Clipping Diário

31 | Janeiro | 2025

SIDERURGIA

Diário do Aço - MG   31/01/2025

A Usiminas deu início a mais uma edição da Pesquisa Ambiental, que busca acompanhar a percepção da comunidade sobre as ações da empresa para a redução do material particulado, conhecido como pó preto.

O levantamento, conduzido pela CP2, envolve visitas domiciliares e conversas com moradores de 12 bairros próximos ao Centro Industrial de Ipatinga: Bela Vista, Bom Retiro, Cariru, Castelo, Centro, Das Águas, Ferroviários, Horto, Iguaçu, Imbaúbas, Novo Cruzeiro e Vila Ipanema.

Conforme a empresa, esta é a 11ª pesquisa semestral, um compromisso assumido pela Usiminas junto à comunidade e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desde 2019. Para garantir a segurança dos participantes, os pesquisadores estarão uniformizados e devidamente credenciados.

“A Usiminas busca manter um diálogo próximo com os moradores para aprimorar continuamente suas práticas ambientais e reforçar seu compromisso de buscar ser uma boa vizinha”, afirma Tayná Vieira, gerente de Relações Institucionais e Comunidades.

Valor - SP   31/01/2025

A U.S. Steel reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 190 milhões no período; Wall Street esperava US$ 175 milhões

A U.S. Steel reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de US$ 190 milhões no quarto trimestre. Wall Street esperava algo em torno de US$ 175 milhões.

Ainda no quarto trimestre, a companhia reportou um prejuízo de US$ 89 milhões, com uma queda de 15% nas receitas em relação ao ano passado, totalizando US$ 3,5 bilhões. Ajustando-se para itens não recorrentes, os US$ 190 milhões em lucros da U.S. Steel superaram as expectativas dos analistas.

Para o primeiro trimestre de 2025, a U.S. Steel espera um Ebitda de cerca de US$ 125 milhões. Wall Street está esperando cerca de US$ 170 milhões.

A previsão é fraca, no entanto, as ações não estão reagindo muito. Os papéis da U.S. Steel subiram 0,4% no pós-mercado de Nova York, para US$ 36,66. No pregão regular desta quinta-feira (30), porém, as ações ficaram estáveis.

Atualmente, os papéis da U.S. Steel não reagem tanto aos resultados financeiros, mas, sim, à política e ações legais.

Compra estagnada

Em agosto de 2023, a Cleveland-Cliffs tentou comprar a U.S. Steel por cerca de US$ 35 por ação em dinheiro e ações. A Cliffs aumentou sua oferta para US$ 54 por ação, mas foi superada por uma oferta de US$ 55 em dinheiro da Nippon Steel.

Políticos dos EUA de ambos os lados do espectro se opuseram à ideia de uma empresa japonesa controlar uma siderúrgica americana. Em março de 2024, o ex-presidente Joe Biden declarou que se oporia ao negócio com base em questões de segurança nacional. Ele bloqueou formalmente o acordo em janeiro. A U.S. Steel está processando para reverter a decisão.

Após a decisão de Biden, o CEO da Cliffs, Lourenço Gonçalves, realizou uma coletiva de imprensa na qual sugeriu que o melhor caminho seria unir as siderúrgicas domésticas para obter a escala necessária e uma maior participação para gerar lucros consistentes.

A ideia da Cleveland-Cliffs de combinação pode fazer sentido à primeira vista. Mais tamanho e escala podem ajudar qualquer produtor de commodities.

Quanto à Nippon, ela é a quarta maior produtora de aço do mundo e está buscando estabelecer uma presença maior nos Estados Unidos. O preço oferecido é alto. As ações da U.S. Steel não atingem US$ 55 desde 2010.

A siderurgia é um negócio difícil e maduro. Os resultados da U.S. Steel mostram isso. Mesmo assim, a U.S. Steel se tornou um ativo cobiçado na indústria. O que acontecerá com a empresa e as ações a longo prazo é uma incógnita.

Até o pregão desta quinta-feira, as ações da U.S. Steel caíram cerca de 24% nos últimos 12 meses. As ações da Cliffs tiveram um desempenho pior, caindo quase 50%.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   31/01/2025

Se o Banco Central limitou o “guidance” (orientação futura) da política monetária apenas para a próxima reunião, a leitura mais atenta do comunicado que elevou a Selic para 13,25% revela novos caminhos à frente.

Um ponto que chamou a atenção no texto foi o chamado “balanço de riscos” sobre o cenário internacional, o que, em outras palavras, tem total relação com o novo governo americano de Donald Trump.

Por um lado, o BC disse que a política econômica externa pode fortalecer o dólar e afetar a inflação no Brasil. Ou seja, medidas de Trump podem complicar o cenário. Mas, por outro, afirmou que a inflação no País pode subir menos do que o previsto com choques de comércio internacional, já que o ‘tarifaço’, até aqui, não veio como esperado.

A tradução do “coponês” parece complexa, mas no fundo é simples. Como expliquei na minha coluna após a decisão do BC, o dólar caiu de R$ 6,39 para R$ 5,86, desde dezembro, porque Trump não cumpriu as ameaças de elevar fortemente as tarifas comerciais contra a China, México e Canadá. Essas medidas eram esperadas para o primeiro dia de governo, mas não se materializaram.

Esse processo, sugere o comunicado do Banco Central, está em uma encruzilhada. Se Trump realmente não cumprir a ameaça nas próximas semanas e meses, há um espaço adicional para o fortalecimento do real. Mas, se cumprir (possibilidade sempre à mesa), o dólar pode dar uma nova disparada em relação à moeda brasileira. Uma complicação para a política de juros.

Outro ponto importante do comunicado é a visão do Banco Central de que a economia brasileira pode ter uma “desaceleração mais acentuada”, o que reduziria a alta dos preços.

Se a fala pode soar prematura, já que o ritmo do PIB continua forte, a sinalização tem mais a ver com a reafirmação, pelo BC, de que está promovendo um choque de juros e que fará o necessário para que a inflação volte para o centro da meta.

Com o compromisso de a Selic chegar a 14,25% já na reunião de março, e com a porta aberta para novos aumentos, é natural que o BC enxergue, em algum momento, efeitos (e riscos) sobre o ritmo da atividade econômica no País.

Mesmo sem ‘guidance’, o texto tem minúcias que indicam novos passos do Banco Central. Por ora, o que o País terá pela frente é Selic mais alta, até que as expectativas de inflação voltem ao centro da meta.

Opinião por Alvaro Gribel
Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

Globo Online - RJ   31/01/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vai entregar a "inflação e a taxa de juros mais baixas possíveis". Na estreia de Gabriel Galípolo na liderança do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano, e reafirmou a previsão de nova alta na próxima reunião, que será realizada em março.

— Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central e tenho certeza que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça.

Lula afirmou que já esperava o aumento e justificou afirmando que não é possível "dar cavalo de pau em um mar revolto".

— Tenho consciência que um país como o Brasil, o presidente do Banco Central não pode dar cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra. Já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e o Galípolo fez o que ele entendeu o que deveria fazer.

Lula elogiou Galípolo, afirmou ter confiança no presidente do BC e que vai entregar os melhores resultados dentro do que for possível. O presidente reafirmou não ter sido surpreendido pelo aumento.

— Nós aqui como governo temos que cumprir nossa parte, a sociedade cumpre a parte dela e o companheiro Galípolo cumpre a função que ele tem que é de coordenar a política monetária brasileira e entregar para nós, dentro do possível, a inflação e juros mais baixo. É isso o que vai acontecer. Eu já esperava por isso, não é nenhuma surpresa para mim. O que posso dizer é que agora temos um presidente do BC da maior competência, muito competente do ponto de vista econômico.

O aumento foi definido com unanimidade por todos os nove membros do comitê, que agora conta com sete indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um crítico frequente dos juros elevados.

Veja abaixo os cinco principais recados do Copom após a primeira reunião de Galípolo:

1 - Tamanho do ciclo de alta em aberto

O Copom renovou a promessa de mais um aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, em março, quando a taxa deve chegar a 14,25% ao ano, retomando o patamar mais alto registrado no segundo governo de Dilma Rousseff (2015-2016).

Para além de março, contudo, o colegiado deixou o plano em aberto. Reforçou apenas o compromisso em atingir a meta de inflação. "A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", disse o BC.

A sinalização pode decepcionar uma parte do mercado financeiro, que avaliava que o Copom deveria indicar que deve continuar ao aumento dos juros em maio devido à deterioração das expectativas futuras de inflação. Por outro lado, há incertezas sobre os efeitos das políticas do Donald Trump na economia global e sobre o impacto do "choque de juros" no Brasil sobre a atividade local.

