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.
“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o BC.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela nona semana seguida, de 4,35% para 4,40%. Um mês antes, estava em 4,22%. Considerando apenas as 102 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção oscilou de 4,23% para 4,36%.
O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na reunião de janeiro, e voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, no encontro de março.
O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0%. Quatro semanas antes, estava em 3,90%. A projeção para o IPCA de 2028 caiu de 3,80% para 3,79%, após seis semanas em alta. Um mês antes, era de 3,73%.
Previsão para a Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela sétima semana consecutiva, em 15,0%. Considerando apenas as 90 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.
A mediana para os juros no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela quarta semana consecutiva. Considerando somente as 87 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.
A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50%. Quatro semanas antes, era de 10,38%. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela nona semana consecutiva.
Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a elevação dos juros é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.
Alta do PIB
A mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 se manteve em 2,01%. Um mês antes, era de 2,06%. Considerando somente as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,08% para 2,0%.
A estimativa intermediária para 2026 permaneceu em 1,70%. Quatro semanas atrás, era de 1,72%. Considerando só as 60 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, permaneceu em 1,70%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 subiu de 1,98% para 2,0%. Um mês antes, era de 1,96%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável pela 50ª semana seguida, em 2,0%.
O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Dólar abaixo de R$ 6
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 6,0 para R$ 5,99. Com isso, ficou abaixo da linha de R$ 6,0 pela primeira vez desde 13 de janeiro, quando foi publicado o segundo boletim de 2025.
O dólar avançou acima de R$ 6,26 em dezembro, atingindo máximas históricas, mas perdeu força diante do real este ano. Até a última sexta-feira, a moeda americana acumulava queda de 7,27% frente à brasileira — que tinha o segundo melhor desempenho entre as principais divisas globais em 2025.
A mediana do Focus para o dólar no fim de 2026 se manteve em R$ 6,0 pela sexta semana consecutiva. A projeção para o fim de 2027 aumentou de R$ 5,90 para R$ 5,92, contra R$ 5,93 quatro semanas antes. A estimativa intermediária para o fim de 2028 subiu de R$ 5,90 para R$ 5,93, de R$ 5,99 um mês atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
A China colocará a meta de crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 5% em 2025, mas permitirá alguma flexibilidade, avaliam analistas consultados pelo The Wall Street Journal. A decisão deve ocorrer durante a reunião do Congresso Nacional do Povo da China, conhecido como NPC, nesta semana.
O Bank of America (BofA) espera poucas surpresas na meta de crescimento chinesa neste ano, apesar dos riscos de tarifas, lembrando que a meta nacional geralmente está em linha com as definidas por províncias. As três maiores províncias chinesas – Guangdong, Shandong e Jiangsu – mantiveram expectativas para o crescimento do PIB no mesmo nível do ano anterior. Para o banco americano, Pequim dará indícios de maior relaxamento nas taxas de juros e de compulsórios bancários, ao mesmo tempo em que devem aumentar escopo para o déficit fiscal para pelo menos 3,8% do PIB.
Analistas do UBS também projetam que o déficit fiscal a China deverá subir, mas para 4% do PIB, conforme o governo amplia os gastos para apoiar o consumo e subsidiar as famílias. Com o impulso o consumo como prioridade máxima, o tamanho do programa de comércio de bens pode dobrar para mais de 300 bilhões de yuans (US$ 41,4 bilhões), estimam analistas do banco suíço, em nota. O UBS também projeta que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortará taxas de juros entre 30 a 40 pontos-base (pb) neste ano e que bancos comerciais vão baixar ainda mais taxas de depósitos.
Já o Nomura prevê mais flexibilidade de Pequim para lidar com as incertezas do cenário externo, com uma meta de avanço do PIB na faixa de 4,5% a 5%. O banco japonês também espera maior foco das autoridades chinesas em estimular o consumo e em ampliar programas existentes de comércio, além de outros subsídios, o que elevaria o déficit fiscal para 4% do PIB. O Nomura projeta que o governo anunciará um nível recorte de emissões de títulos soberanos especiais para apoiar o investimento e vai acelerar o ritmo de reforma estrutural em 2025, colocando mais ênfase em crescimento de alta qualidade e apoio ao setor privado. Fonte: Dow Jones Newswires.
O Estado de S.Paulo - SP 25/02/2025
O anúncio de barreiras comerciais em série pelo presidente americano, Donald Trump, parece já estar tendo efeito negativo sobre as expectativas de inflação nos Estados Unidos. De acordo com sondagem da Universidade de Michigan feita com consumidores, a projeção de inflação para cinco anos à frente subiu para 3,5%, o maior patamar desde abril de 1995, em quase 30 anos.
Segundo o economista Alberto Ramos, Diretor de pesquisa econômica para a América Latina do banco Goldman Sachs, esse indicador tende a ser mais volátil, porque faz uma sondagem com os consumidores - que não rodam modelos como os economistas - mas já começa a refletir o noticiário apontando aumento dos preços por conta das medidas de Trump.
“Tem havido muita conversa na mídia sobre tarifas e inflação. Há uma certa expectativa de que o impacto inicial das tarifas talvez seja uma inflação mais alta temporária”, afirmou.
Ramos explica que o Fed, banco central americano, olha para vários indicadores ao mesmo tempo, o que tende a atenuar o efeito desse índice sobre a política monetária.
“Olhando para os microdados, as pessoas estão achando que a inflação está correndo a 10%, 15%. As famílias nem sempre são os agentes mais bem informados sobre a inflação. Elas tendem a se concentrar no processo que veem subir e se esquecem dos preços que não mudaram”, explicou.
Ainda assim, as medidas de Trump no comércio externo são de fato inflacionárias, porque tendem a encarecer os produtos importados não só pelos consumidores, mas pela indústria americana, que tentará repassar esse aumento de preços.
Outra política que pode gerar inflação são as deportações de imigrantes em massa, que tendem a reduzir a oferta de mão de obra para o setor de serviços.
Para o Brasil, o risco de aumento de inflação nos EUA é uma má notícia, porque tende a deixar os juros mais altos por lá, atraindo investimentos em renda fixa e fortalecendo o dólar em relação ao real.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 122 milhões na terceira semana de fevereiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 24, o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,456 bilhões e importações de US$ 5,334 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 1,291 bilhão e, no ano, de US$ 3,455 bilhões.
Até a terceira semana de fevereiro, a média diária das exportações registrou baixa de 7,8% em relação à média diária do mesmo mês de 2024. O resultado se deu devido a queda de US$ 27,66 milhões (-10,9%) em Agropecuária, recuo de US$ 95,59 milhões (-31,4%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 26,67 milhões (4,0%) em produtos da Indústria de Transformação.
Já as importações tiveram crescimento de 9,3% na mesma comparação, com avanço de US$ 3,12 milhões (14,6%) em Agropecuária, queda de US$ 8,71 milhões (-14,1%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 93,58 milhões (10,8%) em produtos da Indústria de Transformação.
Exame - SP 25/02/2025
A economia dos Estados Unidos pode entrar em um período de leve estagflação no segundo semestre, segundo o estrategista-chefe da Stifel, Barry Bannister. Ele prevê uma queda de 10% no preço das ações e o S&P 500 fechando o ano em 5.000 pontos, quase 1.000 abaixo do nível atual.
A persistência da inflação elevada e a desaceleração do crescimento reduzem o poder de compra e afetam o consumo, que representa 70% do PIB americano. Em janeiro, os preços ao consumidor subiram 3%, acima da meta do Federal Reserve.
As políticas econômicas do presidente Donald Trump, como novas tarifas de importação, também preocupam investidores. A Stifel projeta que a inflação PCE ficará em 2,75% em 2025, dificultando cortes na taxa de juros pelo Fed.
"É um erro achar que a inflação voltará para 2%. Isso não vai acontecer sem uma recessão", disse Bannister ao Business Insider.
Com a inflação persistente, a queda na produtividade e a desaceleração dos salários reais, o Fed pode manter juros elevados, pressionando ainda mais a economia.
Money Times - SP 25/02/2025
A ausência dos efeitos deflacionários da redução da energia elétrica em janeiro, associada ao aumento dos preços de commodities essenciais como milho, trigo, açúcar e café, tende a acelerar os índices IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) e IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) no mês, divulgados na terça-feira (25) e quinta-feira (27).
