Monitor Digital - RJ 31/10/2024
O Alacero Summit 2024, evento da indústria do aço de toda a América Latina, recebeu, nesta terça e quarta-feira, CEOs, diretores corporativos, autoridades governamentais e organizações internacionais para debater os desafios do setor. Diante de uma economia mundial que se regionaliza, os participantes veem oportunidade de reindustrialização.
“A industrialização e a proteção da prática econômica devem ser entendidas como objetivos comuns, e precisaremos estar unidos na defesa do sistema. Na América Latina, temos um potencial de crescimento gigantesco e também temos talentos que transformam esse potencial em realidade. Nossos recursos são as nossas riquezas. Com a nossa indústria, estruturamos um arcabouço cultural e exemplos de competitividade, produtividade, inovação e sustentabilidade”, destacou Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira, CEO ArcelorMittal, em seu discurso na abertura do encontro.
“O mundo está cada vez mais regionalizado, redirecionando a cadeia de valor para fornecedores mais próximos, mais seguros, mais comprometidos com o meio ambiente e que partilham valores regidos pelas regras de mercado. Da globalização extrema passamos para uma regionalização muito acentuada. Para a América Latina, isto representa uma oportunidade para reindustrializar as cadeias de valor”, disse Martin Berardi, presidente da Cámara Argentina del Acero e presidente-executivo da Ternium Argentina.
Competitividade da indústria de aço latino-americana
O economista brasileiro Ricardo Amorim, na mesa “Mercados e Geopolítica no Aço”, abordou o desafio da competitividade da América Latina diante da China. “O Brasil está muito bem posicionado devido à reforma tributária aprovada no ano passado. Embora seja totalmente implementada dentro de 10 anos, pode promover a reindustrialização. Oferece um potencial para aumentar a competitividade, uma vez que as despesas fiscais do resto da cadeia produtiva são consideradas um crédito. Portanto, quanto mais valor acrescentado, mais competitividade”, explicou.
No ano passado, as importações da China atingiram recorde, perto de 10 milhões de toneladas, o que representou um crescimento de 45% e gerou uma situação difícil para a indústria local. No Brasil, após mais de um ano de análise, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou, este mês, para 25% o Imposto de Importação para 11 tipos de produtos de ferro e de aço. Em abril do ano passado, a Camex impôs cotas de importação a esses 11 produtos por um ano. O que estourou o volume autorizado pagou 25% de tarifa.
Por sua vez, Andrés Malamud, pesquisador sênior do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, apresentou o panorama sociopolítico. “Hoje é claro que nenhum país tem capacidade para impor sanções restritivas. É preciso ter um milhão de aliados, e a América Latina não pode escolher. Precisa de investimentos, mercados e uma base geopolítica. Não temos guerras, temos estabilidade, mas depois temos de diversificar parceiros e oportunidades. Quem se fecha, perde”, resumiu.
A agenda da descarbonização
Da mesma forma, a industrialização como aposta no desenvolvimento econômico e social deu-se com a dissertação de Rafael Lucchesi, presidente do Conselho de Administração do BNDES e diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI. “A agenda de descarbonização produtiva e transição energética é a grande oportunidade para o Brasil e a América Latina”, destacou. “Em dezembro, o Mercosul assinará um acordo com a União Europeia. Temos que avançar com uma agenda de política industrial.”
Como novidade, este ano foi realizado pela primeira vez o Fórum de Descarbonização, que apresentou os desafios tecnológicos e ambientais para a indústria do futuro. Neste bloco de sustentabilidade, palestrantes internacionais discutiram o caminho, o progresso e os desafios da indústria latino-americana para a indústria do aço com baixas emissões de CO2.
Prêmio ao uso do aço na arquitetura latino-americana
Além disso, foi concedido o prêmio #DesafioAlacero2024, que incentiva o uso do aço na construção entre estudantes de arquitetura da América Latina. Este ano, o primeiro lugar ficou com a Argentina, com o projeto Algae Machine – localizado em Bahía Blanca – da Universidade Nacional de Córdoba (UNC). A proposta propõe a regeneração ambiental através de um parque que integre pontos de vista educativos e um centro de pesquisa.
O segundo lugar foi para o Brasil com o projeto Cultivo Modular do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, que promove a agricultura urbana sustentável, enquanto o terceiro lugar foi para a Colômbia, com o projeto I.N.S.U.L.A.R da Universidad del Valle, que propõe a criação de um sistema de proteção multifuncional barreira contra inundações.
O encontro é organizado pela Alacero – Associação Siderúrgica Latino-Americana, entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina. Fundada em 1959, é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins que empregam cerca de 1,4 milhão de trabalhadores, com produção de 62 milhões de toneladas por ano.
O Estado de S.Paulo - SP 31/10/2024
O governo deverá anunciar nos próximos dias cortes nas despesas de 2025, mas em volume aquém do necessário para cumprir com as regras fiscais do ano que vem, preveem instituições do mercado financeiro consultadas pelo Projeções Broadcast. A mediana das 12 casas que enviaram estimativas indicam que os cortes deverão ser de R$ 25,50 bilhões, enquanto a estimativa intermediária dessas mesmas 12 instituições indica necessidade de um ajuste maior, de R$ 49,50 bilhões.
O valor projetado pelo mercado também está ligeiramente abaixo do intervalo de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões de cortes com o qual a equipe econômica estaria trabalhando, de acordo com apuração do jornal O Globo confirmada pelo Broadcast.
O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros, que também é ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, estima que o anúncio de cortes do governo deverá chegar a, no máximo, R$ 30 bilhões. Ele avalia que a expectativa para o anúncio é baixa e que, além do valor, a falta de medidas “mais estruturais” tende a frustrar o mercado.
Leal de Barros trabalha com quatro alternativas na mesa do governo para cortar gastos agora. Duas delas de fato trariam “ganho fiscal” já no curto prazo: o fim dos supersalários nos serviços públicos, isto é, acima do teto constitucional, e a limitação do salário do seguro-desemprego a até dois salários mínimos.