2 - Ajustes no cenário econômico

O BC alterou ligeiramente a sua avaliação sobre a atividade econômica doméstica no comunicado do Copom desta quarta. Desta vez, o colegiado disse apenas que a atividade econômica do país tem apresentado "dinamismo". Em dezembro, afirmou que o dinamismo estava "acima do esperado".

A economia aquecida é um dos fatores para a alta da inflação, que justificariam novas altas no juros nos próximos meses.

Mesmo assim, reforçou que a conjuntura atual é marcada por resiliência da atividade e pressões no mercado de trabalho, assim como desancoragem de expectativas de inflação e aumento da inflação corrente. Isso, segundo o BC, "exige uma política monetária mais contracionista".

3 - Atualização de riscos

Sob a liderança de Galípolo, o BC atualizou o balanço de riscos para a inflação futura, com a mudança dos cenários que poderiam ajudar os índices a ficar mais baixos do que o Copom prevê atualmente.

Os novos riscos, porém, não alteram a visão do Copom de que a chance maior é de que aconteçam eventos que elevariam a inflação. A primeira novidade é uma desaceleração maior da economia brasileira do que o esperado.

Em meio às ameaças do novo presidente dos EUA, Donald Trump, o BC também incluiu o risco de "um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais".

4 - Novo alerta fiscal

Como tem feito em todas as reuniões, o Copom repetiu o alerta a respeito dos efeitos da política fiscal sobre a condução dos juros.

Segundo o comunicado, "a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes".

5 - Inflação fora da meta

O Copom destacou ainda que os dados recentes de inflação apresentaram elevação, mantendo-se em níveis acima da meta. Além disso, destacou o novo distanciamento das expectativas inflacionárias ante o alvo de 3,0%.

As projeções oficiais do BC são de 5,2% para 2025 e 4,0% para o terceiro trimestre de 2026, atual prazo em que o BC trabalha para colocar a inflação na meta. Isso mesmo com uma Selic que sobe até 15% neste ano e cai a 12,50% no fim de 2026.

Globo Online - RJ   31/01/2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o crescimento do país neste ano será menor por causa do patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic.

Em entrevista à RedeTV, Haddad disse que os juros em um “patamar restritivo” vão prejudicar a atividade econômica.

— A taxa de juros no Brasil já está no patamar restritivo, já está no patamar que desacelera a economia. Nós estamos prevendo este ano uma redução do crescimento da atividade econômica de 3,5% para algo em torno de 2,5%, justamente para acomodar as pressões inflacionárias — disse.

Ao ser questionado sobre uma eventual revisão da projeção do PIB para 2%, Haddad negou a possibilidade.

— Eu não quero revisar para 2%, porque eu acredito que temos espaço para crescer 2,5%, reduzindo a inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a Selic para 13,25% nesta quarta-feira na primeira reunião comandada pelo novo presidente Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo.

Na entrevista, Haddad reconheceu que o cenário para a economia no ano que vem é mais desafiador do que o enfrentado em 2024, principalmente diante de uma política monetária que pode ser “contraproducente”, segundo o ministro.

— O presidente Lula tem consciência que muitas vezes você tem que fazer um ajuste de rota, e que esse semestre vai ser mais difícil do que os anos anteriores. Mas o que eu reafirmo é o seguinte: se você já está com uma taxa muito restritiva, às vezes o remédio em excesso é contraproducente. Todo remédio tem a dose certa

Medidas de corte

Questionado sobre as incertezas acerca da condução da política fiscal, Haddad afirmou que o governo apresentou medidas para adequar as despesas às regras do arcabouço fiscal. Segundo ele, a equipe econômica continua a trabalhar com políticas pontuais para conter o crescimento dos gastos.

— Estamos trabalhando continuamente em medidas que podem e serão levadas ao presidente da República, como rotina, nós faremos isso como rotina, nós temos até uma secretaria de acompanhamento de políticas públicas para ir corrigindo essas distorções — afirmou.

Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que não há nova medida fiscal prevista para 2025.

— Não tem outra medida fiscal. Caso se apresente durante o ano a necessidade de fazer alguma coisa, vamos sentar e definir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal nesse país — disse Lula, que defendeu o ministro Fernando Haddad (Fazenda) das críticas feitas pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab.

Inflação

A inflação de alimentos está entre as prioridades do governo e da área econômica neste início de ano. Na entrevista, Haddad deu coro às declarações que líderes do governo fizeram nas últimas semanas, e afirmou que o preço dos produtos deve se estabilizar em função de uma safra recorde e queda do preço do dólar.

— Imaginamos que, este ano, em função da safra que vai vir muito boa [ ] e com uma acomodação do dólar em patamar mais baixo, os preços dos alimentos tendem a se acomodar, ainda que em um patamar elevado

Trump

O ministro da Fazenda também afirmou que os Estados Unidos não terá ganhos econômicos sobretaxando os produtos brasileiros.

— Qual seria o ganho dos Estados Unidos em sobretaxar produtos brasileiros? Não faz o menor sentido, é uma balança equilibrada entre os dois países.

Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump tem declarado nas últimas semanas que o Brasil está entre os países que poderiam ter seus produtos sobretaxados.

Haddad pregou que ainda é necessário esperar para ver se as medidas serão efetivamente colocadas em prática pelo governo americano.

— Se ele sobretaxar um país no qual ele importa muito, pode favorecer o Brasil, inclusive, a exportar mais para os Estados Unidos, mas não sabemos ainda qual será essa política comercial.

O Estado de S.Paulo - SP   31/01/2025

As contas do Governo Central registraram déficit primário em 2024. No ano passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 43,004 bilhões, equivalentes a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem contabilizar os gastos com o Rio Grande do Sul e outras despesas excluídas do cômputo da meta, o rombo ficou em R$ 11,032 bilhões, correspondente a 0,09% do PIB.

Em 2024, o governo perseguiu duas metas. A primeira é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitida uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço fiscal. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que era de R$ 2,089 trilhões.

O saldo anual, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi o melhor desempenho desde 2022, quando houve superávit de R$ 54 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 230,535 bilhões, equivalente a 2,1% do PIB, registrado em 2023.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ressaltou que o resultado primário em 2024 é o segundo melhor resultado da década, evidenciando o processo de recuperação fiscal. “Ainda que tenhamos desafios pela frente, é inegável que o processo de recuperação fiscal foi intenso. O resultado de 2024 é substancialmente inferior às projeções de mercado”, disse.

O déficit do ano passado foi menor do que a mediana das expectativas do mercado financeiro, de R$ 45,70 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast. O intervalo, todo negativo, ia de R$ 62 bilhões a R$ 13 bilhões.

Excluídas as despesas com o Rio Grande do Sul, o rombo ficou em R$ 11 bilhões, cumprindo a meta do arcabouço fiscal com “relativa folga”, observou. “Alertamos durante o ano que ficaríamos mais próximos do centro da meta”, disse o auxiliar de Fernando Haddad. O resultado primário acumulado na gestão Lula 3 ficou em -1,19% do PIB. De acordo com Ceron, é o menor dos últimos três ciclos de governo, com “tendência” de melhora.

Ele destacou ainda que a relação da despesa total e PIB fechou em 18,67%, o terceiro menor patamar da década, afirmou. Mais cedo, à reportagem, Ceron afirmou que a queda mostra que o plano de voo da equipe econômica sempre foi claro, do qual o governo não se desviou, apesar da “narrativa” de que haveria um “expansionismo” fiscal. “Estamos sempre batendo nas mesmas teclas, no mesmo plano de voo e sendo consistente com ele”, disse.

Em 2024, as receitas tiveram alta real de 9% em relação a 2023. Já as despesas caíram 0,7% no ano passado, já descontada a inflação.

Segundo o Tesouro, ao final de 2024, o empoçamento de recursos totalizou R$ 12,5 bilhões, significando redução de R$ 21,6 bilhões frente ao mês de novembro.

No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado de forma extemporânea, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 27,746 bilhões nas contas deste ano.
Superávit em dezembro

Em dezembro, as contas do Governo Central registraram superávit primário. No mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 24,026 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 4,515 bilhões em novembro.

O saldo em dezembro foi o melhor desempenho em termos reais para o mês desde 2013 — a série histórica do Tesouro foi iniciada em 1997. Em dezembro de 2023, o resultado havia sido negativo em R$ 116,033 bilhões, em valores nominais.

O resultado do 12º mês do ano veio próximo ao teto das estimativas das instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, que era de R$ 24,40 bilhões. A mediana apontava um superávit de R$ 20,30 bilhões, e o piso era de R$ 6,84 bilhões.