Por outro lado, embora seja necessário reconhecer o impacto dos recentes aumentos dos alimentos sobre a inflação, indicadores antecedentes sugerem alguma desaceleração dos preços no grupo de alimentos e bebidas nas últimas semanas. O mercado seguirá atento à inflação ao produtor no IGP-M, já que o comportamento dos preços na base da cadeia produtiva pode fornecer pistas sobre a trajetória dos preços ao consumidor no segundo trimestre. Por ora, mantemos a projeção de uma variação de 5,00% para o IPCA ao final de 2025.
Desemprego deve subir no trimestre encerrado em janeiro, refletindo movimentos sazonais típicos das demissões pós-festas de fim de ano, atingindo 6,5%
Além dessa tendência observada na série histórica, em que os trimestres encerrados em janeiro costumam registrar alta no desemprego em relação ao período finalizado em dezembro, o início de 2025 deve ser impactado por um arrefecimento adicional do mercado de trabalho.
A desaceleração na criação de empregos e o avanço da desocupação também devem ser influenciados pelo aumento da taxa básica de juros, pelas incertezas políticas e pelos efeitos desses fatores sobre a confiança empresarial. Ainda assim, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro, que saem na quarta-feira (26), devem indicar um saldo positivo de aproximadamente 175 mil novos postos de trabalho formais.
Resultado fiscal do Governo Central deve apontar forte superávit em janeiro
Em que pese a ausência parcial de receitas extraordinárias, presente nos meses iniciais de 2024, o resultado do primeiro mês de 2025 deve apontar para um superávit primário semelhante ao que foi registrado no mesmo mês do ano passado. Se materializado, o resultado mostrará que, a despeito dos sinais de desaceleração da atividade econômica, o ritmo de arrecadação permanece robusto. Nossas estimativas para sexta-feira (28) apontam para um volume de arrecadação de R$ 295,03 bilhões em janeiro.
Déficit em transações correntes em janeiro deve mais que dobrar em relação a janeiro de 2024, ultrapassando US$ 8 bilhões
Esse resultado será impulsionado pelo aumento das importações, que moderará o saldo da balança comercial, além dos déficits nas contas de serviços e de rendas, resultando no maior déficit em conta corrente para janeiro desde 2020. Apesar desse desequilíbrio, não há risco imediato para o país, pois o volume de investimentos produtivos do exterior deve ser suficiente para financiar o saldo negativo em transações correntes. Os dados serão divulgados na sexta-feira (28).
A inflação seguirá no radar dos investidores estrangeiros nesta semana
A Eurostat (Escritório de Estatísticas da União Europeia) divulgou, nesta segunda-feira (24), a prévia da inflação da Zona do Euro em fevereiro, e, embora a fraqueza da atividade econômica justifique a continuidade do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) – a Alemanha deve informar recessão técnica esta semana -, a integrante do Conselho Executivo, Isabel Schnabel, sinalizou que a autoridade monetária pode estar próxima de pausar ou interromper o afrouxamento. No entanto, uma inflação sob controle tornaria essa decisão difícil de justificar.
Nos Estados Unidos, a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, da sigla em inglês) na sexta-feira (28), um dos principais indicadores de inflação para a política monetária do Federal Reserve (Fed), também será acompanhada de perto. Como os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, da sigla em inglês) vieram acima do esperado, números mais fortes do que o previsto no PCE de janeiro podem reduzir significativamente as chances de um corte de juros pelo Fed no primeiro semestre.
PIB dos EUA deve crescer 2,3% no último trimestre, marcando desaceleração
A economia dos EUA deve ter registrado um crescimento anualizado de 2,3% no quarto trimestre de 2024, desacelerando em relação à alta de 3,1% no trimestre anterior. Os números saem na quinta-feira (27).
Apesar desse ritmo mais moderado, o desempenho permanece sólido e reforça as projeções para 2025: a economia americana deve manter uma trajetória de crescimento consistente, impulsionada por uma política econômica ativa.
O GDPNow, estimativa de crescimento do PIB em tempo real do Fed de Atlanta, aponta para um crescimento de 2,3% também no primeiro trimestre deste ano, sustentando essa perspectiva positiva. No entanto, os possíveis impactos das tarifas propostas por Donald Trump ainda são incertos, já que as medidas não foram implementadas, tornando difícil estimar seus efeitos sobre a atividade econômica nos médio e longo prazos.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo federal projeta realizar 15 leilões na área de transporte somente neste ano.
“Ou seja, em um ano só, faremos três vezes mais o que foi feito no governo anterior, o que é muito importante para fortalecer os investimentos”, disse ele, ao participar por videoconferência do evento P3C – PPPs e Concessões: Investimentos em Infraestrutura no Brasil, realizado na sede da B3 (Bolsa de Valores), na capital paulista.
De acordo com o Ministério dos Transportes, esses leilões vão representar investimentos da ordem de R$ 161 bilhões para a melhoria das estradas brasileiras. “Se Deus quiser, e com muito trabalho, esse ano nós vamos ter o maior ano para a infraestrutura no Brasil”.
Durante o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou o ministro, já foram realizados nove leilões rodoviários, enquanto no governo anterior foram seis leilões rodoviários.
“Enquanto eles investiram, em quatro anos, cerca de R$ 30 bilhões com recursos públicos, nós investimos os mesmos R$ 32 bilhões em dois anos de governo do presidente Lula. E vamos ultrapassar R$ 65 bi e talvez chegar próximo a R$ 70 bilhões em quatro anos, dobrando os investimentos públicos para melhorar a infraestrutura”, ressaltou.
Para o ministro, é preciso não só ampliar os investimentos públicos, mas também atrair cada vez mais os investimentos privados para melhorar a infraestrutura no país. “No governo do presidente Lula nós tomamos a decisão de fortalecer os investimentos por dois lados e fortalecer os investimentos públicos com sustentabilidade fiscal. Mas para atingir um melhor patamar, além de ampliar o investimento público com sustentabilidade fiscal, a gente precisava atrair mais investimentos privados. Essa soma é que garante o melhor resultado para a infraestrutura nacional”, destacou.
BR-364
Na próxima quinta-feira (27) será realizado o primeiro leilão de uma rodovia federal na região norte do Brasil. O certame acontece na B3, a bolsa de valores de São Paulo, e contará com a presença do ministro. Neste leilão serão concedidos 686,70 quilômetros da BR-364/RO, entre Porto Velho, capital de Rondônia, e Vilhena, município localizado na fronteira com o estado do Mato Grosso. O leilão terá como critério a oferta do maior desconto sobre a Tarifa Básica de Pedágio.
“Na próxima quinta realizaremos o 10º [leilão do atual governo], que é o da BR 364 no Estado de Rondônia, uma BR fundamental que permite escoar a produção de Rondônia para o Rio Madeira e que, depois, desce novamente em direção aos portos que acessam o Oceano Atlântico, além de também escoar parte da produção do Mato Grosso, que é um estado super produtivo do agro brasileiro”, falou.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
Apesar de uma valorização no início de 2025, as ações da Vale ainda acumulam uma queda de mais de 13% em uma janela de 12 meses. Desde maio de 2021, os papéis da mineradora tiveram seu preço cortado pela metade.
O mau desempenho recente das ações da Vale reflete volatilidade com o preço do minério de ferro e discussões sobre a efetividade dos estímulos na economia da China. Junto com isso, questões sobre governança também abalaram a cotação de VALE3 há cerca de um ano.
Com essa soma de fatores, o mercado vê de forma praticamente consensual que os papéis da mineradora estão relativamente baratos – todavia ainda não ocorreu uma pressão compradora que impulsione os preços, e há uma discussão de quais gatilhos podem causar isso.
Fernando Fontoura, gestor da Persevera Asset, relata que a casa montou uma posição há poucas semanas nos papéis, vendo os preços como extremamente atrativos. Além disso, cita que uma entrada de capital estrangeiro poderia impulsionar os papéis, dado que ‘gringo gosta de Vale e se expõe ao Ibovespa’.
“Eu acho que dificilmente você vai achar no mercado alguém que não acha Vale barata. É uma percepção que, na verdade, se estende pra maior parte dos papéis da bolsa. A discussão do papel é bastante centrada no valuation. Por esse ângulo acho que é consensual, a maior parte vê como barato, mas não é só por isso que estamos comprando. Nós enxergamos é um posicionamento técnico favorável. É um papel que essencialmente é um player de China, todo mundo enxerga isso”, analisa.
“Entendemos claramente que o papel está barato, mas vemos poucos investidores aqui do Brasil posicionados”, completa.
A tese é de que os drivers que estavam atrelados ao dragão asiático estão ‘ultrapassados’ e já não fazem tanto sentido. Em suma, o que fez pressão baixista para o papel já se dissipou, mas o preço não voltou ao que era antes.