“As outras duas não trazem ganho, mas seriam um manejo contábil para abrir espaço nas despesas discricionárias a partir da realocação de gastos que já existem para os pisos de Saúde e de Educação”, detalha o economista. Nesta seara, ele elenca a possibilidade de direcionar os gastos com emendas de bancada exclusivamente para a área da Saúde. “Seria uma verba que já está no orçamento de emenda, só que isso seria direcionado especificamente para cumprir com o piso de Saúde. Alivia o orçamento total de despesas obrigatórias”, explica.
Outra alternativa - que também não traria ganho fiscal efetivo, mas reduziria o montante de gastos obrigatórios - seria ampliar a porcentagem de recursos do Fundeb para atingir o piso constitucional da Educação. “Hoje o governo pode colocar até 30% da complementação do Fundeb no piso da educação. Ele pode dobrar essa participação para 60%”, diz Leal de Barros.
Ele calcula, porém, que, além do sucesso dessas medidas, o ajuste total necessário deveria incluir um corte adicional, sobretudo porque as estimativas da Fazenda para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 estão otimistas. “A Fazenda está com uma alta do PIB de 2,6% para o ano que vem. Temos uma premissa de 1,8%, o que vai precisar de mais R$ 30 bilhões para compensar”, diz.
O economista da CM Capital Matheus Pizzani estima que o governo federal faça um corte de despesas na ordem de R$ 26 bilhões, atrelado, principalmente, à revisão de benefícios sociais. Ele avalia, porém, que seria necessária uma redução de R$ 32 bilhões para o cumprimento do arcabouço fiscal em 2025.
Pizzani também chama atenção para o volume de emendas parlamentares para o ano que vem. “Esse volume, somando todas as categorias, chegou a mais ou menos R$ 50 bilhões em 2024, o que pressionou bastante os gastos discricionários no primeiro semestre”, salienta. “Nossa expectativa é que o governo consiga reduzir esse montante”.
Ele também inclui o Proagro como uma das frentes em que o governo pode trabalhar para a redução de despesas.
Já para o economista da MCM Consultores e especialista na área fiscal Renan Martins, as medidas que o governo vai anunciar em breve deverão trazer cortes de recursos apenas para 2026, sem efeito para o orçamento do ano que vem. “Não vemos grandes problemas para cumprir o limite de despesas em 2025. O orçamento do ano que vem será muito parecido com o de 2024 - cheio de distorções, mas que devem ser enfrentadas ao longo dos relatórios bimestrais”, explica o economista.
Em resumo
A mediana do mercado indica que haverá corte de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, no âmbito das medidas de ajuste fiscal atualmente em discussão pelo Ministério da Fazenda.O volume de cortes previsto pelo mercado, porém, ainda deverá ficar aquém do necessário para o cumprimento das regras fiscais do ano que vem. A mediana do mercado indica necessidade de cortes de R$ 49,50 bilhões em 2025 para cumprimento dos limites de gastos definidos no novo arcabouço fiscal.Medidas como o combate a supersalários na administração pública, mudanças nos repasses para cumprimento dos pisos constitucionais de Saúde e Educação e moderação nos recursos de emendas parlamentares então entre as alternativas citadas por economistas do mercado para concretização do ajuste.Em falas recentes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não detalhou quais propostas estão sob análise do governo. Ele também reforçou que não há prazo para a apresentação do pacote de corte nos gastos.
IstoÉ Dinheiro - SP 31/10/2024
O mercado financeiro ampliou na manhã desta quarta-feira, 30, perspectiva de ritmo moderado de queda nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), após dados divergentes dos Estados Unidos. O relatório ADP mostrou criação de empregos bem acima do esperado em outubro, enquanto dados de atividade econômica e inflação americanos apontaram desaceleração no terceiro trimestre.
Por volta das 10h10 (de Brasília), a ferramenta de monitoramento do CME Group exibia 98,3% de chance de corte de 25 pontos-base (pb) pelo BC americano em novembro.
Apesar de majoritária, esta probabilidade chegou a cair a cerca de 96% logo após os dados, com o mercado ampliando temporariamente a chance de manutenção dos juros.
Até dezembro, a chance de redução acumulada de 50 pb nos juros pelo Fed também segue majoritária, mas caiu de 74,3% antes dos dados para 71,8% no horário citado.
A probabilidade de redução menor, de 25 pb, subiu de 25,5% a 26,9% no período, enquanto a de manutenção dos juros voltou a ser precificada, em 1,3%.
Infomoney - SP 31/10/2024
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 244 milhões em outubro até o dia 25, em movimento puxado pela via comercial, informou nesta quarta-feira (30) o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado.
Pelo canal financeiro, houve saída líquida de US$ 3,947 bilhões em outubro até o dia 25. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações.
Pelo canal comercial, o saldo de outubro até o dia 25 foi positivo em US$ 4,191 bilhões.
Na semana passada, de 21 a 25 de outubro, o fluxo cambial total foi negativo em US$ 1,672 bilhão.
No acumulado do ano até 25 de outubro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de US$ 7,007 bilhões.
Infomoney - SP 31/10/2024
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (30), investimentos que somam cerca de R$ 1,6 trilhão em projetos que integram a chamada “Missão 3” do programa Nova Indústria Brasil (NIB), previstos até 2029.
Na cerimônia – a primeira da qual Lula participou desde o acidente doméstico que lhe fez receber pontos na nuca e sofrer um pequeno sangramento no cérebro –, o presidente da República não discursou. Ele deixou a missão com os ministros do governo, que compareceram em peso ao evento.
Até então, Lula vinha participando de reuniões com ministros, mas ainda não tinha participado de um evento oficial no Palácio do Planalto. O presidente já retirou os pontos e continuará fazendo exames para monitorar o sangramento.
Um dos que falou foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que projetou a aprovação da regulamentação da reforma tributária pelo Congresso Nacional ainda neste ano e disse que o Brasil continuará com a economia crescendo.
Além de Lula, Haddad e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participaram da cerimônia os ministros Jader Filho (Cidades), Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Nova Indústria Brasil
Lançada em janeiro deste ano como uma das principais plataformas do ministério comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a NIB é uma política industrial focada em sustentabilidade e inovação.