Em dezembro, as receitas tiveram alta de 18,0% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas caíram 33,3% em dezembro, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O Estado de S.Paulo - SP   31/01/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, taxar produtos importados do Brasil, haverá reciprocidade.

“Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos que são importados dos Estados Unidos. Não há nenhuma dificuldade”, disse Lula em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 30.

Em evento para republicanos na Flórida, na segunda-feira, 27, o presidente americano afirmou que o Brasil está entre os países que cobram muitas tarifas e que querem “prejudicar” os EUA. “A China é um grande criador de tarifas, assim como a Índia, o Brasil e muitos outros países. Não vamos permitir que isso continue, porque vamos colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, afirmou Trump.

Nesta quinta-feira, 30, Lula afirmou: “Eu quero respeitar os EUA e quero que o Trump respeite o Brasil. Se isso acontecer, está de bom tamanho. Da minha parte, o que eu quero é melhorar a relação com os EUA, exportar mais se for necessário, importar mais se for necessário, e manter nossa relação de 200 anos.”

Lula disse que “não há nenhum interesse agora”, nem dele nem de Trump, em um telefonema ou encontro. “Essas conversas só acontecem quando você tem interesse, tem alguma coisa para tratar”, afirmou. Ele disse que um encontro pode acontecer na ONU “se ele não desistir da ONU também”.

“Esse negócio de descumprir o Acordo de Paris, dizer que não vai dar dinheiro para OMS (Organização Mundial da Saúde), é uma regressão à civilização humana”, destacou.

Questão climática

O presidente disse que “é preciso fazer uma discussão séria se queremos discutir a questão do clima com seriedade, se queremos uma transição energética de verdade e se queremos mudar o nosso planeta para podermos sobreviver nele”. Segundo ele, a COP-30, em Belém, vai ser “um balizamento” do que o governo quer daqui para frente.

“Em qualquer parte da Terra dão palpite sobre a Amazônia, todo mundo é especialista, todo mundo quer proteger. Então vamos fazer (a COP) lá, na cidade de Belém, para as pessoas saberem o que é a Amazônia”, declarou o petista.

Sobre a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, Lula disse que o país já não tinha cumprido o Protocolo de Kyoto. Os países se comprometeram a dar US$ 100 bilhões por ano para os países em desenvolvimento e até hoje não deram”, declarou.

O presidente elogiou a organização do G-20 no Brasil no ano passado e disse que o País pretende fazer o melhor encontro dos Brics e a melhor COP neste ano. “Se não fizermos algo forte, a COP vai ficar desmoralizada”. Lula rebateu ainda questionamentos sobre a infraestrutura em Belém para receber as delegações de todo o mundo e afirmou que “ninguém vai ficar sem lugar para dormir”.

Em fala inicial durante entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 30, Lula repetiu o discurso de de que é alvo de mentiras na internet e disse que os críticos ao seu governo terão de “aprender a fazer luta de rua”.

“Quem quiser derrotar a política do meu governo vai ter de aprender a fazer luta de rua. É mais fácil ficar na internet mentindo, mas é difícil ir para a rua e discutir com o povo as coisas que estão acontecendo no País. Esse é o meu tipo de governar”, declarou.

MINERAÇÃO

Valor - SP   31/01/2025

Analistas veem “desconexão” de preços em relação a pares que abre oportunidade para investidores; presidente cita boa relação com a empresa após encontro recente com CEO

As ações da Vale (VALE3) passam novamente por uma sessão mais positiva nesta quinta-feira. Os papéis são influenciados por revisões de estimativas feitas por bancos, além de falas mais favoráveis do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por volta das 12h30, os papéis da mineradora tinham alta de 3,33%, a R$ 54,57, bem perto da máxima do dia de R$ 54,58. No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 2,03%, aos 125.974 pontos. Na noite de terça-feira, a companhia apresentou os números de produção e de vendas do último trimestre de 2024.

Em relatório, os analistas do J.P. Morgan afirmaram que os papéis da Vale não só perderam valor nos últimos três meses, como também performaram abaixo dos pares no período. Na visão da casa, essa “desconexão” abre uma oportunidade para investidores. Não à toa, a casa reiterou a sua perspectiva mais positiva, com uma recomendação acima da média do mercado. O preço-alvo dos papéis está em R$ 87.

Segundo os especialistas, uma série de notícias positivas deveriam ter levado a uma valorização dos papéis da Vale nos últimos meses. Um dos exemplos é o acordo de Mariana (MG), que pôs fim a uma enorme incerteza para a empresa. “Além disso, a companhia vem apresentando desempenho positivo, especialmente em seu negócio de minério de ferro, com produção sólida aliada a uma tendência de queda de custos.”

Ainda que os preços do minério de ferro tenham caído 30% em 2024, segundo os especialistas, a queda teria sido de apenas 12% em termos reais, dada a desvalorização do real no período.

As ações também foram positivamente afetadas pela fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã. A jornalistas, o chefe do Executivo citou a boa relação com a empresa após encontro recente com o presidente da Vale, Gustavo Pimenta.

Lula disse que a Vale “agora se dispôs a conversar com o governo” e que, na última reunião feita com a empresa, foram discutidas “várias coisas para que a Vale volte a ser a primeira ou a segunda no mercado internacional”.

IstoÉ Dinheiro - SP   31/01/2025

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta quinta-feira, 30, que haverá uma nova reunião com a mineradora Vale, após ter se encontrado com o presidente da empresa, Gustavo Pimenta, no Palácio do Planalto, na terça-feira, 28. Segundo Lula, a companhia se dispôs a ter um “novo comportamento” com o governo.

“Foi boa a reunião, e nós vamos fazer uma reunião, que eu vou convocar, para a gente discutir como é que a gente vai vencer os obstáculos de mineração que a Vale está enfrentando”, disse Lula.

Ele afirmou que houve um período de gestão “irresponsável” na Vale e destacou a importância da empresa para o Brasil, ao afirmar que o diálogo foi retomado entre a empresa e o governo. “Eu tenho noção da importância da Vale para o Brasil, muita noção. E tenho noção de que a Vale foi governada, em determinado período, de forma muito, mas muito irresponsável”, declarou, em entrevista coletiva à imprensa.

Lula continuou: “A Vale não conversava com o governo e não discutia com o governo os projetos que ela pode participar neste momento de transição energética, neste momento da gente explorar os minerais críticos.”

Em seguida, o presidente da República disse que a reunião com a Vale foi boa.

“Nós tivemos uma reunião, eu fiquei muito contente com a impressão que me passou o presidente da Vale, e nós queremos discutir várias coisas para fazer com que a Vale volte a produzir mais minérios e ela voltar a ser a primeira ou a segunda no mercado internacional. Ela caiu muito no mercado internacional”, afirmou.

Lula prosseguiu: “Acho que foi uma conversa extraordinária. Havia aquela tensão maluca, porque a gente não tinha feito o acordo de Mariana. Há nove anos estava parado o acordo de Mariana, havia gente que achava que era impossível, e nós conseguimos fazer o acordo funcionar.”

Na sequência, o presidente da República disse que, agora, há uma cautela do governo junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) para fazer com que os recursos originários do acordo cheguem “na ponta”.

Revista Mineração - SP   31/01/2025

A Samarco fechou 2024 com 9,7 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro produzidas de janeiro a dezembro. No ano, foram embarcados 101 navios no Terminal Marítimo de Ponta de Ubu, no Espírito Santo.

Desde a retomada das atividades operacionais da empresa, em 2020, até dezembro passado, a produção acumulada alcançou 35,4 milhões de toneladas, com 360 navios embarcados. O ano marcou ainda a ampliação da capacidade produtiva instalada da Samarco de 30% para 60%.

Para 2025, a previsão é produzir 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério, com a reativação do segundo Concentrador e da segunda Pelotizadora, além da implementação de mais uma planta de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano (MG).

Esse volume representa o dobro da produção registrada durante o primeiro ano de retomada. O investimento total nessa nova etapa, segundo o planejamento da Samarco, foi de R$ 1,6 bilhão.

A Samarco prevê ainda alcançar 100% da capacidade produtiva instalada até 2028 e, para isso, está implementando ações como o retorno da operação do próximo Concentrador, em Germano, e das Usinas de Pelotização, em Ubu, além da construção de mais uma expansão da planta de filtragem em Minas Gerais.

De janeiro a setembro de 2024, os tributos gerados pela Samarco e aqueles resultantes da aquisição de bens, materiais e serviços de fornecedores somaram R$ 1,37 bilhão, sendo destinados de forma direta R$ 244 milhões para Minas Gerais e R$ 247 milhões para o Espírito Santo, enquanto parte dos R$ 879 milhões, correspondentes à União, também impacta positivamente diversas regiões.