Preços internacionais das commodities
Segundo Fontoura, o preço do minério de ferro não deve ‘ir para muito longe’ de US$ 100, o que considera um patamar que mantém a operação da empresa rentável.
Lucas Laghi, analista e Head de Mineração e Siderurgia da XP, comenta que apesar de a casa manter recomendação neutra para o papel, enxerga uma assimetria positiva.
Sobre a volatilidade atrelada ao ‘fator China’, comenta que o que ocorreu foi pois o mercado ‘acabou se animando bastante’ com expectativas de mais estímulos nos últimos meses, mas que acabaram desapontando ante o que efetivamente foi anunciado.
“Hoje, apesar da situação macro não ter mostrado melhora significativa, notamos alguns sinais de estabilização para o setor imobiliário na China (tradicionalmente um grande setor consumidor de minério)”, aponta.
A visão do especialista é de que, estruturalmente, o preço de minério deveria convergir para um patamar menor – ficando entre US$85 a US$ 90 a tonelada – principalmente após a entrada de capacidades relevantes como a de Simandou.
“No curto-prazo, não vemos uma razão clara para correção dos preços da commodity para patamar abaixo de US$90 por tonelada”, comenta.
Prejuízo que é visto com bons olhos
A mineradora divulgou seu resultado trimestral referente ao quarto trimestre de 2024 nesta semana, na quarta-feira, 19, após o fechamento de mercado. E os resultados vieram aquém do esperado pelo mercado. Todavia, os papéis da empresa responderam positivamente no pregão que sucedeu a divulgação do resultado, com alta de mais de 3,5%.
A companhia reportou prejuízo líquido de US$ 694 milhões, com Ebitda de US$ 4,1 bilhões e receita líquida de US$ 10,1 bilhões. Ou seja, todas as linhas finais vieram aquém do esperado.
A empresa justificou o impacto no bottom line do resultado pelo impacto do reconhecimento da redução ao valor recuperável de US$ 1,4 bilhão relacionada às operações de níquel de Thompson e de US$ 540 milhões relacionados ao projeto de Extensão da Mina de Voisey’s Bay, que ocorreram ‘após uma revisão abrangente dos ativos’.
O que animou o mercado foram outras linhas do resultado da Vale, além do anúncio de remuneração aos acionistas – com a empresa anunciando cerca de US$ 2 bilhões em dividendos, incluindo US$ 500 milhões em pagamentos extraordinários.
Além dos proventos, a empresa também comunicou uma redução da orientação de Capex de 2025 para US$ 5,9 bilhões, de US$ 6,5 bilhões antes.
Por fim, a mineradora abriu um novo programa de recompra de 120 milhões de ações (3% das ações em circulação) – movimento que geralmente é visto pelo mercado como um forte sinalizador de que os papéis de uma empresa estão descontados e operando a múltiplos atrativos.
O BTG Pactual, que tem recomendação neutra para as ADRs da Vale, avalia que o resultado foi ‘decente’, citando que apesar do impacto nas linhas finais, o controle de custos foi um ponto positivo.
“Considerando tudo, a Vale entregou um conjunto decente de resultados, atendendo amplamente às expectativas de consenso. O Ebitda saiu em US$ 4,1 bilhões, 4% acima da nossa projeção em em linha com o consenso compilado da empresa. Nós creditamos a pequena variação em nossos números ao melhor controle de custos do minério de ferro do que o esperado”, diz a casa.
O BBA, que recomenda compra das ADRs da Vale, vê o balanço com positivo, também frisando que o Ebitda superou as projeções da casa por conta de custos controlados.
“O desempenho sequencial mais forte pode ser atribuído ao consumo de estoques do trimestre anterior a custos mais baixos, o impacto positivo da depreciação do Real ante o dólar e os benefícios do programa de eficiência . Os custos de equilíbrio entregues na China (excluindo o capex de manutenção) diminuíram em US$ 5,6 por tonelada na base trimestral”, apontam os especialistas do banco.
Em análises sobre o balanço, analistas também acenam para expectativas de que a companhia ganhe tração operacional em 2025.
“Com a maioria dos balanços da empresa já concluídos, acreditamos que o desempenho de custo de produção da Vale e sua flexibilidade de portfólio (com as vendas de produtos de maior valor agregado) aumentarão a competitividade da empresa ao longo de 2025. Dito isso, embora reiteramos nossa recomendação neutra pelo upside limitado, vemos uma assimetria positiva para as ações aos preços atuais da Vale“, diz a XP.
Lucro da Vale foi o menor em 4 anos
Conforme levantamento da Elos Ayta Consultoria, o lucro acumulado da Vale em 2024 foi de R$ 31,5 bilhões. Desta forma, foi o menor lucro anual da empresa desde 2020, quando a empresa mostrou R$ 26,7 bilhões.
Em um passado recente a companhia também mostrou prejuízos no acumulado do ano, nos anos de 2015 e 2019, com R$ -44,2 bilhões e R$ -6,6 bilhões, respectivamente.
Dividendos vão aumentar?
Sobre as decisões de remuneração aos acionistas, especialistas apontam que a atual gestão deve manter as políticas.
“Não vemos mudanças previstas. Política segue como dividendos mínimos a 30% do EBITDA menos capex recorrente, com target de dívida líquida expandida entre US$10-20 bilhões”, comenta Laghi, da XP.
A expectativa da casa é de que a mineradora siga entregando um dividend yield entre 8% a 10% neste ano, com o minério ficando entre US$100 a US$ 110 a tonelada.
“Em termos absolutos não é um valor significativamente alto (ainda mais num contexto de juros globais em níveis altos), mas é acima do histórico da companhia”, comenta Laghi.
Fontoura, da Persevera Asset, comenta que o DY é ‘consideravelmente alto e respeitável’. Conforme dados atualizados do Status Invest, as ações ordinárias da Vale deram direito a R$ 5,3529 por papel no acumulado dos últimos 12 meses, representando um yield de 9,2%.
Money Times - SP 25/02/2025
A Vale (VALE3) atualizou suas projeções em relação à sensibilidade de fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) para 2025. Segundo o documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (24), em termos reais, as estimativas são de US$ 3,8 bilhões a US$ 5, bilhões, representando um FCFE yield (retorno de fluxo de caixa) de 9 a 12%.
A mineradora aponta que a estimativa tem como premissa o consenso de analistas de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) proforma para 2025 de US$ 15,5 bilhões, além de investimentos (capex) de cerca de US$ 5,9 bilhões e uma projeção de US$ 1,9 bilhão a US$ 2,4 bilhões em juros e impostos.
Entre as premissas estão ainda cerca de US$ 900 milhões em despesas incorridas relacionadas a Brumadinho e descaracterização de barragens, entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão de Associadas e joint ventures e US$ 1,0 a 1,5 bilhão para outros desembolsos.
Já para o acumulado dos próximos três anos, entre 2025 e 2027, a estimativa passou para US$ 13 bilhões a US$ 15 bilhões, em termos reais, representando FCFE yield acumulado de 30% a 35%.
As demais estimativas divulgadas pela Vale em 19 de fevereiro estão mantidas.
Outras projeções da Vale
No mesmo dia de divulgação do seu balanço do quarto trimestre de 2024, a Vale informou que a projeção de capex (investimentos) total em 2025 foi atualizada para US$ 5,9 bilhões, redução US$ 600 milhões ante a meta prévia.
A projeção de “investimento para crescimento” em 2025 foi atualizada para US$ 1,6 bilhão, ante até US$ 2,5 bilhões, enquanto os recursos de “manutenção” agora são estimados em US$ 4,3 bilhões, ante até US$ 4,5 bilhões.
A projeção de investimento em soluções de minério de ferro em 2025 foi atualizada para US$ 3,9 bilhões, ante até US$ 4 bilhões, enquanto o segmento de metais para transição energética teve um corte para US$ 2 bilhões, ante até US$ 3 bilhões.
A Vale teve prejuízo líquido de US$ 694 milhões no quarto trimestre, ante lucro de US$ 2,4 bilhões no mesmo período do ano anterior O resultado veio pior do que o esperado por analistas, que segundo pesquisa da LSEG estimavam lucro de US$ 1,95 bilhão
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou US$ 3,79 bilhões no mesmo período, queda de 41% na comparação anual. Analistas esperavam Ebitda de US$ 3,96 bilhões.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, anunciou nesta segunda-feira, 24, a nomeação de Igor Calvet como seu novo presidente executivo. É um passo considerado histórico na governança da entidade. Ao invés de um presidente indicado pelas marcas associadas, a associação passa a ser representada por um executivo de mercado contratado.