Do total de R$ 1,6 trilhão anunciados na cerimônia desta quarta, 75% virão da iniciativa privada. O objetivo da Missão 3 do programa, segundo o Planalto, é melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico.
“Esse volume expressivo de investimentos demonstra o acerto do foco da Nova Indústria Brasil que, neste caso, fortalecerá a infraestrutura e a mobilidade no país, trazendo bem-estar para os cidadãos ao mesmo tempo que incentiva uma indústria inovadora”, afirmou Alckmin. “A parceria entre setor público e privado é essencial para transformar nossas cidades, com projetos que trazem desenvolvimento econômico e qualidade de vida para milhões de brasileiros.”
Linhas de crédito
Dos recursos públicos para a Missão 3, R$ 113,7 bilhões vêm das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção (P+P). O plano conta ainda com o reforço da Caixa Econômica Federal, que aportou R$ 63 bilhões. Com isso, informa o governo federal, o total de recursos do NIB subiu para R$ 405,7 bilhões.
As outras instituições do Plano Mais Produção são BNDES, Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii.
Investimento privado
Durante a cerimônia no Planalto, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) anunciaram novos investimentos de R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029.
De acordo com o governo, a maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos.
Infomoney - SP 31/10/2024
Os contratos futuros do minério de ferro ficaram dentro de uma faixa estreita de variação nesta quarta-feira, com preocupações sobre a demanda de aço na China, principal consumidor, desencadeadas pela decisão da União Europeia de aumentar as tarifas sobre os veículos elétricos chineses, contrapondo-se às perspectivas de mais estímulos fiscais de Pequim.
O contrato janeiro do minério de ferro na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 0,38%, a 785,5 iuanes (110,18 dólares) a tonelada métrica.
O minério de ferro em Cingapura operava perto de uma estabilidade por volta das 8h40 (horário de Brasília), a 103,70 dólares a tonelada.
A UE decidiu aumentar as tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China para até 45,3% no final de sua investigação comercial de maior visibilidade, levantando preocupações sobre as exportações futuras, o que poderia pesar sobre o consumo de produtos de aço no mercado interno.
Isso se contrapôs à retomada da confiança nas perspectivas de mais estímulos fiscais, depois que uma reportagem da Reuters empurrou os preços para cima durante a noite.
A China está considerando aprovar na próxima semana a emissão de mais de 10 trilhões de iuanes em dívidas extras nos próximos anos para reanimar sua frágil economia, informou a Reuters após o fechamento das negociações diurnas na terça-feira.
Revista Mineração - SP 31/10/2024
O Sistema Minas-Rio, da Anglo American, celebra uma década de operação, abastecendo, de forma segura, responsável e eficaz, o mercado global com um produto de alta qualidade e baixo índice de impureza – essencial para a descarbonização da cadeia produtiva do aço.
Considerado um dos maiores projetos de mineração de ferro do mundo, o empreendimento contempla a produção e o beneficiamento mineral em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), além de um mineroduto com 529 km de extensão, que transporta o minério por 33 municípios entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, até a filtragem e exportação no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em operação conjunta com a Ferroport.
Em alinhamento ao propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas, o Minas-Rio segue o Plano de Mineração Sustentável da Anglo American, que estabelece as ações da empresa nos pilares: ambiental, social e governança.
Os objetivos incluem parcerias para melhorias nos sistemas de educação e de saúde das comunidades que acolhem a operação; geração de empregos desvinculados da cadeia da mineração; fortalecimento dos mecanismos de transparência e integridade; foco na redução da emissão de gases do efeito estufa nas plantas operacionais (com previsão de neutralidade em carbono até 2040); gestão eficiente dos recursos hídricos utilizados na mineração; impacto positivo sobre a biodiversidade; segurança e responsabilidade nas operações; e diversos outros temas.
Entre os destaques dessas ações, 100% da matriz de energia elétrica do Minas-Rio é renovável; e mais de 32 mil hectares de áreas verdes nativas do Brasil são preservados pela Anglo American – o que representa mais de seis vezes a sua área operada no país.
Além disso, são realizados investimentos na recuperação de bacias hidrográficas do Rio Araguaia, em Goiás, e Rio Santo Antônio, em Minas Gerais, e no Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA).
Sobre o desenvolvimento das comunidades, são milhares de pessoas beneficiadas pelos programas sociais da Anglo American – um investimento total de, aproximadamente, R$ 750 milhões em educação, saúde, cultura, patrimônio e geração de renda.
Comemorar os 10 anos do Minas-Rio é celebrar a excelência operacional inerente aos compromissos de uma nova forma de minerar, na qual as práticas sustentáveis e as demandas da sociedade estão presentes nas decisões estratégicas do negócio. Que venham mais e mais décadas de uma mineração que faz a diferença.
Money Times - SP 31/10/2024
A Vale (VALE3) gera ‘muito caixa’ com o minério de ferro na faixa de US$ 90 a US$ 110, afirmou o CFO da Cosan (CSAN3), Rodrigo Araujo, em evento da AFG, plataforma ligada ao megainvestidor Luiz Barsi, realizado nesta quarta-feira em São Paulo.
Ele recorda que o preço da commodity se recuperou nas últimas semanas. “Quando você vê os preços de minério de ferro abaixo de US$ 90, vemos que há muita capacidade no mundo que não é resiliente a preços abaixo de US$ 90”, explica.
Nesta quarta, o contrato janeiro do minério de ferro na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 0,38%, a 785,5 iuanes (110,18 dólares) a tonelada métrica.
Além disso, Araujo recordou que a companhia tirou do caminho riscos, como a conclusão do acordo de Mariana e a sucessão do CEO. Em outubro, Guilherme Pimenta, que era o CFO, assumiu o cargo.
“O processo de sucessão ocorreu de forma bem sucedida, com CEO novo que conhece a companhia.Conseguimos fazer uma sucessão mais rápida. Ao invés de ter um CEO novo tomando posse em janeiro, a gente teve um CEO que tomou posse agora em outubro”.
Cosan errou ao comprar Vale?
Em setembro, correu no mercado a informação de que a Cosan consideraria vender fatia da sua participação de 4,1% na Vale, que hoje vale US$ 2,2 bilhões (R$ 12 bilhões). Apesar disso, a companhia negou que teria esse interesse.