De dezembro de 2020 até setembro de 2024, os tributos pagos somaram R$ 5,27 bilhões, sendo R$ 820 milhões para Minas Gerais e R$ 1,25 bilhão para o Espírito Santo. Atualmente a empresa gera cerca de 15 mil postos de trabalho próprios e contratados.

A empresa tem duas estruturas geotécnicas previstas para descaracterização: a Cava do Germano, cujo processo foi concluído em 2023, e a Barragem do Germano, que segue com obras em estágio avançado, com 87,3% de conclusão.

Sem utilizar barragens para disposição de resíduos no processo produtivo atual, a Samarco destinou, em 2024, cerca 3 milhões de toneladas de rejeito arenoso gerado da produção para obras de descaracterização da Barragem do Germano, o que representa cerca de 60% do estéril produzido, dando uma destinação eficiente e sustentável para o material.

BOL - SP   31/01/2025

O governo Lula (PT) indicou um ex-executivo da Vale e representante de mineradoras para ser diretor da ANM (Agência Nacional de Mineração), agência reguladora da atividade minerária no Brasil.

José Fernando de Mendonça Gomes Junior foi indicado pela Presidência da República em 16 de dezembro, num pacote de 17 indicações para nove agências reguladoras.

Gomes deve ser sabatinado pela Comissão de Serviços e Infraestrutura, presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-TO). O encontro ainda não tem data.

Se aprovado, ele ficará no lugar do ex-diretor Guilherme Santana Lopes Gomes, cujo mandato terminou em setembro de 2024.

Ele integrará o colegiado de cinco diretores que decide sobre os pedidos de autorização para mineração, edita regras para o setor e julga recursos contra multas, entre outras funções.

José Fernando Gomes é ligado ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

Desde 2023, ele preside a estatal de mineração do estado, a Cosanpa. Também foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará entre 2021 e 2023.

Antes de ir para o governo, Gomes foi, de 2006 a 2021, gerente de relações governamentais da Vale no Pará e no Maranhão.

No Pará, a Vale explora minério de ferro, níquel e cobre.

No terceiro trimestre do ano passado, a companhia teve receita líquida de R$ 6,2 bilhões na exportação de minério de ferro e R$ 1,5 bilhão com níquel e cobre, considerados pela empresa "metais para transição energética".

As atividades de cobre e níquel da Vale no Pará chegaram a ser suspensas pela Secretaria de Meio Ambiente do estado em fevereiro de 2024. O órgão viu problemas em relatórios ambientais.

Os trabalhos foram retomados em outubro após acordo homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Procurados pelo UOL, Gomes e o governo do Pará afirmaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que esse é um assunto do governo federal, e por isso não se pronunciarão.

A Presidência da República e o Ministério de Minas e Energia não responderam aos pedidos de pronunciamento até a publicação desta reportagem.

Lobista da Vale

Segundo seu currículo oficial, Gomes foi, durante 15 anos, o responsável pela Vale no Pará e no Maranhão.

Entre suas funções estavam a "gestão de relacionamentos institucionais com governos" e a "negociação de projetos estratégicos e licenças ambientais para operação da empresa na região".

Ele também representava a empresa em diálogos com comunidades e organizações locais afetadas pelos projetos da companhia.

Entre 2011 e 2021, Gomes também foi presidente do sindicato das mineradoras do Pará, o Simineral.

Ele é um lobista experiente: de 1994 até entrar na Vale, em 2006, Gomes foi consultor parlamentar de diversas associações de empresas, como a Associação Comercial do Pará, a Federação de Agricultura do Pará, a Federação de Indústrias do Pará e a Federação Comercial do Pará.

Negócios de família

José Fernando Gomes é casado com Poliana Bentes de Almeida Gomes, dona da consultoria Poliana Bentes Consultoria Empresarial.

Segundo o site da empresa, Poliana atua como "intermediária entre as empresas-clientes e as instituições governamentais na região amazônica", além de "monitorar de perto processos governamentais" de interesse de clientes.

Entre os clientes da consultoria, estão o Simineral, que foi presidido por Gomes; a siderúrgica Sinobras; a mineradora Bemisa e a mineradora britânica Chapleau. Todas têm interesse na atuação da ANM.

Um dos filhos de José Fernando Gomes, o advogado Caio Brilhante Gomes, foi presidente da comissão de direito minerário da seccional do Pará da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) até dezembro de 2024.

Ele se apresenta como especialista em direito ambiental, minerário e ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança).

Hoje, ele é consultor nas áreas de ambiental e minerário da Aura Minerals, uma multinacional de ouro, cobre e metais básicos e preciosos com atuação no Brasil, na Colômbia, no México e nos Estados Unidos.

Antes disso, foi consultor jurídico no Simineral, o sindicato patronal que foi presidido por seu pai.

Na mensagem enviada ao Senado com a indicação de seu nome pelo governo, José Fernando Gomes disse que sua "visão para a ANM está alinhada à necessidade de fortalecer sua governança, garantir maior eficiência operacional e garantir que a mineração brasileira seja um modelo de desenvolvimento sustentável, competitivo e socialmente justo".

AUTOMOTIVO

Exame - SP   31/01/2025

A Stellantis, grupo automotivo que controla marcas como Fiat, Peugeot, Ram, Citroën e Jeep, confirmou nesta quinta-feira, 30, que trará a marca chinesa Leapmotor ao Brasil em abril deste ano. A informação foi revelada por Emanuele Cappellano, CEO da Stellantis na América do Sul.

"Os primeiros carros serão importados da China", afirmou o executivo. Segundo ele, a empresa avalia diferentes modelos para o mercado brasileiro, que não serão apenas elétricos. “O acordo com a Leapmotor nos ajuda a atender uma demanda de mercado mais ampla”, disse.

A Stellantis firmou um acordo com a Leapmotor por meio de uma joint venture, permitindo que ambas ampliem sua presença global e compartilhem infraestrutura de produção, distribuição e fornecedores.

Ainda não está definido se a estreia da marca no Brasil será com um ou mais modelos, mas há expectativa sobre o T03, um compacto elétrico que vem sendo chamado de “Mobi elétrico” por seu porte e proposta de preço mais acessível.

Contratação de 1.500 funcionários

Além da chegada da Leapmotor, a Stellantis anunciou a contratação de 1.500 funcionários. Do total, 1.200 vagas serão para a fábrica de Betim (MG), e 300 para Porto Real (RJ).

Com esse reforço, a unidade mineira, que já é a maior fábrica da Stellantis no mundo, seguirá com capacidade para produzir 650 mil carros por ano e 1,1 milhão de motores, contando com um quadro de 16 mil funcionários.

Investimentos bilionários na América do Sul

Até 2030, a Stellantis investirá R$ 32 bilhões na América do Sul, com o lançamento de 40 novos produtos e oito powertrains. Os recursos também serão direcionados para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras em toda a cadeia automotiva, além de novas oportunidades estratégicas de negócios.

A empresa seguirá com a implementação da tecnologia Bio-Hybrid, já presente nos modelos Fiat Pulse e Fastback Hybrid, que foram os primeiros da marca a receberem essa inovação.

Do total de investimentos, os principais destinos serão:

R$ 14 bilhões para a fábrica de Betim (MG); R$ 13 bilhões para a unidade de Goiana (PE); R$ 3 bilhões para Porto Real (RJ).

Além disso, a fábrica de Córdoba, na Argentina, receberá R$ 2 bilhões para o desenvolvimento de uma nova família de carros. Um dos modelos já confirmados para produção no país é a Fiat Titano.

IstoÉ Dinheiro - SP   31/01/2025

A União Europeia (UE) iniciou, nesta quinta-feira (30), um diálogo com empresas automotivas europeias para apoiar o setor, que tem dificuldades em implementar a transição para modelos elétricos e enfrenta forte concorrência da China.

“A indústria automotiva europeia está em um momento crucial e reconhecemos os desafios que ela enfrenta”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um comunicado.

As reuniões do dia marcam “o início de um diálogo que nos ajudará a navegar pelas mudanças que estão por vir. O resultado desse diálogo será um plano de ação abrangente, que apresentaremos em 5 de março”, acrescentou.

Representantes de 22 importantes participantes do setor, incluindo Volkswagen, BMW, Mercedes e Renault, devem comparecer à reunião desta quinta-feira, disse a Comissão.

De acordo com a Comissão (braço Executivo da UE), o setor emprega direta ou indiretamente quase 13 milhões de pessoas na União Europeia e “contribui com cerca de um trilhão de euros para o nosso PIB”.