O atual presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, deixará o cargo em 21 de abril e iniciará imediatamente o processo de transição com Calvet.
“Essa mudança representa um avanço fundamental na governança da Anfavea. A decisão de nomear um presidente executivo de mercado reforça nosso compromisso com a profissionalização e modernização da entidade, fortalecendo nossa representatividade e aprimorando o diálogo com os diferentes interlocutores do setor automotivo e do governo”, comentou Leite em comunicado.
Com experiência em políticas industriais, comércio exterior e inovação, Calvet já atuou no ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, onde foi secretário de desenvolvimento e competitividade industrial. Também foi presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Após deixar o setor público, foi contratado pela Anfavea em outubro 2023, passando a atuar como diretor executivo da associação das montadoras.
Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB), Calvet é mestre e doutorando em Ciências Políticas pela mesma instituição. Sua experiência no setor público e articulação institucional é considerada fundamental pela entidade no fortalecimento de sua representatividade.
“A Anfavea tem um papel fundamental na construção de políticas públicas que impactam diretamente o setor automotivo e a economia brasileira. Estou honrado em assumir essa posição e comprometido em intensificar o diálogo com o governo e com todo o setor, buscar soluções para os desafios do setor e apoiar a inovação e a competitividade da indústria nacional”, declarou Igor Calvet.
Grandes Construções - SP 25/02/2025
Segundo estudo da FGVcev (Centro de Excelência do Varejo), divulgado pela FGV EAESP, em 2024, a estimativa é que as vendas tenham crescido cerca de 4,9% no comércio de material de construção.
Esse crescimento foi impulsionado, entre outros fatores, por um aumento na renda, desemprego em queda e disponibilidade de crédito.
Já o ano de 2025 deve ser mais desafiador, com cenários que envolvem juros mais altos, maior custo do crédito, maior pressão inflacionária, com possíveis impactos nos níveis de endividamento e inadimplência.
É o que analisa a consultora do Instituto de Pesquisas da Associação Nacional de Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Katia Ratnieks. “Ainda assim, projeções do estudo da FGVcev apontam para um crescimento de 2,5% em 2025, do varejo de material de construção”, aponta.
Os dados foram recebidos com apreensão por lojistas do setor.
"A projeção baixa de crescimento é motivo de preocupação para os comerciantes de material de construção, uma vez que fica abaixo da inflação estimada para o ano. Além disso, a taxa de juros elevada e a escassez de crédito para construção impactam diretamente o desempenho do setor, dificultando investimentos e a recuperação do consumo. Precisamos de ações que estimulem o acesso ao crédito e incentivem a construção civil, um dos motores da economia nacional. O momento exige atenção redobrada e diálogo para evitar uma desaceleração ainda maior do varejo da construção", analisa o presidente da Anamaco, Cassio Tucunduva, que representa mais de 150 mil lojistas em todo o Brasil.
Ano passado terminou em alta - O Termômetro do Varejo da Construção Civil, realizado pelo Instituto de Pesquisa Anamaco em parceria com a Juntos Somos Mais, traz dados importantes sobre o desempenho do setor.
O Business Tracking Anamaco realizado de 6 a 10 de janeiro de 2025 janeiro referente a dezembro, apontam percepção de aumento vendas geral no setor de material de construção no Brasil de 47% para 51%, com destaques para Sudeste (de 44% para 50%), Norte (de 48% para 52%) e expressivamente o Nordeste de 51% para 61%, em comparação com o mês anterior.
Desempenho regional - Em novembro de 2024, o percentual de lojas que perceberam crescimento nas vendas manteve-se estável em relação a outubro.
No entanto, ao analisar as regiões, observa-se que a maioria das lojas registrou aumento nas vendas. O Nordeste e o Centro-Oeste apresentaram os maiores percentuais de crescimento (51%), seguidos pelo Sul (50%), Norte (48%) e Sudeste (44%). Já o saldo entre crescimento e retração foi maior no Sul e no Nordeste (41 pontos percentuais), enquanto o Sudeste teve o menor saldo (30 pontos).
Em dezembro de 2024, em comparação com novembro, o Nordeste apresentou o maior saldo entre crescimento e retração (53 pontos percentuais), impulsionado pelo maior percentual de lojas que perceberam aumento nas vendas (61%). O Norte também teve um saldo expressivo (42 pontos). Já o Sul registrou o menor saldo (29 pontos), refletindo um percentual de crescimento inferior ao das demais regiões (43%) e um número maior de lojas que perceberam queda (14%).
Na comparação com novembro de 2023, todas as regiões apresentaram crescimento expressivo, com destaque para o Norte, que registrou uma variação de 37% em relação ao mês anterior, quando o crescimento havia sido de 30%.
O Estado de S.Paulo - SP 25/02/2025
Bastaram poucos dias para que o número de construtoras notificadas pela Prefeitura de São Paulo sob suspeita de desvirtuar um incentivo fiscal criado para beneficiar a moradia de baixa renda começasse a crescer. Já são ao menos 11 empreendimentos erguidos em regiões valorizadas da cidade que teriam recebido isenções de impostos para a habitação social e que acabaram sendo vendidos a quem poderia pagar bem mais por eles.
As punições, no entanto, só começaram a ser aplicadas após o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) entrar no caso por meio de uma ação civil pública alegando irregularidades. Desde então, a Prefeitura já aplicou mais de R$ 30 milhões em multas, e as construtoras passaram a receber avisos de novas sanções.
De acordo com a Promotoria da Habitação, empreendimentos em bairros como Pinheiros, Lapa e Itaim Bibi, entre outros, receberam incentivos construtivos e fiscais para a chamada habitação de interesse social (HIS). Criada para beneficiar famílias com renda de até seis salários mínimos, a política pública tem proporcionado a aquisição das unidades por compradores de renda elevada – e, em alguns casos, com mais de R$ 1 milhão em bens.
São em sua maioria apartamentos de 20 ou 30 metros quadrados em bairros onde, não raro, o metro quadrado chega a R$ 20 mil. Como percebeu o MP-SP, mas não a Prefeitura, é de se perguntar que família de baixa renda pode viver bem em um espaço tão pequeno e tão caro.
Para a Promotoria da Habitação, trata-se de “fake HIS” – em que empresas aderem ao programa de moradia social apenas para melhorar sua imagem pública. Após solicitar a notificação de cartórios, o MP-SP recebeu mais de 560 casos suspeitos – e os dados se referem a um período de apenas dois meses do ano passado.
A promotoria pediu à Justiça a suspensão da concessão dos benefícios sob o argumento de que há “negligência” da Prefeitura na fiscalização. E parece haver mesmo. De agosto de 2019 a outubro de 2024, 446,5 mil unidades foram beneficiadas, mas a Prefeitura não sabe o número total de imóveis contemplados por incentivos nos cinco anos anteriores. Ora, não se faz política pública sem dados, mensuração dos resultados e avaliações recorrentes.
As empresas, por óbvio, negam quaisquer irregularidades. Argumentam, ainda, que os proprietários se comprometeram a alugar as unidades a inquilinos de baixa renda, como se promessas como essa bastassem.
É do interesse de todos que iniciativas para estimular a ocupação de toda a cidade por todas as classes sociais prosperem para reduzir disparidades por meio de políticas habitacionais. Com isso, a população de baixa renda ajuda a adensar a metrópole e consegue acessar a infraestrutura urbana, como corredores de ônibus e metrô.
Já faz uma década que São Paulo concede esse benefício a fim de ajudar a reduzir o déficit habitacional. E o cenário tão turvo mostra como uma política pública com muito potencial pode ser facilmente desvirtuada. Esse desleixo mostra que o MP-SP tem razão ao pedir a suspensão do incentivo. Talvez assim a gestão Ricardo Nunes coloque a casa em ordem.
Monitor Digital - RJ 25/02/2025
A Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), enviará ao Ministério dos Transportes um documento enfatizando a importância da construção integral da Ferrovia Vitória–Rio (EF-118), que conectará os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, formando o Anel Ferroviário do Sudeste. A medida foi anunciada pelo coordenador da Frente, deputado Luiz Paulo (PSD), nesta segunda-feira, durante reunião na sede da Alerj.
A obra prevê 2 trechos – Sul (Baixada Fluminense ao Porto do Açu, ambos no Rio) e Norte (Porto do Açu a Anchieta, no Espírito Santo). No início do ano, o Governo Federal anunciou um investimento de R$ 3,28 bilhões na ferrovia. No entanto, o valor será destinado apenas à construção do primeiro trecho, previsto para começar até o fim deste ano. O trecho Norte favorece apenas a exportação de minério sem agregar valor econômico no Rio de Janeiro.