Casas de análise e bancos questionam até hoje o investimento da companhia na Vale, considerado arriscado e que aumenta a alavancagem do grupo. Em outubro de 2022, a companhia comprou fatia de 5%, mas diminuiu para os atuais 4,4% em abril. O período foi marcado por intensa volatilidade da mineradora na bolsa.
O Bank of America, por exemplo, afirmou que nos últimos 15 anos, a Cosan se tornou uma empresa de portfólio única no Brasil, com ativos insubstituíveis de energia e infraestrutura. Entre 2009 e set/2022, a estratégia recompensou os acionistas com um retorno médio anual de 18% vs. o Ibovespa +8%.
No entanto, dizem Isabella Simonato e Julia Zaniolo, a história mudou após a aquisição de uma participação minoritária na Vale. Desde então, alguns investidores agora veem a Cosan como uma holding alavancada sem catalisadores de curto prazo.
Infomoney - SP 31/10/2024
Trabalhadores da Volkswagen na Alemanha ameaçaram nesta quarta-feira (30) entrar em greve a menos que a administração da companhia desista de plano de fechar fábricas no país.
Paralelo a isso, a montadora divulgou mais cedo queda de 42% no lucro do terceiro trimestre, para o nível mais baixo em três anos.
A Volkswagen divulgou seus resultados do terceiro trimestre no mesmo dia em que promoveu uma segunda rodada de negociações com sindicatos sobre salários e o futuro da empresa, cuja administração afirma que a montadora tem sido pressionada por custos mais altos e fraca demanda e que precisa de grandes mudanças para manter-se competitiva frente a rivais asiáticos.
No entanto, os representantes dos trabalhadores acusam a gerência de tomar decisões equivocadas e de destruir um consenso precioso sobre a tomada de decisões.
Enquanto os sindicatos exigem um aumento salarial de 7%, eles denunciam planos da Volkswagen para fechar três fábricas alemãs, bem como demissões em massa e cortes salariais de 10% para quem seguir funcionário da empresa.
“E eu digo claramente que a Volkswagen abriu a caixa de Pandora ao encerrar a segurança do emprego e outros acordos coletivos, colocou em risco a confiança de seus funcionários e agora cabe à Volkswagen restaurar essa confiança”, disse o negociador do sindicato IG Metall, Thorsten Groeger.
“Caso contrário, posso dizer claramente que teremos de planejar uma nova escalada com o nosso comitê de negociação e acordo coletivo”, disse ele a jornalistas.
Referindo-se à queda no lucro do terceiro trimestre, o diretor financeiro da Volkswagen, Arno Antlitz, afirmou em comunicado que “Isso destaca a necessidade urgente de reduções significativas de custos e ganhos de eficiência”.
Antlitz disse que confia que a empresa poderá chegar a um acordo com os trabalhadores, mas não descartou greves, com a empresa considerando mais de 10 bilhões de euros em cortes de custos.
O executivo disse que há um plano de recuperação dos negócios da companhia na China que inclui software aprimorado e assistência à direção, esperando retomar participação no mercado a partir de 2026 ou 2027.
O governo alemão tem pressionado por uma solução que mantenha as fábricas da Volkswagen abertas, mas um porta-voz disse nesta quarta-feira que é muito cedo para decidir se Berlim fornecerá ajuda estatal à companhia.
Vendas em queda
O mercado europeu de automóveis encolheu em cerca de 2 milhões de veículos desde a pandemia, resultando em cerca de 500 mil unidades a menos de vendas anuais para a Volkswagen. Modelos mais baratos da Tesla e de montadoras chinesas ganharam participação de mercado no continente.
“Defendemos mercados livres e abertos; se você observar os concorrentes chineses, eles já começaram a instalar fábricas na Europa”, disse Antlitz.
“Não nos esquecemos de como construir carros excelentes, mas nossos custos de produção estão longe de serem competitivos”, disse ele. “Deveríamos realmente usar o tempo para aumentarmos nossa competitividade nas fábricas alemãs.”
Na China, a Volkswagen também perdeu participação de mercado para modelos mais baratos de concorrentes locais, e o impacto foi exacerbado por uma desaceleração mais ampla da economia chinesa devido à crise no setor imobiliário.
As vendas da Volkswagen na China, o maior mercado de automóveis do mundo, caíram 15%, para 711.500 veículos no terceiro trimestre. Isso reduziu o número global da empresa, que caiu para 2,176 milhões de veículos. O dividendo de 2024 também será menor.
No acumulado do ano, as ações da Volkswagen acumulam queda de cerca de 20%, superando uma queda de 10% no índice automotivo pan-europeu.
No início desta semana, a chefe do conselho de trabalhadores da Volkswagen, Daniela Cavallo, ameaçou interromper as negociações.
Os sindicatos não podem realizar greves mais amplas até dezembro, como parte de uma trégua previamente acordada, mas os líderes trabalhistas ameaçaram repetidamente que os trabalhadores farão tudo o que estiver ao alcance para evitarem o fechamento das fábricas, o primeiro nos 87 anos de história do grupo.
A gerência afirma que a operação das fábricas alemãs é muito mais cara do que a dos concorrentes, devido aos altos custos com trabalhadores e energia.
Antlitz disse que os cortes serão difíceis, “e que muitos funcionários estão preocupados com seu futuro Estamos enfrentando decisões essenciais e dolorosas”, disse ele.
Valor - SP 31/10/2024
As tarifas, que variam de 8% a 35,3%, entraram em vigor ontem e terão duração de cinco anos
A China disse hoje que não aceitará novas tarifas sobre veículos elétricos produzidos no país exportados para a União Europeia (UE) e pediu por maior diálogo com o bloco europeu. A declaração aconteceu um dia após a UE ter emitido uma diretiva final sobre as novas tarifas.
As tarifas, que variam de 8% a 35,3%, entraram em vigor ontem e terão duração de cinco anos, a menos que uma revisão do novo regime seja iniciada, segundo a UE no Diário Oficial. Um comunicado de imprensa que acompanhou a publicação descreveu a medida como uma proteção para o grupo de 27 países contra o "rápido aumento das exportações de veículos elétricos de baixo custo" da China.