Portanto, a UE está sob intensa pressão para ajudar essas empresas e, ao mesmo tempo, manter suas ambiciosas metas ambientais, em particular, alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Na quarta-feira, a UE apresentou sua nova estratégia para restaurar a competitividade de suas empresas e Von der Leyen sugeriu “flexibilidade” para enfrentar a situação atual.

Uma opção que está sendo considerada é isentar as montadoras europeias do pagamento das pesadas multas que seriam impostas caso não cumprissem suas metas de redução de emissões de CO2 para 2025.

Países como Alemanha e Itália, onde a indústria automobilística é muito poderosa, se opõem às multas, enquanto organizações ambientais as defendem firmemente.

Este “diálogo estratégico” com o segmento foi lançado por Von der Leyen e tem como objetivo reunir montadoras, fornecedores de componentes, ONGs e consumidores.

A indústria automotiva europeia foi severamente atingida pela concorrência de modelos elétricos produzidos na China.

Como parte de sua ação ambiental, a UE adotou metas rigorosas para abandonar modelos com motores de combustão interna até 2035 e migrar para carros elétricos, mas não conseguiu acompanhar o ritmo ou os custos dos produtos chineses.

Além disso, o retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos levanta o espectro de tarifas elevadas sobre carros elétricos europeus que tentam entrar no mercado americano.

– Crise –

Nesse contexto, a fábrica da Audi perto de Bruxelas já anunciou que encerrará suas atividades no final de fevereiro, afetada pela queda nas vendas e pelos altos custos operacionais.

As montadoras europeias, portanto, pedem flexibilidade na aplicação de multas por emissões de CO2 neste ano.

Ao apresentar a nova estratégia para reativar a economia e torná-la competitiva, Von der Leyen disse que a UE pretendia manter seus objetivos ambientais, mas admitiu que trata-se de uma “transição muito complexa”.

Por enquanto, a meta de suspender a produção de carros com motores de combustão interna até 2035 continua de pé.

No entanto, os partidos de direita representados em Bruxelas já estão pedindo um ajuste nessas metas.

A extrema direita pede diretamente a suspensão de todo o Pacto Verde, o complexo emaranhado de leis que sustenta a transição energética do bloco.

A UE já impôs tarifas elevadas aos fabricantes chineses de carros elétricos, alegando que eles se beneficiam de auxílios estatais que distorcem a concorrência.

Essas tarifas levaram a China a adotar medidas equivalentes sobre produtos europeus, em um caso que agora será objeto de discussões na Organização Mundial do Comércio (OMC).

As empresas chinesas também contestaram as tarifas europeias nos tribunais da UE e receberam apoio inesperado de gigantes como Tesla e BMW, estabelecidas na China.

Globo Online - RJ   31/01/2025

A japonesa Toyota vendeu 10,8 milhões de carros em 2024, uma leve queda em relação ao ano anterior, mas ainda assim suficiente para manter seu título de maior montadora do mundo pelo quinto ano consecutivo, superando a Volkswagen.

Embora as vendas globais — incluindo as subsidiárias Daihatsu Motor e Hino Motors — tenham caído 3,7% no ano passado, a Toyota permaneceu à frente da VW, que entregou pouco mais de 9 milhões de veículos, uma redução de 2,3% em relação ao ano anterior.

A Toyota enfrentou um ano difícil, com escândalos de segurança em duas subsidiárias que interromperam a produção por meses. Além disso, apesar da aposta da montadora de que a demanda por veículos a combustão e híbridos continuará forte frente aos elétricos, concorrentes emergentes como a chinesa BYD estão conquistando rapidamente espaço no mercado global.

A BYD vendeu 4,3 milhões de carros em 2024 — incluindo 1,8 milhão de veículos elétricos — um aumento de 41% em relação ao ano anterior.

Por outro lado, a Toyota vendeu apenas 139.892 veículos elétricos a bateria no último ano. Os híbridos representaram mais de 4,2 milhões das vendas globais da empresa.

A Toyota já prometeu vender 1,5 milhão de EVs anualmente até 2026 e 3,5 milhões até 2030. As metas fazem parte de um plano mais amplo para reduzir pela metade as emissões até 2035 e alcançar a neutralidade de carbono até meados do século. Como muitas montadoras tradicionais, a empresa revisou suas metas de eletrificação, incluindo os híbridos nessas projeções.

Valor - SP   31/01/2025

Executivos-chefes de Nissan e Honda — Foto: AP

A Honda Motor e a Nissan Motor pretendem anunciar como avançarão com a fusão planejada até meados de fevereiro, segundo apurou o “Nikkei” nesta sexta-feira.

A Honda havia estabelecido o fim de janeiro como prazo para decidir se continuaria as discussões sobre a fusão, dependendo do progresso dos esforços de revitalização da Nissan. No entanto, o prazo precisou ser adiado, pois a Nissan ainda está elaborando seu plano de reestruturação.

As duas montadoras japonesas anunciaram em dezembro o início das negociações para uma fusão, com a meta de chegar a um acordo final em junho. A Honda esperava que a Nissan apresentasse um plano de "ações de recuperação" para melhorar seu desempenho antes do fim de janeiro.

Em novembro, a Nissan anunciou um corte de 9 mil empregos, cerca de 7% de sua força de trabalho global, além da redução de 20% de sua capacidade produtiva mundial. Fontes próximas ao assunto afirmam que a Nissan está tendo dificuldades para definir um plano detalhado de reestruturação.

A montadora já decidiu sobre cortes de empregos na Tailândia e na América do Norte, mas ainda não finalizou as reduções em outras regiões devido à resistência de funcionários. Um porta-voz da Nissan afirmou que a questão está sendo discutida no comitê preparatório da fusão.

A Mitsubishi Motors também havia estipulado o fim de janeiro como prazo para decidir se se juntaria à nova holding proposta, dependendo do andamento das negociações entre Honda e Nissan. No entanto, a empresa declarou que, no momento, ainda não pode tomar uma decisão.

Nesta sexta-feira, a Mitsubishi Motors afirmou que pedirá às duas montadoras que compartilhem informações sobre o processo e que tomem uma decisão rápida sobre a fusão.

IstoÉ Dinheiro - SP   31/01/2025

Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou na quarta-feira, 29, após divulgação de balanço corporativo, que a empresa tem um caminho “alcançável” pela frente para se tornar a mais valiosa do mundo por conta de seus esforços atuais em robótica e em veículos autônomos, que devem chegar às ruas dos EUA ainda neste ano.

Mesmo com resultados para o quarto trimestre aquém da estimativa de analistas, a afirmação de Musk de que um crescimento de 20% a 30% era possível no ano de 2025, preparando o terreno “para o que eu acho que será um épico 2026 e um ridículo 2027 e 2028”, animou o mercado e sustentou as ações da Tesla em terreno positivo.

O bilionário também anunciou a meta interna de construir 10 mil robôs humanoides Optimus até o final do ano.

A receita subiu 2% no último trimestre de 2024, impulsionada pela demanda mais forte por seus produtos de armazenamento de energia e aumento das vendas de créditos regulatórios.

Esses créditos, essencialmente lucro puro para a Tesla, são vendidos para outras montadoras que os compram para atender aos requisitos de emissões de escapamento definidos pelo governo dos EUA. No entanto, para o seu negócio automotivo central, a receita caiu 8%, em parte porque a Tesla se apoiou fortemente em ofertas promocionais no período para impulsionar as vendas.

A Tesla enfrenta uma série de desafios no ano seguinte, incluindo um CEO com atenção dividida por suas outras empresas e seu trabalho como conselheiro do presidente Donald Trump.

A relação próxima de Musk com Trump só foi mencionada uma vez na call com Wall Street, quando um analista perguntou a Musk qual seria a política certa para apoiar o transporte sustentável nos EUA. Musk evitou a pergunta. “Neste ponto, acho que o transporte sustentável é inevitável”, disse ele.

O negócio automotivo da companhia enfrenta pressão, com a demanda enfraquecendo para seus veículos, incluindo a nova picape Cybertruck, e a concorrência aumentando na China, onde uma guerra de preços no mercado de carros elétricos se intensificou. Fonte: Dow Jones Newswires.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Comex do Brasil - SP   31/01/2025

A balança comercial da indústria brasileira de máquinas e equipamentos fechou o ano de 224 com um saldo negativo de US$ 16,4 bilhões, resultado de exportações da ordem de US$ 13,1 bilhões e importações no montante de US$ 29,5 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, o desempenho da indústria de máquinas e equipamentos foi influenciado pela substituição da produção brasileira por importados e pela queda nas exportações.

“Aconteceu aumento de investimento em diversas áreas da economia [brasileira], investimento no transporte, investimento em equipamentos eletrônicos, mas não no nosso setor. E uma parte importante [do nosso resultado de 2024] está relacionada à perda de participação para o importado”, disse Cristina.