“O que nos causou surpresa foi que, além do contrato desse processo licitatório estar previsto para ser assinado apenas no final de 2026, com a obra estimada para durar oito anos, o projeto não inclui o trecho Sul da ferrovia, que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu. Esse trecho é essencial para o desenvolvimento do Estado do Rio”, lamenta o deputado Luiz Paulo.
A EF-118 terá 495 quilômetros de extensão e ampliará a capacidade portuária, beneficiando principalmente os setores do agronegócio e da mineração. Segundo o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernandes y Fernandes, a ferrovia também criará oportunidades de emprego. “Obras de infraestrutura movimentam toda a cadeia produtiva. A engenharia demonstra que a construção completa da ferrovia é viável, mesmo diante de desafios técnicos”, afirmou.
Wagner Victer, que foi secretário estadual e é conselheiro vitalício Clube de Engenharia, explicou ao Monitor Mercantil que todo processo de concessão – que terá subsídio público – deve ser tratado como sendo uma única ferrovia, pois, caso contrário, só será implantado o trecho Norte para trazer o minério e o trecho Sul – o mais importante para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro – não sairá.
Agência Brasil - DF 25/02/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (24), o fortalecimento da indústria naval brasileira, com a utilização de conteúdo local na fabricação de embarcações. “O Brasil, 95% do nosso transporte de exportação vai de navio. O Brasil é o maior país da América do Sul. Por que a gente não tem uma indústria naval poderosa? Por que a gente tem que comprar navio da Coreia, de Singapura, da China?”, questionou.
“Um país que tem uma bela de uma indústria naval, ele se torna competitivo no comércio internacional, que tem 90% de coisas feita por transporte marítimo”, disse, defendendo a qualificação da mão de obra nacional e investimentos no setor.
Lula participou da cerimônia de assinatura de contrato da Transpetro, subsidiária da Petrobras, com o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren, em Rio Grande (RS). O ato visa a aquisição de quatro navios da classe handy, com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação, fruto de licitação lançada em julho de 2024, parte do Programa de Renovação e Ampliação de Frota da Petrobras.
Os navios serão utilizados para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira. De acordo com a Petrobras, os novos equipamentos irão ampliar a capacidade de atendimento da Transpetro à Petrobras, reduzindo a necessidade de afretamento desse tipo de unidade pela petrolífera.
Dentro da mesma iniciativa, a Petrobras lançou, na semana passada, em evento com o presidente Lula, a licitação para aquisição de oito navios gaseiros. O Programa de Renovação e Ampliação da Frota da estatal faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o desenvolvimento da indústria naval brasileira.
Portos e Navios - SP 25/02/2025
Após quase uma década, o Estaleiro Rio Grande voltará a construir embarcações. Consolidando o processo de retomada do empreendimento, foi assinado, nesta segunda-feira (24), o contrato do consórcio formado pelo Grupo Ecovix e Estaleiro Mac Laren para a construção de quatro navios da classe Handy para a Transpetro, que gerará mais de mil empregos na Zona Sul do Estado.
A cerimônia teve a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e diversas autoridades nacionais, estaduais e regionais, que celebraram este marco para o Polo Naval de Rio Grande. Centenas de pessoas acompanharam a solenidade no estaleiro.
A proposta da Ecovix e da Mac Laren, do Rio de Janeiro, foi a única classificada na licitação internacional da Transpetro. Os navios Handy, de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto (TPB), terão os cascos construídos em Rio Grande, enquanto o comissionamento das embarcações será feito no Rio. Os trabalhos levarão em torno de três anos e devem começar nos próximos meses. O valor do investimento é de US$ 278 milhões.
"Foram vários anos de espera, mas nunca deixamos de acreditar na retomada. Atuamos de forma responsável para, passo a passo, chegarmos a este dia. Agradeço às centenas de trabalhadores que jamais deixaram de acreditar em dias melhores. Esse imenso ativo jamais poderá ficar outra vez inerte, porque pertence à nação brasileira", comemora José Antunes Sobrinho, acionista da Ecovix.
Em sua manifestação no evento, Antunes enfatizou que, em diversos países, como Noruega, Singapura e Estados Unidos, a indústria naval protege o conteúdo nacional. "Não há país que, tendo capacidade e mercado, não proteja seus empregos. Portanto, um conteúdo local mínimo tem que, obrigatoriamente, ser observado para manter emprego e renda em um ativo de capital intensivo como é um estaleiro", afirmou.
“A trajetória da Mac Laren está ligada diretamente à história do setor naval brasileiro e agora não está sendo diferente. A construção dos quatro navios para a Transpetro será um marco importante para o setor, pois representa o reaquecimento da atividade naval, após uma década de desaceleração, iniciando um ano promissor, com grandes resultados. As estruturas dos estaleiros estão prontas para iniciar as obras e, mesmo o prazo em contrato sendo mais longo, reuniremos esforços para que o lançamento da primeira unidade seja em menos de dois anos”, ressaltou Alexandre Kloh, vice-presidente da Mac Laren.
O presidente Lula considerou o evento desta segunda como um ato simbólico e falou da relevância estratégica da Petrobras e de um setor naval forte no Brasil. "Um país com indústria naval se torna competitivo no mercado internacional. E esse estaleiro vai voltar a funcionar", disse.
Momento de virada
A assinatura do contrato foi celebrada de forma uníssona pelas diversas autoridades que participaram da cerimônia. "Os navios que contratamos hoje serão fundamentais para a logística da Petrobras. E 2025 ficará na história de Rio Grande como a virada para um futuro melhor", destacou Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, ressaltando que a aquisição dessas embarcações é a reativação de uma indústria que gera muitos empregos diretos e indiretos.
"Estamos muito felizes com a retomada do Polo Naval. Tenho certeza que esse é apenas o início de uma série de contratos que chegarão no Estaleiro”, enfatizou o governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que reforçou a importância de investimentos na indústria offshore e nas energias renováveis.
"Hoje para Rio Grande é o resgate da esperança. Esses quatro navios são apenas o início de muito que há por vir", afirmou a prefeita Darlene Pereira, que também fortaleceu o apoio à indústria offshore, pontuando que a região de Rio Grande “é uma das melhores” para esse segmento.
Próximos passos
A partir da assinatura do contrato, a ecovix iniciará a preparação do estaleiro, com adaptação, manutenção e aquisição de ferramentas e máquinas. A expectativa é de que a contratação de profissionais para a construção dos navios ocorra de maneira mais intensa no segundo semestre.
Ao todo, serão mais de mil empregos gerados, chegando a 1.400 pessoas atuando no Estaleiro no pico da produção das embarcações. Estima-se que, até o final de 2027, ocorra a entrega do primeiro navio.
“Contamos com uma estrutura moderna, que precisará de mínimas adaptações, e profissionais com grande expertise para realizar esse trabalho. Temos capacidade física com este ativo pronto para gerar mais de 4.500 empregos”, enfatiza José Antunes Sobrinho.
Retomada responsável
A assinatura do contrato com a Transpetro marca a volta da construção de embarcações no Estaleiro após quase uma década. Em 2016, as operações foram encerradas, por conta de uma crise do setor. Desde então, a Ecovix passou por um processo de recuperação judicial e retomada responsável das atividades.
Em 2021, o Estaleiro recebeu o Siem Helix I, navio de estimulação de poços que atua na Bacia de Campos, para reparos. Em três anos, foram 25 embarcações que passaram por esse tipo de serviço no local, movimentando centenas de empregos.
Outro marco foi a chegada da plataforma P-32 ao dique seco da Ecovix, em dezembro de 2023. A Ecovix foi contratada pela Gerdau para desmantelar a embarcação, em um novo modelo de destinação sustentável promovido pela Petrobras. O espaço também receberá a P-33 nos próximos meses.
A empresa projeta a participação em novas licitações da Petrobras e Transpetro, como o edital lançado na última semana para a construção de oito navios gaseiros. "Visualizamos para o Estaleiro Rio Grande a participação nas áreas offshore, revitalização de plataformas e novos navios para a frota da Transpetro”, acrescenta Antunes.
IstoÉ Dinheiro - SP 25/02/2025
O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, disse nesta segunda-feira, 24, durante evento no estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, “que a colheita da indústria naval está apenas começando”. A empresa, subsidiária do setor de transportes da Petrobras, já colocou 12 licitações de embarcações na rua e, segundo Bacci, ainda vai anunciar mais 13 até 2026.