"A China não reconhece nem aceita a decisão e entrou com uma ação de solução de controvérsias na Organização Mundial do Comércio", afirmou o Ministério do Comércio da China em comunicado. O governo também prometeu fazer os "maiores esforços possíveis" para resolver a questão por meio de novas negociações, enquanto toma "todas as medidas necessárias" para proteger os interesses das empresas chinesas.
Explicando as tarifas, Valdis Dombrovskis, comissário europeu de comércio, disse que, embora a UE acolha a concorrência, esta deve ser sustentada pela justiça e por um campo de atuação equilibrado.
A UE disse que continua aberta a negociar com exportadores individuais enquanto Bruxelas e Pequim "buscam alternativas", sem dar mais detalhes.
Ambos os lados realizaram várias rodadas de reuniões desde que a UE anunciou as tarifas provisórias em junho. Pequim respondeu às medidas iniciando investigação sobre as exportações da UE de conhaque, laticínios e produtos suínos para a China.
A diretiva da UE foi emitida após os Estados-membros realizarem uma votação neste mês, na qual 10 países apoiaram as tarifas, cinco – incluindo a Alemanha – se opuseram, enquanto 12 nações se abstiveram. Como maior economia da Europa, a Alemanha é a maior produtora de automóveis da região, e algumas de suas principais montadoras – incluindo a Volkswagen – firmaram parcerias com empresas locais na China e criticaram a decisão.
É um "retrocesso para o comércio global livre, a prosperidade, a preservação de empregos e o crescimento na Europa", escreveu Hildegard Mueller, presidente da Associação da Indústria Automobilística VDA. Ela afirmou que "o risco de um conflito comercial de grande alcance aumenta" com a medida da Comissão Europeia, contra a qual a Alemanha votou no início de outubro.
A indústria automotiva, que contribui com cerca de 5% para a economia alemã, vem enfrentando uma demanda fraca na Europa e na China. A Volkswagen relatou na quarta-feira que seu lucro caiu 64% no terceiro trimestre encerrado em setembro. A empresa já havia anunciado planos para fechar três fábricas na Alemanha pela primeira vez em seus 87 anos de história e cortar milhares de empregos.
As tarifas sobre veículos elétricos da China representam um golpe para as montadoras alemãs. Para a Volkswagen, sua parceira chinesa na joint venture, a SAIC, enfrenta tarifas de importação da UE de 35,3%, além da tarifa padrão de 10% sobre importação de automóveis do bloco.
Sob a nova regra da Comissão Europeia, a BYD da China, que rapidamente se destaca como a principal concorrente da Volkswagen no mercado chinês, terá uma vantagem sobre a SAIC, pois enfrentará apenas uma tarifa de importação de 17%. A BYD também estará em melhor situação do que a parceira da joint venture da Mercedes-Benz, a Geely Holding, que foi sujeita a uma tarifa adicional de 18,8%.
Infomoney - SP 31/10/2024
A batalha entre a Tesla e a líder de veículos elétricos da China, a BYD, está se acirrando. No terceiro trimestre, as vendas da BYD superaram as da Tesla pela primeira vez, chegando a US$ 28,2 bilhões. A Tesla registrou US$ 25,2 bilhões em vendas comparáveis no trimestre.
Embora a BYD venda um volume maior de carros do que a Tesla, seus modelos têm preços mais baixos e incluem veículos híbridos plug-in, como também os carros totalmente elétricos, enquanto a fabricante liderada por Elon Musk vende apenas veículos totalmente elétricos. Além disso, há outros produtos que compõem as vendas de cada empresa.
A Tesla, por exemplo, vende armazenamento de bateria de backup. Já a BYD vende eletrônicos de consumo. As vendas de carros representam cerca de 80% da receita total de ambas as empresas.
A Tesla ainda tem vantagem sobre a BYD em lucros. A BYD obteve cerca de US$ 1,1 bilhão em lucro operacional no terceiro trimestre, e a Tesla, cerca de US$ 2,8 bilhões. No entanto, esses números são difíceis de comparar; a BYD e a Tesla incluem alguns itens de custo diferentes nas despesas operacionais.
A queda nas ações da Tesla nesta quarta-feira provavelmente não está relacionada à BYD.
Terra - SP 31/10/2024
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos deve apresentar uma leve recuperação de 3,5% em 2025, após três anos consecutivos de queda, disseram executivos da associação representativa do setor, Abimaq, nesta quarta-feira.
A previsão, que ainda pode ser revista, considera a base baixa de comparação devido às quedas em 2022, 2023 e 2024 e o suporte de setores não tão sensíveis à taxa de juros doméstica, que deve continuar elevada, afirmou a diretora-executiva de Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella.
"É uma pequena recuperação dessa queda que a gente tem acumulada", afirmou Zanella a jornalistas. "Alguns setores dependem menos de taxa de juros para investir, setores que têm subsídios... então a gente espera que esses segmentos garantam essa taxa que a gente está prevendo de crescimento."
No início deste ano, a associação estimava crescimento de 3,5% para 2024, mas o número foi posteriormente revisto para recuo de 7% após números abaixo do esperado e impactos de chuvas no Rio Grande do Sul. Com isso, a previsão de alta ficou para o ano que vem.
Considerando apenas vendas no mercado doméstico, a receita da indústria neste ano deve recuar 8,8%, segundo a Abimaq.
Já o faturamento do setor de máquinas e equipamentos agrícolas no próximo ano deve subir 8%, após declínio de 20% a 25% previsto para este ano, disse Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.
"A gente só vai ter uma mudança de cenário lá em fevereiro, quando o pessoal começar a colher a safra de verão. Se tiver um clima bom, se tiver uma boa colheita", disse Estevão.
Ele destacou que 2025 ainda será um ano "bastante restritivo", em função do declínio nos preços das commodities. "Não tem perspectiva nenhuma desse excesso de oferta mundial acabar no ano que vem", afirmou.
DADOS DE SETEMBRO
O faturamento da indústria diminuiu 8,8% em setembro na comparação com a mesma etapa do ano anterior, para 23,6 bilhões de reais, e caiu 12,7% em relação a agosto, mostraram dados da associação divulgados nesta quarta-feira.