Segundo a Abimaq, no ano passado, as importações brasileiras de máquinas em 2024 atingiram US$ 29,5 bilhões, com aumento de 10,6% em comparação com o ano anterior, segunda maior marca desde 2013. Os equipamentos chineses responderam pela maior parte (31,5%) ao registrarem crescimento de 5,3 pontos percentuais em relação ao período anterior (2023).

Já as importações de máquinas dos Estados Unidos, que vêm logo após as da China, caíram 6%. Da Alemanha, a terceira origem das importações, houve pequeno incremento nos embarques para o Brasil (2,6%).

O balanço divulgado pela Associação mostrou que as exportações de máquinas e equipamentos tiveram no ano passado uma diminuição de 5,5% em relação a 2023. O resultado foi a segunda melhor marca da série histórica, perdendo apenas de 2023, quando foram vendidos ao exterior US$ 13,9 bilhões em máquinas e equipamentos.

Em 2024, dentre os países que registraram aumento na aquisição de máquinas e equipamentos brasileiros destacaram-se Singapura, Coreia do Sul, México, Guiana, França e Arábia Saudita. Entre os que tiveram queda, aparecem Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Chile e Peru. Para os Estados Unidos, a queda foi de 11,2% e ocorreu principalmente em máquinas para construção civil; para a Argentina, a diminuição foi de 17%, sobretudo em máquinas para óleo e gás.

Receita líquida caiu 8,6% para US$ 270,8 bilhões

A receita líquida da indústria brasileira de máquinas e equipamentos caiu 8,6% no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Em 2024, o setor faturou R$ 270,8 bilhões ante R$ 296,2 bilhões no ano anterior.

O consumo aparente de bens industriais, definido como o total da produção industrial doméstica e importações, descontadas as exportações – um indicador que mede a demanda interna por bens industriais – ficou praticamente estável no acumulado de 2024, totalizando R$ 369,1 bilhões, com ligeira queda (0,2%) em relação ao ano anterior.

De acordo com a diretora da Abimaq, o desempenho das vendas de máquinas agrícolas e equipamentos para a construção civil foi o que mais puxou o resultado geral para baixo. “O setor de máquinas agrícolas foi o que, de fato, puxou o resultado mais para baixo, dentre todos os setores acompanhados. A gente observou também queda na área de construção civil. O mercado doméstico ampliou as compras de máquinas para construção, mas o que resultou em um número mais fraco foram as exportações um pouco menores.”

(*) Com informações da Abimaq

Infomoney - SP   31/01/2025

A indústria de aparelhos eletroeletrônicos, como notebooks, smartphones e tevês, manifestou preocupação com o impacto nas vendas provocado pela elevação tanto dos juros quanto da taxa de câmbio. Enquanto os juros estão tornando o crédito mais caro, o dólar, que chegou a passar de R$ 6,00 recentemente, pressiona o preço dos produtos, cuja dependência é grande em relação a componentes importados.

A Abinee, entidade que representa o setor, já considera rever as previsões recentemente traçadas para este ano, que apontam a um crescimento de 6% do faturamento da indústria de eletroeletrônicos, para R$ 241 bilhões.

“Muito provavelmente, teremos que revisar essa projeção diante do eventual aumento de custos e, por conseguinte, de preços”, diz o presidente-executivo da associação, Humberto Barbato.
Os fabricantes de aparelhos eletrônicos também citam maiores custos com logística, dada a alta nos preços dos fretes e do armazenamento de cargas.

Para piorar, a greve dos auditores da Receita Federal gera atrasos nas exportações de produtos e no recebimento de insumos de produção.

“Precisamos de ações efetivas do governo para resolver esse problema que se arrasta há 60 dias”, cobra Barbato, que diz ter recebido relatos de fábricas com paralisação parcial da produção.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Veja - SP   31/01/2025

A Prefeitura de São Paulo informou que aplicou multas que ultrapassam R$ 31 milhões contra duas empresas que não cumpriram regras para a construção de moradias populares.

As sanções foram aplicadas a empresas que se beneficiaram de isenção de impostos para construir unidades habitacionais à população de baixa renda, mas desvirtuaram o processo comercializando moradias a pessoas que não se encaixavam na modelagem de HIS (Habitação de Interesse Social) ou HMP (Habitação de Mercado Popular).

Na terça-feira (28), o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública na terça-feira (28) contra a prefeitura da capital pedindo a suspensão da política de habitação popular até que sejam adotadas medidas de controle e fiscalização. A prefeitura informou na quarta-feira (29) que atuaria quando fosse oficialmente informada pelo Judiciário.

No caso das unidades de HIS-1, devem ser vendidas exclusivamente a famílias com renda de até três salários mínimos, e no HIS-2 apenas para quem ganha entre três e seis salários mínimos.

De acordo com a prefeitura, uma alteração na lei para que os cartórios só fizessem o registro do imóvel quando comprovada a renda do comprador foi feita, mas a legislação foi derrubada na Justiça, atendendo a pedido das construtoras.

A administração municipal já enviou notificações que abrangem mais de 24 mil unidades habitacionais. A fiscalização continuará, com a aplicação de sanções e continuidade das apurações sobre possíveis desvios.

Infomoney - SP   31/01/2025

O Itaú BBA apontou as construtoras de média renda como os maiores destaques do quarto trimestre de 2024, após as divulgações de dados operacionais do setor.

A equipe de análise do banco destaca o recorde de R$ 9,4 bilhões lançados em São Paulo (alta anual de 84%) e R$ 6,8 bilhões vendidos (alta anual de 66%), o que reforça o momento positivo no segmento de médio a alto poder aquisitivo, apesar das condições macroeconômicas desafiadoras.

Segundo relatório, a Cyrela (CYRE3) foi a principal contribuinte para esse número, com R$ 4,8 bilhões lançados no trimestre.
No entanto, analistas observam que esse aumento ocorreu em todas as empresas, com nomes como Lavvi (LAVV3), Mitre (MTRE3), Trisul (TRIS3) e Even (EVEN3) também lançando em torno de R$ 1 bilhão.

Já os estoques das empresas listadas permanecem controlados em 15 meses (ante 20 meses no 4T23), e a velocidade de vendas está no nível mais alto, em 21%.
Baixa renda

Em relação aos nomes de baixa renda, o BBA observou um aumento no preço médio das unidades vendidas para todas as empresas listadas, o que parece uma antecipação dos potenciais aumentos nos custos de construção devido ao aumento do INCC.

Ao longo do último ano, o preço médio consolidado passou de R$ 247 mil no 4T23 para R$ 260 mil no 4T24.

Apesar do aumento no preço, analistas destacam que os lançamentos e as vendas não foram negativamente impactados (a velocidade de vendas foi de 26% contra 24% no 4T23). O valor consolidado de lançamentos aumentou 40%, para R$ 28 bilhões, enquanto o valor de vendas subiu 30%, para R$ 27 bilhões.

O Itaú BBA manteve sua preferência pelo segmento de baixa renda, com Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3) como suas escolhas principais, seguidas pelo segmento de médio renda, com Cyrela.

Dando continuidade à tendência do trimestre anterior, as empresas expandiram suas posições no banco de terrenos (aumento de R$ 7 bilhões no trimestre e R$ 30 bilhões na comparação anual) – o valor consolidado é de R$ 157 bilhões. O principal aumento veio da Plano&Plano (PLPL3), que teve um crescimento significativo, passando de R$ 11,9 bilhões em banco de terrenos no 4T23 para R$ 27,6 bilhões no 4T24.

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   31/01/2025

Previsto para ir a leilão no ano que vem, o projeto da EF 118 — estrada de ferro que vai ligar Vitória ao Rio de Janeiro e também chamada de Anel Ferroviário do Sudeste — será o primeiro a ser apresentado a um grupo de quase 20 investidores nacionais e estrangeiros interessados nos projetos de concessões de ferrovias.

Segundo o secretário Nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, o governo já foi procurado por vários grupos, incluindo árabes, chineses e brasileiros, tendo em vista a apresentação que vão fazer em fevereiro, em São Paulo, do Plano Nacional de Ferrovias.

Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário TIC Trens: o sonho começa a virar realidade SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado

“Isso mostra um apetite muito grande para investir, não só nesse projeto da EF 118, mas no plano como um todo. Mas esse projeto tem um significado por ser o primeiro da fila e vai contar com muitas inovações, uma delas é a participação com aporte da União”, afirmou Leonardo, que esteve em Vitória nesta quarta-feira (29) para participar da audiência pública da EF 118, realizada na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
Brasil: Rumo Logística, VLI , Grupo CCR, MRS Logística e Vale, todas já atuam no setor ferroviário. A relação de brasileiros inclui ainda Arteris, EPR, Prumo e Portonave. Ainda há na lista bancos de investimentos como BTG Pactual, XP Asset, Opportunity, Pátria Investimentos e Prisma Capital. China: CRCC (China Railway Construction Corporation) e da Concremat/CCCC, reunindo Brasil e China. Árabes: Dos Emirados Árabes Unidos, foi confirmado um encontro com membros do Mubadala Capital, um dos principais investidores de infraestrutura daquele país. Complementa a lista duas empresas de origem espanhola, a Acciona e a Sacyr.