Nesta segunda-feira, a Transpetro assina com o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren contrato para a aquisição de quatro navios da classe Handy, com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação, no total de R$ 1,6 bilhão.
De acordo com Bacci, a ampliação da frota própria da Petrobras tem por objetivo reduzir os custos da estatal. “Será gradual, mas estamos garantindo a perenidade das encomendas (da indústria naval)”, disse o executivo e ex-presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval)
A cerimônia, que conta com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e diretores da Petrobras, inclusive a presidente, Magda Chambriard, é a segunda em duas semanas sobre a retomada da indústria naval, uma das promessas de campanha eleitoral do presidente Lula, em 2022.
“Este evento no Rio Grande é simbólico, porque estamos no maior estaleiro da América Latina. 2025 ficará na história dessa cidade para uma virada para uma vida melhor. É a retomada de um setor que provocou uma revolução na economia dessa cidade”, disse Bacci.
O executivo destacou que o evento marca “uma revolução na cidade do Rio Grande” e deve gerar cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.
A cidade já chegou a ter 10 mil empregos diretos no setor, antes da Operação Lava Jato.
O Estado de S.Paulo - SP 25/02/2025
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira, 24, uma nova rodada de sanções contra dezenas de pessoas e petroleiros na China, Emirados Árabes Unidos e na Índia por supostamente ajudarem a financiar o Irã.
O Tesouro dos EUA e os departamentos de Estado dos EUA sancionaram 22 indivíduos ou empresas e 13 navios petroleiros, incluindo os chefes da National Iranian Oil Co. e da Iranian Oil Terminals Co., por seu papel na intermediação da venda e transporte de petróleo iraniano.
Entre os sancionados, ainda estão o CEO da empresa petrolífera nacional do Irã, Hamid Bovard, assim como intermediários com sede nos Emirados Árabes Unidos e Hong Kong e empresas que fretam navios da Índia e da Malásia, de acordo com o Departamento do Tesouro.
Segundo o Departamento de Estado americano, essa “rede” permitiu que o petróleo iraniano fosse transportado ilegalmente para “compradores na Ásia”. “Possibilitou o envio de dezenas de milhões de barris de petróleo no valor de centenas de milhões de dólares”, disse o governo americano.
No início de fevereiro, Washington já havia anunciado sanções financeiras contra uma “rede internacional” acusada de fornecer petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares de Teerã.
As sanções envolvem o congelamento de ativos que as empresas sancionadas detêm direta ou indiretamente nos Estados Unidos e a proibição de empresas sediadas nos EUA ou cidadãos americanos de negociar com as empresas sancionadas, correndo o risco de também serem sancionados.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, disse em uma declaração que “enquanto o Irã dedicar suas receitas de energia ao financiamento de ataques contra nossos aliados, apoiando o terrorismo ao redor do mundo ou buscando outras ações desestabilizadoras, usaremos todas as ferramentas à nossa disposição para responsabilizar o regime”.
Elas também dificultam a negociação das empresas sancionadas, limitando sua capacidade de usar o dólar em suas transações, devido ao risco de ficarem sob a jurisdição americana.
Um relatório da Administração de Informação de Energia dos EUA de outubro de 2024 estima que o Irã arrecadou US$ 253 bilhões em receitas de petróleo durante as presidências de Joe Biden e Trump, entre 2018 e 2024.
CNN Brasil - SP 25/02/2025
O campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu nesta segunda-feira (24) um recorde de produção de petróleo de 800 mil barris ao dia, após uma nova plataforma ter sido integrada, anunciou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante evento no Rio Grande do Sul.
Ela reafirmou que Búzios, que entrou em operação em 2018, ocupa o posto de segundo campo em volume de produção no país, atrás apenas de Tupi.
Acrescentou ainda que logo Búzios será o primeiro, dentro das expectativas anteriores, à medida que Tupi está em declínio.
“Estamos produzindo no campo de Tupi 850 mil barris por dia, BuÌ zios jaÌ estaÌ chegando a 800 (mil barris) e jaÌ jaÌ vai ultrapassar e muito (Tupi), e noÌ s esperamos que esse campo (de Búzios) venha produzir no futuro proÌ ximo pelo menos 1,5 milhão de barris por dia”, afirmou Chambriard.
No ano passado, a produção de Tupi foi de 779 mil barris por dia em média, enquanto Búzios produziu 639 mil barris/dia, de acordo com dados da agência reguladora ANP.
A “marca histórica” foi alcançada após a chegada da sexta FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) ao campo, o navio-plataforma Almirante Tamandaré, que iniciou sua operação em 15 de fevereiro, destacou a Petrobras.
Estão instalados no local mais cinco unidades: as plataformas P-74, P-75. P-76, P-77 e Almirante Barroso.
O recorde anterior de produção diária no campo de Búzios havia ocorrido em janeiro de 2024, quando foi alcançada a marca de 782 mil barris por dia.
“Sabemos da responsabilidade que temos em prover energia para ajudar a mover o país. Por isso, celebramos esse recorde conscientes de que precisamos seguir nessa trajetória, desenvolvendo as nossas reservas e buscando novas fronteiras exploratórias”, disse Chambriard, em nota.
Durante o evento, em discurso, ela chamou a atenção para Bacia de Pelotas, situada mais ao sul do país, indicando que a área é promissora em termos de reservas, tendo similaridades geológicas com a Namíbia.
Futuro de Búzios
Com a chegada da Almirante Tamandaré, a maior instalação do tipo no Brasil, o potencial do campo de Búzios aumenta ainda mais, disse a companhia.
A plataforma é a primeira unidade do Brasil com capacidade de produzir até 225 mil barris de óleo e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
“Com a entrada da FPSO Almirante Tamandaré, nossa expectativa é atingir, em pouco tempo, um novo marco de produção diária em Búzios: 1 milhão de barris”, disse a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em nota.
“Além disso, para um futuro próximo, com novas unidades previstas, o potencial de produção de Búzios deve chegar a 1,5 milhão de barris por dia até 2030”, acrescentou a executiva.
Operado pela Petrobras em consórcio com as empresas CNOOC, CNPC e PPSA, Búzios possui os poços mais produtivos do país, localizados a mais de 2 mil metros de profundidade no leito marinho.
A espessura de seu reservatório tem a mesma altura que o Pão de Açúcar e sua extensão corresponde a mais que o dobro da Baía de Guanabara, segundo a estatal.
Valor - SP 25/02/2025
Depois de registrar queda de 10,5% na produção de petróleo e gás no quarto trimestre de 2024, a Petrobras deve trazer resultados financeiros menores em comparação com igual período do ano anterior. Conforme levantamento do Valor com seis bancos e corretoras, o lucro líquido, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado e a receita da petroleira devem ser menores entre outubro e dezembro de 2024, impactados ainda pela cotação do petróleo Brent mais baixa.
Conforme o Goldman Sachs, a commodity teve uma média de US$ 82,9 por barril no quarto trimestre de 2023, enquanto o valor médio de igual período de 2024 foi de US$ 74 por barril.
A Petrobras divulga resultados na quarta-feira (26), após o fechamento dos mercados. Os bancos esperam ainda que haja anúncio de pagamento de dividendos ordinários.
O lucro líquido da Petrobras no quarto trimestre deve ser de R$ 17,1 bilhões, segundo a média calculada com base nas estimativas de Goldman Sachs, Itaú BBA, Ativa Investimentos, Citi, BTG Pactual e Santander. O valor representa um recuo de 44% em relação a igual período de 2023.
O Ebitda ajustado da companhia, uma das principais linhas observadas pelo mercado, deve ser de R$ 59,7 bilhões, queda de 10,6% ante o quarto trimestre de 2023. A receita líquida deve sofrer queda de 9,9%, para R$ 120,8 bilhões.
A maior estimativa de lucro líquido é do Santander, R$ 30,4 bilhões. A menor é do Citi, de R$ 6,9 bilhões. No Ebitda, maior estimativa é da Ativa Investimentos, de R$ 62,6 bilhões, enquanto o BTG Pactual tem a menor, de R$ 53,5 bilhões. O Goldman Sachs é o banco com maior estimativa de receita, de R$ 128,1 bilhões. O BTG Pactual tem a menor estimativa de receita, de R$ 104,3 bilhões.