Considerando apenas vendas internas, a receita líquida da indústria apresentou queda de 17,7% em setembro em uma base anual, para 16,4 bilhões de reais, e recuo de 24,7% contra o mês imediatamente anterior.
Já as exportações do setor subiram 12,3% em setembro no comparativo anual, para 1,3 bilhão de dólares, enquanto as importações subiram 20,4%, informou a entidade em apresentação.
Nesse período, o consumo aparente de máquinas, que leva em conta equipamentos produzidos no país e importados, ficou praticamente estável ano a ano, com variação positiva de 0,5%.
A indústria de máquinas e equipamentos encerrou setembro utilizando 76,2% da sua capacidade instalada, mesmo nível observado nos últimos três meses, disse a Abimaq.
Na carteira de pedidos, medida em semanas para o seu atendimento, houve queda de 5,9% sobre setembro do ano passado, atingindo 9,3 semanas em 2024. A entidade disse que a carteira vem oscilando em patamar reduzido desde o último trimestre de 2023, impactada pela piora das encomendas do setor agrícola e de setores da indústria de transformação.
A Abimaq espera um quarto trimestre fraco em relação aos três meses imediatamente anteriores, dada a sazonalidade do período, mas superior ao último trimestre de 2023, quando o faturamento foi ainda mais enfraquecido, disse Zanella.
A receita líquida do setor de máquinas e equipamentos acumulou declínio de 12% nos primeiros nove meses do ano e essa "melhora" no último trimestre deve reduzir a queda anual para cerca de 7%, conforme estimado pela entidade.
Agência Brasil - DF 31/10/2024
Em setembro, o setor de máquinas e equipamentos mostrou desaceleração. A receita líquida total do setor somou R$ 23,6 bilhões, o que representou queda de 12,7% em relação ao mês anterior e de 8,8% na comparação anual. O dado foi divulgado hoje (30) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A queda foi puxada pela piora nas vendas do mercado doméstico.
Por outro lado, as vendas no mercado externo cresceram o que, segundo a associação, anulou parte da queda do mês. As exportações somaram US$ 1,3 bilhão em setembro, o que representou alta de 37,8% em relação a agosto e de 12,3% na comparação com setembro do ano passado. As importações, por sua vez, somaram US$ 2,6 bilhões, recuo de 0,5% entre agosto e setembro e aumento de 20,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos - que considera o total da produção industrial doméstica e as importações, deduzidas as exportações - caiu 15% na comparação mensal. Já em relação a setembro do ano passado, houve alta de 0,5%.
Pessoal ocupado
No mês de setembro houve melhora no número de pessoas empregadas no setor, que somou 397 mil colaboradores. O crescimento foi de 0,8% em relação a agosto e de 1,6% em relação a setembro de 2023.
IstoÉ Dinheiro - SP 31/10/2024
O ministro das Cidades, Jader Filho, disse nesta quarta-feira, 30, que a pasta está dialogando com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para que o financiamento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no próximo ano tenha R$ 130 bilhões, número um pouco maior que o disponibilizado neste ano pelo conselho curador do FGTS. A verba destinada para habitação em 2024 chegou a R$ 127,6 bilhões. “Estamos dialongando com o ministro Marinho”, disse Jader Filho.
O ministro mencionou ainda que a pasta trabalha para superar a meta de contratação de dois milhões de moradias até 2026 dentro do MCMV. “Não trabalhamos com a meta só de 2 milhões de casas habitacionais, mas acima de 2 milhões”, disse Jader Filho à imprensa após evento no Palácio do Planalto voltado à missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), direcionada à infraestrutura.
No evento, o setor privado anunciou que haverá um volume de investimento até 2029 de R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento. A maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros, no valor de R$ 833 bilhões, além de R$ 222,5 bilhões para habitação e R$ 1,6 bilhão na produção de insumos.
Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia afirmou que o número foi projetado considerando um adicional de R$ 220 bilhões em investimentos, além dos R$ 588 bilhões já previstos em cinco anos. Segundo ele, o incremento é gerado pelo avanço do MCMV e da melhoria do ambiente de negócios, resultado, por exemplo, do novo marco de garantias.
“O que é importante ressaltar é que os investimentos em infraestrutura tem crescido de maneira significativa e isso se deve a melhoria do ambiente de negócios, seja como a nova reforma tributária, seja em relação a como tratar a questão fiscal”, disse também o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini.
IstoÉ Dinheiro - SP 31/10/2024
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 30, que o governo tem anotado todas as solicitações e demandas do setor privado na elaboração de reformas. “E o setor da construção civil está recebendo o mesmo tratamento, com a atenção do presidente Lula pessoalmente”, disse durante cerimônia “Nova Indústria Brasil – Missão 3: Mobilidade Verde e Cidades Sustentáveis”, realizada no Palácio do Planalto. Vários outros ministros estão no evento, além de representantes da indústria da construção civil e de entidades representativas do setor e de presidentes de bancos públicos.
Haddad afirmou que é sabido o que a construção civil pode representar em termos de desenvolvimento econômico e também o tamanho do déficit habitacional do País. “Nós conhecemos também o déficit de infraestrutura deste País. E a indústria depende de boa infraestrutura para conseguir competir. Deve existir uma norma de infraestrutura”, defendeu, acrescentando que o Brasil deixará de exportar tributos a partir de 2026. “Passaremos a ser muito mais competitivos”, previu.
O ministro salientou que o País é considerado um dos mais bem colocados em relação à matriz energética limpa no globo. “A matriz energética hoje faz com que o Brasil chame a atenção do mundo. Há um cardápio enorme aqui que pode sair do papel, que estão saindo do papel, em função da vantagem comparativa que o Brasil tem diante dos outros países”, comparou.
Haddad fez estas afirmações durante cerimônia “Nova Indústria Brasil – Missão 3: Mobilidade Verde e Cidades Sustentáveis”, realizada no Palácio do Planalto.
Vários outros ministros estão no evento, além de representantes da indústria da construção civil e de entidades representativas do setor e de presidentes de bancos públicos.