O projeto da EF 118 é esperado para interligar os portos do Espírito Santo e Rio de Janeiro à malha ferroviária do Brasil, via Estrada de Ferro Vitória a Minas e MRS Logística no Rio de Janeiro.

Para execução do malha ferroviária, está previsto um investimento de R$ 4,6 bilhões pelo vencedor do leilão. Uma das novidades nesse modelo é que governo federal vai entrar com R$ 3,28 bilhões para construção da ferrovia, com a maior parte dos valores sendo transferidos ao longo dos primeiros quatro anos para o ganhador.

Na primeira fase do projeto, serão construídos cerca de 170 quilômetros de trilhos entre Anchieta e São João da Barra, no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, passando pela região do futuro Porto Central, em Presidente Kennedy. Já o trecho entre Santa Leopoldina a Anchieta, de 80 quilômetros, será feito pela Vale e incorporado à Estrada de Ferro Vitória a Minas, com investimento já anunciado de R$ 6 bilhões.

Já a segunda fase do projeto, o trecho de 325 km de São João da Barra a Nova Iguaçu, será feito com investimento adicional por quem ganhar a licitação. Esse trecho, chamado brownfield, prevê a utilização de trechos existentes da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), mas podem ser feitos ajustes no traçado, por exemplo, conforme explicou o Marcelo Fonseca, superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT. O trecho Sul pode contar ainda, no futuro, com investimento público para auxiliar no desenvolvimento do projeto, como já está definido para o trecho central.

Outro detalhe do projeto destacado por Fonseca é que o trecho que está previsto para ser construído pela Vale é fundamental para a viabilidade de todo o projeto. A ideia, segundo ele, é que as obras do trecho Norte (Santa Leopoldina a Anchieta) e do trecho central (Anchieta a São João da Barra), sejam feitas simultaneamente.

A previsão do início das operações da ferrovia está prevista para 2033, com 8 anos de implantação das obras a partir de 2025. Com 475 Km, a ferrovia atravessará 23 municípios dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A concessão será de 50 anos.
A ferrovia

De acordo com os estudos do trecho central, serão 50 anos de concessão. Ainda estão previstas 117 obras de arte especiais — viadutos, pontes e pontilhões ferroviários —, além de passagens rodoviárias inferiores.

As principais cargas transportadas pelo Anel Ferroviário incluem Ferro Briquetado a Quente (HBI), ferro-gusa, minério de ferro destinado à exportação e carvão coque.

Valor - SP   31/01/2025

Transportes encomendou parecer jurídico para se certificar de que não existe qualquer impedimento ao envio dos estudos de viabilidade do projeto ao TCU

Ministro dos Transportes, Renan Filho: tom de cautela publicamente em relação à licitação da Ferrogrão — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério dos Transportes encomendou parecer jurídico para se certificar de que não existe qualquer impedimento ao envio dos estudos de viabilidade do projeto da Ferrogrão ao Tribunal de Contas da União (TCU). A continuidade do projeto ferroviário, no momento atual, depende do quão abrangente é o efeito da decisão monocrática tomada, em 2023, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao liberar a retomada dos estudos.

No documento, obtido pelo Valor, a consultoria jurídica do Ministério dos Transportes conclui pela “inexistência de óbice jurídico ao protocolo dos estudos atualizados da Ferrogrão junto ao TCU”. O posicionamento dos advogados da União que atuam no ministério foi entendido como um “sinal verde” para avançar com as próximas etapas de preparação do leilão.

Com o parecer em mãos, técnicos do Ministério dos Transportes esperam que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) envie os estudos à corte de contas ainda no início de 2025. O governo tem o interesse de que o leilão da ferrovia ocorra no primeiro semestre de 2026.

Procurada, a ANTT informou que “a previsão é que os documentos sejam enviados em julho de 2025” e ressaltou que ainda não há uma “data exata” para protocolar a documentação para análise do órgão de controle.

A ferrovia é um dos destaques do plano de investimento no setor previsto para ser lançado em fevereiro. O projeto liga a cidade de Sinop, no centro de produção de soja e milho em Mato Grosso, aos terminais portuários de Miritituba, no rio Tapajós (PA).

A Ferrogrão, projetada com 976 quilômetros, é defendida pelo setor do agronegócio, dada a previsão de reduzir em até 30% o custo logístico do transporte da produção. Ambientalistas também veem a ferrovia como uma opção mais sustentável do que o transporte rodoviário.

O empreendimento foi parar no Supremo depois que o Psol protocolou ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra a lei que alterou a demarcação do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para acomodar o megaprojeto ferroviário paralelo à BR-163.

O parecer jurídico solicitado pelo Ministério dos Transportes, assinado em dezembro passado, indica que o governo pode avançar com a preparação do leilão e o licenciamento ambiental. A análise alerta que o processo só não pode seguir à frente com ações que sejam caracterizadas como “execução propriamente dita da obra ferroviária”.

A posição da consultoria jurídica diverge do tom de cautela assumida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Em recentes declarações públicas, ele falou abertamente do interesse de lançar a licitação da ferrovia, mas que, antes, precisa contar com o aval definitivo do Supremo.

Depois da decisão de Morais, em 2023, o governo chegou a criar um grupo de trabalho para discutir a retomada dos estudos da Ferrogrão com lideranças indígenas e ambientalistas.

Porém, os representantes da sociedade civil abandonaram as reuniões alegando falta de diálogo efetivo com os técnicos do governo. Chegaram a divulgar carta se queixando que o Ministério dos Transportes e os órgãos vinculados - a ANTT e a estatal Infra SA - não consideraram sugestões apresentadas, como a eventual mudança do traçado da ferrovia, e seguiram com o cronograma de leilão.

O último despacho de Moraes no processo foi em setembro do ano passado. Nele, o ministro do STF solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as manifestações formalizadas pela ANTT e pela Advocacia-Geral da União (AGU) no processo, o que ainda não foi enviado ao magistrado.

NAVAL

Valor - SP   31/01/2025

Presidente afirmou que sua próxima viagem será para anunciar novos investimentos a serem feitos pela Petrobras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (30) que sua próxima viagem será para anunciar novos investimentos a serem feitos pela Petrobras. O Valor apurou que o anúncio será sobre um incentivo à indústria naval.

Existe um receio no mercado sobre os planos da Petrobras em desenvolver a indústria naval doméstica dado o histórico recente de projetos inacabados, sobrepreços e denúncias de corrupção. A tentativa de impulsionar esse setor no Brasil tem sido um pleito do governo Lula.

Procurada, a Petrobras não respondeu até a publicação desta nota.

Em sua fala na manhã de hoje, Lula disse que a viagem deve ser em duas semanas. Conforme uma fonte, o anúncio deve ser feito no Rio de Janeiro.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto — Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   31/01/2025

Em novo recorde, o Rio de Janeiro representa 74% da produção de gás natural no país. Enquanto a produção média diária nacional cresceu 1% em 2024, alcançando o patamar de 151 MM m³/dia, o estado fluminense alcançou 113 MM m³/dia, impulsionado pelo crescimento de 6% na produção.

No entanto, apesar do crescimento da produção, a disponibilização de gás natural caiu em cerca de 5 MM m³/dia, frente a 2023, com aproveitamento nacional alcançando apenas 33%. Essa situação é ainda mais crítica no Rio de Janeiro, com 23%. A reinjeção nacional manteve crescimento relevante, alcançando 54% da produção. Já no estado fluminense, o volume reinjetado cresceu em maior velocidade que no país, ultrapassando os 70 MM m³/dia e atingindo também um novo recorde.

As informações integram o painel de dados dinâmicos da 7ª edição do "Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025", estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que tem o objetivo de evidenciar a posição estratégica do estado fluminense no novo ambiente de mercado que está sendo construído, crucial para a competitividade brasileira. O lançamento do "Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025" ocorre nesta quinta-feira (30/1), às 8h30, na Casa Firjan. (Veja a programação ao fim do texto).