Para o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, além da menor produção, afetada por paradas de manutenção no quarto trimestre, as margens de refino também podem impactar os números da Petrobras no período: “Sazonalmente, o último trimestre é mais fraco para o diesel, o que trouxe vendas mais baixas. Precisamos observar se os preços defasados, somados com a depreciação cambial, afetaram as margens. A companhia passou o último trimestre inteiro com o preço do diesel defasado. Para a Petrobras, exploração e produção, em termos de rentabilidade, é a área mais importante, mas no quarto trimestre tivemos produção também mais baixa.”
Os bancos esperam que a Petrobras anuncie o pagamento de dividendos ordinários junto com os resultados na quarta (26). O Santander espera que o montante seja de R$ 12,8 bilhões. Citi e Itaú estimam dividendos em US$ 2,6 bilhões, ou R$ 14,89 bilhões, conforme fechamento do dólar na sexta-feira (21). O Goldman Sachs espera dividendos de US$ 2,4 bilhões, ou R$ 13,75 bilhões.
Conforme a estatal, a produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras no quarto trimestre do ano passado somou 2,59 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), uma queda de 10,5% na comparação com igual período de 2023. A produção de petróleo e LGN ficou em 2,09 milhões de barris/dia entre outubro e dezembro, uma queda de 11,5% frente a igual período do ano anterior, enquanto a produção de gás natural foi de 507 mil BOE/dia, um recuo de 6,1% na comparação com o quarto trimestre de 2023.
As vendas de derivados da companhia no mercado interno entre outubro e dezembro do ano passado somaram 1,758 milhão de barris por dia, alta de 1,4% frente aos três últimos meses de 2023. As exportações de petróleo no quarto trimestre foram de 508 mil barris diários, um recuo de 19,9% frente ao quarto trimestre de 2023. Em termos de exportação total, que soma petróleo e derivados, foram vendidos 692 mil barris por dia no quarto trimestre, 21,8% a menos que no quarto trimestre de 2023.
Segundo o Goldman Sachs, há a expectativa de que a diretoria da Petrobras dê mais detalhes sobre oportunidades de fusões e aquisições durante a teleconferência de resultados, agendada para quinta-feira às 12h. O banco espera que a companhia fale sobre oportunidades que têm visto no mercado de etanol, em que a Petrobras anunciou em novembro que tinha interesse em retomar. Em relatório, o Goldman Sachs também diz esperar sinalizações sobre futuros pagamentos de dividendos extraordinários.
No resultado anual, a companhia também deve apresentar quedas. Conforme a média calculada, a Petrobras deve registrar recuo de 43,9% no lucro líquido de 2024 em comparação com 2023, para R$ 69,8 bilhões. A petroleira deve ter Ebitda ajustado de R$ 233,7 bilhões no ano, queda de 10,8% em relação ao ano anterior. Na receita, a Petrobras deve ver queda de 3,6%, para R$ 493,01 bilhões.
Infomoney - SP 25/02/2025
Um dos principais motivos pelos quais a economia da Venezuela está se recuperando lentamente do pior colapso da história moderna é uma gigante do petróleo localizada a 3.500 quilômetros de distância: a Chevron (CHVX34).
A empresa com sede em Houston, que possui uma licença dos EUA para operar na Venezuela, apesar das sanções contra o regime autoritário de Nicolás Maduro, ajudou a elevar a produção de petróleo bruto da nação andina novamente para mais de 1 milhão de barris por dia, impulsionando uma economia que vive e respira petróleo.
Agora, Donald Trump está pronto para usar a presença da Chevron na Venezuela para obter o que deseja de Maduro.
A licença de 2022, que permitiu à Chevron aumentar as exportações da Venezuela para o maior nível em sete anos, é a ferramenta mais poderosa que o presidente tem para avançar sua agenda em Caracas, que inclui cumprir sua promessa de campanha de interromper a migração irregular para os EUA. Cancelar a licença cortaria uma linha vital de financiamento para a economia da Venezuela, que está começando a se recuperar — e geraria mais corrupção ao devolver ao governo o controle total do comércio de petróleo.
A Chevron opera na Venezuela há mais de um século. Mas a empresa só recentemente começou a exercer uma influência desproporcional na economia do país.
Existem dois motivos principais. Primeiro, à medida que a estatal de petróleo da Venezuela se deteriorou devido à falta crônica de investimentos, a Chevron tornou-se a força motriz por trás de qualquer crescimento na produção de petróleo. Segundo, após o colapso dos padrões de vida na Venezuela em meio às políticas fracassadas de Maduro e às sanções dos EUA, a produção da Chevron tornou-se uma fatia muito maior da economia encolhida do país.
Empreendimentos operados em conjunto com a Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) contribuíram com cerca de US$ 4 bilhões em pagamentos de impostos nos últimos dois anos, representando cerca de um quarto da receita total do regime no mesmo período, segundo a Ecoanalítica, uma consultoria com sede em Caracas. Enquanto isso, a economia da Venezuela está a caminho de crescer 9% este ano.
“A atividade da Chevron introduziu um elemento crucial para a estabilização macroeconômica do país”, disse Asdrúbal Oliveros, um dos diretores da Ecoanalítica, por telefone. “Ela deu um impulso à economia ao adicionar empregos, novos contratos de serviços para a recuperação de poços e vendas de moeda estrangeira ao mercado doméstico.”
A receita gerada pela Chevron em dólares com o aumento da produção de petróleo permanece no país e é, em grande parte, reinvestida em moeda local por meio de bancos privados, que podem emprestar a empresas que ajudam a impulsionar a economia — tudo fora do alcance do governo. Parte desse dinheiro chega aos consumidores, ajudando a alimentar uma recuperação incipiente que viu lojas de luxo, redes de varejo e concessionárias de automóveis abrirem na capital, mesmo enquanto a maioria dos venezuelanos permanece empobrecida.
No entanto, isso não veio acompanhado de eleições livres e justas, como o ex-presidente Joe Biden esperava quando criou uma brecha nas sanções de Trump contra Maduro durante seu primeiro mandato.
Mas, em um movimento ousado, Trump começou do zero com o líder socialista após enviar um assessor sênior a Caracas no final de janeiro. A iniciativa resultou na libertação de seis prisioneiros americanos e no reinício dos voos de deportação, outro dos quais chegou na quinta-feira com cerca de 180 pessoas expulsas dos EUA para Guantánamo.
Embora não esteja claro se questões energéticas foram discutidas durante as conversas do enviado especial Ric Grenell com Maduro, a licença da Chevron permaneceu intocada. Ela foi renovada automaticamente por seis meses no dia seguinte, como ocorre no primeiro dia de cada mês.
“A licença é uma carta muito desafiadora de se jogar”, disse David Goldwyn, chefe do grupo de consultoria energética do Atlantic Council, por telefone. “A atividade da Chevron na Venezuela é do interesse de ambos os países, pois é uma operadora eficiente ajudando a economia venezuelana a não desmoronar novamente e prevenindo o retorno de migrantes.”
Trump está mantendo suas opções em aberto. As operações da empresa americana na nação sancionada estão atualmente sob revisão, disse o presidente a repórteres em 18 de fevereiro em seu clube Mar-a-Lago, na Flórida. Questionado se ele estaria inclinado a continuar permitindo exportações de petróleo pela Chevron, Trump disse: “Talvez não.”
Funcionários da Casa Branca não responderam a pedidos de comentário enviados por e-mail na sexta-feira.
O marco de 1 milhão de barris é um feito substancial para a Venezuela, que viu sua produção cair para até 365 mil barris por dia, de um pico de cerca de 3,2 milhões em meados da década de 1990. O setor de petróleo deve crescer 17% até o final de 2025, aproximadamente o mesmo que no ano passado e acima de uma expansão de 13% em 2023, segundo a Síntesis Financiera. O aumento está sendo liderado pela atividade “constante” da Chevron, disse Tamara Herrera, chefe da empresa de análise financeira com sede em Caracas, que descreveu o trabalho da empresa americana com a PDVSA como profissional e eficiente.
“A Chevron tem sido uma presença construtiva na Venezuela”, disse o porta-voz da empresa, Bill Turenne, por e-mail. Todos os negócios, acrescentou, são conduzidos “em conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis.” Representantes da PDVSA e do governo da Venezuela não responderam a pedidos de comentário para esta reportagem.
Porto Gente - SP 25/02/2025
O lançamento do edital do túnel submerso ligando as margens do canal de acesso ao Porto de Santos, no próximo dia 27, com a parceria dos Governos Federal e do Estado de São Paulo, vai juntar as duas maiores forças políticas nacionais. Pelo histórico do Presidente Lula da Silva, esta obra tem a mesma ressonância da transposição do Rio São Francisco. Elimina a lenta travessia cheia de riscos por balsas, como tanto deseja o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Concretiza um sonho regional alimentado por quase um século.