Infomoney - SP 31/10/2024
A SteelCorp, empresa do segmento de fabricação e construção de projetos de construção modular de Roberto Justus, está em meio a uma nova rodada de captação. Os investimentos devem dobrar o valuation em comparação ao aporte feito pela Reag, gestora que adquiriu 30% de participação na companhia em 2023.
Por enquanto, a empresa não dá detalhes sobre a negociação, como valores ou a participação adquirida pelo novo investidor do mercado financeiro. Documentos já foram enviados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
“O negócio já foi fechado. É mais uma capitalização – e a última. A próxima, eventualmente, será um negócio de liquidez maior, mas é o último sócio que vou aceitar na empresa. É importante para financiar todo o nosso crescimento”, diz Roberto Justus, CEO da SteelCorp, ao InfoMoney.
Os valores serão usados para apoiar um aumento de três vezes na capacidade produtiva da empresa, na mudança de uma fábrica de 7 mil metros quadrados em Cotia para outra com 17 mil metros quadrados em Cajamar.
Hoje, além da participação da Reag, 52% do capital da companhia pertence a Justus. Sócio de Justus, Daniel Gispert possui 15%, e o sócio responsável pelo SteelBank – braço financeiro da companhia – é dono de 3% das ações.
De olho no jogo
Durante a concretização do negócio, a SteelCorp segue fechando projetos em um mercado ainda ascendente no Brasil. Diferentemente dos típicos empreendimentos de alvenaria, responsáveis por aproximadamente 90% das construções do País, a empresa usa a técnica chamada de light steel frame, baseada em estruturas para construções a seco, como aço, gesso e proteções térmicas e acústicas.
Quem topou deixar de lado o cimento e os tijolos para apostar no método foi o Red Bull Bragantino, clube de futebol sediado na cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
O Braga ficará provisoriamente no estádio municipal Cícero de Souza Marques enquanto sua casa, o Nabi Abi Chedid, entra em reformas para se tornar uma arena.
A SteelCorp foi a escolhida para tocar o projeto de reforma do Cícero de Souza Marques, que envolveu terraplanagem e a construção de uma nova estrutura quase do zero.
“Como o Red Bull Bragantino tinha a ideia de fazer esse estádio que vai durar alguns anos, mas não será definitivo, foi a melhor solução na visão deles”, diz Justus. Para o estádio, com capacidade de 10,4 mil pessoas, o período de projeto demorou cerca de quatro meses, aos quais são somados mais seis meses de execução. Um projeto similar em alvenaria demoraria entre um ano e meio e dois anos, conta o executivo.
No modelo de light steel frame, as peças de metal saem da fábrica já nos moldes ideais para a construção, inclusive com estruturas hidráulicas e elétricas. A comparação mais comum é com o clássico brinquedo “Lego”, em que basta encaixar as peças para chegar ao objeto final. O material também pode ser reciclado caso a estrutura seja desmontada.
Os estádios de futebol, no entanto, são apenas um dos mercado para a empresa, que espera faturar R$ 600 milhões em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025. Sem distinção por segmentos da construção, ela pode tanto preparar a casa do Bragantino quanto atuar em duas de suas outras empreitadas: a construção do complexo de data centers da Sacala Data Centers, em Barueri, ou 42 casas em um condomínio residencial em Indaiatuba.
A ideia da SteelCorp é cada vez mais “produzir e projetar” do que “executar” as obras. “No futuro, nosso cenário ideal será fabricar os módulos, seja qual for a necessidade das obras, e deixar que o cliente contrate de terceiros na produção”, afirma Justus.
Revista Ferroviaria - RJ 31/10/2024
A renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela companhia de logística VLI, será condicionada à continuidade da operação do trecho Minas-Bahia, afirmou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio.
Em conversa com a imprensa, durante o 1º Seminário de Investimentos e Oportunidades da Infraestrutura em Minas Gerais, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, o diretor da ANTT foi categórico. “Isso por parte do governo federal é uma condicionante: só há renovação com a permanência desse trecho”, afirmou.
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Ele ressaltou a necessidade de permanência da operação pelo volume de carga transportado no trecho e a importância para os estados de Minas Gerais e Bahia. “Nós estamos buscando o melhor modelo dessa construção da audiência pública, que realmente traga ali a viabilidade econômica para todos os envolvidos”, disse.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), Pedro Bruno, disse ao Diário do Comércio que o governo do Estado trabalhou junto com o governo da Bahia para garantir a operação do trecho que liga Corinto, em Minas, até Campo Formoso, no território baiano.
“A gente fez um trabalho junto convergindo em relação a essa pauta, junto à ANTT, ao Ministério de Transportes e eu estou bastante otimista que esse trecho vai ser mantido, porque hoje é a única ligação ferroviária que conecta o Sudeste e o Nordeste do Brasil”, declarou.
Em audiência pública em Belo Horizonte sobre o processo de renovação da FCA, a agência apontou que a saída de um cliente da VLI causará uma redução estimada em 50% do volume transportado no trecho já em 2025, mas garantiu a continuidade da operação.
Apesar da queda imediata no volume transportado no trecho que perpassa os territórios mineiro e baiano, os estudos apontam que, ao longo do período da nova concessão, a redução total do volume transportado no trecho Minas-Bahia seria de apenas 9%.
Governo quer novo trecho na FCA no noroeste de Minas
O secretário da Seinfra também disse que o governo estadual quer a realização de estudo técnico na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para viabilizar um trecho ferroviário que conecte Pirapora, na região Norte de Minas, até Luziânia, em Goiás, passando por Brasilândia de Minas e Unaí, ambas no Noroeste do Estado.
A intenção é criar um corredor ferroviário de transporte de grãos para atender o que o secretário chamou de “nova fronteira agrícola do Estado” na região. “Nossa visão, comprovada pelos estudos de pré-viabilidade no plano estratégico ferroviário, no plano estadual de logística de transporte, é que esse trecho tem viabilidade”, disse.
“O fato de se fazer os investimentos vai trazer ainda mais carga, otimizando ainda mais o desenvolvimento econômico dessa região”, completa Pedro Bruno.