Acesse os dados dinâmicos do Perspectivas do Gás no Rio no link https://www.firjan.com.br/firjan/empresas/competitividade-empresarial/petroleoegas/dados-gas.htm

"A federação adota o gás natural como um dos pilares estratégicos de atuação para o desenvolvimento da indústria e da economia fluminense. Nosso estado é o hub de gás natural do país, agente da descarbonização de nossa economia, como uma poderosa ferramenta para aumentar a competitividade da indústria local e, ao mesmo tempo, fortalecer a segurança energética do estado e do país", afirma o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Para baixar a 7ª edição do "Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025" clique no link https://www.firjan.com.br/data/files/D1/57/30/A5/EEEA49109D34F849D8284EA8/Perspectivas-Gas-Rio-2024-2025.pdf

O estudo destaca que as reservas provadas nacionais cresceram 46% em 2023, a partir de campos em águas fluminenses. O Rio representa agora 72% das reservas nacionais, sendo 372 bilhões/m³ dos 517 bilhões/m³ no país.

Investimentos ao longo da cadeia de valor do gás natural superam R$150 bilhões

Nessa edição, a Firjan SENAI destaca que a aprovação do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) viabilizou a migração de três indústrias fluminense que, juntas, consomem 1,7 MM m³/dia. Além disso, a federação identificou, pelo menos, outras 12 indústrias que aguardam a viabilização da sua migração, conforme as definições da Agenersa.

Estima-se que essa migração pode gerar uma redução dos custos de produção na ordem de R$50 milhões/ano para o grupo de empresas. A Firjan também mapeou que os investimentos ao longo da cadeia de valor do gás natural nos próximos 10 anos superam R$150 bilhões, possibilitarão a geração de mais de 60 mil empregos diretos e indiretos, a depender a concretização de projetos.

"O ano de 2024 foi marcante para o mercado de gás com grandes avanços na abertura do mercado livre de gás natural. A migração das indústrias para o mercado livre de gás não só é viável, como é essencial para o crescimento sustentável da nossa economia. As indústrias urgem pelo direito de buscar soluções no mercado que proporcionem ganhos de competitividade, com a liberdade de escolha de seu fornecedor", destaca o presidente da federação.

Este ano, a publicação traz artigos da Firjan SENAI SESI e dos principais agentes do mercado de gás natural ao longo da cadeia de valor: Operadores de infraestrutura com ATGás, Naturgy e CDU, Fornecedoras de Gás Natural com Petrobras, MGás, Abiogás, Grupo Urca e, por fim, Consumidoras com CSN, Arke Energia, Braskem e Voqen, Nitriflex, além dos parceiros institucionais com MME, ANP, EPE, SEENEMAR, AGENERSA. A edição contou também com contribuições da Equinor e da Abegás.

O lançamento da 7ª edição do "Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025" ocorre nesta quinta-feira (30/1) na Casa Firjan. Veja a programação abaixo:

8h30 – Credenciamento e café da manhã

9h00 – Abertura. Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan; Wladimir Paschoal, conselheiro da Agenersa; Cassio Coelho, secretário de Estado da Seenemar; Patrícia Baran, diretora geral da ANP; Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME; e Katia Repsold, Country Manager da Naturgy Brasil;

9h40 – Apresentação do estudo Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025. Fernando Montera, gerente de Cenários de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan; Marcelo Alfradique, superintendente adjunto de Petróleo e Gás da EPE;

10h10 – Painel 1: Desenvolvimento de Infraestrutura e o Mercado Livre. Painelistas:

Alessandro Menezes, diretor de Regulação da Naturgy Brasil; Rogério Manso, CEO da ATGás; e Sylvie D'Apote, presidente do CdU. Moderação: Fernando Montera.

10h50 – Painel 2: Experiências e necessidades de consumidores de gás. Painelistas:

Rogério Pizeta, diretor de Energia da CSN; João Lucas Ribeiro, conselheiro da ARKE Energia; Claudio Lindenmeyer, diretor de Comercialização de Gás Natural e Biometano da Braskem; e Alexandre Fagundes, gerente Industrial e Administrativo da Nitriflex. Moderação: Bruna Duarte, especialista de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan;

11h30 – Painel 3: Estratégias de fornecedores para o desenvolvimento do mercado.

Painelistas: João Marcello Barreto, gerente geral de Comercialização de Energia da Petrobras; Henrique Baeta, diretor de Operações da MGás; Alain Arcalji, diretor de Novos Projetos da Gás Verde. Moderação: Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan.

Infomoney - SP   31/01/2025

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 30, enquanto os investidores aguardam mais informações sobre como as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Canadá e México – fornecedores do óleo bruto – devem refletir no setor. O mercado também se mantém à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontecerá na segunda-feira.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 0,15% (US$ 0,11), a US$ 72,73 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,37% (US$ 0,28), a US$ 75,89 o barril.

Segundo a Capital Economics, as tarifas americanas sobre as importações de petróleo canadense e mexicano resultariam em uma menor produção da commodity por esses países, o que poderia levar a um aperto no mercado global no médio prazo. A Valero alertou para o risco de uma queda de 10% no refino de petróleo caso os Estados Unidos avancem com uma tarifa sobre as importações canadenses.
A consultoria britânica acredita que o apelo de Trump para que a Opep+ “reduza o custo do petróleo” dificilmente mudará o resultado da reunião do cartel na segunda-feira e que é provável que o grupo mantenha o plano de aumentar gradualmente a produção do óleo a partir de abril.

Em análise, o Citi menciona que as negociações do petróleo estão em um movimento de alta desde dezembro do ano passado, motivadas pelas sanções do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, aos petroleiros da Rússia.

Além desse motivo, o banco destaca as expectativas de possíveis sanções da potência mundial contra o Irã e de pausas na produção de petróleo nos EUA por conta de uma onda de frio.

Money Times - SP   31/01/2025

A Petrobras (PETR4) aplicará redução média de 1% nos preços de venda do gás natural para as distribuidoras, de acordo com um comunicado desta quinta-feira (30), em relação ao trimestre anterior. Os novos valores passam a valer a partir de sábado (1º).

Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.

Para o trimestre que inicia em fevereiro de 2025 o barril do petróleo Brent caiu 6,0% e o câmbio teve depreciação de 5,3%.

Desde dezembro de 2022, o preço médio do gás vendido para as distribuidoras acumula uma redução de até 23%, incluindo os efeitos da redução de 1% em fevereiro de 2025 e a aplicação dos prêmios por performance e de incentivo à demanda, aprovados em maio e outubro de 2024, respectivamente.

“A Petrobras trabalha para oferecer uma carteira comercial com produtos cada vez mais competitivos para os clientes, de modo que possam compor o portfólio mais adequado às suas necessidades. Prevemos mais de US$ 7 bilhões de investimentos em novas infraestruturas de ofertas de gás natural, além de oferecer diferentes opções de contratos, com diversas modalidades de prazo e indexadores”, destaca o diretor de Transição Energética e Gás Natural, Maurício Tolmasquim.

A composição do preço do gás, segundo a Petrobras (PETR4)

A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia destaca, ainda, que a atualização anunciada para 01/02/25 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

RODOVIÁRIO

Valor - SP   31/01/2025

A MSVia administra 847 quilômetros da BR-163, cortando de norte a sul o Estado do Mato Grosso do Sul e, na licitação, outras empresas terão a chance de apresentar lances na tentativa de assumir a concessão

A diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital do processo competitivo relacionado à otimização do contrato de concessão da rodovia BR-163, no Mato Grosso do Sul. Trata-se da solução para reequilíbrio econômico da concessionária MSVia, controlada pelo grupo CCR.

O leilão foi marcado para o dia 22 de maio. Este é um dos 15 certames deste ano do programa de concessão de rodovias anunciado esta semana pelo Ministério dos Transportes e antecipado pelo Valor na última segunda-feira (27).

Na licitação da MSVia, outras empresas terão a chance de apresentar lances na tentativa de assumir a concessão. Vence a disputa quem oferecer maior desafio na tarifa de pedágio. Os interessados deverão entregar, no dia 19 de maio, os envelopes lacrados contendo a proposta econômica e a garantia da proposta.

Se ao menos um investidor apresentar uma proposta válida, o leilão terá fase de disputa em viva-voz, etapa em que a MSVia já estará previamente habilitada a participar. Se nenhuma outra empresa se interessar pela disputa, a atual concessionária será declarada vencedora e mantida na operação da rodovia.

A MSVia administra 847 quilômetros da BR-163, cortando de norte a sul o Estado do Mato Grosso do Sul. O processo de otimização do contrato prevê a extensão do contrato por mais dez anos e a retomada imediata das obras paralisadas. A solução foi negociada entre a concessionária, o Ministério dos Transportes, a ANTT e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Questionado sobre a aprovação do edital, o grupo CCR não respondeu até o fechamento desta matéria. O espaço continua aberto.

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