Em 1892, a comunidade de Santos, por miopia portuária, inviabilizava o desenvolvimento do Porto de Santos. Graças à iniciativa da família Guinle, comerciantes de tecidos no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, nesta cidade instalou-se a sede da Companhia Docas de Santos, que construiu o que veio a ser o principal Porto do Hemisfério Sul. Hoje, o Porto de Santos está ao nível de ser competitivo no comércio dos navios digitais?
Há inúmeras razões operacionais sobre a necessidade de desenvolver o potencial logístico do complexo portuário de Santos.
Há muito a ser feito, começando por um Plano Logístico, na construção de caminhos para o desenvolvimento sustentável e competitividade nos comércios nacional e internacional. Nesse contexto, avulta o papel da Autoridade Portuária, com quadro de técnicos concursados competentes.
É hora de transformar o Porto de Santos numa rede de compartilhamento global de múltiplos propósitos, de armazéns inteligentes, logísticas e navios digitais. Desenvolver estratégias comerciais com redes conectadas globalmente por tecnologia blockchain, como propõe o projeto do aglomerado da Alemoa. Para o qual há competência local de muita qualidade para projetar e implantar. Portanto, não há tempo a perder e a Prefeitura Municipal de Santos deve assumir o papel que lhe cabe na construção do porto do futuro, que já se faz presente.
Com muita objetividade, Portogente vai focar o seu projeto Porto 2050, pensando amplamente o Porto de Santos, um projeto nas redes da Internet, a ser lançado em 8 de julho, celebrando os 22 anos deste portal, líder entre os concorrentes. Dialogar com portos mundiais e fomentar conversas com perguntas e respostas, trocando impressões sobre assuntos portuários, com destaque temas sobre tecnologia, inovação e segurança. A Internet transformou de modo decisivo as relações de poder tradicionais.
Revista Manutenção e Tecnologia - SP 25/02/2025
O verão é conhecido como o período das frutas, pois é nesta época do ano que é realizada a colheita de diversas delas como a uva, caqui, pêssego, goiaba, atemoia e acerola.
Uma característica comum a essas espécies é que, na hora da colheita, para evitar prejuízos e otimizar o serviço, o produtor precisa de equipamentos adaptados à realidade das culturas, como altura mais baixa e tamanho mais compacto, que possam circular entre as ruas das plantações sem atingir os galhos e oferecendo segurança para o operador.
No caso da uva, por exemplo, durante toda a safra, os tratores cumprem papel fundamental, sendo os responsáveis pelo preparo de solo, da área cultivada, pela pulverização e pelo transporte de adubo e da fruta colhida.
A mecanização dos parreirais têm sido uma das soluções dos produtores para otimizar o tempo nas lavouras.
Para atender a essa demanda, a Agritech – fabricante de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas para a agricultura familiar – aposta em uma linha de máquinas especialmente projetadas para o trabalho nos parreirais.
“Há muito tempo, a Agritech oferece ao produtor familiar máquinas destinadas a esta cultura. São tratores menores e mais estreitos, que permitem que o operador possa entrar por entre as linhas dos parreirais e realizar manobras com facilidade nas áreas de cultivo”, explica o coordenador de Vendas/Marketing da Agritech, Cesar Roberto Guimarães de Oliveira.
Colheita da uva no Brasil – Uma das principais regiões produtoras de uva no Brasil é o estado do Rio Grande do Sul, cuja colheira teve início em janeiro.
Com cerca de 48 mil hectares de área cultivada, a expectativa de produção gaúcha é de mais de 700 mil toneladas de uva em 2025. Outra área de destaque é o Vale do São Francisco, único lugar do Brasil onde se produz uva até três vezes por ano.
Localizado na região, o município de Petrolina (PE) é considerado a capital da uva no Brasil, devido à grande produção e faturamento com a cultura. De acordo com coordenador, em 2024 a cidade teve o segundo maior número de vendas de produtos da empresa.
“Para a colheita das uvas é preciso uma máquina que tenha uma altura adequada para que possa circular embaixo da parreira sem estragar as frutas, e que seja mais estreita para poder circular entre os corredores da lavoura”, explica Oliveira.
A mesma necessidade se aplica a frutas como caqui, pêssego, goiaba, atemoia e acerola. O coordenador detalha que os produtores, para facilitar a colheita, conduzem o plantio entre as ruas formando uma espécie de “túnel”, necessitando de tratores com dimensões adequadas visando principalmente à altura, e é nesse cenário que entram as linhas de modelos 1155 e 1160 fruteiro, próprios para esses tratos culturais.
“Esses tratores são diferenciados por serem mais baixos e mais estreitos, o que evita que estraguem as ruas das plantações. Além disso, como são mais leves e têm uma boa distribuição de peso, compactam menos o solo, o que é bom para as culturas perenes como as dessas frutas”, destaca.
Segundo o executivo, a linha 1155 é apta a usar o Biodiesel B8, sem deixar de lado a potência garantida pelo motor Yanmar, silencioso e de alta performance.
A série oferece o menor raio de giro do mercado com apenas 2.250mm, proporcionando maior agilidade nas manobras em espaços reduzidos. O modelo ainda apresenta autolift com capacidade máxima de elevação no engate de 1500 kg, tomada de potência independente e câmbio lateral, proporcionando ainda mais conforto ao operador.
A série 1160 pode ser usada desde o preparo do solo ao transporte da sua colheita. O trator vem com reversor de velocidade, tomada de força econômica, proporcional e independente, e câmbio principal sincronizado.
O Brasil ocupa hoje o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frutas, ficando atrás apenas da China e da Índia.
O setor responde por 16% de toda a mão de obra do agronegócio, conforme a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Em 2024, as exportações de frutas brasileiras ultrapassaram US$ 1 bilhão e 287 milhões de dólares.
Revista Manutenção e Tecnologia - SP 25/02/2025
A 30ª edição da Agrishow, a principal feira de tecnologia para o agronegócio da América Latina, que ocorre de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP), promete trazer muitas novidades em máquinas e equipamentos agrícolas.
Para João Marchesan, presidente da feira desde 2023, “a 30ª edição será histórica porque, além do legado que a Agrishow tem no agronegócio brasileiro, os visitantes poderão ver uma série de soluções que, sem dúvida, moldarão o futuro do setor, contribuindo para um crescimento ainda mais robusto desse que é um dos grandes pilares da nossa economia”.
O executivo lembra que o agronegócio está vivendo um momento de otimismo. Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 325,3 milhões de toneladas este ano, impulsionada por culturas como soja, milho e algodão. O montante é 9,4% maior que no ano passado.
“Essa é uma projeção bastante positiva que reforça a resiliência do agricultor brasileiro e prova mais uma vez como nosso agronegócio é forte e continuará em plena expansão. Para isso, as novas tecnologias serão fundamentais”, diz.
Desde o plantio e colheita automatizados até o monitoramento de lavouras por drones e sensores, a inteligência artificial já faz parte do dia a dia do campo.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o uso dessa tecnologia pode elevar a eficiência agrícola em até 20%, impactando diretamente a produtividade e a qualidade dos produtos.
“A inteligência artificial é um dos caminhos para um futuro ainda mais promissor do agronegócio. Ela auxilia na captura e análise de dados, padroniza processos, amplia a eficiência e reduz custos operacionais das propriedades rurais, além de contribuir para decisões mais assertivas”, explica Marchesan.
Legado da Agrishow – Segundo Marchesan, chegar à 30ª edição da Agrishow é uma grande conquista.
“A 30ª edição será histórica sim, mas já estamos fazendo história ao longo desses anos. Tenho muito orgulho de ser um dos fundadores da feira, que reflete os grandes investimentos feitos nas últimas décadas e mostra como ela tem sido decisiva para a tomada de decisões que estão trazendo grandes resultados para o nosso país”.
Para o executivo, que tem atuado ao longo de sua carreira em frentes como o desenvolvimento tecnológico da mecanização agrícola e a defesa de políticas públicas voltadas ao crescimento da indústria nacional.
“A Agrishow projeta a indústria brasileira para o mundo porque, além dos visitantes brasileiros, recebemos pessoas de mais de 50 países. Isso é fruto de um intenso trabalho para promover um espaço de negócios e novidades tecnológicas que beneficiam o setor no Brasil e fora dele”.
Serviço:
Agrishow 2025 – 30ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação
Data: 28 de abril a 2 de maio de 2025
Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto (SP)
Horário: das 8h às 18h
www.agrishow.com.br