Seinfra quer que VLI ajude com remoção das famílias nas obras do Metrô BH
Pedro Bruno revelou ainda que o governo estadual propôs que a VLI contribua financeiramente para o processo de reassentamento das famílias que serão removidas para as obras da linha 2 do Metrô BH.
“A VLI tinha o dever de proteger a faixa de domínio, não cumpriu com suas obrigações, e as famílias hoje vivem lá em situação de risco, porque são áreas irregulares e o metrô tem a obrigação contratual de avançar com as obras e desse reassentamento. Que a VLI possa também participar financeiramente e trazer mais dignidade para esse processo de remoção das famílias”, pontuou.
O secretário também disse que o governo pleiteia o compartilhamento da FCA para o transporte de cargas e de passageiros. O diretor da ANTT explicou que a possibilidade depende de estudos de viabilidade.
“Estão sendo realizados estudos por parte do governo federal da possibilidade de transporte de passageiros, não só nesse trecho, como outros também, mas depende de uma construção de modelagem que dê sustentabilidade financeira”, finalizou Guilherme Theo Sampaio.
Investing - SP 31/10/2024
O plano estratégico da Petrobras (BVMF:PETR4) para o período de 2025 a 2029, que está em fase final de elaboração e será divulgado ao final de novembro, deverá ter investimentos de cerca de 110 bilhões de dólares, o que seria crescimento de 8% ante o programa anterior, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
As discussões sobre o plano estratégico estão bem avançadas e faltam poucos detalhes para serem concluídos, segundo as fontes, em momento em que a Petrobras sinaliza que reforçará os aportes em outras áreas, como o segmento de fertilizantes, mas manterá forte foco na exploração e produção de petróleo e gás.
Uma aposta seguirá sendo a Margem Equatorial, onde a empresa aguarda autorização do Ibama para atuar na Foz do Amazonas, área com elevado potencial petrolífero.
"Está na reta final do fechamento do plano. Está faltando um ajuste fino e uma análise de cenário", disse uma das fontes em condição de sigilo.
"Será um plano ligeiramente maior que o atual. Hoje o valor (possível) está na casa de 107 bilhões, mas, como faltam ajustes, deve ficar nessa faixa de cerca de 110 bilhões", adicionou uma segunda fonte.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.
A previsão inicial é que o novo plano seja divulgado a partir de 21 de novembro.
Após a apresentação no país, executivos da empresa farão um "road show" para apresentar o programa a investidores em Nova York e Londres.
A área de exploração e produção de petróleo vai ser novamente um prioridade no novo plano 2025/2029, de acordo com as fontes. "A lógica é a seguinte: toda gota de petróleo importa", disse uma delas.
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A companhia também se prepara para investir no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, para elevar a produção do maior campo do Brasil de volta ao patamar de 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) em 2027, conforme disse uma executiva recentemente.
Além disso, há a campanha para Búzios, que deverá se tornar o maior produtor de petróleo do Brasil, superando Tupi, ainda que a produção deste volte a aumentar.
Áreas da Bacia de Campos também deverão receber investimentos para reduzir o declínio natural da produção dos campos.
"A ideia é abrir poços originários, complementares e novos poços", afirmou. "Na Bacia de Campos, vamos ter mais poços perfurados, e a ideia é que aumente a produção."
Em novas fronteiras, a empresa mantém a expectativa de conseguir do Ibama a licença para iniciar uma campanha na Foz do Amazonas, na costa do Amapá, apesar da demora de respostas do Ibama, que pediu mais informações empresa, conforme reportagem publicada pela Reuters na véspera.
"O plano deve vir com 3 a 4 bilhões de dólares para essa campanha (na Margem Equatorial)", afirmou uma das fontes.
Outras áreas também devem reforçar o orçamento de investimentos.
Neste mês, já com vistas ao novo plano de negócios, a Petrobras aprovou a retomada das obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), com investimentos previstos de 3,5 bilhões de reais.
Esse é o maior aporte no setor desse insumo estratégico para o agronegócio, mas a companhia também já afirmou que retomará a fábrica de fertilizantes nitrogenados do Paraná
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A indicação de que os investimentos do plano plurianual devem crescer, segundo as fontes, ocorre apesar de a empresa estar encontrando dificuldades desde 2023 para atingir as metas anuais de aportes, conforme reportou a Reuters.
O descumprimento das metas anuais anteriores ocorreu por diversos motivos, como aumento de preços globais de insumos e equipamentos, que acabam levando a companhia a reavaliar os projetos, e timing de execução de obras.
Petro Notícias - SP 31/10/2024
O navio-plataforma Marechal Duque de Caxias (Mero 3) começou a produzir óleo e gás nesta quarta-feira (30), no campo de Mero, bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade tem capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás, tudo isso diariamente. O navio-plataforma aumentará a capacidade instalada de produção de Mero de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo. A plataforma do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês), é parte do quarto sistema de produção de Mero e foi afretada junto à MISC. Ao todo, serão 15 poços, 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina. Já operam no campo o FPSO Pioneiro de Libra e dois sistemas definitivos- FPSO Guanabara (Mero 1) e FPSO Sepetiba (Mero 2).
Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, disse que o “O FPSO Marechal Duque de Caxias tem características que servem muito bem ao projeto atual da Petrobras, de manutenção de altos níveis de produção, priorização de tecnologias de descarbonização e cuidado com o meio-ambiente. O FPSO será o terceiro deste porte a ser instalado no campo de Mero nos últimos 30 meses, o que elevará a sua capacidade instalada para 590 mil barris de óleo por dia em um curto período.” A plataforma usará tecnologias inovadoras para aumentar a produção, como o HISEP, em operação a partir de 2028. Esse equipamento fará a separação do óleo e do gás já no fundo do oceano, de onde reinjetará o gás rico em CO2 no reservatório. Dessa forma, desafogará a planta de processamento de gás da superfície e reduzirá a intensidade das emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera.
As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelos consorciados do Contrato de Partilha de Produção de Libra – operado pela Petrobrás (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e a Pré-Sal Petróleo (PPSA), que além de gestora do contrato, atua como representante da União na área não contratada (3,5%).